O grupo de trabalho discutindo flexibilização de currículos na Politécnica montou uma proposta cujas ideias principais podem ser visualizadas na figura ao lado. Essencialmente é a proposta defendida pelos estudantes. Ela respeita a cultura e a organização da Poli e da USP, e não fica muito distante das estruturas curriculares praticadas nas melhores universidade norte-americanas. Na minha opinião, a aprovação da proposta seria um ENORME AVANÇO para o ensino na Poli. Os pontos principais a favor dos alunos são o 9 cursos eletivos livres (em amarelo) e o módulo dentro da especialidade ou em uma especialidade diferente (em vermelho), bem como a limitação da carga horária em valores razoáveis.
Pelo que vale minha opinião, sugiro que os alunos se empenhem na aprovação da proposta. Ela é perfeitamente factível e conta com a simpatia de pessoas muito competentes e influentes na Poli, mas sem dúvida terá que enfrentar oposição da inércia e do conservadorismo. Se for implantada em uma reforma próxima a essa proposta, as gerações futuras de politécnicos serão muito gratas!
30 novembro 2010
Butim dos correios
Selo para carta nacional de 30 gramas no Brasil: R$1,45.
Selo para carta nacional de 1 onça nos EUA: US$0.44.
Quantia que sobra para os políticos corruptos distribuírem: 69 centavos por carta.
Nas cartas internacionais, a porcentagem de esbulho é maior: custam R3,70 no Brasil contra US$0.79 nos Estados Unidos. Sobram R$2,33 por carta para serem disputados entre o PT e o PMDB.
Selo para carta nacional de 1 onça nos EUA: US$0.44.
Quantia que sobra para os políticos corruptos distribuírem: 69 centavos por carta.
Nas cartas internacionais, a porcentagem de esbulho é maior: custam R3,70 no Brasil contra US$0.79 nos Estados Unidos. Sobram R$2,33 por carta para serem disputados entre o PT e o PMDB.
28 novembro 2010
Wikileaks
The US State Department doesn't look too bad when you look at the wikileaks, does it? Most of the material seems to be what you expect they would be saying internally, which is not exactly what they say in public, but isn't that far. I'd say the same for Israel - no surprises. The leaked cables do bring the question: how come there was no military action against the Persian nukes? Is the answer "Stuxnet"?
Other leaders do look bad - Berlusconi, Putin, the Gulf kings. No big surprises there either, what did we expect from them? The Red Crescent brought heavy weapons to Hezbollah, North Korea sold long range missiles to Persia... Dangerous games, who would have guessed?
With a bit of luck, this will be the end of the obsolete culture of diplomacy. Rituals from a time before the telegraph, affectations of a time before democracy, formalities that have no place in the contemporary world. The hypocrisy of diplomacy has never brought us closer to peace. A world in which diplomats talk the way other professionals, or even politicians, do after 1968 will be a safer world.
Other leaders do look bad - Berlusconi, Putin, the Gulf kings. No big surprises there either, what did we expect from them? The Red Crescent brought heavy weapons to Hezbollah, North Korea sold long range missiles to Persia... Dangerous games, who would have guessed?
With a bit of luck, this will be the end of the obsolete culture of diplomacy. Rituals from a time before the telegraph, affectations of a time before democracy, formalities that have no place in the contemporary world. The hypocrisy of diplomacy has never brought us closer to peace. A world in which diplomats talk the way other professionals, or even politicians, do after 1968 will be a safer world.
27 novembro 2010
Flexibilização de currículos na Politécnica
Faço parte da comissão que está discutindo flexibilização dos currículos da Escola Politécnica da USP, dentro da assim-chamada EC3. Os trabalhos estão andando bem, mas receio que saia uma proposta pouco ambiciosa e cheia de detalhes que mais tarde possam levantar discussões pouco úteis para o objetivo de flexibilização. Para quem quiser ler, copio abaixo mensagem que enviei aos colegas da comissão. Não vou editar, mas o ponto importante é o 3.
Caros,
Achei que o texto reflete bem as discussões. Demorei para responder porque queria pensar um pouco mais antes de escrever minhas sugestões:
1 - Acho que seria melhor nem mencionar alguns pontos que fizeram parte dos trabalhos do grupo mas não estão diretamente relacionados com a flexibilização, e poderão desviar a atenção do assunto principal. Estou pensando nas entradas nas carreiras, opções no vestibular, regulamentação de estágio, duração do curso, e nas ênfases da elétrica por exemplo - pessoalmente estou de acordo com que o que foi escrito, mas pode levar a discussão nas instâncias seguintes para direções improdutivas.
2 - Como o texto descreve a diversidade dos assunto que abordamos, seria bom apresentar logo no início um "resumo executivo" bem curto das propostas que endossamos para flexibilização, de modo a focar a atenção de quem vier a ler sem ter participado do grupo.
3 - Agora vou dar uma opinião pessoal. Temos uma oportunidade que não se repetirá de fazermos uma proposta forte porém executável para integrar mais as diversas especialidades da Politécnica. Na minha opinião devemos recomendar que cada curso, carreira, grande área, e ênfase inclui em cada semestre a partir do 1o ao menos uma disciplina eletiva de livre escolha dentro da Poli, e a partir do 3 ano ao menos 2 eletivas livres por semestre. É uma medida simples de discutir, elaborar e executar; que não interfere na estrutura das carreiras e cursos individuais; que faz pleno uso de todos os recursos humanos que são os professores e estudantes; e que tem um potencial enorme para desengessar os currículos, facilitar uma inovação contínua, e dar aos estudantes a oportunidade de usufruírem do que a Poli tem a oferecer da maneira que for mais adequada para cada um.
Infelizmente tenho temor que se não apresentarmos uma proposta forte, factível, e expressada em 2 linhas de texto, há um grande risco que nosso trabalho venha a se perder em discussões sobre detalhes quando chegar o momento de expor a um grupo maior.
Gostaria de ver as opiniões do resto do grupo, e peço desculpas pela demora em fazer estes comentários. Agradeço a atenção!
Caros,
Achei que o texto reflete bem as discussões. Demorei para responder porque queria pensar um pouco mais antes de escrever minhas sugestões:
1 - Acho que seria melhor nem mencionar alguns pontos que fizeram parte dos trabalhos do grupo mas não estão diretamente relacionados com a flexibilização, e poderão desviar a atenção do assunto principal. Estou pensando nas entradas nas carreiras, opções no vestibular, regulamentação de estágio, duração do curso, e nas ênfases da elétrica por exemplo - pessoalmente estou de acordo com que o que foi escrito, mas pode levar a discussão nas instâncias seguintes para direções improdutivas.
