John Mearsheimer and Stephen Walt first came out of academic obscurity with their strong opposition to the Bush war in Iraq. Their to some extent sensible and in retrospect correct arguments failed to influence American decisions. The reasons, which their limited theoretical comprehension of politics has no means to fathom, have to do with the fact that political decisions are not made in an intellectual and rational vacuum. Faced with failure of their arguments, they responded in an old-fashioned way: blaming the Jews. Although they had not previously exhibited any signs of the disease, their anti-semitic screed gained them widespread credibility among the hard left, not so much in the US as abroad.
It has just now come to my attention that they have completed their move to full-fledged members of the fifth column by supporting Putin's invasion of the Ukraine, as well as a number of other tyrannies. One should not put it beneath a Harvard professor's dignity to have opinions shaped under the influence of lucrative grants from the neo-Tchekist regime. They would be joining, among others, the Le Pen supporters in France, most of which had in any case previously being associated with Moscow gold anyway. However I think it more likely that the transition through the extreme left into the extreme right came naturally and of their own accord, as a reaction to their own intellectual failures.
30 dezembro 2014
25 dezembro 2014
A verdade por trás do ministério da Dilma
A Dilma decidiu que queria um técnico para o ministério da Fazenda (o resto do ministério seria loteado para os partidos políticos). O Lula deu a sugestão de chamar um técnico alemão, de preferência aquele que ganhou de 7x1 do Brasil. A Agência de Inteligência informou que uma vez o cara foi filmado com dedo no nariz, mas nunca com dólar na cueca.
Só que ninguém fala alemão no governo, então falaram Joachim Löw mas ouviram Joaquim Levy. É técnico do mesmo jeito, ficou.
Essa história é verdade, não sei como ainda não saiu no jornal. Soube de uma fonte seguríssima. Não vou revelar porque é segredo jornalístico necessário ao exercício da profissão (Constituição de 1988, Art 5, XIV).
Só que ninguém fala alemão no governo, então falaram Joachim Löw mas ouviram Joaquim Levy. É técnico do mesmo jeito, ficou.
Essa história é verdade, não sei como ainda não saiu no jornal. Soube de uma fonte seguríssima. Não vou revelar porque é segredo jornalístico necessário ao exercício da profissão (Constituição de 1988, Art 5, XIV).
01 dezembro 2014
Fica a pergunta: alguém na Folha lê o que se escreve no jornal?
Há diversas falácias e non-sequiturs no artigo "USP, estupros e metrô" de Fernanda Mena publicado dia 1 dezembro nesta Folha.
O artigo começa falando de um problema seríssimo, violência sexual, mas em seguida muda de assunto dando a entender, sem qualquer argumentação, que o problema está relacionado com a escolha de reitor através da lista tríplice.
Em seguida o assunto muda abruptamente, para o transporte no campus. O tema é tratado na base do "ouvi dizer", sem qualquer indicação de que a versão sugerida pela coluna a respeito do metrô tenha sido investigada ou confirmada.
A coluna entremeia uma referência ao bairro de Higienópolis, sem relação com a universidade. Se for reconstruir ou deconstruir os non-sequitur a respeito de ônibus e segurança na USP que terminam a coluna, a correção ficaria mais longa do que o texto original.
Fica a pergunta: alguém na Folha lê o que se escreve no jornal?
Mandei a carta acima para a Folha em resposta ao artigo linkado abaixo. Não vou gastar mais tempo na resposta do que foi gasto para escrever a coluna. Um raciocínio estúpido assim compromete a credibilidade do jornal inteiro. Que comigo já era baixa, mas quem continuar lendo depois não venha dizer que eu não avisei.
“@pait: Texto incrivelmente ruim sobre USP na Folha. Opinionismo non-sequitur. Vale conferir a má qualidade do jornalismo. http://t.co/gurZVzbIqE”
O artigo começa falando de um problema seríssimo, violência sexual, mas em seguida muda de assunto dando a entender, sem qualquer argumentação, que o problema está relacionado com a escolha de reitor através da lista tríplice.
Em seguida o assunto muda abruptamente, para o transporte no campus. O tema é tratado na base do "ouvi dizer", sem qualquer indicação de que a versão sugerida pela coluna a respeito do metrô tenha sido investigada ou confirmada.
A coluna entremeia uma referência ao bairro de Higienópolis, sem relação com a universidade. Se for reconstruir ou deconstruir os non-sequitur a respeito de ônibus e segurança na USP que terminam a coluna, a correção ficaria mais longa do que o texto original.
Fica a pergunta: alguém na Folha lê o que se escreve no jornal?
Mandei a carta acima para a Folha em resposta ao artigo linkado abaixo. Não vou gastar mais tempo na resposta do que foi gasto para escrever a coluna. Um raciocínio estúpido assim compromete a credibilidade do jornal inteiro. Que comigo já era baixa, mas quem continuar lendo depois não venha dizer que eu não avisei.
“@pait: Texto incrivelmente ruim sobre USP na Folha. Opinionismo non-sequitur. Vale conferir a má qualidade do jornalismo. http://t.co/gurZVzbIqE”
29 novembro 2014
Para entender os ministérios
O gabinete do Brasil tem 39 ministros. Duvido que algum dos 39 saiba listar todos os ministérios, secretarias e órgãos que conferem o status de ministro, muito menos os nomes dos ministros. É gente demais para se reunir frequentemente, portanto deve haver um gabinete interno que toma as decisões. Talvez simplifique um pouco classificar os ministérios por ramo de atividade.
Quase metade, 19 ministérios, estão ligados à economia, sendo 11 dedicados a influir no funcionamento de setores específicos de atividades produtivas, e 8 à economia em geral (microeconomia e macroeconomia, poderíamos talvez dizer). Fazem política 14 ministérios: 7 deles trabalham com políticas sociais, para a população, e mais 7 fazem política da presidência junto aos demais políticos, incluindo relações com poderes e partidos, e combate e promoção da corrupção. Para terminar, 3 ministérios cuidam de agências e autarquias federais com verbas e responsabilidades bem definidas, e os 3 restantes são os que exercem atribuições essenciais da União.
Podemos imaginar que o gabinete interno teria 1 ministro da economia, 2 ministros para política popular e outro para política partidária, e mais os indispensáveis ministros da Defesa, Relações Exteriores, e o Advogado da União. Somando mais 2 confidentes de presidente, um total de 8, próximo ao número ideal de membros de um gabinete segundo CN Parkinson.
Lista completa, entendendo que a classificação é útil mas não livre de ambiguidades; seria razoável mudar alguns ministérios de um grupo para outro.
Setores de atividade: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicações; Cultura; Esporte; Minas e Energia; Pesca e Aquicultura; Transportes; Turismo; Aviação Civil; Portos (11).
Economia: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Fazenda; Integração Nacional; Planejamento, Orçamento e Gestão; Trabalho e Emprego; Assuntos Estratégicos; Micro e Pequena Empresa; Banco Central (8).
Populares: Cidades; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Meio Ambiente; Direitos Humanos; Igualdade Racial; Políticas para as Mulheres (7).
Política: Justiça; Relações Institucionais; Secretaria-Geral; Casa Civil; Controladoria-Geral da União; Comunicação Social; Gabinete de Segurança Institucional (7).
Gestão de órgãos estatais: Educação; Saúde; Previdência Social (3).
Funções do Estado: Defesa; Relações Exteriores; Advocacia-Geral da União (3).
Quase metade, 19 ministérios, estão ligados à economia, sendo 11 dedicados a influir no funcionamento de setores específicos de atividades produtivas, e 8 à economia em geral (microeconomia e macroeconomia, poderíamos talvez dizer). Fazem política 14 ministérios: 7 deles trabalham com políticas sociais, para a população, e mais 7 fazem política da presidência junto aos demais políticos, incluindo relações com poderes e partidos, e combate e promoção da corrupção. Para terminar, 3 ministérios cuidam de agências e autarquias federais com verbas e responsabilidades bem definidas, e os 3 restantes são os que exercem atribuições essenciais da União.
Podemos imaginar que o gabinete interno teria 1 ministro da economia, 2 ministros para política popular e outro para política partidária, e mais os indispensáveis ministros da Defesa, Relações Exteriores, e o Advogado da União. Somando mais 2 confidentes de presidente, um total de 8, próximo ao número ideal de membros de um gabinete segundo CN Parkinson.
Lista completa, entendendo que a classificação é útil mas não livre de ambiguidades; seria razoável mudar alguns ministérios de um grupo para outro.
Setores de atividade: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicações; Cultura; Esporte; Minas e Energia; Pesca e Aquicultura; Transportes; Turismo; Aviação Civil; Portos (11).
Economia: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Fazenda; Integração Nacional; Planejamento, Orçamento e Gestão; Trabalho e Emprego; Assuntos Estratégicos; Micro e Pequena Empresa; Banco Central (8).
Populares: Cidades; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Meio Ambiente; Direitos Humanos; Igualdade Racial; Políticas para as Mulheres (7).
Política: Justiça; Relações Institucionais; Secretaria-Geral; Casa Civil; Controladoria-Geral da União; Comunicação Social; Gabinete de Segurança Institucional (7).
Gestão de órgãos estatais: Educação; Saúde; Previdência Social (3).
Funções do Estado: Defesa; Relações Exteriores; Advocacia-Geral da União (3).
19 novembro 2014
Salários na USP
Quase mesquinho falar sobre salários na USP ao mesmo tempo em que são divulgados desvios quaquilionários nas empresas estatais. Mas é na USP que trabalho, então o que aprendi foi o seguinte.
1 - A universidade recompensa o trabalho burocrático acima do trabalho intelectual. O trabalho manual é o mais desvalorizado de todos.
2 - Não há correlação evidente entre a remuneração e a qualidade do trabalho executado.
3 - Alguns salários fora do padrão só podem ser explicados por artimanhas jurídicas e casuísmos administrativos.
4 - A atividade mais bem remunerada na USP é de longe a aposentadoria.
Os salários são achatados e se elevam só quando professores e funcionários se devotam à burocra. A dedicação ao ensino, à pesquisa, e talvez mesmo à administração universitária, só fazem subir o salário de acordo com o tempo de serviço. O estímulo pecuniário à prestação de serviços relevantes para o contribuinte é reduzido. Os salários maiores não são de figuras reconhecidas pela liderança intelectual na função que exercem. É incomum um ativo ganhar mais que ⅔ de um aposentado.
1 - A universidade recompensa o trabalho burocrático acima do trabalho intelectual. O trabalho manual é o mais desvalorizado de todos.
2 - Não há correlação evidente entre a remuneração e a qualidade do trabalho executado.
3 - Alguns salários fora do padrão só podem ser explicados por artimanhas jurídicas e casuísmos administrativos.
4 - A atividade mais bem remunerada na USP é de longe a aposentadoria.
Os salários são achatados e se elevam só quando professores e funcionários se devotam à burocra. A dedicação ao ensino, à pesquisa, e talvez mesmo à administração universitária, só fazem subir o salário de acordo com o tempo de serviço. O estímulo pecuniário à prestação de serviços relevantes para o contribuinte é reduzido. Os salários maiores não são de figuras reconhecidas pela liderança intelectual na função que exercem. É incomum um ativo ganhar mais que ⅔ de um aposentado.
09 novembro 2014
Sistema de voto nos países do G20.
Juntei esses fatos motivado por alguém que escreveu que "o Brasil deveria adotar o voto indireto em lista fechada porque a Inglaterra e a França fazem isso".
Forma de voto para deputados ou representantes no parlamento ou câmera baixa nos 19 países membros do G20:
Direto, proporcional: Brasil.
Direto, distrital: Australia, Canada, França, India, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.
Misto proporcional e distrital: Indonesia, Coreia do Sul, Mexico.
Indireto, por partidos: Italia, Africa do Sul.
Misto direto e indireto: Alemanha, Japão, Argentina.
Não são democracias: China, Russia, Arabia Saudita.
A Europa faz parte do G20; não há forma de voto homogêneo, as eleições seguem regras locais. Incluí como "misto" os países onde o sistema é difícil de classificar sem ambiguidade.
Forma de voto para deputados ou representantes no parlamento ou câmera baixa nos 19 países membros do G20:
Direto, proporcional: Brasil.
Direto, distrital: Australia, Canada, França, India, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.
Misto proporcional e distrital: Indonesia, Coreia do Sul, Mexico.
Indireto, por partidos: Italia, Africa do Sul.
Misto direto e indireto: Alemanha, Japão, Argentina.
Não são democracias: China, Russia, Arabia Saudita.
A Europa faz parte do G20; não há forma de voto homogêneo, as eleições seguem regras locais. Incluí como "misto" os países onde o sistema é difícil de classificar sem ambiguidade.
06 novembro 2014
Da Constituição que os neo-comunistas querem rasgar
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e
a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não
sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição.
§ 1o Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir
embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer
veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5o, IV,
V, X, XIII e XIV.
§ 2o É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 2o É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
05 novembro 2014
Quem ganhou as eleições no Brasil?
Não fui eu; aliás, meus candidatos perderam no Brasil e até para governador de Massachusetts. Melhor uma bela derrota do que uma vitória de Pirro como a do PT.
Aécio ganhou um montão de votos. Todos prestando atenção no discurso dele no Senado, uns para elogiar, outros para odiar. O eleitor em sua sabedoria o deixou numa situação mais confortável do que estaria na presidência, onde teria que consertar os estragos do atual governo. Aécio escapou de fazer o papel do Obama em 2008. Excelente profissional, tem tudo para liderar a política enquanto o castelo de areia do governo PT vai se dissolvendo.
No PT, ganhou o Haddad. Não se meteu a fundo na campanha suja do governo federal, nem está brigando contra tudo e contra todos como se tivesse perdido, que é o que o resto do PT, políticos e militantes, estão fazendo. A Dilma sempre tratou o prefeito e a cidade com mau humor, mas o prefeito não se meteu em confusão e está propondo suas ideias para a cidade. Se uma fração delas der resultado, já é inusitado.
Do resto, ganhou Romário. O PSB, que nunca gostou dele, mostrou ser um partido sem capacidade de transferir apoio para seus aliados. Digamos que é um PMDB, com menor compromisso em relação às instituições democráticas - é no PMDB que vamos ter que confiar para defender as liberdades cívicas durante os próximos 4 anos. Por mim: Aécio 2018, Romário vice.
Aécio ganhou um montão de votos. Todos prestando atenção no discurso dele no Senado, uns para elogiar, outros para odiar. O eleitor em sua sabedoria o deixou numa situação mais confortável do que estaria na presidência, onde teria que consertar os estragos do atual governo. Aécio escapou de fazer o papel do Obama em 2008. Excelente profissional, tem tudo para liderar a política enquanto o castelo de areia do governo PT vai se dissolvendo.
No PT, ganhou o Haddad. Não se meteu a fundo na campanha suja do governo federal, nem está brigando contra tudo e contra todos como se tivesse perdido, que é o que o resto do PT, políticos e militantes, estão fazendo. A Dilma sempre tratou o prefeito e a cidade com mau humor, mas o prefeito não se meteu em confusão e está propondo suas ideias para a cidade. Se uma fração delas der resultado, já é inusitado.
Do resto, ganhou Romário. O PSB, que nunca gostou dele, mostrou ser um partido sem capacidade de transferir apoio para seus aliados. Digamos que é um PMDB, com menor compromisso em relação às instituições democráticas - é no PMDB que vamos ter que confiar para defender as liberdades cívicas durante os próximos 4 anos. Por mim: Aécio 2018, Romário vice.
01 novembro 2014
Porque o paulista reelegeu o Geraldo?
Apesar da falta d'água? É só ler o jornal: "trabalhar junto e somar esforços pelo bem dos interesses coletivos"; "o uso da água em períodos de estiagem deveria ser prioritariamente para o abastecimento humano".
Acho que essas frases explicam porque o paulista reelegeu o governador. Talvez não tenha sido um grande administrador, certamente não é um gênio visionário, mas parece um sujeito decente e conciliador. Podia ser muito pior.
Acho que essas frases explicam porque o paulista reelegeu o governador. Talvez não tenha sido um grande administrador, certamente não é um gênio visionário, mas parece um sujeito decente e conciliador. Podia ser muito pior.
27 outubro 2014
Quem estava certo?
Na eleição estavam em discussão 2 visões do Brasil. Segundo o PT, o governo da Dilma está fazendo tudo certo. Segundo a oposição, as coisas não vão bem.
Não é um resultado de todo mau a vitória da situação. Se seu entendimento estiver correto, a oposição vai observar o continuado sucesso e terá que rever suas ideias. Senão, os erros na condução do governo ficarão claros ao longo dos próximos anos, dando uma oportunidade para o eleitor rever sua decisão.
Acredito na 2a hipótese, mas a certeza precisa esperar. A preocupação principal deve ser a defesa das instituições democráticas, que saem fortalecidas de mais um teste mas nunca se sabe.... o preço da liberdade é a eterna vigilância.
Não é um resultado de todo mau a vitória da situação. Se seu entendimento estiver correto, a oposição vai observar o continuado sucesso e terá que rever suas ideias. Senão, os erros na condução do governo ficarão claros ao longo dos próximos anos, dando uma oportunidade para o eleitor rever sua decisão.
Acredito na 2a hipótese, mas a certeza precisa esperar. A preocupação principal deve ser a defesa das instituições democráticas, que saem fortalecidas de mais um teste mas nunca se sabe.... o preço da liberdade é a eterna vigilância.
26 outubro 2014
Consórcio de gillette usada
Uma dica para o contribuinte sofredor que já está se preparando para mais 4 anos de impostos sem retorno: é fácil afiar barbeador numa calça jeans velha. Deslize pelo reles brim americano algumas vezes, na direção contrária do corte. As lâminas ficam alinhadas e o barbeador volta a cortar mais suavemente, como novo.
Para barbudos como eu a economia não é grande, mas sempre ajuda. Quem não guarda calça velha, não se programou bem para continuar gastando 40% de sua renda com impostos, deve estar ganhando mais do que merece mesmo.
Para barbudos como eu a economia não é grande, mas sempre ajuda. Quem não guarda calça velha, não se programou bem para continuar gastando 40% de sua renda com impostos, deve estar ganhando mais do que merece mesmo.
Divulgação de pesquisa ilegal com metodologia discutível
Vou divulgar aqui os resultados de uma pesquisa flagrantemente ilegal, não registrada no TSE, que usou metodologia discutível, ouvindo as opiniões dos antigos presidentes e governantes do Brasil.
Votos para Dilma: Dilma, Lula, Collor, Sarney, Geisel, Jango, Jânio, Getúlio, Dutra, Getúlio (votou 2 vezes), Nilo Peçanha, Deodoro, Pedro I.
Votos para Aécio: Fernando Henrique, Tancredo, Castelo Branco, Juscelino, Washington Luís, Epitácio Pessoa, Venceslau Brás, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Campos Sales, Prudente de Morais, Pedro II, Feijó, Nassau.
Indecisos: Itamar, Figueiredo, Café Filho.
Nulos: Médici, Costa e Silva, Arthur Bernardes, Marechal Hermes, Floriano.
13 votos para Dilma, 14 para Aécio, 3 em branco e 5 nulos. A margem de erro é uns 2 ou 3 que poderiam mudar de ideia se estivessem vivos (duvido). A possibilidade de fraude é 1 ou 2.
Não foram consultados interinos, membros de juntas, ou intermediários do poder colonial. A metodologia foi baseada na consulta à Wikipedia e não na consulta mediúnica.
Votos para Dilma: Dilma, Lula, Collor, Sarney, Geisel, Jango, Jânio, Getúlio, Dutra, Getúlio (votou 2 vezes), Nilo Peçanha, Deodoro, Pedro I.
Votos para Aécio: Fernando Henrique, Tancredo, Castelo Branco, Juscelino, Washington Luís, Epitácio Pessoa, Venceslau Brás, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Campos Sales, Prudente de Morais, Pedro II, Feijó, Nassau.
