Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

30 junho 2014

Péssima escolha do Aécio

O senador Aloysio não acrescenta nada à chapa. Nem mais à esquerda, nem mais à direita. Nem mais ao norte, nem mais ao sul. Agora são 2 homens brancos, políticos profissionais. Não tenho objeção ao senador, mas não é um nome novo e não vai trazer nenhum voto que não era garantido para o partido. Aécio escolheu um vice para agradar os velhos caciques tucanos. Mais uma prova que o PSDB não se renova.

13 junho 2014

E falavam do Galvão

A cobertura da Copa nas redes sociais está pior que na TV. Quem é petista só fala do show midiático do Nicolelis. Quem é antipetista torce até contra o exoesqueleto.

Petista só fala na maravilha que é o estádio e nos belíssimos viadutos dos estados governados pelo seu partido. Antipetistas culpam o Lula pela seca e pela chuva, torcem pelo gol contra e pelo erro do juiz.

Imaginem se o povo que escreve no Facebook governasse o país? Estamos melhor com os políticos, e assistindo rede Globo.


10 junho 2014

Previsões do Nate Silver para a copa

Acho que as previsões do Nate Silver para a copa estão certas: o Brasil tem quase metade de chance de ganhar, bem mais do que estimam os apostadores.

O fato é que as jogadas mais efetivas da Alemanha e da Argentina - a saber, quebrar a perna do jogador adversário sem levar punição - não são muito eficazes contra o time da casa. É sabido que a vantagem do time da casa é que o juiz tem receio de se deixar subornar pelo adversário, em consideração à reação da torcida. Dizem que esses alemães são menos grossos, mas não vai ser numa copa que vão mudar a personalidade do time. Idem para os argentinos, mesmo com Messi. Enfrentar o Brasil sem dar canelada, só é o estilo da Espanha e França.

Então as possibilidades de alguns dos principais adversários do Brasil ficam diminuídas. Vamos ver se chegou o fim da era Dunga.

08 junho 2014

Motivos para não estar entusiasmado com a Copa

1 - A corrupção da FIFA passou dos limites.
2 - O desperdício com estádios é desanimador.
3 - Os 20 anos da era Dunga acabaram com a alegria do futebol. Certo que o Brasil ganhou 2 vezes, apesar dos esforços em contrário da cartolagem, mas os papelões de 2006 e 2010 cortaram o ritmo de torcer.
4 - O Corinthians foi campeão do mundo em cima do Boca; talvez só isso baste, e torcer para seleção fosse só para compensar os fracassos do futebol de várzea.
5 - Depois de 3 anos como técnico de futebol infantil, ganhei uma vaga noção de quanto um técnico pode atrapalhar e não quero ver mais.
6 - Neymar e mais quantos? Não conheço os reservas da segundona da Turquia.
7 - O regulamento da Copa é um lixo: 3 jogos que não contam nada, depois 4 jogos eliminatórios, a maioria decididos ou por pênaltis ou por erros de arbitragem. Talvez isso fosse tolerável quando éramos analfabetos, mas hoje m torneio de jogos aleatórios é frustrante.

Ou então estou só demorando para engrenar. Vamos ver no final da semana.

06 junho 2014

Uma universidade não é uma empresa

Imito aqui o título de um genial artigo do Paul Krugman, A Country is Not a Company. Enquanto ele compara e explica direitinho as diferenças, eu vou colar apenas o título e dar uma explicação meramente operacional.

É que as pessoas, tanto as da universidade, como as da empresa, que acham que uma universidade é a mesma coisa que uma empresa, ou não sabem como funciona uma universidade, ou não sabem como funciona uma empresa. Em muitos casos não sabem nem um, nem outro.

As pessoas que sabem, mesmo que só em linhas gerais, como funciona uma universidade, e como funciona uma empresa, entendem que são instituições diferentes.

(Claro que há pessoas que não sabem nem o que é uma universidade, nem o que é uma empresa, e mesmo assim acham que são coisas diferentes. Logicamente, isso não tem efeito sobre o argumento, então podemos ignorar esse caso não tão incomum.)

05 junho 2014

Calendário trimestral

Já que uns 2 ou 3 gatos pingados leram meu último post, vou dar mais uma sugestão, sem pretensão de originalidade: devíamos adotar calendário trimestral na USP, com 4 períodos por ano. Antes e depois de uma conferência visitei colegas na California, onde muitas universidades estaduais adotam calendário trimestral, e me convenci que seria uma boa ideia na USP.

Na Poli não é novidade: a pós graduação e os cursos cooperativos já adotam, embora a maioria dos cursos de graduação continue no calendário semestral. Há vantagens: o trimestre é mais curto; para a maioria das disciplinas, honestamente, um semestre é tempo demais. Para as disciplinas anuais, não faz diferença: em vez de Cálculo 1 e Cálculo 2, ensina-se Cálculo 1, Cálculo 2, e Cálculo 2, no mesmo número de meses. O curso trimestral fica menos quebrado por feriados, provas, e semanas do saco cheio. O curso trimestral aumenta a flexibilidade de organização da quantidade de material ensinado, e portanto facilita fazer todas as disciplinas com o mesmo número de horas semanais. Isso simplifica os horários, que atualmente na USP causam uma infinidade de conflitos. Finalmente, eventuais reprovações atrapalham menos os alunos. Cursos extras de reposição poderiam ser oferecidos no 4o período, melhorando a utilização do campus que durante as atuais férias fica subaproveitado.