2 - Como o texto descreve a diversidade dos assunto que abordamos, seria bom apresentar logo no início um "resumo executivo" bem curto das propostas que endossamos para flexibilização, de modo a focar a atenção de quem vier a ler sem ter participado do grupo.
3 - Agora vou dar uma opinião pessoal. Temos uma oportunidade que não se repetirá de fazermos uma proposta forte porém executável para integrar mais as diversas especialidades da Politécnica. Na minha opinião devemos recomendar que cada curso, carreira, grande área, e ênfase inclui em cada semestre a partir do 1o ao menos uma disciplina eletiva de livre escolha dentro da Poli, e a partir do 3 ano ao menos 2 eletivas livres por semestre. É uma medida simples de discutir, elaborar e executar; que não interfere na estrutura das carreiras e cursos individuais; que faz pleno uso de todos os recursos humanos que são os professores e estudantes; e que tem um potencial enorme para desengessar os currículos, facilitar uma inovação contínua, e dar aos estudantes a oportunidade de usufruírem do que a Poli tem a oferecer da maneira que for mais adequada para cada um.
Infelizmente tenho temor que se não apresentarmos uma proposta forte, factível, e expressada em 2 linhas de texto, há um grande risco que nosso trabalho venha a se perder em discussões sobre detalhes quando chegar o momento de expor a um grupo maior.
Gostaria de ver as opiniões do resto do grupo, e peço desculpas pela demora em fazer estes comentários. Agradeço a atenção!
26 novembro 2010
Astonishing development
Again Teddy Roosevelt, in the beginning of chapter IV, The headwaters of the Paraguay:
It is at any rate certain that this inland region of Brazil, including the state of Matto Grosso, which we were traversing, is a healthy region, excellently adapted to settlement; railroads will speedily penetrate it, and then it will witness an astonishing development.
Took a while longer than he expected.
It is at any rate certain that this inland region of Brazil, including the state of Matto Grosso, which we were traversing, is a healthy region, excellently adapted to settlement; railroads will speedily penetrate it, and then it will witness an astonishing development.
Took a while longer than he expected.
24 novembro 2010
Conheça sua vizinhança - Vila Madalena
Caminhando para casa, passei na rua Ferreira Araújo, travessa da Natingui. Lá fica o Instituto Rosa Luxemburg Stiftung, uma fundação subvencionada pelo governo alemão e ligada ao antigo partido comunista da Alemanha Oriental, atualmente conhecido simplesmente como "a esquerda". Uma casa comum, numa rua residencial, com uma pequena placa na entrada. Bom saber que a guerra fria acabou.
Tropicalismo científico?
Não entendi o tal "Manifesto da Ciência Tropical" do Miguel Nicolelis que está levantando poeira na web. São 15 pontos defendendo mais gastos do governo com ciência e tecnologia. Uns redundantes ou óbvios, outros pouco concretos, e alguns obscuros ou bem viajantes. Alguns mais outros menos relevantes, e de forma geral apontando na direção de maiores esforços em pesquisa e não do ensino, da tecnologia e não das humanidades. Como os recursos totais - o número de cientistas capazes de fazer trabalho de qualidade - são em primeira aproximação constantes, cientistas que pesquisam mas não ensinam significa menos gente ensinando - e portanto um crescimento ainda mais lento no número de cientistas. Por outro lado, julgando pela quantidade de lixo que as faculdades de filosofia e ciências sociais mandam, as tais cidades marítimas e espaciais podem não ser tão absurdas.
Deve-se dar um desconto pela fonte onde apareceu, um tal de Viomundo. Aparentemente mais um daqueles blogs aparelhados com dinheiro meu e seu, consultores ilicitados da TV Brasil, da Petrobrás, e de outras estatais. Esses blogs empregam jornalistas que têm menos medo de arriscarem a reputação duramente conseguida do que de arriscarem a poupança nesses tempos incertos para a rentabilidade dos meios de comunicação tradicionais. No caso, um Sr Luiz Carlos Azenha, que consta na wikipedia uma vez ter perguntado, meio por acaso, se o Gorbachev viria ao Brasil.
Provavelmente, o cientista tem pensamentos mais organizados do que os que saíram no dito blog. Não deixa de ser curioso que tanta gente esteja linkando para um entrevista que diz quase nada.
Deve-se dar um desconto pela fonte onde apareceu, um tal de Viomundo. Aparentemente mais um daqueles blogs aparelhados com dinheiro meu e seu, consultores ilicitados da TV Brasil, da Petrobrás, e de outras estatais. Esses blogs empregam jornalistas que têm menos medo de arriscarem a reputação duramente conseguida do que de arriscarem a poupança nesses tempos incertos para a rentabilidade dos meios de comunicação tradicionais. No caso, um Sr Luiz Carlos Azenha, que consta na wikipedia uma vez ter perguntado, meio por acaso, se o Gorbachev viria ao Brasil.
Provavelmente, o cientista tem pensamentos mais organizados do que os que saíram no dito blog. Não deixa de ser curioso que tanta gente esteja linkando para um entrevista que diz quase nada.
19 novembro 2010
Conhecimento produzido nas universidades não atinge diretamente professores do ensino básico
Surpresa surpreendente! Sem a pesquisa, pensaríamos que todas as professoras do primário acompanham atentamente nossas transactions, proceedings, e communications, sem falar nos doklady, uspekhi, e sbornik. A pesquisa apontou que "a maioria dos professores busca informações em revistas (23%) e livros didáticos (16%), seguidos da internet (14%) e jornais (10%)". O pessoal ainda lê revista e jornal? Preocupante....
Me lembra o concerto "encontro de gerações" que a USP promoveu essa semana. Recebi um email sexta à noite, e liguei na terça de manhã depois do feriado. Parece que os ingressos já estavam esgotados, o convite tinha sido feito através de um ofício. Quem lê ofício, de qual geração é? Nem da minha, nem da mais nova. Podiam ter chamado de "encontro de geração".
Me lembra o concerto "encontro de gerações" que a USP promoveu essa semana. Recebi um email sexta à noite, e liguei na terça de manhã depois do feriado. Parece que os ingressos já estavam esgotados, o convite tinha sido feito através de um ofício. Quem lê ofício, de qual geração é? Nem da minha, nem da mais nova. Podiam ter chamado de "encontro de geração".
18 novembro 2010
Innumeracy?