Indecisos: Itamar, Figueiredo, Café Filho.
Nulos: Médici, Costa e Silva, Arthur Bernardes, Marechal Hermes, Floriano.
13 votos para Dilma, 14 para Aécio, 3 em branco e 5 nulos. A margem de erro é uns 2 ou 3 que poderiam mudar de ideia se estivessem vivos (duvido). A possibilidade de fraude é 1 ou 2.
Não foram consultados interinos, membros de juntas, ou intermediários do poder colonial. A metodologia foi baseada na consulta à Wikipedia e não na consulta mediúnica.
Corrupção no Brasil aumentou?
Tem quem diga que durante o governo do PT a corrupção subiu a níveis antes inimagináveis. Há também quem sustente que nunca se investigou tanto, portanto a corrupção diminuiu muito.
Minha opinião é mais modesta. A roubalheira, depois de um arrefecimento durante o governo tucano, voltou aos padrões históricos, da época em que no governo tínhamos Delfim, Sarney, Maluf, Collor...... É a hipótese mais coerente com o fato de que todos eles apoiam o governo atual.
Como a imprensa é livre, e as polícias e tribunais mais profissionais, sabemos do que acontece com mais presteza. Isso explica a impressão de que nunca vimos tanta ladroeira. Adicionalmente, os corruptos do PT não contam com a simpatia automática dos corruptos tradicionais, e ficam mais expostos a delações e vazamentos. Azar deles, que poderiam ter se defendido pró-ativamente escolhendo o caminho da honestidade, caminho este que pelo menos um petista sabe encontrar. De fato nunca ficamos sabendo da corrupção com tanta certeza como sabemos agora.
Minha opinião é mais modesta. A roubalheira, depois de um arrefecimento durante o governo tucano, voltou aos padrões históricos, da época em que no governo tínhamos Delfim, Sarney, Maluf, Collor...... É a hipótese mais coerente com o fato de que todos eles apoiam o governo atual.
Como a imprensa é livre, e as polícias e tribunais mais profissionais, sabemos do que acontece com mais presteza. Isso explica a impressão de que nunca vimos tanta ladroeira. Adicionalmente, os corruptos do PT não contam com a simpatia automática dos corruptos tradicionais, e ficam mais expostos a delações e vazamentos. Azar deles, que poderiam ter se defendido pró-ativamente escolhendo o caminho da honestidade, caminho este que pelo menos um petista sabe encontrar. De fato nunca ficamos sabendo da corrupção com tanta certeza como sabemos agora.
18 outubro 2014
Desaprender as bobagens que ensinam nas escolas, demora 30 anos de muito estudo
Pergunta de época de eleição: Como é possível que o País funcione, considerando as opiniões sobre política? Porque funcionar, funciona; e não tão mal assim.
Acho que resolvi a charada: desaprender as bobagens que ensinam nas escolas, demora 30 anos de muito estudo.
Quem escreve nos çáites e comenta nas mídias em geral tem colegial e curso superior completos. Então realmente precisa dos 30 anos inteirinhos. Só que, quem tem mais de 2 quatorzenas de anos para ficar estudando? Entre os profissionais, médicos, advogados, engenheiros, cheios de obrigações, poucos. Certamente não os professores universitários - têm que ir em reunião, fazer greve, imprimir paper.... quando foi a última vez que você viu um professor estudando na biblioteca? Por isso prefiro viver numa sociedade governada por 6 mil nomes escolhidos à esmo do que pelos 6 mil professores da USP. Ah, e já que você vai me xingar de reacionário por causa dessa frase, se souber de onde vem, extremismo na defesa da liberdade não é vício. Pode xingar.
De alguma forma, só dizem besteira. E o povo, que não fez colégio nem faculdade, acaba votando acertado. Apesar de esforços em contrário por parte dos políticos bacharéis, ocupados demais para desaprenderem tudo que têm para desaprender.
Receio o que vai acontecer no País com a universalização dos estudos médio e superior. É bom ficar atento. O preço da liberdade é a eterna vigilância.
Acho que resolvi a charada: desaprender as bobagens que ensinam nas escolas, demora 30 anos de muito estudo.
Quem escreve nos çáites e comenta nas mídias em geral tem colegial e curso superior completos. Então realmente precisa dos 30 anos inteirinhos. Só que, quem tem mais de 2 quatorzenas de anos para ficar estudando? Entre os profissionais, médicos, advogados, engenheiros, cheios de obrigações, poucos. Certamente não os professores universitários - têm que ir em reunião, fazer greve, imprimir paper.... quando foi a última vez que você viu um professor estudando na biblioteca? Por isso prefiro viver numa sociedade governada por 6 mil nomes escolhidos à esmo do que pelos 6 mil professores da USP. Ah, e já que você vai me xingar de reacionário por causa dessa frase, se souber de onde vem, extremismo na defesa da liberdade não é vício. Pode xingar.
De alguma forma, só dizem besteira. E o povo, que não fez colégio nem faculdade, acaba votando acertado. Apesar de esforços em contrário por parte dos políticos bacharéis, ocupados demais para desaprenderem tudo que têm para desaprender.
Receio o que vai acontecer no País com a universalização dos estudos médio e superior. É bom ficar atento. O preço da liberdade é a eterna vigilância.
17 outubro 2014
Debate entre os candidatos
O debate foi bom. É importante saber como um futuro governante lida com a pressão e como convive com os inevitáveis erros, próprios e de seus aliados. A articulação das frases e a linguagem facial numa situação tensa ajudam a avaliar a preparação para governar.
Aécio se saiu bem. Dilma se perdeu. Repetia acusações depois de Aécio rebater, parecia estar jogando slogans para os partidários repetirem.
O desempenho da presidente foi o ponto negativo. Indica que os problemas - inevitáveis na política, e agravados por erros do PT - são maiores do que a capacidade que ela tem de corrigir, reprogramar, e contemporizar. A parte das acusações mútuas pode não ser agradável, pode até ter sido excessiva, mas a corrupção e o desrespeito à lei são temas importantes para o eleitor. Certamente mais importantes do que exposições acadêmicas de programas e ideologias de governo que nem no brasileiro com formação de bacharel eu identifico o conhecimento e inclinação para avaliar com correição.
Quem acha que o debate foi ruim está fazendo um raciocínio pseudo-sofisticado. Queriam que os debatedores fossem didáticos como um professor que explica a matéria que cai na prova. Vá conferir: é crítica de quem aprendeu a matéria do colégio, passou no vestibular, e acha que isso dá o direito de achar que sabe todas as respostas. Em inglês se diz que as críticas são "sophomoric".
(Assisti via internet, enquanto arrumava uns arquivos no computador, perdi uns pedaços quando o streaming da UOL falhou. Foi melhor que ficar parado no trânsito, que depois do debate estava mais ameno. É a vantagem de ser professor e funcionário do estado, não ter hora para ir nem para vir.)
Aécio se saiu bem. Dilma se perdeu. Repetia acusações depois de Aécio rebater, parecia estar jogando slogans para os partidários repetirem.
O desempenho da presidente foi o ponto negativo. Indica que os problemas - inevitáveis na política, e agravados por erros do PT - são maiores do que a capacidade que ela tem de corrigir, reprogramar, e contemporizar. A parte das acusações mútuas pode não ser agradável, pode até ter sido excessiva, mas a corrupção e o desrespeito à lei são temas importantes para o eleitor. Certamente mais importantes do que exposições acadêmicas de programas e ideologias de governo que nem no brasileiro com formação de bacharel eu identifico o conhecimento e inclinação para avaliar com correição.
Quem acha que o debate foi ruim está fazendo um raciocínio pseudo-sofisticado. Queriam que os debatedores fossem didáticos como um professor que explica a matéria que cai na prova. Vá conferir: é crítica de quem aprendeu a matéria do colégio, passou no vestibular, e acha que isso dá o direito de achar que sabe todas as respostas. Em inglês se diz que as críticas são "sophomoric".
(Assisti via internet, enquanto arrumava uns arquivos no computador, perdi uns pedaços quando o streaming da UOL falhou. Foi melhor que ficar parado no trânsito, que depois do debate estava mais ameno. É a vantagem de ser professor e funcionário do estado, não ter hora para ir nem para vir.)
14 outubro 2014
Em defesa da Dilma
Depois que perder a eleição o PT vai soltar os cachorros em cima da presidente, então é bom fazer uma defesa preventiva. Não foi um governo de todo ruim - o país continua numa situação razoável e sem grandes conflitos internos. Para começar, o executivo não criou sozinho os esquemas de corrupção que estão sendo revelados agora, como o da Petrobrás; e se não conseguiu bloquear a corrupção, como muitos deveriam mas também não conseguem, também não impediu as investigações.
O governo aplicou as políticas econômicas que acha recomendáveis, e que têm apoio de muitos economistas, industriais, e populares. É para isso que foi eleito. Minha opinião é que são incorretas. Faz parte da democracia discordar e votar contra.
Dilma invariavelmente defendeu as liberdades democráticas contra as pressões, majoritárias na esquerda, contrárias à liberdade de expressão e às eleições livres e diretas. Nisso segue o precedente do Lula em manter o PT, enquanto governo, como defensor da democracia. Em questões sociais não houve movimentação, pois em si elas não despertam maior atenção de qualquer partido. O interesse das esquerdas se encerra no aparelhamento dos assim-chamados movimentos sociais.
É nos assuntos internacionais que Dilma foi pior, provavelmente por falta de afinidade com o tema, dando espaço para o eixo Garcia-Amorim-Guimarães. Desviou da tradição brasileira de neutralidade, se afundando numa política neo-geiseliana de tiranofilia anti-americana ou ao menos tolerância com o obscurantismo racista. Mas mesmo aí não se pode dizer que tomou atitudes extremadas ou com consequências diplomaticamente irreversíveis. O mundo todo entende que o Brasil é um país bom, capaz de corrigir os erros de seus políticos. E de qualquer forma a população se interessa por política externa ainda menos que a presidente, então os deslizes não têm efeito eleitoral.
Dilma vai perder as eleições porque apareceu um candidato melhor, com propostas que o eleitor achou mais corretas. É o jogo democrático. Não merece a critica feroz, de caráter essencialmente liberticida, que virá dos antigos aliados quando resolverem procurar um culpado pela derrota deles.
O governo aplicou as políticas econômicas que acha recomendáveis, e que têm apoio de muitos economistas, industriais, e populares. É para isso que foi eleito. Minha opinião é que são incorretas. Faz parte da democracia discordar e votar contra.
Dilma invariavelmente defendeu as liberdades democráticas contra as pressões, majoritárias na esquerda, contrárias à liberdade de expressão e às eleições livres e diretas. Nisso segue o precedente do Lula em manter o PT, enquanto governo, como defensor da democracia. Em questões sociais não houve movimentação, pois em si elas não despertam maior atenção de qualquer partido. O interesse das esquerdas se encerra no aparelhamento dos assim-chamados movimentos sociais.
É nos assuntos internacionais que Dilma foi pior, provavelmente por falta de afinidade com o tema, dando espaço para o eixo Garcia-Amorim-Guimarães. Desviou da tradição brasileira de neutralidade, se afundando numa política neo-geiseliana de tiranofilia anti-americana ou ao menos tolerância com o obscurantismo racista. Mas mesmo aí não se pode dizer que tomou atitudes extremadas ou com consequências diplomaticamente irreversíveis. O mundo todo entende que o Brasil é um país bom, capaz de corrigir os erros de seus políticos. E de qualquer forma a população se interessa por política externa ainda menos que a presidente, então os deslizes não têm efeito eleitoral.
Dilma vai perder as eleições porque apareceu um candidato melhor, com propostas que o eleitor achou mais corretas. É o jogo democrático. Não merece a critica feroz, de caráter essencialmente liberticida, que virá dos antigos aliados quando resolverem procurar um culpado pela derrota deles.
12 outubro 2014
Aviso aos usuários de redes sociais
Para quem ainda não percebeu: a eleição acabou. O cidadão, em sua sabedoria, já decidiu o voto com base nos fatos que se lhe apresentaram. Aviso aos usuários de redes sociais: a hora da propaganda negativa, que de qualquer forma não foi muito eficaz nessa campanha, acabou.
Podem especular sobre as maravilhas do próximo governo, elogiar os pendores artísticos a serem desenvolvidos por futuros ex-políticos, voltar a botar foto de gato, ou então aproveitar essa excelente oportunidade para ficar de boca fechada. Posts falando mal de um ou outro candidato, e especialmente dando chute em cachorro morto, são despropositados, de mau gosto, e sujeitam o autor ao block e unfriend.
Podem especular sobre as maravilhas do próximo governo, elogiar os pendores artísticos a serem desenvolvidos por futuros ex-políticos, voltar a botar foto de gato, ou então aproveitar essa excelente oportunidade para ficar de boca fechada. Posts falando mal de um ou outro candidato, e especialmente dando chute em cachorro morto, são despropositados, de mau gosto, e sujeitam o autor ao block e unfriend.
11 outubro 2014
Para entender: impostos federais
O governo federal arrecada 770 mil contos de réis por ano em impostos, dos quais 320 mil contos, uns 40%, no estado de S Paulo. No Rio de Janeiro o governo arrecada metade do que em S Paulo; em Brasília metade do que no Rio; em Minas, Paraná, Rio Grande do Sul, e S Catarina cada um metade do que em Brasília, mais ou menos. Os outros 20 estados pagam os 10% que faltam.
Do total arrecadado a União transfere 300 mil contos para estados e municípios, e gasta o resto diretamente. Quase ⅔ das transferências são constitucionais, gastas na administração pública local. Saúde, educação, e bolsas são o outro ⅓, e há dezenas de programas que recebem menos de mil contos cada. Recebem mais em transferência do que pagam em impostos 17 estados. Pagam mais do que recebem em transferências Goiás, Amazonas, e Espírito Santo, além do nomeados acima. Menos de 10% dos impostos arrecadados em S Paulo voltam para o Estado na forma de transferências. Números do ano 2013.
Os 320 mil contos pagos por S Paulo superam o total de transferências para estados e municípios. O contribuinte de estados que arrecadam mais do que recebem tem certa razão em achar que os benefícios que recebe da União são pequenos em relação ao valor dos impostos pagos.
Do total arrecadado a União transfere 300 mil contos para estados e municípios, e gasta o resto diretamente. Quase ⅔ das transferências são constitucionais, gastas na administração pública local. Saúde, educação, e bolsas são o outro ⅓, e há dezenas de programas que recebem menos de mil contos cada. Recebem mais em transferência do que pagam em impostos 17 estados. Pagam mais do que recebem em transferências Goiás, Amazonas, e Espírito Santo, além do nomeados acima. Menos de 10% dos impostos arrecadados em S Paulo voltam para o Estado na forma de transferências. Números do ano 2013.
Os 320 mil contos pagos por S Paulo superam o total de transferências para estados e municípios. O contribuinte de estados que arrecadam mais do que recebem tem certa razão em achar que os benefícios que recebe da União são pequenos em relação ao valor dos impostos pagos.
07 outubro 2014
Condução na USP
Hoje e ontem tentei pegar o circular da USP, no ponto próximo ao portão de pedestres da estação de trem, por volta das 8 horas. Foi impossível. O ônibus fica tão cheio que não dá para entrar. Os embarque dos poucos que conseguem encontrar lugar demora, atrasa o ônibus, e assim o problema piora. Acabei indo uma vez a pé e outra de carona com aluno.
A observação crucial é que os ônibus viajam vazios na maior parte do trajeto. O motivo é o desenho inadequado das linhas. Os erros são óbvios e já foram indicados nesse blog há mais de 2 anos.
Existem problemas na USP que são difíceis de resolver: exigem dinheiro, trabalho, mudança de atitudes, ou mudanças nas organizações. O problema de transporte não é um desses: basta corrigir os erros no trajeto. Um trajeto adequado economizaria dinheiro, porque os ônibus não andariam vazios na maior parte do trajeto. Se não for feito é por completa incompetência e indolência da prefeitura da cidade universitária e da Sptrans, que são responsáveis pelo transporte coletivo dentro do campus. E pela passividade e desinteresse das organizações de alunos, funcionários, e professores, que preferem gastar seu tempo em defesa de causas que não guardam qualquer relação com a qualidade de vida dentro do campus do que fazer algo que possa fugir do ritmo "quanto pior melhor".
A observação crucial é que os ônibus viajam vazios na maior parte do trajeto. O motivo é o desenho inadequado das linhas. Os erros são óbvios e já foram indicados nesse blog há mais de 2 anos.
Existem problemas na USP que são difíceis de resolver: exigem dinheiro, trabalho, mudança de atitudes, ou mudanças nas organizações. O problema de transporte não é um desses: basta corrigir os erros no trajeto. Um trajeto adequado economizaria dinheiro, porque os ônibus não andariam vazios na maior parte do trajeto. Se não for feito é por completa incompetência e indolência da prefeitura da cidade universitária e da Sptrans, que são responsáveis pelo transporte coletivo dentro do campus. E pela passividade e desinteresse das organizações de alunos, funcionários, e professores, que preferem gastar seu tempo em defesa de causas que não guardam qualquer relação com a qualidade de vida dentro do campus do que fazer algo que possa fugir do ritmo "quanto pior melhor".
05 outubro 2014
Poeminha depois do jejum
Que chegue a goiaba ao amanhecer.
Que suba o cheiro da goiaba madura ao entardecer.
E que sobre a casca da goiaba ao amanhecer.
Que suba o cheiro da goiaba madura ao entardecer.
E que sobre a casca da goiaba ao amanhecer.
Dia de eleição
A boa notícia é que 99% dos brasileiros vão votar em democratas para presidente. Os candidatos extremistas, de esquerda e de direita, que são contra o processo democrático e as liberdades individuais, vão ter menos de 2% dos votos!
Note que o eleitor se sai muito melhor nesse índice do que a elite: na USP, os partidos anti-democráticos teriam uma fração bem significativa dos votos. Temos 2 bons candidatos. Voto em Marina ou Aécio no 2o turno sem dúvidas. Foi excelente ter ambos, para levar o debate para o 2o turno.
A má notícia é que em MG, Pimentel vence com 61% dos votos válidos. PSDB vai perder assim em Minas? Confirma que o maior problema da política brasileira é a falta de renovação, especialmente dos tucanos. Em SP, ainda estamos com o vice do Covas. Precisamos de voto distrital!
Mais uma coisinha: os petistas nas redes parecem mais quietos. As revelações da delação premiada ou do discurso da Dilma pró-Daesh diminuíram o entusiasmo?
Note que o eleitor se sai muito melhor nesse índice do que a elite: na USP, os partidos anti-democráticos teriam uma fração bem significativa dos votos. Temos 2 bons candidatos. Voto em Marina ou Aécio no 2o turno sem dúvidas. Foi excelente ter ambos, para levar o debate para o 2o turno.
A má notícia é que em MG, Pimentel vence com 61% dos votos válidos. PSDB vai perder assim em Minas? Confirma que o maior problema da política brasileira é a falta de renovação, especialmente dos tucanos. Em SP, ainda estamos com o vice do Covas. Precisamos de voto distrital!
Mais uma coisinha: os petistas nas redes parecem mais quietos. As revelações da delação premiada ou do discurso da Dilma pró-Daesh diminuíram o entusiasmo?
03 outubro 2014
A pindaíba da USP, mais uma vez
Quando uma organização se acha com falta de dinheiro, é necessário aumentar as receitas, reduzir as despesas, ou buscar economias nos gastos.
