Desde a guerra dos emboabas já se sabia que o candidato mineiro ia vencer na capitania de S Paulo. Já escrevi isso antes, repito agora. Apenas um candidato tem a capacidade de fazer um bom governo. Quem vai ganhar a eleição não sei, é decisão do eleitor.
Digo mais: o Fernando Haddad é o melhor prefeito de S Paulo desde Washington Luiz. Se Aécio for eleito e fizer um governo da mesma qualidade que o prefeito, vai se juntar ao seleto grupo dos grandes governantes brasileiros: Nassau, Pedro de Alcântara, e Juscelino Kubitschek. Talvez Fernando Henrique faça parte do grupo, mas ainda é cedo para dizer. A dúvida adicional, além do resultado das eleições, é o SE.
O maior perigo político está relacionado com a crise fiscal que se aproxima, causada pela inépcia administrativa e pelas consequências financeiras do dirigismo econômico dos últimos anos. O cenário de risco é a seguinte sequência de eventos: Aécio vence; bolha de empréstimos oficiais estoura; governo equaciona a questão com competência e sacrifício, usando uma combinação de aperto e frouxidão fiscais que pouca gente no mundo saberia manejar com consciência; situação leva a culpa pelo estouro provocado pela má gestão anterior; país inicia recuperação após 4 anos; salvador da pátria é eleito com a promessa de voltar às políticas anteriores à crise; economia começa a voltar aos eixos; salvador da pátria obtém poderes especiais, estabelece controle estatal da imprensa e das eleições, e eleições indiretas através de lista fechada ou outro dispositivo inconstitucional.
É um risco remoto mas real de argentinização. Outros cenários se encerram em corrupção e desperdício, são menos preocupantes.
Sei que só uma meia dúzia de 3 ou 4 entre os milhões de eleitores brasileiros concordam com a sequência de afirmações acima, mas é por excesso de foco em questões partidárias ou de curto prazo. Estou certo e quem discordar está errado.
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