Deu na Folha hoje: segundo o IBGE, o PIB do estado de S Paulo cresceu .7% mais do que a média brasileira em 2008, mas a fração paulista do PIB brasileiro caiu .8%. Há 2 explicações: ou os articulistas da Folha estão exibindo as dificuldades aritméticas que lhes são peculiares, ou então o IBGE foi anexado pelos torturadores de números da Sealopra e abandonou a pretensão de produzir informações confiáveis. Uma das campanhas recentes da Sealopra tem mesmo sido a diminuição do status do estado de S Paulo nas estatísticas nacionais, com finalidades político-partidárias. Espero que não tenham contaminado o IBGE.
De madrugada teve chuva de meteoros, mas estava nublado. Agora de manhã o céu está azul. Então estou adiando ir para os feios prédios e tediosas reuniões da USP. Aqui na V Madalena está mais bonito. Infelizmente besteira tem também no computador.
De madrugada teve chuva de meteoros, mas estava nublado. Agora de manhã o céu está azul. Então estou adiando ir para os feios prédios e tediosas reuniões da USP. Aqui na V Madalena está mais bonito. Infelizmente besteira tem também no computador.
17 novembro 2010
Tiririca
Os promotores do ministério público que estão armando um circo anti-palhaço estão agredindo também vários princípios legais. O ministério público está colocando o ônus da prova de inocência no acusado; quer coagir o Tiririca a depor contra ele mesmo; e agora tenta abrir repetidos processos contra o deputado eleito, fazendo a mesma acusação várias vezes, após ele ter sido absolvido.
Mesmo para um analfabeto jurídico como o promotor Maurício Lopes, não seria difícil consultar os seguintes termos latinos na wikipedia: "in dubio pro reo", "non bis in idem", e "nemo tenetur se detegere". Com a tecnologia moderna, não precisa ser bacharel em direito nem saber latim para deixar de ser canalha.
A campanha deles não é somente contra o Tiririca, nem apenas contra o milhão e meio de eleitores que sabiam muito bem em qual palhaço estavam votando. É uma campanha judicial contra as liberdades mais fundamentais do cidadão em um estado de direito.
Mesmo para um analfabeto jurídico como o promotor Maurício Lopes, não seria difícil consultar os seguintes termos latinos na wikipedia: "in dubio pro reo", "non bis in idem", e "nemo tenetur se detegere". Com a tecnologia moderna, não precisa ser bacharel em direito nem saber latim para deixar de ser canalha.
A campanha deles não é somente contra o Tiririca, nem apenas contra o milhão e meio de eleitores que sabiam muito bem em qual palhaço estavam votando. É uma campanha judicial contra as liberdades mais fundamentais do cidadão em um estado de direito.
16 novembro 2010
Question about spreadsheets
I have a spreadsheet in Google docs. I download it and sort it according to one of the columns using Numbers. The other columns get readjusted, keeping each row organized. That's what I expect.
But once I sorted it using Excel, "Sort A-Z." The remaining columns stay where they are. The correspondence between the data in different columns of the same row is lost. For all intents and purposes, the date is lost unless and until I undo the sorting. I find this unbelievable! Can any of you confirm this experimental result?
Google docs does the same thing as Numbers.app: if one row had the name, height, and weight of a person, it would still have the name, height, and weight of the same person after sorting by any criteria. In Excel, on the other hand, the height would no longer correspond to the same name after sorting.
This seems a very basic error. Is it possible that people have been putting up with this crazy behavior in Excel for years and years? If so, I can almost understand how spreadsheet-using accountants managed to give a clean bill of health to Enron and Banco Panamericano. Please tell me I am wrong.
But once I sorted it using Excel, "Sort A-Z." The remaining columns stay where they are. The correspondence between the data in different columns of the same row is lost. For all intents and purposes, the date is lost unless and until I undo the sorting. I find this unbelievable! Can any of you confirm this experimental result?
Google docs does the same thing as Numbers.app: if one row had the name, height, and weight of a person, it would still have the name, height, and weight of the same person after sorting by any criteria. In Excel, on the other hand, the height would no longer correspond to the same name after sorting.
This seems a very basic error. Is it possible that people have been putting up with this crazy behavior in Excel for years and years? If so, I can almost understand how spreadsheet-using accountants managed to give a clean bill of health to Enron and Banco Panamericano. Please tell me I am wrong.
We veil our ignorance by the use of high-sounding nomenclature
"...behind them lie forces as to which we veil our ignorance by the use of high-sounding nomenclature..."
Through the Brazilian Wilderness, by Theodore Roosevelt, at the end of Chapter I, just before Chapter II, Up the Paraguay, begins.
Through the Brazilian Wilderness, by Theodore Roosevelt, at the end of Chapter I, just before Chapter II, Up the Paraguay, begins.
14 novembro 2010
Dia da república
Nos anos 70 a Arena ganhava eleições na maior parte do Brasil. A partir de vitórias em S Paulo, o MDB cresceu, e nos anos 80 seu sucessor, o PMDB, se tornou o partido mais forte, dominando a assembleia constituinte. Com esse crescimento, o partido incorporou vícios da Arena, entre eles a corrupção, levando ao mau desempenho da economia.
Em resposta, o PSDB e o PT cresceram. Ambos inicialmente em S Paulo, e em seguida no resto do Brasil. Hoje os partidos que se originaram na antiga Arena e MDB desapareceram quase completamente de S Paulo, embora ainda tenham votos em outros estados. Na eleição de 2010, o PV se tornou a terceira força em S Paulo. Nacionalmente os verdes ainda são pequenos, porque os eleitor paulista tem uma representação desproporcionalmente pequena no congresso. Mas isso pode mudar, como sugere o resultado da campanha da Marina para presidente.
Parece razoável extrapolar que o PV vai crescer eleitoralmente, com o desgaste do PT, consequência inevitável do poder numa democracia. Contribuirá também uma futura diminuição do espaço do PMDB no país inteiro devido à corrupção, como já ocorreu em S Paulo. Note que os partidos que surgiram de outros estados, por exemplo os brizolistas, os colloridos, ou o PTB, foram dominados por caudilhos e nunca conseguiram se firmar no cenário nacional. Podemos imaginar PSDB, PT, e PV como as maiores forças no Brasil na segunda metade da década.
Em resposta, o PSDB e o PT cresceram. Ambos inicialmente em S Paulo, e em seguida no resto do Brasil. Hoje os partidos que se originaram na antiga Arena e MDB desapareceram quase completamente de S Paulo, embora ainda tenham votos em outros estados. Na eleição de 2010, o PV se tornou a terceira força em S Paulo. Nacionalmente os verdes ainda são pequenos, porque os eleitor paulista tem uma representação desproporcionalmente pequena no congresso. Mas isso pode mudar, como sugere o resultado da campanha da Marina para presidente.
