Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

13 março 2013

Teoria ludopédica do controle

Os diversos objetivos e índices de mérito utilizados na teoria do controle ótimo podem ser entendidos por suas aplicações ao futebol. O objetivo do quíper é minimax: diminuir o quanto possível o aproveitamento do adversário em cada peleja. Os infames frangos devem ser evitados pelos bons profissionais. Em raras ocasiões um goleiro fica famoso por uma defesa impossível - ele se chama Gordon Banks - mas o caminho para o sucesso embaixo dos arcos é o minimax, não os momentos espetaculares.

O objetivo dos beques é a maximização do desempenho médio, critério conhecido em controle como norma L1. Contanto que o zagueiro tenha um desempenho consistente, erros ocasionais podem ser desculpados, e momentos de brilhantismo são elogiados mas dispensáveis. Já os alfos objetivam o melhor desempenho médio quadrático ou norma L2: os passes e tentos geniais valem mais no meio de campo do que na zaga, mas não dispensam a eficiência no desarme e a permanente visão de jogo.

E os avantes usam o critério maximin. Craque, na linha, é quem sempre faz seu golzinho. Ninguém se lembra de quantos gols o Ronaldo deixou de anotar - o artilheiro é famoso porque a cada jogo da Copa ele carimbava a rede, desequilibrando a partida e garantindo a vitória do Timão Brasil.

São esses os critérios de controle ótimo usados pelos bons jogadores de futebol, ainda que expressões matemáticas não sejam aplicadas explicitamente.

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