Os jornais estão começando a perceber que Barack Obama vai ser o mais poderoso presidente do Estados Unidos desde Franklin Delano Roosevelt. Com algum atraso: a reação do eleitor era inevitável desde que os republicanos cometeram o erro de reeleger o mais incompetente presidente desde Herbert Hoover. Os democratas vão ter maiorias confortáveis no Congresso, e não há nenhum líder em qualquer partido que vai se opor ao futuro presidente depois da confusão em que o atual meteu o país. Com o apoio da parte não podre do mundo dos negócios, e boa vontade pelo mundo afora, o que Obama vai fazer?
A primeira prioridade é destravar a economia. A forma mais eficiente de colocar dinheiro no bolso do povo é com um programa nacional de saúde. Para desarmar a oposição e apressar as coisas, o mais fácil é encarregar Hillary Clinton de escrever o texto - ela já tem um pronto, com o aval daqueles governadores e ex-governadores republicanos que não saíram totalmente desacreditados. Outra forma: créditos para educação. Com o desemprego em alta, é bom segurar o povo na escola por mais alguns anos. Facilitar os empréstimos para o estudo é um uso melhor do dinheiro do governo do que subsidiar casas e carros cada vez maiores, alternativas infelizmente preferidas por industriais e sindicatos.
Como pagar por isso, hoje, não é uma questão urgente. Os economistas responsáveis concordam que o déficit das contas públicas não é a maior preocupação no momento. Em 2 anos, as doações do Bush para os milionários expiram, e os impostos voltam a um valor mais normal. Será um bom momento para o futuro presidente ficar com a fama de bonzinho, se cortes dirigidos ainda forem necessários.
Internacional: como o McCain observou, a situação no Iraque melhorou depois que o Rumsfeld foi demitido e colocaram gente do ramo conduzindo as operações. Está se aproximando o momento de declarar vitória e sair. Se alguém perguntar, os militares não vão ficar sem serviço. Será que os tiranos do cenário internacional vão ser mais simpáticos ao Obama do que ao Bush? Muito pelo contrário. Os salafistas (liberticidas do Oriente Médio) já declararam preferir a continuidade do governo atual, e não duvido que os solanolopistas (liberticidas da América do Sul) bem como os tchekistas (os da Europa) torçam contra Obama em silêncio. O importante para o mundo são as relações entre as democracias - América do Norte, Europa, Brasil, Indonésia, Turquia, Índia, África do Sul por exemplo - que vão melhorar com o governo democrata.
Para diminuir a força dos regimes extremistas do mundo, o melhor seria uma pesada taxa de importação de combustíveis fósseis de fora da América do Norte. Pode ser vendida como um imposto verde, como um apoio para a tecnologia e indústria domésticas, um agrado aos países do Nafta, uma fonte de recursos para programas sociais, uma maneira de defender Israel, um investimento em segurança futura. A conseqüência mais imediata seria baixar as verbas à disposição dos países exportadores de petróleo, de terroristas, e de instabilidade. Será que o Presidente Obama vai ter a coragem de empurrar uma lei assim por cima de um congresso de gente fraca? Por improvável que pareça, acho mais possível isso do que as tarifas que os democratas, a cada 4 anos, prometem aos sindicatos de indústrias americanas incompetentes. O conselheiros de Obama vão sair de Silicon Valley, não de Detroit.
Na política interna, após 2 secretários de estado e um presidente negros em seguida, vamos ver o fim das guerras culturais. Racistas continuam a existir, mas o preconceito deixa de ser arma para decidir eleições. Isso vai ser bom para a América.
Quanto pior a situação, mas fácil é para um presidente impor seus projetos. O desgoverno republicano é um presente pessoal para Obama, de alto custo para todos os outros. Acredito que ele vai saber aproveitar. Os republicanos podem começar a pensar nas eleições de 2024.
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Um comentário:
Amem!
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