Parece razoável extrapolar que o PV vai crescer eleitoralmente, com o desgaste do PT, consequência inevitável do poder numa democracia. Contribuirá também uma futura diminuição do espaço do PMDB no país inteiro devido à corrupção, como já ocorreu em S Paulo. Note que os partidos que surgiram de outros estados, por exemplo os brizolistas, os colloridos, ou o PTB, foram dominados por caudilhos e nunca conseguiram se firmar no cenário nacional. Podemos imaginar PSDB, PT, e PV como as maiores forças no Brasil na segunda metade da década.
13 novembro 2010
Gênio do twitter
@MinCelsoAmorim Ministro! Como o senhor permitiu trocarem a cor de nossos passaportes de verde para a cor azul tucano-estadunidense?
@pait Desatenção imperdoável, meu único erro nesse período. Já contratamos a agência do Duda para fazer o design de passaportes vermelhos.
@pait Desatenção imperdoável, meu único erro nesse período. Já contratamos a agência do Duda para fazer o design de passaportes vermelhos.
11 novembro 2010
Enquete carreira docente
From: Felipe M Pait
Date: 11 November 2010 2:31:37 PM GMT-02:00
To: caa@usp.br
Subject: Re: Enquete carreira docente
Sugiro sorteio. Não encontrei a opção na enquete. Seria mais a prova de maracutaia.
On 11 Nov 2010, at 1:31 PM, caa@usp.br wrote:
Senhores(as) Docentes,
Todos os docentes da USP podem expressar sua opinião sobre a forma de avaliação
(Parecer ou Banca) que consideram mais adequada para progressão na carreira docente.
Esta é uma enquete sem poder decisório e está disponível no sistema Marte.
(http://sistemas.usp.br/marteweb)
Contamos com sua participação.
Atenciosamente
Welington B. C. Delitti
Presidente da Comissão de Estudos da carreira Docente
Date: 11 November 2010 2:31:37 PM GMT-02:00
To: caa@usp.br
Subject: Re: Enquete carreira docente
Sugiro sorteio. Não encontrei a opção na enquete. Seria mais a prova de maracutaia.
On 11 Nov 2010, at 1:31 PM, caa@usp.br wrote:
Senhores(as) Docentes,
Todos os docentes da USP podem expressar sua opinião sobre a forma de avaliação
(Parecer ou Banca) que consideram mais adequada para progressão na carreira docente.
Esta é uma enquete sem poder decisório e está disponível no sistema Marte.
(http://sistemas.usp.br/marteweb)
Contamos com sua participação.
Atenciosamente
Welington B. C. Delitti
Presidente da Comissão de Estudos da carreira Docente
10 novembro 2010
Pérolas da mídia chapa branca
Pérolas da mídia chapa branca:
1 - Para estudar direito os americanos não fazem SAT, que é um exame para entrar na faculdade.
2 - O SAT é um exame privado, não é feito pelo ministério da educação.
3 - O ENEM é um exame de saída do colégio que verifica conhecimentos adquiridos.
4 - Nem o SAT nem outros exames são usados como critério único de admissão.
Ou seja, não há muita relação entre o SAT e o ENEM, fora serem exames. Porém, foi isso que escreveu Paulo Henrique Amorim. Ele nem ficou zangado com o governo só porque uma bolinha de papel rendeu 2 mil e quinhentos contos de réis para o Sílvio Santos, enquanto o Nassif ganha só uns 2 contos por ano, e o conversafiada deve levar menos ainda.
Para entar na faculdade de Direito da Universidade de Harvard, Barack Obama teve que fazer o ENEM (lá conhecido como SAT).Quantos erros cabem em uma frase só?
1 - Para estudar direito os americanos não fazem SAT, que é um exame para entrar na faculdade.
2 - O SAT é um exame privado, não é feito pelo ministério da educação.
3 - O ENEM é um exame de saída do colégio que verifica conhecimentos adquiridos.
4 - Nem o SAT nem outros exames são usados como critério único de admissão.
Ou seja, não há muita relação entre o SAT e o ENEM, fora serem exames. Porém, foi isso que escreveu Paulo Henrique Amorim. Ele nem ficou zangado com o governo só porque uma bolinha de papel rendeu 2 mil e quinhentos contos de réis para o Sílvio Santos, enquanto o Nassif ganha só uns 2 contos por ano, e o conversafiada deve levar menos ainda.
05 novembro 2010
What to expect from the Rousseff administration?
First, that it will be called "governo Dilma" in Brazil. With a few exceptions, Brazilians prefer to call their elected presidents by the first name. Now let's speculate about the economy, foreign relations, individual rights, and government programs under Dilma.
1 - Brazil's economy is overheated. It seems that the government preference is to cool it by raising taxes. That seems more feasible than lowering expenses, and less insane than either increasing interest rates or letting inflation rise. It is unclear whether anyone in the inner circles of power really understands what they are doing, but they seem to have reached a reasonable conclusion nevertheless.
2 - Dilma does not seem interested in foreign affairs. Expect less activism than under Lula. The silly idea of becoming a permanent member of the UN security council has been forgotten, and Itamaraty will be treated more strictly as a lunatic asylum, in the mold of Sealopra. Proposals to support nuclear weapon development by Chávez and Ahmadinejad are strictly for internal party consumption, as are Samuel Pinheiro Guimarães's consideration that the Axis was the victim of Anglo-Saxon imperialism.
3 - Dilma's platform contained an unstable combination of very progressive proposals for individual liberties, and calls for unconstitutional restrictions to the freedom of press and property rights. Under conservative fire her campaign backtracked, and turned to accusing Serra of being an abortionist supporter of homosexuality. Which in fact is not untrue: he has offered clear defenses of civil unions and abortion rights, although not of changes in the constitution. Do not expect any major advances on individual rights under Dilma. On the other hand, we have no reason to doubt her strong defense of freedom of press.
This will create a problem with the army of psychopaths, racketeers, and failed media entrepreneurs that have been supported by government funds to fire up the PT base. Will Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Emir Sader, Carta Capital, and others in the self-entitled "alternative media" continue their campaign for "social control" of the press? For sure. Will they succeed in establishing a censorship regime, or will they have to accept government funds instead? The smart money is in the latter. A significant amount, if you ask me. That's another reason why taxes will go up, as seen above.
