No artigo "Os sem-estepe", a Folha dá a dica de que é possível calibrar o estepe que não está no carro.
"São poucos os motoristas que calibram o estepe com regularidade. Um número menor ainda confere se ele está lá."
Se você for um daqueles motoristas que calibram o estepe com regularidade, sem ao menos conferir se ele está lá, confira:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/veiculos/cv0810200601.htm
E no artigo "Acidente da Gol causa guerra de acusações", vamos ver a quantas anda a lógica.
"Até agora, há dois pontos cruciais já confirmados:
1) o Legacy estava na "contramão", em 37 mil pés, quando deveria estar em 36 mil pés de altitude naquela região e na direção norte;
2) a partir desse erro, houve uma falha grave de comunicação que, se não causou o acidente, pode ter sido fundamental para não impedi-lo."
E um pouco mais abaixo no mesmo artigo, um dos pontos é desconfirmado:
"...o plano de vôo previa três altitudes -37 mil pés até Brasília, 36 mil depois e 38 mil a partir de determinado ponto entre Brasília e Manaus."
Cadê os pontos confirmados? Procure:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0810200613.htm
Então já que está todo mundo dizendo besteira sobre acidentes aéreos, somo minha voz ao coral do Febeapá com mais duas perguntas. Uma de engenheiro: quem teve a idéia de fazer as "pistas" de tráfego aéreo coincidirem em latitude e longitude? Sem essas pistas cartesianamente posicionadas a cada mil pés, a probabilidade de colisão seria zero. Com as pistas, continua improvável, mas pode acontecer.... e aconteceu.
Aconteceu por uma seqüência de erros humanos, e talvez adicionalmente por falhas de equipamento. Então a segunda pergunta: o controle de tráfego aéreo não serve exatamente para evitar acidentes em caso de falha humana? Houve falha humana, e o acidente ocorreu. O controle de tráfego aéreo não se comunicou nem com um avião, nem com o outro. Ou porque não é o procedimento normal, ou porque não tentou se comunicar, ou porque não conseguiu.
Se não é capaz de evitar acidentes, então o controle de tráfego aéreo serve para que, exatamente?
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