A USP, dependendo essencialmente da generosidade do sofrido mas não rancoroso contribuinte, não tem caminhos fáceis para ganhar mais. Excetuando a apoderação de uma fatia maior dos impostos, as sugestões para crescer a receita tendem a sugerir a mudança de ramo de atuação - do ensino para a consultoria, varejo, treinamento corporativo, ou outro negócio mais lucrativo. O próprio excesso de otimismo de tais propostas denota a praticidade limitada, ainda mais que a universidade é por hábito e por desígnio uma instituição essencialmente conservadora.
O corte de gastos, que consistem essencialmente em pagamento de pessoal, é difícil numa instituição que, para o bem ou para o mal, tem pouco mecanismo de demissão de funcionários, por justa ou injusta causa. A não ser que eu muito me engane, o programa de demissões voluntárias não vai atrair nem um em cada mil funcionários. Os gastos não salariais são pequenos, e já foram cortados radicalmente, com prejuízo para as atividades acadêmicas. Não há mais onde cortar.
Sobra a busca de eficiências e economias. O único grande gasto que não é salário ou benefício direto são as contribuições que os professores fazem obrigatoriamente ao SPPREV, que pagam pensão por morte de funcionário ativo. Esse gasto poderia ser cortado, de 11% dos salários, sem contar a contribuição oficial, para algum valor certamente menor que 1%. Foi o que escrevi no post anterior.
Preparei uma roda de samba só pra ela
Se ela não sambar
Isso é problema dela
Entreguei um palpite seguro só pra ela
Mas se ela não jogar
Isso é problema dela
Inventei na semana um domingo só pra ela
Se ela for trabalhar
Isso é problema dela
A USP, dependendo essencialmente da generosidade do sofrido mas não rancoroso contribuinte, não tem caminhos fáceis para ganhar mais. Excetuando a apoderação de uma fatia maior dos impostos, as sugestões para crescer a receita tendem a sugerir a mudança de ramo de atuação - do ensino para a consultoria, varejo, treinamento corporativo, ou outro negócio mais lucrativo. O próprio excesso de otimismo de tais propostas denota a praticidade limitada, ainda mais que a universidade é por hábito e por desígnio uma instituição essencialmente conservadora.
O corte de gastos, que consistem essencialmente em pagamento de pessoal, é difícil numa instituição que, para o bem ou para o mal, tem pouco mecanismo de demissão de funcionários, por justa ou injusta causa. A não ser que eu muito me engane, o programa de demissões voluntárias não vai atrair nem um em cada mil funcionários. Os gastos não salariais são pequenos, e já foram cortados radicalmente, com prejuízo para as atividades acadêmicas. Não há mais onde cortar.
Sobra a busca de eficiências e economias. O único grande gasto que não é salário ou benefício direto são as contribuições que os professores fazem obrigatoriamente ao SPPREV, que pagam pensão por morte de funcionário ativo. Esse gasto poderia ser cortado, de 11% dos salários, sem contar a contribuição oficial, para algum valor certamente menor que 1%. Foi o que escrevi no post anterior.
Preparei uma roda de samba só pra ela
Se ela não sambar
Isso é problema dela
Entreguei um palpite seguro só pra ela
Mas se ela não jogar
Isso é problema dela
Inventei na semana um domingo só pra ela
Se ela for trabalhar
Isso é problema dela
02 outubro 2014
O problema financeiro da USP
Encontrei a solução para o problema financeiro da USP. A USP retorna ao equilíbrio financeiro se assumir os encargos da SPPREV, antigo IPESP, e recolher diretamente as contribuições dos professores.
Os professores e funcionários concursados recolhem 11% de seus salários para a SPPREV. Há mais uma contribuição que é custeada pelo estado ou pela universidade, mas a informação sobre o valor não está disponível facilmente, talvez em razão da censura promovida pelo TSE em época de eleições. Talvez seja até de mais 11%! É a universidade que paga as aposentadorias da USP, não a organização de previdência do estado, que custeia apenas a pensão de quem morre em serviço. Trata-se provavelmente de um dos seguros de vida mais caros do planeta.
Um benefício semelhante pode ser adquirido de uma seguradora privada pagando menos de 1/6 desses 11%. Fiz cálculos aproximados, usando como referência o seguro de vida que tenho através de minha organização profissional, o IEEE. Para a USP, oferecer esses benefícios seria certamente muito mais barato, porque a universidade não incorreria custos administrativos, de marketing, remuneração do acionista, ou riscos de seleção adversa. Um contador ou atuário poderia fazer os cálculos, mas de qualquer forma a quase totalidade dos 11% da folha salarial estariam disponíveis para a universidade, após descontados os gastos com as pensões. Isso é mais do que suficiente para cobrir os problemas de caixa, e ainda dar um aumento para os esforçados docentes.
Nesse blog e em outras ocasiões já apresentei soluções para diversos problemas que afligem nossa universidade. Porém em cada caso a aplicação da minha proposta dependia 1) do reconhecimento de que o problema apontado era o real; 2) da concordância sobre o acerto de meu diagnóstico; e 3) de um compromisso com grupos de interesse que estão acostumados ao status quo. A presente proposta não está sujeita a tais restrições. Todos concordam que a USP passa por grave problema financeiro; ninguém se beneficia da contribuição ao SPPREV, nem mesmo o próprio renomado instituto, que arrecada recursos de tal vulto sem contrapartida da prestação de serviços comensuráveis; e as cifras são de tal magnitude que qualquer correção nos números que apresentei não alteram qualitativamente a situação.
A resolução do problema de caixa pelo qual a USP passa permitirá à universidade voltar a se dedicar integralmente às missões das quais é incumbida pelo generoso e visionário cidadão paulista: a educação e a ciência no estado de S Paulo. Minha resposta está aqui. Há outras, já amplamente debatidas, mas todas com senões e de aplicação mais complexa. Podem me ouvir. Ou não. Mas se não o fizerem, me eximo da culpa por todo e qualquer problema que a situação financeira da universidade venha a causar.
Os professores e funcionários concursados recolhem 11% de seus salários para a SPPREV. Há mais uma contribuição que é custeada pelo estado ou pela universidade, mas a informação sobre o valor não está disponível facilmente, talvez em razão da censura promovida pelo TSE em época de eleições. Talvez seja até de mais 11%! É a universidade que paga as aposentadorias da USP, não a organização de previdência do estado, que custeia apenas a pensão de quem morre em serviço. Trata-se provavelmente de um dos seguros de vida mais caros do planeta.
Um benefício semelhante pode ser adquirido de uma seguradora privada pagando menos de 1/6 desses 11%. Fiz cálculos aproximados, usando como referência o seguro de vida que tenho através de minha organização profissional, o IEEE. Para a USP, oferecer esses benefícios seria certamente muito mais barato, porque a universidade não incorreria custos administrativos, de marketing, remuneração do acionista, ou riscos de seleção adversa. Um contador ou atuário poderia fazer os cálculos, mas de qualquer forma a quase totalidade dos 11% da folha salarial estariam disponíveis para a universidade, após descontados os gastos com as pensões. Isso é mais do que suficiente para cobrir os problemas de caixa, e ainda dar um aumento para os esforçados docentes.
Nesse blog e em outras ocasiões já apresentei soluções para diversos problemas que afligem nossa universidade. Porém em cada caso a aplicação da minha proposta dependia 1) do reconhecimento de que o problema apontado era o real; 2) da concordância sobre o acerto de meu diagnóstico; e 3) de um compromisso com grupos de interesse que estão acostumados ao status quo. A presente proposta não está sujeita a tais restrições. Todos concordam que a USP passa por grave problema financeiro; ninguém se beneficia da contribuição ao SPPREV, nem mesmo o próprio renomado instituto, que arrecada recursos de tal vulto sem contrapartida da prestação de serviços comensuráveis; e as cifras são de tal magnitude que qualquer correção nos números que apresentei não alteram qualitativamente a situação.
A resolução do problema de caixa pelo qual a USP passa permitirá à universidade voltar a se dedicar integralmente às missões das quais é incumbida pelo generoso e visionário cidadão paulista: a educação e a ciência no estado de S Paulo. Minha resposta está aqui. Há outras, já amplamente debatidas, mas todas com senões e de aplicação mais complexa. Podem me ouvir. Ou não. Mas se não o fizerem, me eximo da culpa por todo e qualquer problema que a situação financeira da universidade venha a causar.
Política na capitania de S Paulo
Desde a guerra dos emboabas já se sabia que o candidato mineiro ia vencer na capitania de S Paulo. Já escrevi isso antes, repito agora. Apenas um candidato tem a capacidade de fazer um bom governo. Quem vai ganhar a eleição não sei, é decisão do eleitor.
Digo mais: o Fernando Haddad é o melhor prefeito de S Paulo desde Washington Luiz. Se Aécio for eleito e fizer um governo da mesma qualidade que o prefeito, vai se juntar ao seleto grupo dos grandes governantes brasileiros: Nassau, Pedro de Alcântara, e Juscelino Kubitschek. Talvez Fernando Henrique faça parte do grupo, mas ainda é cedo para dizer. A dúvida adicional, além do resultado das eleições, é o SE.
O maior perigo político está relacionado com a crise fiscal que se aproxima, causada pela inépcia administrativa e pelas consequências financeiras do dirigismo econômico dos últimos anos. O cenário de risco é a seguinte sequência de eventos: Aécio vence; bolha de empréstimos oficiais estoura; governo equaciona a questão com competência e sacrifício, usando uma combinação de aperto e frouxidão fiscais que pouca gente no mundo saberia manejar com consciência; situação leva a culpa pelo estouro provocado pela má gestão anterior; país inicia recuperação após 4 anos; salvador da pátria é eleito com a promessa de voltar às políticas anteriores à crise; economia começa a voltar aos eixos; salvador da pátria obtém poderes especiais, estabelece controle estatal da imprensa e das eleições, e eleições indiretas através de lista fechada ou outro dispositivo inconstitucional.
É um risco remoto mas real de argentinização. Outros cenários se encerram em corrupção e desperdício, são menos preocupantes.
Sei que só uma meia dúzia de 3 ou 4 entre os milhões de eleitores brasileiros concordam com a sequência de afirmações acima, mas é por excesso de foco em questões partidárias ou de curto prazo. Estou certo e quem discordar está errado.
Digo mais: o Fernando Haddad é o melhor prefeito de S Paulo desde Washington Luiz. Se Aécio for eleito e fizer um governo da mesma qualidade que o prefeito, vai se juntar ao seleto grupo dos grandes governantes brasileiros: Nassau, Pedro de Alcântara, e Juscelino Kubitschek. Talvez Fernando Henrique faça parte do grupo, mas ainda é cedo para dizer. A dúvida adicional, além do resultado das eleições, é o SE.
O maior perigo político está relacionado com a crise fiscal que se aproxima, causada pela inépcia administrativa e pelas consequências financeiras do dirigismo econômico dos últimos anos. O cenário de risco é a seguinte sequência de eventos: Aécio vence; bolha de empréstimos oficiais estoura; governo equaciona a questão com competência e sacrifício, usando uma combinação de aperto e frouxidão fiscais que pouca gente no mundo saberia manejar com consciência; situação leva a culpa pelo estouro provocado pela má gestão anterior; país inicia recuperação após 4 anos; salvador da pátria é eleito com a promessa de voltar às políticas anteriores à crise; economia começa a voltar aos eixos; salvador da pátria obtém poderes especiais, estabelece controle estatal da imprensa e das eleições, e eleições indiretas através de lista fechada ou outro dispositivo inconstitucional.
É um risco remoto mas real de argentinização. Outros cenários se encerram em corrupção e desperdício, são menos preocupantes.
Sei que só uma meia dúzia de 3 ou 4 entre os milhões de eleitores brasileiros concordam com a sequência de afirmações acima, mas é por excesso de foco em questões partidárias ou de curto prazo. Estou certo e quem discordar está errado.
15 setembro 2014
Resolvido: as instituições políticas brasileiras são ótimas.
Com alguma relutância estou chegando à conclusão que as instituições da república brasileira são melhores que nossos políticos, e muito melhores que os eleitores. Diria até que são, não excelentes, mas ótimas: as melhores possíveis dadas as restrições impostas pela qualidade do eleitorado.
Senão vejamos. Pelo conteúdo intelectual e qualidades éticas dos comentários sobre política que a gente vê nas mídias sociais, dá para extrapolar que o país seria um lugar muito pior se os comentaristas atuassem diretamente no processo decisório. Por mais que isso pareça absurdo. O nível da campanha é baixo, e isso depõe contra os políticos, mas não tão baixo quando as falas diretas dos eleitores - e por eleitores me refiro a um subconjunto com estudo formal bem acima da média do eleitorado, que são os que escrevem coisas que chegam aos meus olhos.
Segue-se que a qualidade da política no Brasil só poderia piorar se as instituições fossem mais representativas dos eleitores, ou dos políticos. Por dura experiência dos 3 períodos de ditadura da época republicana, sabemos que também iria piorar se fossem menos representativas. Ipso facto o sistema atual é um ótimo local.
Quod erat demonstrandum.
Senão vejamos. Pelo conteúdo intelectual e qualidades éticas dos comentários sobre política que a gente vê nas mídias sociais, dá para extrapolar que o país seria um lugar muito pior se os comentaristas atuassem diretamente no processo decisório. Por mais que isso pareça absurdo. O nível da campanha é baixo, e isso depõe contra os políticos, mas não tão baixo quando as falas diretas dos eleitores - e por eleitores me refiro a um subconjunto com estudo formal bem acima da média do eleitorado, que são os que escrevem coisas que chegam aos meus olhos.
Segue-se que a qualidade da política no Brasil só poderia piorar se as instituições fossem mais representativas dos eleitores, ou dos políticos. Por dura experiência dos 3 períodos de ditadura da época republicana, sabemos que também iria piorar se fossem menos representativas. Ipso facto o sistema atual é um ótimo local.
Quod erat demonstrandum.
13 setembro 2014
Liberdade sob ataque
A liberdade civil dos brasileiros está sob ataque concertado de políticos e aspirantes a políticos de diversos partidos e matizes. Vou listar aqui alguns ataques dos que tomei conhecimento.
- O processo criminal movido pelo Banco Central com o objetivo de calar a boca do crítico Alexandre Schwartsman.
- O processo movido pela campanha de Aécio contra 66 tuiteiros que ousaram criticar o candidato.
- O processo movido por Márcio França, candidato do PSB a vice-governador de S Paulo, contra blogueiros, pelo mesmo motivo.
- O programa de governo da Marina que, dizem, propõe lei que torna crime inafiançável não só a prática da discriminação racial, mas também a injúria racial. Se xingar for crime inafiançável, vamos virar um estado policial. Vai todo mundo para a cadeia e não sobre ninguém para fechar as chaves. Ou então algum tirano decide um por um quem vai para a cadeia e quem fica solto.
- A proposta do PT, PCdoB e PSOL e PSB para fazer um plebiscito nacional pela constituinte, rasgar a Constituição com o objetivo de instituir um regime de controle partidário da imprensa e eleições indiretas. Querem delegar a um grupo que não conhecemos o poder de manter, ou de não manter, a liberdade no Brasil.
- O processo do PT contra Marina por "ferir a honra da agremiação" ao dizer que o PT não é confiável porque pôs um diretor para assaltar os cofres da Petrobrás por 12 anos.
- A condenação em 1a instância do Romário por ter afirmado que os donatários da CBF, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, mereciam "estar na cadeia". O fato de que a firmação é verdadeira é defesa suficiente. O juiz decerto deu ganho aos ladrões para prolongar os custos processos judiciais. O que é custo para um, é lucro para outro.
Pela amostra, as ideias fascistizantes no Brasil vêm na maioria mas não exclusivamente da esquerda.
09 setembro 2014
Roubalheira na Petrobrás
1 - Quem lê o @diegoescosteguy já sabia da corrupção na Petrobrás antes do assunto chegar ao Supremo.
2 - E o Nassif, pago pela Petrobrás, também já sabia: matéria preparada tenta jogar a culpa no falecido Eduardo Campos. http://t.co/spXfi8Hi5f Preparada porcamente, considerando o tempo que ele teve desde que a história saiu na Época até chegar ao Supremo.....
3 - Alguns minutos antes da delação premiada, já começava o spin na imprensa chapa-branca tentando botar a culpa na imprensa, nas privatizações do Fernando Henrique, e especialmente no partido da inimiga da hora, Marina Silva. O Viomundo também já tinha matéria preparada para emporcalhar toda a república com o intuito de nivelar todos por baixo.
4 - Conversafiada copiou a tática do Nassif. Sugere que já sabiam dos roubos na Petrobrás e tinham reportagens preparadas para culpar outrem na eventualidade de o pagador da imprensa "independente" ser exposto. O PHA é vulgar, escreve xulo, para outra audiência. Deve ser jogada combinada também, acho que o cara já foi alfabetizado. Acho que o Emir Sader é diferente, um tipo mais antigo, pura ideologia extremista, como massa de manobra radical de movimento estudantil. Será que ele serve de balão de ensaio de ideias para imprensa chapa-branca? Aí precisaria da energia de uma pessoa melhor que eu para descobrir. Suponho talvez que o movimento jornalístico chapa-branca organizado dá uns trocados para o Emir Sader bolar a ideias, e copia.
5 - Improvável que o então governador de Pernambuco não tenha tido nenhuma relação estranha com a Petrobrás. A refinaria Abreu e Lima, perto de Recife, já gastou 10 vezes o orçamento inicial, muito mais do que uma refinaria semelhante custaria em países ricos. Alguma coisa vão achar, política no Brasil é corrupta e o falecido não era santo. Mas quem controla a máquina de roubalheira da Petrobrás é o governo atual, e vai usar a máquina de propaganda, não para negar e se defender, mas para avacalhar toda a república esperando que a sujeira caia igualmente em todos os lados.
Links: A refinaria Abreu e Lima da Petrobras custou 40 mil contos. Parece muita gaita. No Canadá sai por ⅓ do preço. Acho que o desvio foi mais que 3%.
6 - Na minha opinião, quem está vazando o que contra quem, e quais as responsabilidades exatas de cada um, são assuntos menores. O fato principal é que os administradores da Petrobrás aprontaram enormes esquemas de corrupção e desperdício que custam caro ao patrimônio nacional.
7 - Pior: são quantias tão grandes, e usadas de formas tão perniciosas, que põem em risco a democracia representativa (induzindo partidos inteiros a apoiarem a situação); a liberdade de imprensa (manipulando setores da imprensa tradicional e da autodenominada "independente") e até, em escala menor, a soberania nacional (desviando recursos para regimes de credenciais democráticas duvidosas e ascendência sobre setores do PT). Sobre o coronel Campos, que Allah tenha piedade da alma dele.
8 - A lição é que está na hora de trocar o governo. Menos por causa da incompetência e roubalheira na administração da Petrobrás, e mais pelo estrago que os desvios fazem nas instituições da república. Imaginem como seria se o governo ainda tivesse monopólio das comunicação, um setor muito mais crucial do que o petróleo?
9 - É por isso que jogar fora a Constituição que temos, arriscando a perder as garantias de liberdade individual e de voto direto, sou contra. Não vou dar carta em branco para nenhum político fazer isso. Nem para meus concidadãos.
2 - E o Nassif, pago pela Petrobrás, também já sabia: matéria preparada tenta jogar a culpa no falecido Eduardo Campos. http://t.co/spXfi8Hi5f Preparada porcamente, considerando o tempo que ele teve desde que a história saiu na Época até chegar ao Supremo.....
3 - Alguns minutos antes da delação premiada, já começava o spin na imprensa chapa-branca tentando botar a culpa na imprensa, nas privatizações do Fernando Henrique, e especialmente no partido da inimiga da hora, Marina Silva. O Viomundo também já tinha matéria preparada para emporcalhar toda a república com o intuito de nivelar todos por baixo.