4 - Under Lula the ministries of education and health, as well as the central bank, were run professionally, specially after the "mensalão" scandals. Besides welfare programs, those 3 were the (qualified) success stories of the last 8 years. The remaining cabinet positions, used as exchange for congressional support, or directly to extract funding for political campaigns, are not very relevant except as money sinks. Administration may even improve under Dilma, who was respected by the professionals in the government.
But she will have to enforce more discipline among the ranks than seen in the last year or so. If corruption scandals force her actions, the Worker's Party depleted ranks of qualified individuals may prove insufficient. The fact that they were conspicuously absent from the presidential and legislative campaigns is a worrying sign.
One more prediction: the next election will not be decided by the result of the World Cup or by the triangulations of politicians and their analysts. It will depend on the phase of the economic cycle in 2014, a variable which science is not able to extrapolate.
1 - Brazil's economy is overheated. It seems that the government preference is to cool it by raising taxes. That seems more feasible than lowering expenses, and less insane than either increasing interest rates or letting inflation rise. It is unclear whether anyone in the inner circles of power really understands what they are doing, but they seem to have reached a reasonable conclusion nevertheless.
2 - Dilma does not seem interested in foreign affairs. Expect less activism than under Lula. The silly idea of becoming a permanent member of the UN security council has been forgotten, and Itamaraty will be treated more strictly as a lunatic asylum, in the mold of Sealopra. Proposals to support nuclear weapon development by Chávez and Ahmadinejad are strictly for internal party consumption, as are Samuel Pinheiro Guimarães's consideration that the Axis was the victim of Anglo-Saxon imperialism.
3 - Dilma's platform contained an unstable combination of very progressive proposals for individual liberties, and calls for unconstitutional restrictions to the freedom of press and property rights. Under conservative fire her campaign backtracked, and turned to accusing Serra of being an abortionist supporter of homosexuality. Which in fact is not untrue: he has offered clear defenses of civil unions and abortion rights, although not of changes in the constitution. Do not expect any major advances on individual rights under Dilma. On the other hand, we have no reason to doubt her strong defense of freedom of press.
This will create a problem with the army of psychopaths, racketeers, and failed media entrepreneurs that have been supported by government funds to fire up the PT base. Will Paulo Henrique Amorim, Luís Nassif, Emir Sader, Carta Capital, and others in the self-entitled "alternative media" continue their campaign for "social control" of the press? For sure. Will they succeed in establishing a censorship regime, or will they have to accept government funds instead? The smart money is in the latter. A significant amount, if you ask me. That's another reason why taxes will go up, as seen above.
4 - Under Lula the ministries of education and health, as well as the central bank, were run professionally, specially after the "mensalão" scandals. Besides welfare programs, those 3 were the (qualified) success stories of the last 8 years. The remaining cabinet positions, used as exchange for congressional support, or directly to extract funding for political campaigns, are not very relevant except as money sinks. Administration may even improve under Dilma, who was respected by the professionals in the government.
But she will have to enforce more discipline among the ranks than seen in the last year or so. If corruption scandals force her actions, the Worker's Party depleted ranks of qualified individuals may prove insufficient. The fact that they were conspicuously absent from the presidential and legislative campaigns is a worrying sign.
One more prediction: the next election will not be decided by the result of the World Cup or by the triangulations of politicians and their analysts. It will depend on the phase of the economic cycle in 2014, a variable which science is not able to extrapolate.
03 novembro 2010
Where can trouble come from?
In a previous post, I wrote (in Portuguese) that Brazilians vote according to their pockets - a simpleminded and suboptimal feedback control strategy, which has the merit of being robust against long-term, constant disturbances - and that the PT government will not be strong politically starting January 1st. The possible sources of trouble are as follows:
1 - Political (self generated). As pointed out in A Mão Visível, the Worker's Party has completed the transition of its voter base: from a party of rentiers ensconced in protected industries, government offices, and nonperforming academic departments, to a party representing the poor and uneducated Brazilians who have benefited from social programs started in the last 15 years. Trying to reconcile the interests of the 2 sectors, which are diametrically opposed, PT often becomes embroiled in scandals. Lula's political skill kept the government running. Dilma seems less adept at controlling the party hacks, and the option for an agressive electoral campaign seems to have sidelined PTs more professionally qualified side. Probability of trouble: 100%. Danger: from minor to medium (been there, seen that).
2 - Economic (domestic). Brazil's private and government consumption is balanced by imports, the lack of domestic savings by a massive inflow of investments. At the moment foreign goods and capital have nowhere else to go, but this cannot go on forever. PTs two wings can only be kept in peace by generous social programs combined with inefficient and unproductive federal spending. Probability of trouble in the next 4 years: 50%. Danger: serious to very serious (been there, seen that, didn't like it).
3 - Foreign relations (exogenous, mostly). Although Brazil's neighbors have not been a serious concern since Pedro II won the Paraguay war seven score years ago, at present the solanolopistas can count on a sizable domestic fifth column. The Foreign Office has proved itself completely inept in the Honduras episode. Dilma, who showed herself to be curiously uninterested in international affairs, even more so than the Brazilian voter, would have to be the one making decisions if there are discontinuities in Argentina, Cuba, Paraguay, or Venezuela? Probability of trouble: ask the Moirae. Danger: uncertain.
4 - Environment (including public health and access to energy sources). Brazil's environment is healthy in the short term. Probability of trouble: very small. Danger: extreme.
Still to be answered: how would the Dilma administration react if there is trouble?
1 - Political (self generated). As pointed out in A Mão Visível, the Worker's Party has completed the transition of its voter base: from a party of rentiers ensconced in protected industries, government offices, and nonperforming academic departments, to a party representing the poor and uneducated Brazilians who have benefited from social programs started in the last 15 years. Trying to reconcile the interests of the 2 sectors, which are diametrically opposed, PT often becomes embroiled in scandals. Lula's political skill kept the government running. Dilma seems less adept at controlling the party hacks, and the option for an agressive electoral campaign seems to have sidelined PTs more professionally qualified side. Probability of trouble: 100%. Danger: from minor to medium (been there, seen that).
2 - Economic (domestic). Brazil's private and government consumption is balanced by imports, the lack of domestic savings by a massive inflow of investments. At the moment foreign goods and capital have nowhere else to go, but this cannot go on forever. PTs two wings can only be kept in peace by generous social programs combined with inefficient and unproductive federal spending. Probability of trouble in the next 4 years: 50%. Danger: serious to very serious (been there, seen that, didn't like it).
