Alguém reclama dos vereadores disputando eleição para deputado. Respondo:
O problema é o voto proporcional. Nesse sistema há um número excessivo de candidatos, nem nós que prestamos atenção temos condição de escolher com critério. Então o partido lança candidatos com nome conhecido para amealhar alguns votos, que contam para "dar coeficiente". O vereador é o candidato ideal porque tem tempo para fazer campanha, e já tem emprego garantido mesmo se perder.
A solução é voto distrital. No seu distrito, o eleitor tem uma escolha de cada partido. Se gosta do seu deputado, reelege. Senão, escolhe um da oposição.
O motivo pelo qual os partidos não se renovam é porque não há forma de um político se destacar entre centenas de candidatos com o voto proporcional. Aparece um nome novo apenas em casos especiais:
1 - Candidato a cargo majoritário, fica conhecido para a eleição seguinte;
2 - Parente de político famoso;
3 - Ungido por político famoso e hábil;
4 - Celebridade: criminoso, palhaço, ou jogador de futebol.
Essas candidaturas dos deputados são uma tentativa de driblar a falta de reconhecimento. Não dão muito certo. Não fazer o voto distrital foi o único erro grave dos Constituintes. Os demais foram menores, tipo manter o nome da república imposto pela ditadura em vez de voltar a Estados Unidos do Brasil como era na democracia. Lição de casa é contar quão poucos nomes surgiram sem as qualidades 1,2,3, ou 4.
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