4 - Conversafiada copiou a tática do Nassif. Sugere que já sabiam dos roubos na Petrobrás e tinham reportagens preparadas para culpar outrem na eventualidade de o pagador da imprensa "independente" ser exposto. O PHA é vulgar, escreve xulo, para outra audiência. Deve ser jogada combinada também, acho que o cara já foi alfabetizado. Acho que o Emir Sader é diferente, um tipo mais antigo, pura ideologia extremista, como massa de manobra radical de movimento estudantil. Será que ele serve de balão de ensaio de ideias para imprensa chapa-branca? Aí precisaria da energia de uma pessoa melhor que eu para descobrir. Suponho talvez que o movimento jornalístico chapa-branca organizado dá uns trocados para o Emir Sader bolar a ideias, e copia.
5 - Improvável que o então governador de Pernambuco não tenha tido nenhuma relação estranha com a Petrobrás. A refinaria Abreu e Lima, perto de Recife, já gastou 10 vezes o orçamento inicial, muito mais do que uma refinaria semelhante custaria em países ricos. Alguma coisa vão achar, política no Brasil é corrupta e o falecido não era santo. Mas quem controla a máquina de roubalheira da Petrobrás é o governo atual, e vai usar a máquina de propaganda, não para negar e se defender, mas para avacalhar toda a república esperando que a sujeira caia igualmente em todos os lados.
Links: A refinaria Abreu e Lima da Petrobras custou 40 mil contos. Parece muita gaita. No Canadá sai por ⅓ do preço. Acho que o desvio foi mais que 3%.
6 - Na minha opinião, quem está vazando o que contra quem, e quais as responsabilidades exatas de cada um, são assuntos menores. O fato principal é que os administradores da Petrobrás aprontaram enormes esquemas de corrupção e desperdício que custam caro ao patrimônio nacional.
7 - Pior: são quantias tão grandes, e usadas de formas tão perniciosas, que põem em risco a democracia representativa (induzindo partidos inteiros a apoiarem a situação); a liberdade de imprensa (manipulando setores da imprensa tradicional e da autodenominada "independente") e até, em escala menor, a soberania nacional (desviando recursos para regimes de credenciais democráticas duvidosas e ascendência sobre setores do PT). Sobre o coronel Campos, que Allah tenha piedade da alma dele.
8 - A lição é que está na hora de trocar o governo. Menos por causa da incompetência e roubalheira na administração da Petrobrás, e mais pelo estrago que os desvios fazem nas instituições da república. Imaginem como seria se o governo ainda tivesse monopólio das comunicação, um setor muito mais crucial do que o petróleo?
9 - É por isso que jogar fora a Constituição que temos, arriscando a perder as garantias de liberdade individual e de voto direto, sou contra. Não vou dar carta em branco para nenhum político fazer isso. Nem para meus concidadãos.
08 setembro 2014
O procurador do BC é um criminoso.
O procurador do BC é um criminoso. Comete abuso de autoridade, ao tentar utilizar o sistema judiciário com o objetivo de oprimir um cidadão e privá-lo de sua liberdade de expressão individual.
Abuso de autoridade é crime: Lei de Abuso de Autoridade - Lei 4898/65. O processo movido pelo procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, já foi julgado sem mérito pelo judiciário. O objetivo do procurador é intimidar um cidadão, usando os recursos do Estado, porque o simples ato de estar envolvido em um processo impõe graves custos e empecilhos para o indivíduo, enquanto que o procurador utiliza verbas públicas para ação judicial que tem como objetivo proteger membros da corporação do escrutínio do público. O repetido processo movidos pelo procurador, mesmo após a causa ter sido julgada improcedente, é uma intimidação que fere os direitos constitucionais.
Adicionalmente, mover um processo sem base legal, e em benefício da própria corporação, é malversação de verbas públicas e desvio de função por parte do procurador.
Repito: o procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, é um criminoso contumaz, que continua atentando contra a lei sem mostrar arrependimento. É essa minha opinião de engenheiro constitucionalista. O processo inicial que ele moveu por crime de opinião talvez pudesse ser desculpado como trabalho porco de um indivíduo incompetente. Depois de alertado pela justiça que o processo inicial não tinha base legal, a defesa baseada na ignorância fica prejudicada. Concluo que o crime de abuso é intencional, premeditado, e doloso.
#prontofalei Se opinião é crime, pode mandar me prender junto.
Abuso de autoridade é crime: Lei de Abuso de Autoridade - Lei 4898/65. O processo movido pelo procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, já foi julgado sem mérito pelo judiciário. O objetivo do procurador é intimidar um cidadão, usando os recursos do Estado, porque o simples ato de estar envolvido em um processo impõe graves custos e empecilhos para o indivíduo, enquanto que o procurador utiliza verbas públicas para ação judicial que tem como objetivo proteger membros da corporação do escrutínio do público. O repetido processo movidos pelo procurador, mesmo após a causa ter sido julgada improcedente, é uma intimidação que fere os direitos constitucionais.
Adicionalmente, mover um processo sem base legal, e em benefício da própria corporação, é malversação de verbas públicas e desvio de função por parte do procurador.
Repito: o procurador-geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, é um criminoso contumaz, que continua atentando contra a lei sem mostrar arrependimento. É essa minha opinião de engenheiro constitucionalista. O processo inicial que ele moveu por crime de opinião talvez pudesse ser desculpado como trabalho porco de um indivíduo incompetente. Depois de alertado pela justiça que o processo inicial não tinha base legal, a defesa baseada na ignorância fica prejudicada. Concluo que o crime de abuso é intencional, premeditado, e doloso.
#prontofalei Se opinião é crime, pode mandar me prender junto.
05 setembro 2014
Taxas de administração em fundos de investimento.
Taxas de administração em fundos de investimento.
Média nos EUA: por volta de 1%.
Vanguard Index Fund: 0.18%.
Regra geral: um fundo de ações administrado ativamente que cobra mais de 1.5% tem custos exorbitantes.
Fundos de renda fixa em geral cobram a metade dos fundos de ações em despesas administrativas.
Número aproximados, um artigo com números no WSJ.
Fundos no varejo no Brasil: 2.5% ou mais.
Fundos no atacado de renda variável: 1.5%.
Fundos no atacado de renda fixa: 1%.
Também números redondos, artigo na Exame para começar a ler mais.
Taxa de administração dos fundos de previdência complementar oferecidos para a comunidade da USP: 5% do aporte inicial mais 1% do valor anual. Suponho que seja um fundo ativo de investimentos mistos, mas quem entra no site da SPPREV para se informar sobre política de investimentos do fundo lê que o site estará indisponível por causa de lei eleitoral.
Descrições de um fundo com taxas semelhantes no artigo do WSJ: embarrassing, whopping, investors are getting ripped off. Acho difícil explicar esses números pela incompetência gerencial ou pelo roubo isoladamente.
Média nos EUA: por volta de 1%.
Vanguard Index Fund: 0.18%.
Regra geral: um fundo de ações administrado ativamente que cobra mais de 1.5% tem custos exorbitantes.
Fundos de renda fixa em geral cobram a metade dos fundos de ações em despesas administrativas.
Número aproximados, um artigo com números no WSJ.
Fundos no varejo no Brasil: 2.5% ou mais.
Fundos no atacado de renda variável: 1.5%.
Fundos no atacado de renda fixa: 1%.
Também números redondos, artigo na Exame para começar a ler mais.
Taxa de administração dos fundos de previdência complementar oferecidos para a comunidade da USP: 5% do aporte inicial mais 1% do valor anual. Suponho que seja um fundo ativo de investimentos mistos, mas quem entra no site da SPPREV para se informar sobre política de investimentos do fundo lê que o site estará indisponível por causa de lei eleitoral.
Descrições de um fundo com taxas semelhantes no artigo do WSJ: embarrassing, whopping, investors are getting ripped off. Acho difícil explicar esses números pela incompetência gerencial ou pelo roubo isoladamente.
03 setembro 2014
Falta de diálogo na USP: falta tolerância?
Sinceramente, a falta de diálogo na USP pode ter a ver com falta de tolerância, mas tem mais a ver com indolência, preguiça, desinteresse, e acomodação ao status quo.
Para efeito de argumentação vou separar a USP a grosso modo entre escolas profissionais, ou tradicionais, que raramente fazem greve; e escolas de filosofia, que expedem diplomas que não correspondem a profissões bem definidas, muitas das quais paradas há meses. Não é uma separação rígida nem bem definida, mas funciona como esquema para mostrar os pólos opostos.
Convém, aos professores das escolas que expedem diplomas reconhecidos e regulamentados e que não fazem greve, nem se dar ao trabalho de conversar com os das filosofias, e comodamente se sentirem mais úteis e lucrativos. E convém, aos professores das escolas que expedem diplomas que não dão empregos e que estudam assuntos que não correspondem a necessidades imediatamente remuneradoras da sociedade, continuar brandindo contra tudo-isso-que-está-aí-desde-que-Fernando-Henrique-Cabral-abriu-os-portos-ao-neoliberalismo, para justificar sua posição na torre de marfim. Para continuar recebendo para estudar (ou não) ideologias que tem pouca relação com o Brasil real.
A burocra do estamento é eficiente em evitar qualquer tentativa mais coerente de fazer uma ponte entre os 2 lados. Os alunos se deixam levar pelas conversas, e os partidecos políticos se aproveitam delas. A parte mais estruturada da burocra é a separação total entre alunos e estudos, que se faz pelos currículos rígidos e incomunicáveis entre as disciplinas diferentes. Cada professor ficar na sua área é normal - a profundidade dos estudos exige especialização; mas os alunos serem enjaulados nas grades não é. Os sindicatos expulsam os docentes contra a greve de assembleias das quais eles se auto-expulsariam de qualquer modo; mas o mecanismo mais forte para impedir o diálogo são grades do ensino, que beneficiam a toda a corporação, grevistas e trabalhadores igualmente.
Para efeito de argumentação vou separar a USP a grosso modo entre escolas profissionais, ou tradicionais, que raramente fazem greve; e escolas de filosofia, que expedem diplomas que não correspondem a profissões bem definidas, muitas das quais paradas há meses. Não é uma separação rígida nem bem definida, mas funciona como esquema para mostrar os pólos opostos.
Convém, aos professores das escolas que expedem diplomas reconhecidos e regulamentados e que não fazem greve, nem se dar ao trabalho de conversar com os das filosofias, e comodamente se sentirem mais úteis e lucrativos. E convém, aos professores das escolas que expedem diplomas que não dão empregos e que estudam assuntos que não correspondem a necessidades imediatamente remuneradoras da sociedade, continuar brandindo contra tudo-isso-que-está-aí-desde-que-Fernando-Henrique-Cabral-abriu-os-portos-ao-neoliberalismo, para justificar sua posição na torre de marfim. Para continuar recebendo para estudar (ou não) ideologias que tem pouca relação com o Brasil real.
A burocra do estamento é eficiente em evitar qualquer tentativa mais coerente de fazer uma ponte entre os 2 lados. Os alunos se deixam levar pelas conversas, e os partidecos políticos se aproveitam delas. A parte mais estruturada da burocra é a separação total entre alunos e estudos, que se faz pelos currículos rígidos e incomunicáveis entre as disciplinas diferentes. Cada professor ficar na sua área é normal - a profundidade dos estudos exige especialização; mas os alunos serem enjaulados nas grades não é. Os sindicatos expulsam os docentes contra a greve de assembleias das quais eles se auto-expulsariam de qualquer modo; mas o mecanismo mais forte para impedir o diálogo são grades do ensino, que beneficiam a toda a corporação, grevistas e trabalhadores igualmente.
01 setembro 2014
O que muda no jornal são só os obituários
A Rússia prepara tanques para invadir a região fronteiriça da Ucrânia. Após limitar direito de voto em Hong Kong, China envia tanques em preparação contra protestos. Forças de manutenção de paz das Nações Unidas abandonam os postos no Sinai Golan devido a ameaças por regimes radicais. Em resposta ao assassinato de centenas de milhares de civis na Síria e no Iraque, comissão das Nações Unidas prepara condenação de Israel, já antes de iniciar seus trabalhos. Campus da Universidade de S Paulo amanhece semi-deserto em preparação para antevéspera de pré-feriado.
Meu tio Alex é que está certo: de um ano para outro, o que muda no jornal são só os obituários.
30 agosto 2014
Deputada Federal: Soninha 2300
Para deputada voto na Soninha 2300. Os motivos são os seguintes. O programa dela é bom, com prioridades corretas. Só para citar um item, ela defende o voto distrital misto, que talvez não seja tão bom quanto voto distrital puro, mas é uma possibilidade concreta para melhorar a qualidade da representação, tirando poder das máquinas partidárias e devolvendo ao eleitor. Para comparação, o PT defende o voto indireto através de listas fechadas pelos partidos, com o objetivo de restringir as possibilidades de o eleitor escolher nomes que não sejam do agrado dos coronéis da política nacional, apesar de que tal proposta tendente a abolir o voto direto é inconstitucional.
Por tudo que sei Soninha é pessoa honrada e defenderá o Brasil contra as propostas mais absurdas de centralismo democrático que podem vir do PT. Ganhando alguém da atual oposição, podemos esperar da Soninha um apoio seletivo, não automático. O partido 23, o velho Partidão, não é ruim e tem nomes razoáveis, além de um apelo nostálgico. Nosso legislativo tem excesso de homens, e em média as prioridades dos homens na política são contrárias às necessidades das famílias e às opiniões do profissionais da saúde e educação. Votar numa mulher ajuda a equilibrar essa distorção, especialmente numa eleição onde infelizmente não há mulheres candidatas a cargos majoritários com competência e experiência para desempenharem adequadamente as funções.
Soninha está sendo alvo de uma campanha de abuso de poder por parte do estamento dos donos do poder encastelados nas burocras dos tribunais de contas e eleitorais - gente que permite e acoberta desvios inacreditáveis e roubos multibilionários, mas resolveu se insurgir contra a falta de desperdício em trabalhos que Soninha fez em prol de cooperativas de artesanato. Só por essa perseguição injusta ela merece nosso voto - se não for por outra razão, em protesto contra a opressão das autoridades autoritárias que embargam o trabalho honesto e exigem o pagamento de propinas a beleguins e desembargadores.
Soninha 2300 para o congresso!
Por tudo que sei Soninha é pessoa honrada e defenderá o Brasil contra as propostas mais absurdas de centralismo democrático que podem vir do PT. Ganhando alguém da atual oposição, podemos esperar da Soninha um apoio seletivo, não automático. O partido 23, o velho Partidão, não é ruim e tem nomes razoáveis, além de um apelo nostálgico. Nosso legislativo tem excesso de homens, e em média as prioridades dos homens na política são contrárias às necessidades das famílias e às opiniões do profissionais da saúde e educação. Votar numa mulher ajuda a equilibrar essa distorção, especialmente numa eleição onde infelizmente não há mulheres candidatas a cargos majoritários com competência e experiência para desempenharem adequadamente as funções.
Soninha está sendo alvo de uma campanha de abuso de poder por parte do estamento dos donos do poder encastelados nas burocras dos tribunais de contas e eleitorais - gente que permite e acoberta desvios inacreditáveis e roubos multibilionários, mas resolveu se insurgir contra a falta de desperdício em trabalhos que Soninha fez em prol de cooperativas de artesanato. Só por essa perseguição injusta ela merece nosso voto - se não for por outra razão, em protesto contra a opressão das autoridades autoritárias que embargam o trabalho honesto e exigem o pagamento de propinas a beleguins e desembargadores.
Soninha 2300 para o congresso!
29 agosto 2014
Procuro projeto com lucro garantido para mim
Acabo de receber email, que copio com edições para deixar anônimo, enviado a todos os professores da universidade em nome de empresa que "...busca por projetos de pesquisa que estejam alinhados com as seguintes características:
a) Aplicada a [descrição da área de interesse];
b) Inovador, com bom embasamento científico e patenteáveis;
c) Atenda uma necessidade real [do setor de atuação da empresa];
d) Com claro potencial comercial."
O tom da mensagem denota completa falta de noção sobre a natureza da inovação, para não dizer um certo parasitismo. Se eu tivesse um projeto assim prontinho, com tudo para dar certo científica e comercialmente, eu montaria um negócio e venderia o produto pronto. Para que eu precisaria da empresa? Para ir lá e fornecer uma inovação com lucro garantido?
Conversamente, penso em mandar um email para todas os associados da FIESP: "cientista busca empresa com problema de pesquisa tendo as seguintes características:
a) Na área de controle adaptativo geométrico;
b) Desafiador, com definição matemática precisa;
c) Ofereça possibilidades reais de complementação salarial substantiva;
d) Claro potencial de publicações em periódicos de qualidade."
a) Aplicada a [descrição da área de interesse];
b) Inovador, com bom embasamento científico e patenteáveis;
c) Atenda uma necessidade real [do setor de atuação da empresa];
d) Com claro potencial comercial."
O tom da mensagem denota completa falta de noção sobre a natureza da inovação, para não dizer um certo parasitismo. Se eu tivesse um projeto assim prontinho, com tudo para dar certo científica e comercialmente, eu montaria um negócio e venderia o produto pronto. Para que eu precisaria da empresa? Para ir lá e fornecer uma inovação com lucro garantido?
Conversamente, penso em mandar um email para todas os associados da FIESP: "cientista busca empresa com problema de pesquisa tendo as seguintes características:
a) Na área de controle adaptativo geométrico;
b) Desafiador, com definição matemática precisa;
c) Ofereça possibilidades reais de complementação salarial substantiva;
d) Claro potencial de publicações em periódicos de qualidade."
28 agosto 2014
Desmoralização do trabalho
Parece que os desembargadores e juízes decidiram que a USP não pode descontar os salários dos grevistas. Deixando para os doutos bacharéis a discussão sobre a base jurídica da necessidade de decisão judicial para não pagar quem não está trabalhando, considere o ponto de vista de quem trabalha.
Já é embaraçoso ouvir de nossos concidadãos contribuintes, que dependem da execução satisfatória de suas incumbências profissionais para pagar as contas e recolher os impostos que sustentam nossos salários, a pergunta: "E como vocês fazem durante a greve de 3 meses? Não vai dizer que continuam recebendo mesmo sem trabalhar!" Temos que explicar que são 1% de grevistas ativos trancando as vias públicas e votando pela greve nas assembleias; uns 10% deixando de ir ao trabalho e às aulas por conta do clima de greve; e que quem têm vocação para ensino e ciência continua trabalhando, junto com a maioria dos funcionários.
Entendemos que a universidade está em péssima situação devido à incompetência e má fé de alguns dirigentes. Mas a sociedade e os alunos não têm culpa disso. Até merecemos um aumentozinho por conta da carestia e da qualidade de nosso trabalho; mas não estamos na universidade apenas para pensar em nosso próprio umbigo, nem para fazer apenas as partes do trabalho que trazem benefícios pessoais ou avanços na carreira. Queremos tentar conquistar esse merecido aumento trabalhando mais e com melhores resultados para o cidadão paulista.
E agora que os doutíssimos beleguins deliberaram que a universidade deve pagar igualmente a quem trabalha e a quem não trabalha, como ficamos? Aguardando, talvez, o próximo passo da desmoralização total: que a assim-chamada justiça declare que a universidade deve dar aumento a quem fez greve, mas não aos fura greves que continuaram dando aula.
Já é embaraçoso ouvir de nossos concidadãos contribuintes, que dependem da execução satisfatória de suas incumbências profissionais para pagar as contas e recolher os impostos que sustentam nossos salários, a pergunta: "E como vocês fazem durante a greve de 3 meses? Não vai dizer que continuam recebendo mesmo sem trabalhar!" Temos que explicar que são 1% de grevistas ativos trancando as vias públicas e votando pela greve nas assembleias; uns 10% deixando de ir ao trabalho e às aulas por conta do clima de greve; e que quem têm vocação para ensino e ciência continua trabalhando, junto com a maioria dos funcionários.