3 - Foreign relations (exogenous, mostly). Although Brazil's neighbors have not been a serious concern since Pedro II won the Paraguay war seven score years ago, at present the solanolopistas can count on a sizable domestic fifth column. The Foreign Office has proved itself completely inept in the Honduras episode. Dilma, who showed herself to be curiously uninterested in international affairs, even more so than the Brazilian voter, would have to be the one making decisions if there are discontinuities in Argentina, Cuba, Paraguay, or Venezuela? Probability of trouble: ask the Moirae. Danger: uncertain.
4 - Environment (including public health and access to energy sources). Brazil's environment is healthy in the short term. Probability of trouble: very small. Danger: extreme.
Still to be answered: how would the Dilma administration react if there is trouble?
02 novembro 2010
Previsões
Primeira previsão: os comentaristas políticos vão continuar dizendo abobrinha. Com isso, fico liberado para fazer previsões que podem no futuro se mostrarem erradas. A diferença é que esse blog fica arquivado, portanto vocês três aí que estão lendo poderão se quiserem conferir minhas previsões e dizerem: "o Pait errou!" Já quem vive de fazer previsão do tempo, do futebol, ou da política, prefere apagar os rastros.
Segunda previsão: o governo Dilma não será forte. Os tucanos ficaram mais fortes que o PT nos estados, especialmente nos estados pagadores de impostos. A sustentação política do governo terá que vir do congresso, onde nenhum partido tem maioria. Enquanto as coisas andarem bem, não haverá muito problema. Quando ocorrerem dificuldades, a quem Dilma poderá recorrer?
1 - A direita apoiou 11 de cada 10 governos nos últimos séculos. Só que a direita malufista acabou - estou pensando naquele partido que mudou de nome uma dúzia de vezes mas manteve o número, como um presidiário. Os conservadores que sobraram fizeram uma campanha nojenta, não vão poder apoiar esse governo.
2 - Os verdes só fizeram uma boa bancada no estado de S Paulo, que não tem peso no congresso. De qualquer modo os verdes estão divididos - entre os verdes maduros, que queriam apoiar Serra, e os verdes verdes, que querem se manter à margem, superiores a tudo, mais ou menos como o PT fazia antes de se projetar em verdadeira grandeza.
3 - A esquerda está atiçada. Quer sangue. Vai ter que se contentar com cargos e dinheiro. Podem esperar mais contratos sem licitação para o braço armados do PT, como aFox News Carta Capital. Institucionalmente, contam pouco.
4 - O centrão. O PMDB, extinto em S Paulo, vai apoiar o governo. Em troca de grana. Muita grana. Se faltar dinheiro, vai faltar apoio.
5 - Em caso de crise, só sobram...... os tucanos. Não é impossível. Os grupos que disseram as coisas mais nojentas contra a Dilma não eram do PSDB, pelo menos não tucanos históricos. Já o PT fez uma campanha asquerosa começando com o Lula e continuando pela imprensa chapa branca. Dilma não se envolveu pessoalmente, mas não será fácil construir essa ponte, a não ser em caso de crise grave.
Em resumo, até haver dificuldades, o governo Dilma irá caminhando. De onde poderão vir os problemas? Outro dia especulo.
Segunda previsão: o governo Dilma não será forte. Os tucanos ficaram mais fortes que o PT nos estados, especialmente nos estados pagadores de impostos. A sustentação política do governo terá que vir do congresso, onde nenhum partido tem maioria. Enquanto as coisas andarem bem, não haverá muito problema. Quando ocorrerem dificuldades, a quem Dilma poderá recorrer?
1 - A direita apoiou 11 de cada 10 governos nos últimos séculos. Só que a direita malufista acabou - estou pensando naquele partido que mudou de nome uma dúzia de vezes mas manteve o número, como um presidiário. Os conservadores que sobraram fizeram uma campanha nojenta, não vão poder apoiar esse governo.
2 - Os verdes só fizeram uma boa bancada no estado de S Paulo, que não tem peso no congresso. De qualquer modo os verdes estão divididos - entre os verdes maduros, que queriam apoiar Serra, e os verdes verdes, que querem se manter à margem, superiores a tudo, mais ou menos como o PT fazia antes de se projetar em verdadeira grandeza.
3 - A esquerda está atiçada. Quer sangue. Vai ter que se contentar com cargos e dinheiro. Podem esperar mais contratos sem licitação para o braço armados do PT, como a
4 - O centrão. O PMDB, extinto em S Paulo, vai apoiar o governo. Em troca de grana. Muita grana. Se faltar dinheiro, vai faltar apoio.
5 - Em caso de crise, só sobram...... os tucanos. Não é impossível. Os grupos que disseram as coisas mais nojentas contra a Dilma não eram do PSDB, pelo menos não tucanos históricos. Já o PT fez uma campanha asquerosa começando com o Lula e continuando pela imprensa chapa branca. Dilma não se envolveu pessoalmente, mas não será fácil construir essa ponte, a não ser em caso de crise grave.
Em resumo, até haver dificuldades, o governo Dilma irá caminhando. De onde poderão vir os problemas? Outro dia especulo.
01 novembro 2010
O brasileiro vota conforme o bolso
O que decide é a situação econômica. Boa, vota na situação. Má, na oposição. Está certo votar em função de ciclos que independem do trabalho do presidente? Às vezes sim, às vezes não. Com essa estratégia de controle simplória, pelo menos se evita eternizar políticas desastrosas. A democracia é o pior dos sistemas, com exceção dos demais.
Conjectura: o crescimento econômico do Brasil nos últimos 16 anos pode ser explicado por uma variável independente apenas: a diminuição do tamanho das famílias. Ou seja, a soma de decisões individuais de milhões de mulheres, com uma contribuição mínima das políticas econômicas da ditadura, dos tucanos e dos petistas. Aposto que dá para provar com uma análise estatística de componentes principais bem simplificada.
E os sucessos dos governos Lula? No primeiro mandato, manter as políticas do Fernando Henrique. No segundo, seu maior aliado foi George Bush. Sem a deflação mundial causada pela crise americana, os preços no Brasil teriam estourado.
Amanhã ou depois, previsão para os próximos 4 anos. Não sou muito otimista.
Conjectura: o crescimento econômico do Brasil nos últimos 16 anos pode ser explicado por uma variável independente apenas: a diminuição do tamanho das famílias. Ou seja, a soma de decisões individuais de milhões de mulheres, com uma contribuição mínima das políticas econômicas da ditadura, dos tucanos e dos petistas. Aposto que dá para provar com uma análise estatística de componentes principais bem simplificada.
