O grupo de trabalho discutindo flexibilização de currículos na Politécnica montou uma proposta cujas ideias principais podem ser visualizadas na figura ao lado. Essencialmente é a proposta defendida pelos estudantes. Ela respeita a cultura e a organização da Poli e da USP, e não fica muito distante das estruturas curriculares praticadas nas melhores universidade norte-americanas. Na minha opinião, a aprovação da proposta seria um ENORME AVANÇO para o ensino na Poli. Os pontos principais a favor dos alunos são o 9 cursos eletivos livres (em amarelo) e o módulo dentro da especialidade ou em uma especialidade diferente (em vermelho), bem como a limitação da carga horária em valores razoáveis.
Pelo que vale minha opinião, sugiro que os alunos se empenhem na aprovação da proposta. Ela é perfeitamente factível e conta com a simpatia de pessoas muito competentes e influentes na Poli, mas sem dúvida terá que enfrentar oposição da inércia e do conservadorismo. Se for implantada em uma reforma próxima a essa proposta, as gerações futuras de politécnicos serão muito gratas!
13 comentários:
Parece interessante mesmo. Idéias um pouco mais "avançadas", como as encontradas aqui (http://drtae.org/building-a-new-culture-of-teaching-and-learning/) chegaram a ser levantadas?
O que o senhor acha sobre as idéias apresentadas no link acima?
Ideias mais avançadas podem ser ótimas. Cada professor pode introduzir as suas em cada aula. Outros podem manter as ideias antigas, algumas continuam boas. Até certo ponto, os alunos escolhem. Logo a gente vê quais são dão certo. Mas para isso precisa um pouco de flexibilidade. O que mata é a obrigação de seguir sempre um caminho fixo, que fica à deriva por falta de realimentação. A preocupação da proposta é só essa - não foi rever cada curso.
Uma ideia que não gosto é flash. Desinstalei o flash plug in e quero ficar um tempo sem. Por isso, não deu para assistir o video. Fica para outra. De qualquer mdo, agradeço a sugestão.
Não entendi bem a diferença entre "Engenharia" e "Habilitação"? Tem algo a ver com aquela "dicotomia" generalista x especialista?
Engenharia são as matérias gerais de engenharia. Habilitação são as matérias específicas da engenharia elétrica, da mecânica, da civil, da química, conforme o caso.
Então o "ciclo básica" acaba e os alunos passam a ter contato com a habilitação já no ingresso, basicamente?
O básico não acaba. A maioria do básico é comum. Mas sim, os alunos têm contato com a especialização, e também com outras através de eletivas, desde o início.
Também não gosto de flash, mas ainda é um mal necessário. De todo modo, também tem a versão HTML5 do vídeo. Basta acessar este link http://vimeo.com/5513063 e procurar pelo texto "switch to HTML5 player".
É um mal necessário, mas nada me impede de tirar umas férias de flash aproveitando que desinstalei...
Bom, minhas filhas não concordam que "school sucks". Acho que eles têm bons pontos. O video é meio longo então vou escrevendo enquanto leio.
A ideia principal da flexibilidade é deixar os estudantes se dirigirem mais para os cursos que aproveitam mais. Vai haver professores que usam métodos modernos e efetivos; antigos e efetivos; ou modernos ou antigos, mas efetivos apenas para algumas pessoas. Não foi nosso propósito discutir e rediscutir tudo que pode ser discutido - apenas flexibilizar os currículos para que cada aluno possa aproveitar melhor o que cada professor tem para oferecer.
Para quem gosta de vídeo, vou colocar uma troca de mensagens no próximo comentário.
Interessante. Acho que entendo de onde vem o ponto de vista do autor. Essa discussão tem um lado "anglo" que é familiar para mim. Comprei o pedefê e botei no google docs para os membros do grupo:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B0G45WQ499nxMWNiYWMwYzAtNTM2NS00MjFmLTliMzUtYWQ1YTZkN2M1NGY3&hl=en&authkey=CNzJ88cB
(Quem tem o link acima pode ver, mas lembrem que é material com copyright.) Da minha parte já abandonei os cursos apostilados voltados para execução de prova faz tempo, e não dou provas no estilo habitual desde pelo menos o início do século. O sucesso é apenas parcial, porque a cultura da passividade dos estudantes é arraigada.
Mas ouço uma certa dissonância cognitiva nos nossos trabalhos. Por um lado propostas que chamaria de radicais se não concordasse com elas, como as do vídeo. Por outro, a insistência em criar regras, comissões, e pacotes para controlar as opções dos alunos.
O fato é que, se trouxermos mais de uma proposta, as mais ambiciosas vão ser rejeitadas. Na congregação vão sobreviver as alternativas minimalistas que não retiram o controle da mão das burocracias. Se levarmos alguma proposta de difícil execução, ou uma polêmica gratuita, por exemplo diminuir a duração do curso, prejudicamos nossas propostas realistas. E se oferecermos uma alternativa que dá a aparência de flexibilização, mas não traz benefícios reais para a maioria dos alunos, por exemplo opção de cursar conjuntos fechados de disciplinas pelas quais os alunos têm interesse limitado, a proposta vai ser aprovada. Mas a experiência dos alunos não muda nada - facilitamos o caminho da inércia com a aparência de movimento.
Temos que levar para a Poli uma proposta única, ambiciosa e exequível. Não há garantias que seja aprovada, mas precisamos tentar. Se começarmos com baixas expectativas, vamos desperdiçar a oportunidade, e o trabalho do grupo.
On 12 Nov 2010, at 7:50 PM, Francisco Ferreira Cardoso wrote:
Sugiro a aqueles que tiverem 11 min de tempo a acompanhar essa apresentação, que é sim o nosso tema.
Saudações,
Chico
PS: o site em questão é inesgotável
-----Mensagem original-----
De: Orlando Strambi - Contato
Enviada em: quinta-feira, 11 de novembro de 2010 19:18
Para: Francisco Ferreira Cardoso
Assunto: Video interessante
Caro Chico
O tema nao e' exatamente o nosso, mas vale a pena a ver, no minimo pelo cara que faz os desenho.
Abraco.
Orlando
http://www.youtube.com/watch?v=zDZFcDGpL4U
Quis dizer, os caras do vídeo têm críticas corretas. Mas não é necessariamente verdadeiro que "school sucks", apesar da correção de algumas críticas. Por exemplo, tem coisa boa acontecendo na Poli, e com uma organização mais racional os alunos poderiam aproveitar melhor em vez de dizer "Poli sucks" que infelizmente é o que mais se ouve.
Olá Pait,
fico muito contente com este projeto de flexibilização; tomara que dê certo. Vai reduzir bastante o índice de enfezamento politécnico.
Ola Pait,meu nome eh Jaqueline de araujo.SOu arquiteta e urbanista.Me formei pela faculdade de belas artes de sao paulo, hoje vivo em Londres onde estudo e trabalho.Na verdade estou como uma intrusa no seu blog.Estava a procura de noticias do meu mentor e grande amigo o arquiteto Henrique Pait e encontrei seu blog..... saudacoes londrinas canarinhas a vc e parabens pelo blog!
Eu queria postar algo como isso no meu site e isso me deu uma idéia. Cheers.
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