Entendemos que a universidade está em péssima situação devido à incompetência e má fé de alguns dirigentes. Mas a sociedade e os alunos não têm culpa disso. Até merecemos um aumentozinho por conta da carestia e da qualidade de nosso trabalho; mas não estamos na universidade apenas para pensar em nosso próprio umbigo, nem para fazer apenas as partes do trabalho que trazem benefícios pessoais ou avanços na carreira. Queremos tentar conquistar esse merecido aumento trabalhando mais e com melhores resultados para o cidadão paulista.
E agora que os doutíssimos beleguins deliberaram que a universidade deve pagar igualmente a quem trabalha e a quem não trabalha, como ficamos? Aguardando, talvez, o próximo passo da desmoralização total: que a assim-chamada justiça declare que a universidade deve dar aumento a quem fez greve, mas não aos fura greves que continuaram dando aula.
26 agosto 2014
Presidente: Aécio 45
Esse é fácil. Vou votar no candidato do Samuel Pessôa, sem piscar. Votei no Fernando Haddad com consciência pelo mesmo motivo. Melhor ainda ainda se pudesse votar nos próprios Yoshiharu Kohayakawa, Fuad Kassab Junior, Ronnie Mainieri, ou Nelson de Freitas Porfírio Junior. Mas não são candidatos, então vai no candidato do Samuel Pessôa.
Não tenho objeção grave contra o Aécio, governador bem avaliado pelos mineiros e senador pouco atuante, porque se houvesse algo grave não votaria. Os demais candidatos não são bons. Dilma está conduzindo a economia de forma voluntarista e desastrada; a conta vai vir nos próximos anos, agora que o governo terminou de gastar a herança maldita do Professor Fernando Henrique e tem que viver de seus próprios meio. Apesar de pessoalmente favorável às liberdades individuais, permite que o projeto de poder totalizante do PT continue se apoiando na presidência. Na política exterior, o eixo Celso Amorim-Marco Aurélio Garcia-Samuel Pinheiro Guimarães continua aprontando seus estragos. Está na hora de alternar o poder.
Marina ainda não deu sinais de estar preparada para a presidência, nem pelo temperamento político, nem pela assessoria, nem pelas ações após a última eleição. Certamente eu teria preferido o neto do Doutor Tancredo ao neto do Coronel Arraes, e Marina continua sendo candidata de partidos de ocasião, sem base nem proposta. Talvez votasse no Eduardo Jorge porque é do PV, mas fica prejudicado pelas chances reais do candidato mais preparado. Os demais podiam pegar um aerotrem para Cuba.
Estou inclinado a votar no PV para deputada estadual e no PSDB para deputada federal mas ainda não escolhi candidatas.
Não tenho objeção grave contra o Aécio, governador bem avaliado pelos mineiros e senador pouco atuante, porque se houvesse algo grave não votaria. Os demais candidatos não são bons. Dilma está conduzindo a economia de forma voluntarista e desastrada; a conta vai vir nos próximos anos, agora que o governo terminou de gastar a herança maldita do Professor Fernando Henrique e tem que viver de seus próprios meio. Apesar de pessoalmente favorável às liberdades individuais, permite que o projeto de poder totalizante do PT continue se apoiando na presidência. Na política exterior, o eixo Celso Amorim-Marco Aurélio Garcia-Samuel Pinheiro Guimarães continua aprontando seus estragos. Está na hora de alternar o poder.
Marina ainda não deu sinais de estar preparada para a presidência, nem pelo temperamento político, nem pela assessoria, nem pelas ações após a última eleição. Certamente eu teria preferido o neto do Doutor Tancredo ao neto do Coronel Arraes, e Marina continua sendo candidata de partidos de ocasião, sem base nem proposta. Talvez votasse no Eduardo Jorge porque é do PV, mas fica prejudicado pelas chances reais do candidato mais preparado. Os demais podiam pegar um aerotrem para Cuba.
Estou inclinado a votar no PV para deputada estadual e no PSDB para deputada federal mas ainda não escolhi candidatas.
Penca de vereadores concorrendo a deputado
Alguém reclama dos vereadores disputando eleição para deputado. Respondo:
O problema é o voto proporcional. Nesse sistema há um número excessivo de candidatos, nem nós que prestamos atenção temos condição de escolher com critério. Então o partido lança candidatos com nome conhecido para amealhar alguns votos, que contam para "dar coeficiente". O vereador é o candidato ideal porque tem tempo para fazer campanha, e já tem emprego garantido mesmo se perder. A solução é voto distrital. No seu distrito, o eleitor tem uma escolha de cada partido. Se gosta do seu deputado, reelege. Senão, escolhe um da oposição.
O motivo pelo qual os partidos não se renovam é porque não há forma de um político se destacar entre centenas de candidatos com o voto proporcional. Aparece um nome novo apenas em casos especiais:
1 - Candidato a cargo majoritário, fica conhecido para a eleição seguinte;
2 - Parente de político famoso;
3 - Ungido por político famoso e hábil;
4 - Celebridade: criminoso, palhaço, ou jogador de futebol.
Essas candidaturas dos deputados são uma tentativa de driblar a falta de reconhecimento. Não dão muito certo. Não fazer o voto distrital foi o único erro grave dos Constituintes. Os demais foram menores, tipo manter o nome da república imposto pela ditadura em vez de voltar a Estados Unidos do Brasil como era na democracia. Lição de casa é contar quão poucos nomes surgiram sem as qualidades 1,2,3, ou 4.
O problema é o voto proporcional. Nesse sistema há um número excessivo de candidatos, nem nós que prestamos atenção temos condição de escolher com critério. Então o partido lança candidatos com nome conhecido para amealhar alguns votos, que contam para "dar coeficiente". O vereador é o candidato ideal porque tem tempo para fazer campanha, e já tem emprego garantido mesmo se perder. A solução é voto distrital. No seu distrito, o eleitor tem uma escolha de cada partido. Se gosta do seu deputado, reelege. Senão, escolhe um da oposição.
O motivo pelo qual os partidos não se renovam é porque não há forma de um político se destacar entre centenas de candidatos com o voto proporcional. Aparece um nome novo apenas em casos especiais:
1 - Candidato a cargo majoritário, fica conhecido para a eleição seguinte;
2 - Parente de político famoso;
3 - Ungido por político famoso e hábil;
4 - Celebridade: criminoso, palhaço, ou jogador de futebol.
Essas candidaturas dos deputados são uma tentativa de driblar a falta de reconhecimento. Não dão muito certo. Não fazer o voto distrital foi o único erro grave dos Constituintes. Os demais foram menores, tipo manter o nome da república imposto pela ditadura em vez de voltar a Estados Unidos do Brasil como era na democracia. Lição de casa é contar quão poucos nomes surgiram sem as qualidades 1,2,3, ou 4.
25 agosto 2014
Governador: Natalini 43
Continuando o post anterior, para governador também vou votar no Partido Verde, Natalini 43. Médico por médico, prefiro o que exerce a profissão. Outro bom motivo? Ele bebe água de moringa. Vereador íntegro, tem as prioridades corretas. Sem histórico de relações conflituosas com políticos decentes dos demais partidos, tem tudo para governar bem. De negativo, só que ele tuita demais, não dá para seguir.
Dos outros candidatos, o Alckmin não é de todo ruim. A imitação que ele fez do Maluf ano passado em comemoração da Escola Politécnica foi impagável. Mas a qualidade do trabalho dele não está proporcional ao tempo de governo. Daria para votar num possível 2o turno, mas merece no mínimo um puxão de orelha.
Skaf não tem proposta nem partido, apenas um projeto pessoal de poder financiado com recursos da Fiesp: são recursos mandados por lei, na prática é como dinheiro de impostos. Ele aluga seu trânsito na burocra para o partido que dá lugar para sua vaidade. Ridículo. Padilha é o que o PT tem de pior: estudante profissional, recebeu o canudo e foi direto para o ministério - tal a falta de quadros do partido! Os artigos dele listando as obras que ele teria feito para fazer chover são uma ofensa ao bom senso. Sua maior realização foi montar uma equipe que editou a wikipedia em termos hagiográficos a seu favor, e distribuiu xingos para opositores políticos e jornalistas impertinentes. A página que os funcionários públicos editaram em proveito pessoal do chefe diz que ele bolou também o sistema de peonagem usando médicos cubanos.
Então é Natalini 43 para governador. De longe o melhor.
Dos outros candidatos, o Alckmin não é de todo ruim. A imitação que ele fez do Maluf ano passado em comemoração da Escola Politécnica foi impagável. Mas a qualidade do trabalho dele não está proporcional ao tempo de governo. Daria para votar num possível 2o turno, mas merece no mínimo um puxão de orelha.
Skaf não tem proposta nem partido, apenas um projeto pessoal de poder financiado com recursos da Fiesp: são recursos mandados por lei, na prática é como dinheiro de impostos. Ele aluga seu trânsito na burocra para o partido que dá lugar para sua vaidade. Ridículo. Padilha é o que o PT tem de pior: estudante profissional, recebeu o canudo e foi direto para o ministério - tal a falta de quadros do partido! Os artigos dele listando as obras que ele teria feito para fazer chover são uma ofensa ao bom senso. Sua maior realização foi montar uma equipe que editou a wikipedia em termos hagiográficos a seu favor, e distribuiu xingos para opositores políticos e jornalistas impertinentes. A página que os funcionários públicos editaram em proveito pessoal do chefe diz que ele bolou também o sistema de peonagem usando médicos cubanos.
Então é Natalini 43 para governador. De longe o melhor.
Voto aberto: Kaká Werá 430 para o senado
Voto secreto é direito, não um dever, então como não vivemos num regime totalitário vou usar esse blog para declarar meu voto. Começo com senador: Kaká Werá 430 do Partido Verde.
Os temas da campanha dele são as mais relevantes para o paulista: educação, cuidado com o meio ambiente e em particular com as águas, respeito à diversidade, e cultura de paz. Mesmo que não consiga transformar o país no Senado, só termos alguém defendendo os índios já vale o voto.
Não tenho nada contra o Serra, mas já cansei de votar nos mesmos caciques tucanos. Também não tenho nada contra o Suplicy, mas ele tem sido bem menos ativo nos últimos 12 anos. Nem tenho objeção ao Kassab, mas não vejo motivo nenhum para apoiar o partido que ele criou.
Então voto no Kaká Werá 430, afinal ele já escreveu livros e fez discos, que pretendo conferir. Na medida que tiver tempo vou escrevendo os demais votos.
Os temas da campanha dele são as mais relevantes para o paulista: educação, cuidado com o meio ambiente e em particular com as águas, respeito à diversidade, e cultura de paz. Mesmo que não consiga transformar o país no Senado, só termos alguém defendendo os índios já vale o voto.
Não tenho nada contra o Serra, mas já cansei de votar nos mesmos caciques tucanos. Também não tenho nada contra o Suplicy, mas ele tem sido bem menos ativo nos últimos 12 anos. Nem tenho objeção ao Kassab, mas não vejo motivo nenhum para apoiar o partido que ele criou.
Então voto no Kaká Werá 430, afinal ele já escreveu livros e fez discos, que pretendo conferir. Na medida que tiver tempo vou escrevendo os demais votos.
24 agosto 2014
Reforma partidária
O Brasil precisa de uma reforma partidária. De um lado, os populistas, centralizadores, defendendo as conquistas da ditadura getulista, culpando o governo anterior por todos seus erros, buscando em todos os problemas uma conspiração internacional estadunidense-americana. Esse povo se abriga no PT e dispersa nos outros partidos de esquerda, mas merece uma instituição coesa, com liderança gaúcha.
Do outro lado os espumantes, vendo comunista embaixo da cama, pedindo um golpe militar a cada caso de corrupção real ou inventada. Esse povo anda meio sem casa, ficou desacreditado pela posição em relação à ditadura militar, então se espalha nos demais partidos, causando confusão ideológica. Devia ter seu próprio partido, com liderança carioca naturalmente.
No meio os democratas, um pouco liberais ingleses, um pouco socialistas franceses, um pouco desenvolvimentistas americanos, mas sem muito exagero. Café, com leite. Feijão, com arroz. Filé, com salada. Farofa, com couve. Um partido enraizado na Gerais. Sem a faina de carregar bandeiras oposicionistas, fica melhor.
O eleitor paulista escolhe um dos 3 e decide quem governa o país. Sugiro até os nomes para as agremiações: Partido Trabalhista Brasileiro, União Democrática Nacional, e Partido Social Democrático.
Pensando bem, deixa como está.
Do outro lado os espumantes, vendo comunista embaixo da cama, pedindo um golpe militar a cada caso de corrupção real ou inventada. Esse povo anda meio sem casa, ficou desacreditado pela posição em relação à ditadura militar, então se espalha nos demais partidos, causando confusão ideológica. Devia ter seu próprio partido, com liderança carioca naturalmente.
No meio os democratas, um pouco liberais ingleses, um pouco socialistas franceses, um pouco desenvolvimentistas americanos, mas sem muito exagero. Café, com leite. Feijão, com arroz. Filé, com salada. Farofa, com couve. Um partido enraizado na Gerais. Sem a faina de carregar bandeiras oposicionistas, fica melhor.
O eleitor paulista escolhe um dos 3 e decide quem governa o país. Sugiro até os nomes para as agremiações: Partido Trabalhista Brasileiro, União Democrática Nacional, e Partido Social Democrático.
Pensando bem, deixa como está.
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23 agosto 2014
Numa discussão no Facebook....
... sobre política externa brasileira de repente vem um cara e diz que o problema é que os judeus controlam a mídia e por isso Israel não tem direito a existir. Não respondi para esse sujeito, mas copio aqui o algumas coisas que escrevi para meus amigos que estavam na discussão, que continuou em diversas direções.
[a política externa brasileira com relação a Israel] é a mesma desde 1948, com exceção do voto do Geisel contra Israel em 1975, e da chamada do embaixador somada à não condenação do Hamas no mês passado. Há também a questão do apoio ocasional do Itamaraty e a amizade de setores do PT com as piores ditaduras do mundo árabe e islâmico, que tem relação, mesmo que indireta, com a questão entre Israel e Palestina. Fora esses episódios, é uma posição que qualificaria o Brasil a interlocutor mais ou menos isento e aceitável por moderados de ambos os lados, justamente por ser inaceitável para radicais de cada lado. Não é inatacável, mas é razoável. A cada escorregão do Itamaraty ou do governo, porém, o Brasil volta para o andar mais baixo da escada.
...sustento e reforço minha opinião anterior de que a causa única do problema [entre Israel e Palestina] é o pensamento como o do comentário logo acima, baseado nos protocolos dos sábios de sion ou em outra literatura ainda mais maldosa. Uma discussão sobre política externa brasileira virou uma oportunidade para desligitimizar Israel, apesar do non sequitur em relação aos comentários anteriores. Note como é difícil para Israel chegar num acordo quando os supostos amigos dos palestinos pensam assim, e como esse pensamento facilita a ação de países que apoiam e se beneficiam tanto do Hamas quanto do ISIS e conseguem controlar Gaza através do Hamas.
Minha opinião é essa: o conflito entre Israel e Palestina é um horror, e para acabar deve haver um estado palestino. 2 estados para 2 povos. Pronto. Qual o obstáculo? Do lado palestino, os grupos terroristas que fazem de tudo para sabotar qualquer possibilidade de um acordo. Do lado israelense, o medo. Medo de quê? Volte uns pontos atrás aqui nesse post. Era um discussão sobre política exterior brasileira onde petistas e anti-petistas tinham apresentado suas opiniões e até certo ponto concordado. Daí veio o [o sujeito supre-citado] com um post desligitimizando o Estado de Israel com base num suposto controle judaico da mídia mundial. Isso é muito comum. Quando o israelense vê esse argumento, ele pensa: "Não existe mudança da minha política que vá conseguir paz. Não são as decisões do meu governo que ele está criticando, é minha existência. O outro lado não vai parar enquanto não conseguir fazer conosco o que está fazendo com os cristãos no Iraque. A única coisa que pode ser feita contra esse argumento é usar a força." E por causa desse tipo de argumento, que é bastante comum, é muito mais difícil chegar a um acordo.
...existem setores radicais em Israel, e setores que aceitariam acordos em qualquer situação razoável. E no meio uma maioria que aceitaria sem grandes obstáculos - exceto pelo medo do terrorismo. Esse centrão é que é o cerne da questão, não os radicais. Infelizmente o Hamas reforça os receios do centrão. Não adianta apontar para os lados radicais, tem que entender as considerações dos centrões de cada lado.
O voto do Geisel teve a ver com suborno dos países do Golfo a um regime que não tinha exatamente um compromisso muito firme com ideologias democráticas nem com a honestidade. Foi uma exceção na política brasileira, como foi exceção a resposta desproporcional do Itamaraty marcoauréliogarcista. Acho que podemos, mesmo sem concordar com a medida de proporcionalidade, concordar que o objetivo é constituir um estado palestino viável e em paz.
....de fato o Itamaraty desde o início do governo do PT tem sido bastante tolerante com todo tipo de regime tirânico ou sanguinário. De maneira geral a política externa do Brasil tende aos "panos quentes", mas exemplos de omissão como no caso do Irã ou Síria abusam da boa vontade. Por outro lado os "panos quentes" coloca o Brasil, salvo ocasionais deslizes, numa posição razoável no caso Israel-Palestina, onde de certa forma ambos tem razão, e de outra forma ambos erram. Pelo 3o lado, neutralidade excessiva faz a política externa brasileira meio irrelevante - uma cadeira permanente no Conselho de Segurança para se abster sempre? Da minha parte ponho a culpa dos "deslizes" na troika Celso Amorim-Marco Aurélio Garcia-Samuel Pinheiro Guimarães.
Acho que concordamos que a situação do povo de Gaza e em menor escala da Cisjordânia é triste, especialmente se comparada com as possibilidades da época de Oslo nos anos 1990. Acho que também dá para concordar que fora 2 estados para 2 povos coexistindo em paz não há caminho para remediar essa injustiça. Discordamos ao menos em parte sobre os obstáculos para resolver. Você indica as ações de Israel. Não vou dizer que não é parte do problema, muito menos defender cada ação israelense, mas enfatizar que em Israel há uma enorme diversidade de opiniões e o governo poderia mudar de atitude quando o povo assim indicar. Porque não faz? Na minha opinião, por causa das ações do auto-entitulados "amigos dos Gaza", aqueles que querem luta contra a ocupação até a última gota de sangue palestino. Confortáveis nas capitais do Golfo, nas burocras diplomáticas, nas ruas de Paris e Londres, ou nas torres de marfim da academia, para eles quanto pior melhor. Quanto mais mortes em Gaza, mais à vontade se sentem para criticar e esconderem suas próprias atrocidades preferidas. Quando esses grupos revelam que a bandeira deles não é contra ações do estado de Israel, mas contra a existência do estado ou do povo judeu, daí a maioria israelense entende que não há concessões que podem levar à paz, mas apenas a mais guerras mais sangrentas.
É isso. Quem estava gritando sobre Gaza um ano atrás, sem procurar uma resolução pacífica, enquanto o conflito na Síria era 1000 vezes maior tem que assumir a responsabilidade de os conflitos agora terem envolvido Gaza.
[a política externa brasileira com relação a Israel] é a mesma desde 1948, com exceção do voto do Geisel contra Israel em 1975, e da chamada do embaixador somada à não condenação do Hamas no mês passado. Há também a questão do apoio ocasional do Itamaraty e a amizade de setores do PT com as piores ditaduras do mundo árabe e islâmico, que tem relação, mesmo que indireta, com a questão entre Israel e Palestina. Fora esses episódios, é uma posição que qualificaria o Brasil a interlocutor mais ou menos isento e aceitável por moderados de ambos os lados, justamente por ser inaceitável para radicais de cada lado. Não é inatacável, mas é razoável. A cada escorregão do Itamaraty ou do governo, porém, o Brasil volta para o andar mais baixo da escada.