E os sucessos dos governos Lula? No primeiro mandato, manter as políticas do Fernando Henrique. No segundo, seu maior aliado foi George Bush. Sem a deflação mundial causada pela crise americana, os preços no Brasil teriam estourado.
Amanhã ou depois, previsão para os próximos 4 anos. Não sou muito otimista.
26 outubro 2010
Regularizaram a variedade!
Faz algum tempo a variedade não diferenciável havia sumido da FEA. Agora ela está de volta, bem mais suave! Devem ter usado uma equação elíptica para regularizar as arestas. Parabéns!
Please send to the null device
cat www.advivo.com.br/luisnassif www.conversaafiada.com.br marilena_chauí.org | grep *.jpeg|*.mp3|*.doc|*.* > /dev/null
If you intended to correct the junk they write: don't bother. Your time on Earth is finite, and the supply of mean idiots is unlimited.
If you planned to quote them to me, don't. My time is also finite.
If you intended to correct the junk they write: don't bother. Your time on Earth is finite, and the supply of mean idiots is unlimited.
If you planned to quote them to me, don't. My time is also finite.
25 outubro 2010
It ain't necessarily so
Oh Jonah he lived in de whale
For he made his home in dat fish's abdomen
Oh Jonah he lived in de whale
120 million people who cannot tell right from left, and beyond that much cattle. Have mercy on them.
For he made his home in dat fish's abdomen
Oh Jonah he lived in de whale
120 million people who cannot tell right from left, and beyond that much cattle. Have mercy on them.
21 outubro 2010
...ponham mais água no feijão que eu estou voltando.
Caminhão do sindicato azucrinando minha zoreia aqui na Usp. Parece que estão planejando uma minigreve em protesto contra a falta de feriado no dia do funcionário público. Para distrair até o barulho passar, vou compartilhar as boas notícias: o físico Moysés Nussenzveig está trabalhando para lançar uma nova edição dos kits "Os cientistas".
20 outubro 2010
Vlad o Vampiro
O blogueiros da situação vivem acusando o Serra de vampirismo - só nesse blog chapa branca são centenas de menções. Agora, depois da queda da Guerra, o PT foi colocar no cargo de chefe do gabinete de corrupção da república justamente Vlad o Empalador. Pelo pouco que entendo de piscologia isso se chama projeção: o conde Drácula vê vampiro em toda capa de revista. País da piada pronta.
Quem quiser se declarar a favor do Serra sem baixar ao nível do Barão Silas Costaverde tem a opção de assinar o abaixo assinado de professores o profissionais a favor de José Serra. Talvez quem é a favor da Dilma tenha alguma alternativa racional, mas as últimas manifestações antitucanas têm sido um tanto emotivas. Antes que alguém pergunte, sei que existe uma extrema direita psicótica mas o carro de som lacerdista não buzina nas minhas orelhas.
Quem quiser se declarar a favor do Serra sem baixar ao nível do Barão Silas Costaverde tem a opção de assinar o abaixo assinado de professores o profissionais a favor de José Serra. Talvez quem é a favor da Dilma tenha alguma alternativa racional, mas as últimas manifestações antitucanas têm sido um tanto emotivas. Antes que alguém pergunte, sei que existe uma extrema direita psicótica mas o carro de som lacerdista não buzina nas minhas orelhas.
18 outubro 2010
Restaurante chinês em Pinheiros
Vamos falar de coisa importante. O Restaurante China Town, dos donos do antigo China Kwon Min, mudou há alguns meses para a Rua Artur de Azevedo 1884, em Pinheiros, próximo à Pedroso de Morais. A comida é excelente, e as especialidades são as massas caseiras: macarrão com molho chinês, bifum, e especialmente o pastéis (gyoza) fritos, cozidos, ou no vapor. Também recomendo as saladas de acelga, frango com macarrão, e pepino, e o frango frito com molho de gengibre. Aberto terça a domingo almoço e jantar, fecha segunda. Durante a semana, almoço por kilo. Telefones para entrega: 3088-8220 e 9417-9083.
13 outubro 2010
Teddy Roosevelt in Butantã
Through the Brazilian Wilderness:
On reaching Sao Paulo on our southward journey from Rio to Montevideo, we drove out to the "Instituto Serumtherapico," designed for the study of the effects of the venom of poisonous Brazilian snakes. Its director is Doctor Vital Brazil, who has performed a most extraordinary work and whose experiments and investigations are not only of the utmost value to Brazil but will ultimately be recognized as of the utmost value for humanity at large. I know of no institution of similar kind anywhere. It has a fine modern building, with all the best appliances, in which experiments are carried on with all kinds of serpents, living and dead, with the object of discovering all the properties of their several kinds of venom, and of developing various anti-venom serums which nullify the effects of the different venoms. Every effort is made to teach the people at large by practical demonstration in the open field the lessons thus learned in the laboratory. One notable result has been the diminution in the mortality from snake-bites in the province of Sao Paulo.
12 outubro 2010
@MinCelsoAmorim
Se tem alguém lendo esse blog que ainda não pegou a dica, sigam o @MinCelsoAmorim. Impagável. Autor de tweets lapidares como "Hackearam meu twitter e postaram uma verdade inverídica. Peço desculpas a quem leu tal ofensa"; "Qualquer um pode manifestar a opinião que quiser em Cuba. Contanto que obedecendo à lei local"; e "Depois da tal revolução laranja, nossa simpatia pela Ucrânia caiu muito. 2 a 0 foi pouco".
E se alguém sente falta de dois minutos de ódio, pode ler o blog do Nassif. Com José Serra no papel de Emmanuel Goldstein. Pior é que nós sustentamos esse blog. Jornal e TV, quem não gosta, não lê, não assiste. Blogueiro oficial do Partido, você paga - quer leia, quer não.
E se alguém sente falta de dois minutos de ódio, pode ler o blog do Nassif. Com José Serra no papel de Emmanuel Goldstein. Pior é que nós sustentamos esse blog. Jornal e TV, quem não gosta, não lê, não assiste. Blogueiro oficial do Partido, você paga - quer leia, quer não.
11 outubro 2010
Prêmio Nobel da Paz
Busque o nome do Nobel da Paz desse ano, Liu Xiabo, no blog do Luiz Nassif. Você vai encontrar: um telegrama das agências noticiando o prêmio copiado da Folha; um artigo vagamente relacionado, sobre brasileiros e o prêmio Nobel; e uma entrevista com uma jornalista chapa-branca do governo chinês criticando o vencedor como um radical irrelevante. Essa entrevista é prefaciada por comentários elogiosos onde o nobelista é chamado de Xiaobobo. Possivelmente esse "bobo" é apenas uma gralha eletrônica.