Adicionalmente, o curso trimestral facilita a mobilidade internacional. Nossos semestres não se casam bem com os semestres de outros países. Sempre temos alunos chegando um pouco atrasados enquanto concluem seu período de estudos no exterior. Com 4 períodos anuais, de preferência correspondendo mais ou menos às estações do ano, fica mais fácil para os estudantes encaixarem estudos no Brasil e no exterior.

Os únicos prejudicados vão ser aqueles professores cujos cursos são grandes demais para 3 meses e pequenos demais para 6 meses; aquelas matérias que só cabem em 4 meses, e não podem ser ensinadas de outra forma. Se existir algum assunto assim tão inflexível, provavelmente já deveria ter sido eliminado do currículo há décadas.

04 junho 2014

O rombo no orçamento da USP - modesta contribuição

Custo mensal de estacionamento na cidade de S Paulo: R$300.

Número de veículos que entram no campus da USP diariamente: 50 a 100 mil (minha estimativa).

Subsídio anual aos usuários de automóvel, não disponível para pedestres, ciclistas, ou usuários de coletivo, implícito na gratuidade do estacionamento no campus: 200 contos de réis ou mais.

Rombo no orçamento da USP causado pelos gastos fora de controle na gestão Rodas: 5%, considerando apenas os gastos com pessoal.

Orçamento anual da USP: uns R$5 bilhões, 5 mil contos, vou chutar para não gastar tempo do contribuinte tentando cavar os números recentes exatos.

Fração do rombo com pagamento de pessoal que poderia ser coberta através da cobrança de estacionamento: entre 80% e 120%, aproximadamente.

Proposta da direita para diminuir o rombo: acabar com a universidade pública e gratuita (com as consequências inevitáveis).

Proposta da esquerda para diminuir o rombo: controle social da universidade (todo poder aos sovietes).

Número de professores favoráveis à cobrança de estacionamento para todos os automóveis que entram no campus, inclusive os de propriedade de professores, funcionários, alunos, e visitantes em geral: 1 (por enquanto, sou eu).

Se houver mais alguém favorável, por favor indique nos comentários.

02 junho 2014

Where do I go from Yale?

In May I spoke at a panel on global careers, part of a career event aimed at current graduate students called "Where do I go from Yale?". My notes:

1 - Our work is important. Even when conventional success is not immediate. The relevance of academic work is hard to measure and does not always correlate with credentials and achievements, nor with grants and publications. But the work is important, and this is why after graduate school you will find a place somewhere in the world to do your work.

2 - We know Yale as a 1st rate research university. Research in integral with an astonishingly successful education system. many institutions throughout the world are making an effort to learn from the American academic research model. The aspect of a liberal arts education is as important, and perhaps less well understood abroad.

(I am certain about Brazil, and I suspect this is true for many emerging scientific environments.) Understanding the connection between research and education at Yale will enhance your contribution - in academia or in business, abroad or in the US advising students from different places.

3 - Your work is good. Publish it. Go to conferences. Talk to people about what you do. Listen to people who say interesting things. People you meet at your first conferences are friends who will sustain you throughout your career.

(Personal aside: I learned about the job I still have in Brazil from my college buddy while I was at Yale. In the meantime, I worked for a couple of years at a Boston company I learned about through a graduate students of an academic friend.)

4 - Get your personal life in shape. Family life means different things to different people. Your need to find what works for you. To support and to be supported are especially important in international careers. Do it. Jobs, visas, languages, housing.... that will follow.

5 - Academia is becoming more international. It used to be that you could only find a job in a country where you "belonged"... or in the United States and select other few. Academic and business cultures everywhere are becoming more "American". You can work things out even if "you are not from there".

01 junho 2014

Diálogo tuitado

@EternoAmorim  May 31
Não há o que temer. O Decreto 8.243 está em conformidade com as principais democracias do mundo, como Cuba, Venezuela, Rússia, China e Irã.

@pait  May 31
Esse decreto 8243 é bom, porque o congresso burguês não teria aprovado. Tem que ser por decreto. Todo poder aos sovietes! @EternoAmorim

‏@EternoAmorim
@pait Exato. Quem deve pautar as ações públicas são as forças progressistas, independente de onde estejam, como defende o Ministro Barroso.

@pait  May 31
@eternoamorim Porque se cumprirmos a Constituição burguesa, esperarmos o Congresso debater a leis….

@pait  May 31
@eternoamorim … o País nunca será uma democracia popular de partido único. O executivo tem que tomar a iniciativa.

‏@EternoAmorim  May 31
@pait Eu diria que hoje o judiciário também se torna democrático, progressista e amigável ao povo.

‏@pait  May 31
@eternoamorim Hoje. Porque ontem não era.

‏@pait  May 31
@eternoamorim As instituições são substituíveis. Apenas os grandes líderes são indispensáveis.

@EternoAmorim  May 31
@pait Como Nosso Guia. Cito Marilena: "Quando Lula fala, o mundo se ilumina".

‏@pait  May 31
@eternoamorim E quem não se deixa iluminar, tem que se aposentar.

‏@pait  May 31
@eternoamorim "a teoria da relatividade mostrou que as leis da Natureza dependem da posição ocupada pelo observador" http://fmpait.blogspot.com/2010/03/convite-filosofia.html?spref=tw …

@EternoAmorim  May 31
@pait Confesso que física quântica não é minha especialidade, mas admiro a interdisciplinaridade Descartiana de Marilena.

@pait  May 31
@eternoamorim Importante é a aplicação à política. O significado maior da obra de Einstein é que Nosso Guia está certo mesmo quando erra.