...sustento e reforço minha opinião anterior de que a causa única do problema [entre Israel e Palestina] é o pensamento como o do comentário logo acima, baseado nos protocolos dos sábios de sion ou em outra literatura ainda mais maldosa. Uma discussão sobre política externa brasileira virou uma oportunidade para desligitimizar Israel, apesar do non sequitur em relação aos comentários anteriores. Note como é difícil para Israel chegar num acordo quando os supostos amigos dos palestinos pensam assim, e como esse pensamento facilita a ação de países que apoiam e se beneficiam tanto do Hamas quanto do ISIS e conseguem controlar Gaza através do Hamas.
Minha opinião é essa: o conflito entre Israel e Palestina é um horror, e para acabar deve haver um estado palestino. 2 estados para 2 povos. Pronto. Qual o obstáculo? Do lado palestino, os grupos terroristas que fazem de tudo para sabotar qualquer possibilidade de um acordo. Do lado israelense, o medo. Medo de quê? Volte uns pontos atrás aqui nesse post. Era um discussão sobre política exterior brasileira onde petistas e anti-petistas tinham apresentado suas opiniões e até certo ponto concordado. Daí veio o [o sujeito supre-citado] com um post desligitimizando o Estado de Israel com base num suposto controle judaico da mídia mundial. Isso é muito comum. Quando o israelense vê esse argumento, ele pensa: "Não existe mudança da minha política que vá conseguir paz. Não são as decisões do meu governo que ele está criticando, é minha existência. O outro lado não vai parar enquanto não conseguir fazer conosco o que está fazendo com os cristãos no Iraque. A única coisa que pode ser feita contra esse argumento é usar a força." E por causa desse tipo de argumento, que é bastante comum, é muito mais difícil chegar a um acordo.
...existem setores radicais em Israel, e setores que aceitariam acordos em qualquer situação razoável. E no meio uma maioria que aceitaria sem grandes obstáculos - exceto pelo medo do terrorismo. Esse centrão é que é o cerne da questão, não os radicais. Infelizmente o Hamas reforça os receios do centrão. Não adianta apontar para os lados radicais, tem que entender as considerações dos centrões de cada lado.
O voto do Geisel teve a ver com suborno dos países do Golfo a um regime que não tinha exatamente um compromisso muito firme com ideologias democráticas nem com a honestidade. Foi uma exceção na política brasileira, como foi exceção a resposta desproporcional do Itamaraty marcoauréliogarcista. Acho que podemos, mesmo sem concordar com a medida de proporcionalidade, concordar que o objetivo é constituir um estado palestino viável e em paz.
....de fato o Itamaraty desde o início do governo do PT tem sido bastante tolerante com todo tipo de regime tirânico ou sanguinário. De maneira geral a política externa do Brasil tende aos "panos quentes", mas exemplos de omissão como no caso do Irã ou Síria abusam da boa vontade. Por outro lado os "panos quentes" coloca o Brasil, salvo ocasionais deslizes, numa posição razoável no caso Israel-Palestina, onde de certa forma ambos tem razão, e de outra forma ambos erram. Pelo 3o lado, neutralidade excessiva faz a política externa brasileira meio irrelevante - uma cadeira permanente no Conselho de Segurança para se abster sempre? Da minha parte ponho a culpa dos "deslizes" na troika Celso Amorim-Marco Aurélio Garcia-Samuel Pinheiro Guimarães.
Acho que concordamos que a situação do povo de Gaza e em menor escala da Cisjordânia é triste, especialmente se comparada com as possibilidades da época de Oslo nos anos 1990. Acho que também dá para concordar que fora 2 estados para 2 povos coexistindo em paz não há caminho para remediar essa injustiça. Discordamos ao menos em parte sobre os obstáculos para resolver. Você indica as ações de Israel. Não vou dizer que não é parte do problema, muito menos defender cada ação israelense, mas enfatizar que em Israel há uma enorme diversidade de opiniões e o governo poderia mudar de atitude quando o povo assim indicar. Porque não faz? Na minha opinião, por causa das ações do auto-entitulados "amigos dos Gaza", aqueles que querem luta contra a ocupação até a última gota de sangue palestino. Confortáveis nas capitais do Golfo, nas burocras diplomáticas, nas ruas de Paris e Londres, ou nas torres de marfim da academia, para eles quanto pior melhor. Quanto mais mortes em Gaza, mais à vontade se sentem para criticar e esconderem suas próprias atrocidades preferidas. Quando esses grupos revelam que a bandeira deles não é contra ações do estado de Israel, mas contra a existência do estado ou do povo judeu, daí a maioria israelense entende que não há concessões que podem levar à paz, mas apenas a mais guerras mais sangrentas.
É isso. Quem estava gritando sobre Gaza um ano atrás, sem procurar uma resolução pacífica, enquanto o conflito na Síria era 1000 vezes maior tem que assumir a responsabilidade de os conflitos agora terem envolvido Gaza.
22 agosto 2014
Home electronics
I have a computer connected to an UPS. The laser printer is of course NOT connected to the no-break, but it is in the same room.
When the printer goes off, the computer goes off. I understand that the printer sucks electricity and lowers voltage. Isn't this precisely the problem a battery backup is expected to solve? What should I do?
- Get a new no-break? Mine is a small APC one - good brand, perhaps I need a fancier model with faster response.
- Get rid of the Brother laser printer, because it defeats the no-break?
- Or use laptop computers exclusively?
Earnest suggestions appreciated.
21 agosto 2014
Vidas e milagres dos santos comunistas
Vocês têm notado as páginas da Wikipedia sobre essas figuras menores da esquerda? São hagiográficas. Roberto Amaral, Padilha que é candidato a 3o colocado na eleição para governador em SP......
Fui dar uma olhada, a cada parágrafo exaltam os milagres que o santo cometeu. Preocupante isso. Não sei quanto é espontâneo, quanto é coordenado e pago com nosso dinheiro de impostos, quanto influencia o pensamento nacional, quanto cai no esquecimento, mas acho preocupante.
Quem escreve essas páginas, são os mesmo que canonizaram o político que eles chamavam de Dudu Traíra assim que morreu?
Fui dar uma olhada, a cada parágrafo exaltam os milagres que o santo cometeu. Preocupante isso. Não sei quanto é espontâneo, quanto é coordenado e pago com nosso dinheiro de impostos, quanto influencia o pensamento nacional, quanto cai no esquecimento, mas acho preocupante.
Quem escreve essas páginas, são os mesmo que canonizaram o político que eles chamavam de Dudu Traíra assim que morreu?
19 agosto 2014
Friends of Hamas
Allies of Hamas in Iraq kill thousands. Friends of Hamas on Facebook go hiding. Hamas apparently breaks cease fire with the goal of bringing Gaza back to the news. Three rockets explode in Israel, hours before truce to expire htz.li/5n.
I expect that the outcome will be as Hamas and its friends intend: more suffering to the people of Gaza. Less news about Iraq and Syria.
18 agosto 2014
Análise política rápida e malfeita
Quem será o menos pior para o Brasil?
Pró: fez o estrago, vamos deixar ela consertar.
Contra: 16 anos no governo é muita oportunidade para o projeto de poder eterno de alguns setores do PT.
Aécio.
Pró: Tem a equipe mais competente.
Contra: Vai levar a culpa do inevitável estrago, e depois quem o povo vai eleger em 2018?
Marina:
Pró: Não vai levar a culpa do estrago.
Contra: Nem a pessoa nem o partido tem qualquer qualificação para governar o país.
Conclusão: vou votar no Aécio mas talvez para o país seja melhor que a Marina pegue o estouro da bolha construída pelo PT. Continuo achando que vai ser uma eleição horrorosa.
16 agosto 2014
A pindaíba da USP
O problema financeiro imediato da USP é o excesso de gastos, causado pelo choque de má gestão nos últimos anos. A má gestão foi liderada pelo reitor Rodas. Toda a USP participou, gastando como se dinheiro desse em árvore. Nem eu que reclamo de tudo bloguei contra o desperdício que é dar vale restaurante para todo mundo. Em defesa própria, meus colegas não viram nenhum dos milhares de funcionários que o Rodas contratou trabalhando. Não tínhamos como saber quantos eram.
A longo prazo a USP é solvente, porque a economia de S Paulo cresce, o total de impostos aumenta, e o orçamento tende a cobrir os salários se não houver aumento acima da inflação nem contratações novas. O desafio é trazer recursos futuros para o presente. A proposta do reitor Zago de promover demissões voluntárias, aumentando os gastos imediatos e diminuindo os gastos futuros, é exatamente o contrário do que a USP precisa. Não faz diferença porque nenhum funcionário vai aceitar perder a sinecura.
O grande problema da USP é que o trabalho dos professores é ineficaz - muita burocra, currículos engessados que dão trabalho e não rendem aprendizado. O número de funcionários é excessivo e o desempenho das burocras administrativas é inferior ao que se espera dos recursos gastos. Só que é necessário resolver os problemas urgentes antes de tratar os problemas grandes.
O caminho que a reitoria parece ter escolhido é deixar o povo ficar em greve, não estavam fazendo grande coisa mesmo. É cômodo. Realmente o trabalho da minoria de grevistas não parece estar fazendo muita falta para a sociedade. Na minha opinião fazem falta tanto o diálogo como o camburão, mas a inação, esperar a inflação diminuir os salários, também é uma tática. O problema foi causado pela omissão de vice reitores, pró-reitores, conselhos, congregações, sindicatos, e de todos os professores da USP que se omitiram enquanto a coisa pública estava sendo gerida de modo temerário. Quem sabe o problema causado pela inação pode ser resolvido com mais inação?
A longo prazo a USP é solvente, porque a economia de S Paulo cresce, o total de impostos aumenta, e o orçamento tende a cobrir os salários se não houver aumento acima da inflação nem contratações novas. O desafio é trazer recursos futuros para o presente. A proposta do reitor Zago de promover demissões voluntárias, aumentando os gastos imediatos e diminuindo os gastos futuros, é exatamente o contrário do que a USP precisa. Não faz diferença porque nenhum funcionário vai aceitar perder a sinecura.
O grande problema da USP é que o trabalho dos professores é ineficaz - muita burocra, currículos engessados que dão trabalho e não rendem aprendizado. O número de funcionários é excessivo e o desempenho das burocras administrativas é inferior ao que se espera dos recursos gastos. Só que é necessário resolver os problemas urgentes antes de tratar os problemas grandes.
O caminho que a reitoria parece ter escolhido é deixar o povo ficar em greve, não estavam fazendo grande coisa mesmo. É cômodo. Realmente o trabalho da minoria de grevistas não parece estar fazendo muita falta para a sociedade. Na minha opinião fazem falta tanto o diálogo como o camburão, mas a inação, esperar a inflação diminuir os salários, também é uma tática. O problema foi causado pela omissão de vice reitores, pró-reitores, conselhos, congregações, sindicatos, e de todos os professores da USP que se omitiram enquanto a coisa pública estava sendo gerida de modo temerário. Quem sabe o problema causado pela inação pode ser resolvido com mais inação?
08 agosto 2014
Bolha estatizada
O setor privado no Brasil depende do governo até para criar uma bolha. Deu na Folha hoje: Bancos públicos assumem 70% de socorro a elétricas.
A explicação é óbvia: o governo está manipulando os preços com finalidades eleitorais. Para cobrir os buracos nas empresas de energia, recorre aos bancos oficiais. Empresas e bancos privados, inclusive multinacionais, dançam enquanto a música toca: leia também sobre os vendedores de carros. E os peronistas culpam o Brasil pelo calote argentino, apear de todos os presentes dados pelo governo brasileiro a empresários ligados aos pinguins que operam no setor de contravenção.
As bolhas mais recentes nos Estados Unidos se originaram no setor privado: alta tecnologia nos anos 1990 e imóveis na década de 2000. Aqui é necessário apoio do governo para gerar uma bolha. A crise bancária no Brasil vai estourar durante o próximo governo. E quem tem que resolver crises financeiras é o governo - deixando para o setor privado como os países ricos estão fazendo, a crise dura 10 anos.
Será que a administração que criou a crise terá competência para resolver? Ou quem herdou a bolha terá força para enfrentar o estouro em vez de passivamente levar a culpa? Não estou gostando do enredo desse filme.
A explicação é óbvia: o governo está manipulando os preços com finalidades eleitorais. Para cobrir os buracos nas empresas de energia, recorre aos bancos oficiais. Empresas e bancos privados, inclusive multinacionais, dançam enquanto a música toca: leia também sobre os vendedores de carros. E os peronistas culpam o Brasil pelo calote argentino, apear de todos os presentes dados pelo governo brasileiro a empresários ligados aos pinguins que operam no setor de contravenção.
As bolhas mais recentes nos Estados Unidos se originaram no setor privado: alta tecnologia nos anos 1990 e imóveis na década de 2000. Aqui é necessário apoio do governo para gerar uma bolha. A crise bancária no Brasil vai estourar durante o próximo governo. E quem tem que resolver crises financeiras é o governo - deixando para o setor privado como os países ricos estão fazendo, a crise dura 10 anos.
Será que a administração que criou a crise terá competência para resolver? Ou quem herdou a bolha terá força para enfrentar o estouro em vez de passivamente levar a culpa? Não estou gostando do enredo desse filme.
06 agosto 2014
Pergunta e resposta
@gugachacra pergunta: Os europeus, que são o povo que mais se matou na história da humanidade, hoje vivem em relativa paz, a não ser pela Ucrânia. Por que no Oriente Médio, onde nunca houve violência que chegasse aos pés da violência europeia, judeus e árabes não conseguirão o mesmo?
@Pepait respondo: Tentanto responder a última pergunta: conseguirão. Mas há um obstáculo. Israel é um país pequeno, dependente de seus aliados, mas tem autonomia. Já o povo de Gaza não tem autonomia, por ser um território pequeno, isolado, e relativamente pobre, e fica refém de forças internacionais a quem interessa a manutenção do conflito. As vozes extremistas na mídia e nas redes sociais ressoam justamente esses interesses. A Cisjordânia está numa situação intermediária e hoje acredito que seria possível chegar numa situação melhor, porém a maioria dos israelenses desconfia da Fatah, justamente porque ouvem a mensagem de guerra vindo de tantas outras partes.
Em comparação, a Europa Ocidental entrou num período de paz a partir de 1945 quando se submeteu ao controle militar dos países de língua inglesa. A força internacional dominante queria a paz, que os europeus aceitaram. Note que a parte russa ainda teve invasões e conflitos.
@Pepait respondo: Tentanto responder a última pergunta: conseguirão. Mas há um obstáculo. Israel é um país pequeno, dependente de seus aliados, mas tem autonomia. Já o povo de Gaza não tem autonomia, por ser um território pequeno, isolado, e relativamente pobre, e fica refém de forças internacionais a quem interessa a manutenção do conflito. As vozes extremistas na mídia e nas redes sociais ressoam justamente esses interesses. A Cisjordânia está numa situação intermediária e hoje acredito que seria possível chegar numa situação melhor, porém a maioria dos israelenses desconfia da Fatah, justamente porque ouvem a mensagem de guerra vindo de tantas outras partes.
Em comparação, a Europa Ocidental entrou num período de paz a partir de 1945 quando se submeteu ao controle militar dos países de língua inglesa. A força internacional dominante queria a paz, que os europeus aceitaram. Note que a parte russa ainda teve invasões e conflitos.
15 julho 2014
Os técnicos brasileiros têm medo de craque
Sempre há alguma desculpa de contusão, real ou inventada, mas os técnicos brasileiros têm medo de craque. Vejamos o histórico depois da era Pelé.
Em 1974 Zagalo deixou Ademir da Guia no banco. Mesmo que não ganhasse da Holanda, com o craque que Zagalo desprezou o time teria deixado uma lembrança melhor.
Em 1978 Claudio Coutinho deixou em casa o melhor jogador brasileiro, Falcão, que junto com Zico bem podia ter montado um gol na Argentina, ou pelo menos evitado aqueles empates feios na 1a fase.
Em 1982 o Telê que era o Telê montou um time sem centroavante porque suspeitava que Reinaldo, o grande centroavante brasileiro, era homossexual. O preconceito do treinador resultou no ponto fraco do excelente time.
Em 1986 o time já não era o mesmo, mas foi eliminado sem perder e levando só um gol.
Em 1990 Romário não estava no time do piacere io sono il Papa. Só não ficou fora em 1994 porque a seleção sem ele nem ia para a Copa. Parreira não podia excluir Romário, que classificou a seleção contra o Uruguay, e teve que apelar deixando o vice craque Raí no banco. Com isso quase entregou a Copa. Em 1998 novamente Romário foi preterido, pelo Zagalo.
Em 2002 o Brasil ganhou todas. O Felipão criou uma aura de não ter medo de craque.
Em 2006 tinha bastante ex-craque em atividade.
Em 2010 os craques Neymar e Ganso teriam que estar no time nem que fosse só para assistirem a Copa, como Maradona em 1978 e Ronaldo em 1994. Teriam encontrado um lugar num time sem estrelas.
Em 2014 #nãotevecopa
Em 1974 Zagalo deixou Ademir da Guia no banco. Mesmo que não ganhasse da Holanda, com o craque que Zagalo desprezou o time teria deixado uma lembrança melhor.
Em 1978 Claudio Coutinho deixou em casa o melhor jogador brasileiro, Falcão, que junto com Zico bem podia ter montado um gol na Argentina, ou pelo menos evitado aqueles empates feios na 1a fase.
Em 1982 o Telê que era o Telê montou um time sem centroavante porque suspeitava que Reinaldo, o grande centroavante brasileiro, era homossexual. O preconceito do treinador resultou no ponto fraco do excelente time.
Em 1986 o time já não era o mesmo, mas foi eliminado sem perder e levando só um gol.
Em 1990 Romário não estava no time do piacere io sono il Papa. Só não ficou fora em 1994 porque a seleção sem ele nem ia para a Copa. Parreira não podia excluir Romário, que classificou a seleção contra o Uruguay, e teve que apelar deixando o vice craque Raí no banco. Com isso quase entregou a Copa. Em 1998 novamente Romário foi preterido, pelo Zagalo.
Em 2002 o Brasil ganhou todas. O Felipão criou uma aura de não ter medo de craque.
Em 2006 tinha bastante ex-craque em atividade.
Em 2010 os craques Neymar e Ganso teriam que estar no time nem que fosse só para assistirem a Copa, como Maradona em 1978 e Ronaldo em 1994. Teriam encontrado um lugar num time sem estrelas.
Em 2014 #nãotevecopa
10 julho 2014
Os dinamarqueses têm um ditado: "Hvad udad tabes, skal indad vindes."
Os dinamarqueses têm um ditado: "Hvad udad tabes, skal indad vindes." O que foi perdido por fora, será ganho por dentro. Após perder um bom pedaço de seu território nas guerras de Bismarck, a Dinamarca se voltou para dentro, cultivando terras inóspitas e charnecas no interior do país e, mais importante, fortalecendo as instituições e a coesão social do povo. A resposta à derrota de 1864 é crucial para a formação do país mais feliz e próspero do mundo.
O Brasil não se mete em guerra. Quando é metido, escolhe bem os aliados. As 3 vezes guerras em que o Brasil esteve terminaram com a rendição incondicional do agressor. Estamos invictos, e somente os insanos atacam o impávido colosso.
Mas levamos a sério as vitórias e derrotas no futebol. Talvez o esporte sirva como sucedâneo para a batalha, uma droga huxleyana com efeito social. Talvez até entre os briguentos europeus. Seja como for, entre nós os jogos decisivos são lembrados por gerações.
