Quase mesquinho falar sobre salários na USP ao mesmo tempo em que são divulgados desvios quaquilionários nas empresas estatais. Mas é na USP que trabalho, então o que aprendi foi o seguinte.
1 - A universidade recompensa o trabalho burocrático acima do trabalho intelectual. O trabalho manual é o mais desvalorizado de todos.
2 - Não há correlação evidente entre a remuneração e a qualidade do trabalho executado.
3 - Alguns salários fora do padrão só podem ser explicados por artimanhas jurídicas e casuísmos administrativos.
4 - A atividade mais bem remunerada na USP é de longe a aposentadoria.
Os salários são achatados e se elevam só quando professores e funcionários se devotam à burocra. A dedicação ao ensino, à pesquisa, e talvez mesmo à administração universitária, só fazem subir o salário de acordo com o tempo de serviço. O estímulo pecuniário à prestação de serviços relevantes para o contribuinte é reduzido. Os salários maiores não são de figuras reconhecidas pela liderança intelectual na função que exercem. É incomum um ativo ganhar mais que ⅔ de um aposentado.
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