Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

11 outubro 2007

Rodada do subdesenvolvimento?

Hoje na Folha o representante do Panamá e mais 8 países no FMI, Paulo Nogueira Batista Jr, escreveu um besteirol defendendo barreiras de proteção contra indústrias produtivas e subsídios para contrabandistas.

Minha opinião sobre barreiras alfandegárias é a mesma que tenho em relação a superstições a do tipo criacionismo e homeopatia, então escrevi para ele uma carta reproduzida abaixo:

Prezado Paulo Nogueira Batista Jr,

Acho quase inacreditável que haja gente insistindo nesse absurdo de que proteção industrial e subsídios para setores e empresas com poder político seja um instrumento de desenvolvimento e construção do futuro de países menos ricos. Não vou insistir nos argumentos da teoria econômica, porque com certeza você os conhece melhor que eu e sabe que eles são tão sólidos como a teoria de evolução de Darwin ou a teoria atômica da matéria, para dar exemplos da biologia e da química que supreendentemente ainda são assunto de debates por gente que deveria saber melhor.

Engenheiro que sou, vou focar no dano que as barreiras de importação trazem à tecnologia, indústria e comércio no Brasil, impedindo que indivíduos e empresas utilizem as tecnologias mais avançadas, apropriadas, e econômicas em seus negócios. Para dar um exemplo, um setor potencialmente muito produtivo como o desenvolvimento de software é obrigado a carregar uma carga de impostos e subsídios a montadores de hardware protegidos pelas chamadas leis de informática, empresas que do ponto de vista da indústria nacional nada contribuem. Os impostos de importação são pagos por cada empresa industrial e comercial que queira utilizar computadores, e beneficiam apenas fiscais da receita, contrabandistas, e economistas defensores de superstições como a do seu presente artigo.

Sinceramente indignado,

Felipe Pait

2 comentários:

Anônimo disse...

fpait

nao vou entrar no merito da questao, pois embora nao seja contra toda e qualquer tipo de politica industrial, mesmo que - em situacoes muito especificas - baseada em protecao comercial temporaria, nao pretendo ficar defendendo o que o pnb escreve.

mas vou chamar a atencao a um descuido de linguagem, o cacofato "por cada", antes que se reproduza por ai'.

abs
sgold

Felipe Pait disse...

A rigor, tudo na vida é treif. Uma porcada talvez não seja o pior dos cacófatos. Mas valeu o comentário....