O que perdemos para os outros, vamos ganhar para nós. Acertar a educação e a ciência no Brasil, porque educação e ciência são as únicas coisas que ajudam a felicidade e prosperidade de uma nação, mais do que conquistas econômicas, militares, ou esportivas. Reformar a administração dos esportes no Brasil e varrer a corja de ladrões que ocuparam a CBF e outras associações e ministérios esportivos. Porque não aproveitar a oportunidade para limpar os corruptos da política?
E tratar uns aos outros com respeito, inclusive os jogadores e técnicos de futebol que fizeram o que conseguiram no campo. Quem joga melhor do que eles, quem nunca perdeu uma partida, quem já marcou mais de mil gola, até tem o direito de criticar. Quem já perdeu de 14x1 sabe como eles se sentem. Por patriotismo, dê ao seu trabalho uma dedicação especial, trate com decência seu compatriota, e eleja bons políticos. Um jogo de futebol perdido vai ser um futuro ganho.
O Brasil não se mete em guerra. Quando é metido, escolhe bem os aliados. As 3 vezes guerras em que o Brasil esteve terminaram com a rendição incondicional do agressor. Estamos invictos, e somente os insanos atacam o impávido colosso.
Mas levamos a sério as vitórias e derrotas no futebol. Talvez o esporte sirva como sucedâneo para a batalha, uma droga huxleyana com efeito social. Talvez até entre os briguentos europeus. Seja como for, entre nós os jogos decisivos são lembrados por gerações.
O que perdemos para os outros, vamos ganhar para nós. Acertar a educação e a ciência no Brasil, porque educação e ciência são as únicas coisas que ajudam a felicidade e prosperidade de uma nação, mais do que conquistas econômicas, militares, ou esportivas. Reformar a administração dos esportes no Brasil e varrer a corja de ladrões que ocuparam a CBF e outras associações e ministérios esportivos. Porque não aproveitar a oportunidade para limpar os corruptos da política?
E tratar uns aos outros com respeito, inclusive os jogadores e técnicos de futebol que fizeram o que conseguiram no campo. Quem joga melhor do que eles, quem nunca perdeu uma partida, quem já marcou mais de mil gola, até tem o direito de criticar. Quem já perdeu de 14x1 sabe como eles se sentem. Por patriotismo, dê ao seu trabalho uma dedicação especial, trate com decência seu compatriota, e eleja bons políticos. Um jogo de futebol perdido vai ser um futuro ganho.
30 junho 2014
Péssima escolha do Aécio
O senador Aloysio não acrescenta nada à chapa. Nem mais à esquerda, nem mais à direita. Nem mais ao norte, nem mais ao sul. Agora são 2 homens brancos, políticos profissionais. Não tenho objeção ao senador, mas não é um nome novo e não vai trazer nenhum voto que não era garantido para o partido. Aécio escolheu um vice para agradar os velhos caciques tucanos. Mais uma prova que o PSDB não se renova.
13 junho 2014
E falavam do Galvão
A cobertura da Copa nas redes sociais está pior que na TV. Quem é petista só fala do show midiático do Nicolelis. Quem é antipetista torce até contra o exoesqueleto.
Petista só fala na maravilha que é o estádio e nos belíssimos viadutos dos estados governados pelo seu partido. Antipetistas culpam o Lula pela seca e pela chuva, torcem pelo gol contra e pelo erro do juiz.
Imaginem se o povo que escreve no Facebook governasse o país? Estamos melhor com os políticos, e assistindo rede Globo.
Petista só fala na maravilha que é o estádio e nos belíssimos viadutos dos estados governados pelo seu partido. Antipetistas culpam o Lula pela seca e pela chuva, torcem pelo gol contra e pelo erro do juiz.
Imaginem se o povo que escreve no Facebook governasse o país? Estamos melhor com os políticos, e assistindo rede Globo.
10 junho 2014
Previsões do Nate Silver para a copa
Acho que as previsões do Nate Silver para a copa estão certas: o Brasil tem quase metade de chance de ganhar, bem mais do que estimam os apostadores.
O fato é que as jogadas mais efetivas da Alemanha e da Argentina - a saber, quebrar a perna do jogador adversário sem levar punição - não são muito eficazes contra o time da casa. É sabido que a vantagem do time da casa é que o juiz tem receio de se deixar subornar pelo adversário, em consideração à reação da torcida. Dizem que esses alemães são menos grossos, mas não vai ser numa copa que vão mudar a personalidade do time. Idem para os argentinos, mesmo com Messi. Enfrentar o Brasil sem dar canelada, só é o estilo da Espanha e França.
Então as possibilidades de alguns dos principais adversários do Brasil ficam diminuídas. Vamos ver se chegou o fim da era Dunga.
O fato é que as jogadas mais efetivas da Alemanha e da Argentina - a saber, quebrar a perna do jogador adversário sem levar punição - não são muito eficazes contra o time da casa. É sabido que a vantagem do time da casa é que o juiz tem receio de se deixar subornar pelo adversário, em consideração à reação da torcida. Dizem que esses alemães são menos grossos, mas não vai ser numa copa que vão mudar a personalidade do time. Idem para os argentinos, mesmo com Messi. Enfrentar o Brasil sem dar canelada, só é o estilo da Espanha e França.
Então as possibilidades de alguns dos principais adversários do Brasil ficam diminuídas. Vamos ver se chegou o fim da era Dunga.
08 junho 2014
Motivos para não estar entusiasmado com a Copa
1 - A corrupção da FIFA passou dos limites.
2 - O desperdício com estádios é desanimador.
3 - Os 20 anos da era Dunga acabaram com a alegria do futebol. Certo que o Brasil ganhou 2 vezes, apesar dos esforços em contrário da cartolagem, mas os papelões de 2006 e 2010 cortaram o ritmo de torcer.
4 - O Corinthians foi campeão do mundo em cima do Boca; talvez só isso baste, e torcer para seleção fosse só para compensar os fracassos do futebol de várzea.
5 - Depois de 3 anos como técnico de futebol infantil, ganhei uma vaga noção de quanto um técnico pode atrapalhar e não quero ver mais.
6 - Neymar e mais quantos? Não conheço os reservas da segundona da Turquia.
7 - O regulamento da Copa é um lixo: 3 jogos que não contam nada, depois 4 jogos eliminatórios, a maioria decididos ou por pênaltis ou por erros de arbitragem. Talvez isso fosse tolerável quando éramos analfabetos, mas hoje m torneio de jogos aleatórios é frustrante.
Ou então estou só demorando para engrenar. Vamos ver no final da semana.
2 - O desperdício com estádios é desanimador.
3 - Os 20 anos da era Dunga acabaram com a alegria do futebol. Certo que o Brasil ganhou 2 vezes, apesar dos esforços em contrário da cartolagem, mas os papelões de 2006 e 2010 cortaram o ritmo de torcer.
4 - O Corinthians foi campeão do mundo em cima do Boca; talvez só isso baste, e torcer para seleção fosse só para compensar os fracassos do futebol de várzea.
5 - Depois de 3 anos como técnico de futebol infantil, ganhei uma vaga noção de quanto um técnico pode atrapalhar e não quero ver mais.
6 - Neymar e mais quantos? Não conheço os reservas da segundona da Turquia.
7 - O regulamento da Copa é um lixo: 3 jogos que não contam nada, depois 4 jogos eliminatórios, a maioria decididos ou por pênaltis ou por erros de arbitragem. Talvez isso fosse tolerável quando éramos analfabetos, mas hoje m torneio de jogos aleatórios é frustrante.
Ou então estou só demorando para engrenar. Vamos ver no final da semana.
06 junho 2014
Uma universidade não é uma empresa
Imito aqui o título de um genial artigo do Paul Krugman, A Country is Not a Company. Enquanto ele compara e explica direitinho as diferenças, eu vou colar apenas o título e dar uma explicação meramente operacional.
É que as pessoas, tanto as da universidade, como as da empresa, que acham que uma universidade é a mesma coisa que uma empresa, ou não sabem como funciona uma universidade, ou não sabem como funciona uma empresa. Em muitos casos não sabem nem um, nem outro.
As pessoas que sabem, mesmo que só em linhas gerais, como funciona uma universidade, e como funciona uma empresa, entendem que são instituições diferentes.
(Claro que há pessoas que não sabem nem o que é uma universidade, nem o que é uma empresa, e mesmo assim acham que são coisas diferentes. Logicamente, isso não tem efeito sobre o argumento, então podemos ignorar esse caso não tão incomum.)
É que as pessoas, tanto as da universidade, como as da empresa, que acham que uma universidade é a mesma coisa que uma empresa, ou não sabem como funciona uma universidade, ou não sabem como funciona uma empresa. Em muitos casos não sabem nem um, nem outro.
As pessoas que sabem, mesmo que só em linhas gerais, como funciona uma universidade, e como funciona uma empresa, entendem que são instituições diferentes.
(Claro que há pessoas que não sabem nem o que é uma universidade, nem o que é uma empresa, e mesmo assim acham que são coisas diferentes. Logicamente, isso não tem efeito sobre o argumento, então podemos ignorar esse caso não tão incomum.)
05 junho 2014
Calendário trimestral
Já que uns 2 ou 3 gatos pingados leram meu último post, vou dar mais uma sugestão, sem pretensão de originalidade: devíamos adotar calendário trimestral na USP, com 4 períodos por ano. Antes e depois de uma conferência visitei colegas na California, onde muitas universidades estaduais adotam calendário trimestral, e me convenci que seria uma boa ideia na USP.
Na Poli não é novidade: a pós graduação e os cursos cooperativos já adotam, embora a maioria dos cursos de graduação continue no calendário semestral. Há vantagens: o trimestre é mais curto; para a maioria das disciplinas, honestamente, um semestre é tempo demais. Para as disciplinas anuais, não faz diferença: em vez de Cálculo 1 e Cálculo 2, ensina-se Cálculo 1, Cálculo 2, e Cálculo 2, no mesmo número de meses. O curso trimestral fica menos quebrado por feriados, provas, e semanas do saco cheio. O curso trimestral aumenta a flexibilidade de organização da quantidade de material ensinado, e portanto facilita fazer todas as disciplinas com o mesmo número de horas semanais. Isso simplifica os horários, que atualmente na USP causam uma infinidade de conflitos. Finalmente, eventuais reprovações atrapalham menos os alunos. Cursos extras de reposição poderiam ser oferecidos no 4o período, melhorando a utilização do campus que durante as atuais férias fica subaproveitado.
Adicionalmente, o curso trimestral facilita a mobilidade internacional. Nossos semestres não se casam bem com os semestres de outros países. Sempre temos alunos chegando um pouco atrasados enquanto concluem seu período de estudos no exterior. Com 4 períodos anuais, de preferência correspondendo mais ou menos às estações do ano, fica mais fácil para os estudantes encaixarem estudos no Brasil e no exterior.
Os únicos prejudicados vão ser aqueles professores cujos cursos são grandes demais para 3 meses e pequenos demais para 6 meses; aquelas matérias que só cabem em 4 meses, e não podem ser ensinadas de outra forma. Se existir algum assunto assim tão inflexível, provavelmente já deveria ter sido eliminado do currículo há décadas.
Na Poli não é novidade: a pós graduação e os cursos cooperativos já adotam, embora a maioria dos cursos de graduação continue no calendário semestral. Há vantagens: o trimestre é mais curto; para a maioria das disciplinas, honestamente, um semestre é tempo demais. Para as disciplinas anuais, não faz diferença: em vez de Cálculo 1 e Cálculo 2, ensina-se Cálculo 1, Cálculo 2, e Cálculo 2, no mesmo número de meses. O curso trimestral fica menos quebrado por feriados, provas, e semanas do saco cheio. O curso trimestral aumenta a flexibilidade de organização da quantidade de material ensinado, e portanto facilita fazer todas as disciplinas com o mesmo número de horas semanais. Isso simplifica os horários, que atualmente na USP causam uma infinidade de conflitos. Finalmente, eventuais reprovações atrapalham menos os alunos. Cursos extras de reposição poderiam ser oferecidos no 4o período, melhorando a utilização do campus que durante as atuais férias fica subaproveitado.
Adicionalmente, o curso trimestral facilita a mobilidade internacional. Nossos semestres não se casam bem com os semestres de outros países. Sempre temos alunos chegando um pouco atrasados enquanto concluem seu período de estudos no exterior. Com 4 períodos anuais, de preferência correspondendo mais ou menos às estações do ano, fica mais fácil para os estudantes encaixarem estudos no Brasil e no exterior.
Os únicos prejudicados vão ser aqueles professores cujos cursos são grandes demais para 3 meses e pequenos demais para 6 meses; aquelas matérias que só cabem em 4 meses, e não podem ser ensinadas de outra forma. Se existir algum assunto assim tão inflexível, provavelmente já deveria ter sido eliminado do currículo há décadas.
04 junho 2014
O rombo no orçamento da USP - modesta contribuição
Custo mensal de estacionamento na cidade de S Paulo: R$300.
Número de veículos que entram no campus da USP diariamente: 50 a 100 mil (minha estimativa).
Subsídio anual aos usuários de automóvel, não disponível para pedestres, ciclistas, ou usuários de coletivo, implícito na gratuidade do estacionamento no campus: 200 contos de réis ou mais.
Rombo no orçamento da USP causado pelos gastos fora de controle na gestão Rodas: 5%, considerando apenas os gastos com pessoal.
Orçamento anual da USP: uns R$5 bilhões, 5 mil contos, vou chutar para não gastar tempo do contribuinte tentando cavar os números recentes exatos.
Fração do rombo com pagamento de pessoal que poderia ser coberta através da cobrança de estacionamento: entre 80% e 120%, aproximadamente.
Proposta da direita para diminuir o rombo: acabar com a universidade pública e gratuita (com as consequências inevitáveis).
Proposta da esquerda para diminuir o rombo: controle social da universidade (todo poder aos sovietes).
Número de professores favoráveis à cobrança de estacionamento para todos os automóveis que entram no campus, inclusive os de propriedade de professores, funcionários, alunos, e visitantes em geral: 1 (por enquanto, sou eu).
Se houver mais alguém favorável, por favor indique nos comentários.
Número de veículos que entram no campus da USP diariamente: 50 a 100 mil (minha estimativa).
Subsídio anual aos usuários de automóvel, não disponível para pedestres, ciclistas, ou usuários de coletivo, implícito na gratuidade do estacionamento no campus: 200 contos de réis ou mais.
Rombo no orçamento da USP causado pelos gastos fora de controle na gestão Rodas: 5%, considerando apenas os gastos com pessoal.
Orçamento anual da USP: uns R$5 bilhões, 5 mil contos, vou chutar para não gastar tempo do contribuinte tentando cavar os números recentes exatos.
Fração do rombo com pagamento de pessoal que poderia ser coberta através da cobrança de estacionamento: entre 80% e 120%, aproximadamente.
Proposta da direita para diminuir o rombo: acabar com a universidade pública e gratuita (com as consequências inevitáveis).
Proposta da esquerda para diminuir o rombo: controle social da universidade (todo poder aos sovietes).
Número de professores favoráveis à cobrança de estacionamento para todos os automóveis que entram no campus, inclusive os de propriedade de professores, funcionários, alunos, e visitantes em geral: 1 (por enquanto, sou eu).
Se houver mais alguém favorável, por favor indique nos comentários.
02 junho 2014
Where do I go from Yale?
In May I spoke at a panel on global careers, part of a career event aimed at current graduate students called "Where do I go from Yale?". My notes:
1 - Our work is important. Even when conventional success is not immediate. The relevance of academic work is hard to measure and does not always correlate with credentials and achievements, nor with grants and publications. But the work is important, and this is why after graduate school you will find a place somewhere in the world to do your work.
2 - We know Yale as a 1st rate research university. Research in integral with an astonishingly successful education system. many institutions throughout the world are making an effort to learn from the American academic research model. The aspect of a liberal arts education is as important, and perhaps less well understood abroad.
(I am certain about Brazil, and I suspect this is true for many emerging scientific environments.) Understanding the connection between research and education at Yale will enhance your contribution - in academia or in business, abroad or in the US advising students from different places.
3 - Your work is good. Publish it. Go to conferences. Talk to people about what you do. Listen to people who say interesting things. People you meet at your first conferences are friends who will sustain you throughout your career.
(Personal aside: I learned about the job I still have in Brazil from my college buddy while I was at Yale. In the meantime, I worked for a couple of years at a Boston company I learned about through a graduate students of an academic friend.)
4 - Get your personal life in shape. Family life means different things to different people. Your need to find what works for you. To support and to be supported are especially important in international careers. Do it. Jobs, visas, languages, housing.... that will follow.
5 - Academia is becoming more international. It used to be that you could only find a job in a country where you "belonged"... or in the United States and select other few. Academic and business cultures everywhere are becoming more "American". You can work things out even if "you are not from there".
1 - Our work is important. Even when conventional success is not immediate. The relevance of academic work is hard to measure and does not always correlate with credentials and achievements, nor with grants and publications. But the work is important, and this is why after graduate school you will find a place somewhere in the world to do your work.
2 - We know Yale as a 1st rate research university. Research in integral with an astonishingly successful education system. many institutions throughout the world are making an effort to learn from the American academic research model. The aspect of a liberal arts education is as important, and perhaps less well understood abroad.
(I am certain about Brazil, and I suspect this is true for many emerging scientific environments.) Understanding the connection between research and education at Yale will enhance your contribution - in academia or in business, abroad or in the US advising students from different places.
3 - Your work is good. Publish it. Go to conferences. Talk to people about what you do. Listen to people who say interesting things. People you meet at your first conferences are friends who will sustain you throughout your career.
(Personal aside: I learned about the job I still have in Brazil from my college buddy while I was at Yale. In the meantime, I worked for a couple of years at a Boston company I learned about through a graduate students of an academic friend.)
4 - Get your personal life in shape. Family life means different things to different people. Your need to find what works for you. To support and to be supported are especially important in international careers. Do it. Jobs, visas, languages, housing.... that will follow.
5 - Academia is becoming more international. It used to be that you could only find a job in a country where you "belonged"... or in the United States and select other few. Academic and business cultures everywhere are becoming more "American". You can work things out even if "you are not from there".
01 junho 2014
Diálogo tuitado
@EternoAmorim May 31
Não há o que temer. O Decreto 8.243 está em conformidade com as principais democracias do mundo, como Cuba, Venezuela, Rússia, China e Irã.
Não há o que temer. O Decreto 8.243 está em conformidade com as principais democracias do mundo, como Cuba, Venezuela, Rússia, China e Irã.
@pait May 31
Esse decreto 8243 é bom, porque o congresso burguês não teria aprovado. Tem que ser por decreto. Todo poder aos sovietes! @EternoAmorim
@pait Exato. Quem deve pautar as ações públicas são as forças progressistas, independente de onde estejam, como defende o Ministro Barroso.
@pait May 31
@eternoamorim Porque se cumprirmos a Constituição burguesa, esperarmos o Congresso debater a leis….
@pait May 31
@eternoamorim … o País nunca será uma democracia popular de partido único. O executivo tem que tomar a iniciativa.
@EternoAmorim May 31
@pait Eu diria que hoje o judiciário também se torna democrático, progressista e amigável ao povo.
@pait May 31
@eternoamorim Hoje. Porque ontem não era.
@pait May 31
@eternoamorim As instituições são substituíveis. Apenas os grandes líderes são indispensáveis.
@EternoAmorim May 31
@pait Como Nosso Guia. Cito Marilena: "Quando Lula fala, o mundo se ilumina".
@pait May 31
@eternoamorim E quem não se deixa iluminar, tem que se aposentar.
@pait May 31
@eternoamorim "a teoria da relatividade mostrou que as leis da Natureza dependem da posição ocupada pelo observador" http://fmpait.blogspot.com/2010/03/convite-filosofia.html?spref=tw …
@EternoAmorim May 31
@pait Confesso que física quântica não é minha especialidade, mas admiro a interdisciplinaridade Descartiana de Marilena.
@pait May 31
@eternoamorim Importante é a aplicação à política. O significado maior da obra de Einstein é que Nosso Guia está certo mesmo quando erra.
29 maio 2014
Copa no Brasil custa "só" um mês de educação; nos EUA, uma hora e meia
Copa custa só um mês de gastos com educação, vangloria-se o siteDilmaRousseff no Facebook, citando cálculos da Folha.
Em comparação, a Copa de 1994 nos Estados Unidos custou $370 milhões de dólares. Pouco mais da metade de um milésimo dos gastos anuais com ensino público fundamental e secundário no país.
Em resumo, a Copa custou entre 100 e 200 vezes mais do que deveria. Achávamos que o percentual de superfaturamento tinha sido uns 200% em relação ao orçamento inicial. A comparação com a educação mostra que os desperdícios foram impressionantes 20000%. #Dilma #Fail
Em comparação, a Copa de 1994 nos Estados Unidos custou $370 milhões de dólares. Pouco mais da metade de um milésimo dos gastos anuais com ensino público fundamental e secundário no país.
Em resumo, a Copa custou entre 100 e 200 vezes mais do que deveria. Achávamos que o percentual de superfaturamento tinha sido uns 200% em relação ao orçamento inicial. A comparação com a educação mostra que os desperdícios foram impressionantes 20000%. #Dilma #Fail
23 maio 2014
Where to shop after Microsoft announcement?
Microsoft announced a big new consumer product yesterday. #yawn
Consumers had other plans. #Surface #fail
Consumers had other plans. #Surface #fail
16 maio 2014
Dia triste
Hoje foi um dia triste, quem me segue nas redes sociais sabe. S Paulo tem mais de 7 milhões de proprietários de automóvel. Um desses tirou a vida de uma pessoal muito boa. Excesso de velocidade, falta de prudência, excesso de álcool, falta de manutenção? Não sei.
Mas como a vida continua e não consegui concentração para preparar uma palestra sobre otimização livre de derivadas, fui cuidar da burocra. Entre uma ordem de pagamento e um notário público para o consulado sentei para arroz e feijão num restaurante brasileiro novo, pequeno, que apareceu em Allston do outro lado da rua do antigo Café Belô que pegou fogo há anos.
Tinha um paulista que não vai no Brasil há anos reclamando do PT, dos bagunceiros, do preço da coxinha na lanchonete do aeroporto de Guarulhos, dos larápios que roubaram uma mala cheia de perfume que a amiga dele comprou em Miami. Essa parte não tinha graça. Mas daí entraram na conversa um outro freguês e o dono da lanchonete, depois de acabar o prato feito pedi um guaraná para ficar ouvindo.
Mas como a vida continua e não consegui concentração para preparar uma palestra sobre otimização livre de derivadas, fui cuidar da burocra. Entre uma ordem de pagamento e um notário público para o consulado sentei para arroz e feijão num restaurante brasileiro novo, pequeno, que apareceu em Allston do outro lado da rua do antigo Café Belô que pegou fogo há anos.
Tinha um paulista que não vai no Brasil há anos reclamando do PT, dos bagunceiros, do preço da coxinha na lanchonete do aeroporto de Guarulhos, dos larápios que roubaram uma mala cheia de perfume que a amiga dele comprou em Miami. Essa parte não tinha graça. Mas daí entraram na conversa um outro freguês e o dono da lanchonete, depois de acabar o prato feito pedi um guaraná para ficar ouvindo.
A lanchonete vende muita marmita, entregas quase todas em Brookline porque lá tem muita reforma. Porque comer lanche é ruim. 7 dólares você compra só um sanduíche, comida mesmo é arroz e feijão, custa 11 e você está alimentado. Para trabalhar precisa comer direito. E tem muito trabalho! O que tem de reforma lá em Brookline. Acabei de quebrar uma cozinha em Everett, semana que vem volto para refazer tudo. Só que tem gente que não quer trabalhar. Com tanta reforma, tanta disha, quem não está bisado é que não tem vontade de trabalhar. Lá na praça sempre tem uma dúzia de sujeitos só esperando trabalho. Passei lá e ofereci 15 por hora, 4 horas garantidas, todas as despesas pagas, para fazer uma mudança, serviço fácil, só botar no caminhão e depois descarregar. Não quiseram, pediram 25 pesos. Então arrumei outro, aquele ficou esperando serviço na pracinha. Outro dia na volta do serviço comi numa lanchonete em Everett e falei com uns americanos. Me explicaram que os americanos não querem qualquer tipo de serviço porque têm orgulho. Mas orgulho de quê? Uma crioulo desse tamanho muito mais forte do que eu ficar na porta do 7-11 pedindo esmola? Que orgulho é ficar sentado na praça esperando serviço, com tanta reforma em Brookline?É isso que ouvi. Custou uma guaraná. Aula de sociologia popular por 2 pesos.
What Can the World Learn from Educational Change in Finland?
Just before going to an academic conference in California, to which I still have to prepare a talk, I heard a lecture by Pasi Sahlberg, author of "Finnish Lessons: What Can the World Learn from Educational Change in Finland?"
Some notes, paraphrasing things he said which resonated strongly:
Some notes, paraphrasing things he said which resonated strongly:
- Everyone who thinks Finland has the best schools in the world is abroad.
- Don't try this at home. Education models travel poorly. Can't be copied as a whole.
- Where do you get your ideas about education? From the USA.
- Almost all schools in Finland are the same. Anyone can attend school free.
- Teach less learn more.
- Test less learn more.
- School starts late in Finland, age 7, students graduate from high school age 19.
- Equity drives quality.
- Too much testing in Massachusetts. Weighing the pig doesn't make it fatter.
- Children must play. Article 7 declaration rights of children. More recess.
- ADHD probably exists but most are suffering from childhood.
- Why do you Americans talk so much about your children's education?
- Good player plays where ball is. Great player, where ball is going to be.
10 maio 2014
Jan Talpe, ex-professor da Poli
Deu no site da Adusp: Polícia Federal tenta deportar padre belga Jan Talpe, de 81 anos, ex-professor da Poli torturado e banido em 1969.
Há um lado feio e outro bonito nessa história. Bonita é a decisão do juiz considerando que leis e medidas da época do arbítrio não têm valor legal na nossa democracia. Um ponto para a liberdade!
Feio é saber que o padre belga era professor da Poli quando foi perseguido pela ditadura. Se é lembrado nas histórias oficiais, confesso minha ignorância. Particularmente lamentável a posição do Prof Fadigas, então reitor da Poli na época da lamentável trinca Reale-Buzaid-Gama e Silva, descrita em artigo citado.
O preço da liberdade é a eterna vigilância. O juiz estava vigilante; a Poli precisa acordar.
Há um lado feio e outro bonito nessa história. Bonita é a decisão do juiz considerando que leis e medidas da época do arbítrio não têm valor legal na nossa democracia. Um ponto para a liberdade!
Feio é saber que o padre belga era professor da Poli quando foi perseguido pela ditadura. Se é lembrado nas histórias oficiais, confesso minha ignorância. Particularmente lamentável a posição do Prof Fadigas, então reitor da Poli na época da lamentável trinca Reale-Buzaid-Gama e Silva, descrita em artigo citado.
O preço da liberdade é a eterna vigilância. O juiz estava vigilante; a Poli precisa acordar.
19 abril 2014
Notes from Tufte workshop
I have just found my notes from a 1-day workshop with Edward Tufte that I attended in March. For my records, here are my takeaway points.
1 - Every meeting starts with a document. A 2 to 4 page handout, for shorter meetings. That includes lectures and classes.
2 - Study hall. After handing out the document, give people time to read. Don't expect people to read in advance - it is during the meeting that you have their attention.
3 - Flatness. It is easier to read data in a page than across several pages. Graphs and tables with more information are better. Spreading information over time in slides makes it unreadable.
4 - Whatever it takes. It doesn't matter how you produced the display, use what works.
Most important: don't hide your data and your documents behind Powerpoint. The audience can and will read the complete material. They don't need or want to wait for you to read it to them.
1 - Every meeting starts with a document. A 2 to 4 page handout, for shorter meetings. That includes lectures and classes.
2 - Study hall. After handing out the document, give people time to read. Don't expect people to read in advance - it is during the meeting that you have their attention.
3 - Flatness. It is easier to read data in a page than across several pages. Graphs and tables with more information are better. Spreading information over time in slides makes it unreadable.
4 - Whatever it takes. It doesn't matter how you produced the display, use what works.
Most important: don't hide your data and your documents behind Powerpoint. The audience can and will read the complete material. They don't need or want to wait for you to read it to them.
12 abril 2014
Six stages of Olympics
Michael Pirrie, adviser to Sebastian Coe, describes the 6 stages of an Olympic organization:
1 - Euphoria at winning the bid,
2 - Shock of understanding the scope,
3 - Rise of instant experts who had been against the project,
4 - Persecution of the innocent for minor flaws,
5 - Successful Olympic Games, and
6 - Glorification of the uninvolved.
Can apply to other types of projects as well. The quote in full is in today's NYTimes.
“There’s the euphoria of winning the bid, then the shock of understanding the fully massive scale of what’s required,” Pirrie said in an interview. “Then there’s the rise of the instant experts, the people who said you’d never win the bid or that your city or country didn’t need the bid but now are telling you how to deliver the Games. “Then you have the persecution of the innocent, whereby anybody connected to the organization of the Games is somehow responsible for any major or minor detail of the planning going slightly awry. Then you have the successful delivery of the Games, with the help of the volunteers and everyone involved. And then, finally, you have the glorification of the uninvolved, all the people who sat on the sidelines and watched it all evolve and then suddenly were the ones who helped deliver it.”
1 - Euphoria at winning the bid,
2 - Shock of understanding the scope,
3 - Rise of instant experts who had been against the project,
4 - Persecution of the innocent for minor flaws,
5 - Successful Olympic Games, and
6 - Glorification of the uninvolved.
Can apply to other types of projects as well. The quote in full is in today's NYTimes.
“There’s the euphoria of winning the bid, then the shock of understanding the fully massive scale of what’s required,” Pirrie said in an interview. “Then there’s the rise of the instant experts, the people who said you’d never win the bid or that your city or country didn’t need the bid but now are telling you how to deliver the Games. “Then you have the persecution of the innocent, whereby anybody connected to the organization of the Games is somehow responsible for any major or minor detail of the planning going slightly awry. Then you have the successful delivery of the Games, with the help of the volunteers and everyone involved. And then, finally, you have the glorification of the uninvolved, all the people who sat on the sidelines and watched it all evolve and then suddenly were the ones who helped deliver it.”
10 abril 2014
Os Donos do Dinheiro - Formação do Patronato Financeiro Americano do Século XXI
Lendo a resenha de Os Donos do Dinheiro - Formação do Patronato Financeiro Americano do Século XXI. Não é o título original, mas seria uma tradução analógica. Pergunta: porque a taxa de retorno r líquida do capital subiu a valores próximos a 4% ao ano, após um século de juros baixos? Krugman menciona que impostos sobre renda-sem-trabalho diminuíram, e que houve destruição de capital no século 20. Mas será que os juros aumentaram por outro motivo?
04 abril 2014
Cultura, extensão, e figuras de linguagem
Sou informado que "em 2014 não será realizada nova edição do Programa de Editais da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária".
1a pergunta: Que me importa a edição de editais?
2a e mais interessante: Qual a figura de linguagem?
Sinédoque: a parte pelo todo, "edital" substitui "papelada".
Catacrese: a mesma palavra editais indica "o-que-não-se-pode-falar"; cultura seria o termo correto?
Metonímia: "programa" pelas "bolsas".
Eufemismo: "não será realizada" quer dizer "acabou a bufunfa".
Metáfora: a diácope "edição do programa de editais" significa "atividade-fim da universidade", vulga "burocra".
A mensagem prossegue em circunlóquio: "Nesta gestão viso avaliar e aprofundar a política de qualificação dos programas de fomento da PRCEU, por isso, o Programa de Editais, este ano, num primeiro momento será objeto de acompanhamento, avaliação e divulgação dos resultados das edições 2012 e 2013, para aperfeiçoar em suas próximas edições os focos de atenção, modalidades de financiamento, efeitos pretendidos e perspectivas."
Mais algumas figuras:
Antítese: "aperfeiçoar" e "não realizar".
Ironia aqui me tens de regresso: "este ano ... divulgação dos resultados das edições 2012 e 2013".
Pleonasmo literário: avaliar, aprofundar, acompanhar, divulgar, aperfeiçoar.
Pleonasmo vicioso: avaliar e avaliação.
Elipse: sujeito de "aperfeiçoar" está oculto.
Zeugma, se o sujeito for "eu"; prosopopeia, se for "Programa de editais".
Aliteração: "avaliar, aprofundar, acompanhamento, avaliação, aperfeiçoar, atenção".
Anacoluto: "o Programa de Editais, este ano, num primeiro momento será...".
Oxímoro ou paradoxo, generalizados.
Instigante texto!
1a pergunta: Que me importa a edição de editais?
2a e mais interessante: Qual a figura de linguagem?
Sinédoque: a parte pelo todo, "edital" substitui "papelada".
Catacrese: a mesma palavra editais indica "o-que-não-se-pode-falar"; cultura seria o termo correto?
Metonímia: "programa" pelas "bolsas".
Eufemismo: "não será realizada" quer dizer "acabou a bufunfa".
Metáfora: a diácope "edição do programa de editais" significa "atividade-fim da universidade", vulga "burocra".
A mensagem prossegue em circunlóquio: "Nesta gestão viso avaliar e aprofundar a política de qualificação dos programas de fomento da PRCEU, por isso, o Programa de Editais, este ano, num primeiro momento será objeto de acompanhamento, avaliação e divulgação dos resultados das edições 2012 e 2013, para aperfeiçoar em suas próximas edições os focos de atenção, modalidades de financiamento, efeitos pretendidos e perspectivas."
Mais algumas figuras:
Antítese: "aperfeiçoar" e "não realizar".
Ironia aqui me tens de regresso: "este ano ... divulgação dos resultados das edições 2012 e 2013".
Pleonasmo literário: avaliar, aprofundar, acompanhar, divulgar, aperfeiçoar.
Pleonasmo vicioso: avaliar e avaliação.
Elipse: sujeito de "aperfeiçoar" está oculto.
Zeugma, se o sujeito for "eu"; prosopopeia, se for "Programa de editais".
Aliteração: "avaliar, aprofundar, acompanhamento, avaliação, aperfeiçoar, atenção".
Anacoluto: "o Programa de Editais, este ano, num primeiro momento será...".
Oxímoro ou paradoxo, generalizados.
Instigante texto!
16 março 2014
The poor neglected gifted child?
My response to an article about gifted children.
I am somewhat familiar with the issue of very gifted students and I mostly agree with the points raised in the article. Mainly, that society as a whole will benefit from the contributions of those rare students who show unique promise, and that we should not pay less attention to them merely because they are such a tiny constituency who in any case doesn't cause much trouble if ignored.
The article points out one of the problems of programs directed towards the exceptionally gifted - the 1 in 10 thousand, or 1 in 100 thousand, not the mere 1% of us who end up getting PhDs in rocket science like everybody else. Such programs are vulnerable to hijacking by the constituency of the 1% (or 1% wannabes), who are 100 times more numerous. Worse, this group is likely to be self defined by family status and income as much as by truly unusual talent.
But I think the problem with such programs goes deeper. Acceleration for the sake of competition - the aim of those who aspire to be among the 1% most successful - is as likely to harm as to help the truly unique. The reason why it is difficult to design programs for the uniquely gifted is that they are smarter than the people who design the programs. It is the same reason why it is almost impossible to coach an exceptional soccer player - they play better than the coach. (Things may be different in sports where players have rigidly defined roles, or in planned economies where workers have centrally assigned tasks to perform - I am not familiar with such sports or organizations nor do I wish to become.)
It is the nature of unique talent that it doesn't allow itself to be identified by standardized testing. The truly brilliant will benefit from the kindness and encouragement of a good teacher, the sympathy and admiration of the peers who do not necessarily share their talents, and from a school environment that protects their eccentricities and doesn't impede their investigations, much more than they could ever benefit from ambitious efforts to identify brilliance or national laws that screen for giftedness.
For disclosure, I believe that Brookline does a nice job in encouraging truly exceptional talent, that it could perhaps do more, but that we first should do no harm.
OFF TOPIC from now on: Having given my opinion, I cannot resist the temptation to point out a fatal flaw in the Lubinsky study cited in the article. It claims to have studied "a cohort of 320 people now in their late 30s... among the top one-100th of 1 percent". There are roughly 20 million people aged 35-39 in the US. One-100th of 1 percent of them are 2000, of which the Vanderbilt researcher claims to have studied 15%. I think you will agree that identifying 1/6 of such a difficult to define group is completely impossible. Therefore the group tracked must have included not the top 1/10 thousand, perhaps not even the 1/thousand, but more likely the top 1%.
That says that the research conclusions do not reflect the group that it claims to reflect, and reinforces my argument that researchers, who even at top institutions are often not equipped to correctly understand or present the results of their own research, cannot be entrusted to devise programs that benefit the unusually talented. My confidence in the study is not enhanced by the juxtaposition of a quote by the author to one by the head of the Chinese Communist Party.
Alright, I wrote enough already!
I am somewhat familiar with the issue of very gifted students and I mostly agree with the points raised in the article. Mainly, that society as a whole will benefit from the contributions of those rare students who show unique promise, and that we should not pay less attention to them merely because they are such a tiny constituency who in any case doesn't cause much trouble if ignored.
The article points out one of the problems of programs directed towards the exceptionally gifted - the 1 in 10 thousand, or 1 in 100 thousand, not the mere 1% of us who end up getting PhDs in rocket science like everybody else. Such programs are vulnerable to hijacking by the constituency of the 1% (or 1% wannabes), who are 100 times more numerous. Worse, this group is likely to be self defined by family status and income as much as by truly unusual talent.
But I think the problem with such programs goes deeper. Acceleration for the sake of competition - the aim of those who aspire to be among the 1% most successful - is as likely to harm as to help the truly unique. The reason why it is difficult to design programs for the uniquely gifted is that they are smarter than the people who design the programs. It is the same reason why it is almost impossible to coach an exceptional soccer player - they play better than the coach. (Things may be different in sports where players have rigidly defined roles, or in planned economies where workers have centrally assigned tasks to perform - I am not familiar with such sports or organizations nor do I wish to become.)
It is the nature of unique talent that it doesn't allow itself to be identified by standardized testing. The truly brilliant will benefit from the kindness and encouragement of a good teacher, the sympathy and admiration of the peers who do not necessarily share their talents, and from a school environment that protects their eccentricities and doesn't impede their investigations, much more than they could ever benefit from ambitious efforts to identify brilliance or national laws that screen for giftedness.
For disclosure, I believe that Brookline does a nice job in encouraging truly exceptional talent, that it could perhaps do more, but that we first should do no harm.
OFF TOPIC from now on: Having given my opinion, I cannot resist the temptation to point out a fatal flaw in the Lubinsky study cited in the article. It claims to have studied "a cohort of 320 people now in their late 30s... among the top one-100th of 1 percent". There are roughly 20 million people aged 35-39 in the US. One-100th of 1 percent of them are 2000, of which the Vanderbilt researcher claims to have studied 15%. I think you will agree that identifying 1/6 of such a difficult to define group is completely impossible. Therefore the group tracked must have included not the top 1/10 thousand, perhaps not even the 1/thousand, but more likely the top 1%.
That says that the research conclusions do not reflect the group that it claims to reflect, and reinforces my argument that researchers, who even at top institutions are often not equipped to correctly understand or present the results of their own research, cannot be entrusted to devise programs that benefit the unusually talented. My confidence in the study is not enhanced by the juxtaposition of a quote by the author to one by the head of the Chinese Communist Party.
Alright, I wrote enough already!
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