Além disso há alguns comentários, de autoria dos leitores e não do blog: o teor tende a ser "se a imprensa golpista tucano-americana não controlasse os escandinavos para premiar somente pessoas que apoiam a agenda sionista o Lula teria levado." Não valeria a pena nem olhar, exceto pelo fato que o blog do Nassif em geral corta comentários que discordam dele. Por exemplo se alguém perguntar se o contrato de R$110 mil por mês que o blog tem com a Petrobrás não traz uma certa dúvida sobre sua imparcialidade, com certeza não vai ser publicado.
Debate presidencial
Tenho que retratar meu post anterior. Uma candidata que não aprontou respostas para perguntas que todo mundo sabia que iam ser feitas; que levanta picuinhas tipo uma sugestão publicitária antiga para mudar o logotipo da Petrobrás; que faz ataques pessoais à família do outro candidato durante um debate; e que depois de 8 anos no governo se comporta como se estivesse fazendo oposição ao governo anterior, não tem preparo para ser presidente.
Eu estava errado. Nesse 2o turno, a Dilma projetou-se em verdadeira grandeza. Os debates anteriores foram chatos: a presença da Marina e do Plínio atrapalhou. Já destuitei a Marina, que passou o debate fazendo pose de boazinha e superior aos 2. O Plínio só leio quando ele responde ao divertidíssimo @MinCelsoAmorim. Agora dá para ver que a Dilma se preparou para concorrer à subprefeitura de Sapopemba fazendo oposição ao Serra, não à presidência pelo partido da situação. Espero que o eleitor perceba.
Eu estava errado. Nesse 2o turno, a Dilma projetou-se em verdadeira grandeza. Os debates anteriores foram chatos: a presença da Marina e do Plínio atrapalhou. Já destuitei a Marina, que passou o debate fazendo pose de boazinha e superior aos 2. O Plínio só leio quando ele responde ao divertidíssimo @MinCelsoAmorim. Agora dá para ver que a Dilma se preparou para concorrer à subprefeitura de Sapopemba fazendo oposição ao Serra, não à presidência pelo partido da situação. Espero que o eleitor perceba.
07 outubro 2010
Chega de reclamar das eleições!
Estou cansado de ouvir o povo reclamar das eleições! Foram para o 2o turno os candidatos mais bem experientes imagináveis, e não foi por lábia, carisma, ou discurso, só por competência. Quero ver se alguém me indica algum país europeu grande que tenha um chefe de governo tão competente quanto a Dilma ou o Serra, não vou falar nem no líder da oposição. Itália, Reino Unido, França? Na Alemanha o último político bom era o Joschka Fischer que é uma espécie de Gabeira de lá, e como o nosso nunca mandou nada. O Japão está há 20 anos em recessão e ninguém faz nada. Rússia e China nem comento. Alguém pode dizer que o presidente da Indonésia e o primeiro ministro da Índia são competentes, até concordo mas me encontre um segundo político honesto nessas democracias. E quem me disser de memória qual foi a última eleição americana com 2 candidatos tão preparados quanto Serra e Dilma ganha um diploma honoris causa de Princeton e as memórias do Teddy Roosevelt.
A 3a colocada, menos experiente, fez uma campanha honesta e bem intencionada. Os 2 senadores eleitos por S Paulo são igualmente preparados para o cargo, idem o governador, seu vice, e o rival derrotado. Todos fazendo campanha por seus méritos e não com discursos piegas. Se alguns deputados são ridículos é culpa exatamente dos reclamões que acham todos os políticos iguais e promove a ideia de que pior que está não fica. Se quisessem melhorar, teriam votado no Madeira que defende o voto distrital.
Agora se você não gosta de um candidato, vote no outro. E se gosta, ajude o Brasil falando bem do bom candidato e me poupe das lamúrias.
A 3a colocada, menos experiente, fez uma campanha honesta e bem intencionada. Os 2 senadores eleitos por S Paulo são igualmente preparados para o cargo, idem o governador, seu vice, e o rival derrotado. Todos fazendo campanha por seus méritos e não com discursos piegas. Se alguns deputados são ridículos é culpa exatamente dos reclamões que acham todos os políticos iguais e promove a ideia de que pior que está não fica. Se quisessem melhorar, teriam votado no Madeira que defende o voto distrital.
Agora se você não gosta de um candidato, vote no outro. E se gosta, ajude o Brasil falando bem do bom candidato e me poupe das lamúrias.
04 outubro 2010
Tiranofilia da Usp
A meia dúzia de leitores desse blog já deve ter percebido que às vezes leio alguns comentaristas só para criticar. Hoje o estonteante colega uspiano Vladimir Ilitch confessa na Folha que considera o pior do movimento de 1968 foi a defesa da liberdades individuais. O bom, para ele, com certeza eram os maoístas cambodjanos que também ligaram seu nome ao maio de 68. Progresso é a motoserra, o taliban, os campos de reeducação. Partindo desse ponto de vista, ele conclui que o PV é um partido conservador - aliás para ele todo o movimento verde mundial é de direita. Há fascistas dessa laia ensinando filosofia nas universidades.
Brazilian elections
The results were the best possible. Dilma had the largest number of votes, reflecting the plausible perception that Lula ran the country fairly well. But she had fewer votes than Serra and Marina together. The polls were uniformly wrong and failed to predict a late surge towards Marina, and to a lesser extent Serra. This suggests that Serra will go after Marina's endorsement and invite the Greens to his government. A greener Psdb administration would certainly be the best for the country. Serra is the best prepared presidential candidate Brazil ever had, and the Greens also have a number of capable politicians. A stronger focus on the environment would improve domestic and foreign policies.
At least they will present a serious challenge in the runoff election. Then we will know how Dilma acts and reacts. So far she ran on the basis of Lula's support, and did not have to campaign too hard. If she passes the test of a one-on-one campaign, or if Serra fails to win Marina's voters over, then she will be the next president. A country has the government it deserves.
In the case of Brazil, it could be a lot worse. Together, the 4 far-left candidates won less than 1% of the vote. That is a small fraction of the 9 million null and blank votes. Somehow, these wingnuts manage to have their voices heard at the university. I would not even pay attention, if they weren't screaming into my ears all the time. The less educated populace somehow knows better. Who said education is the solution to all the country's problems?
Something else I almost forgot. In S Paulo at least, the old time, corrupt parties are done. Except for one or two celebrities gathering the ignorant protest vote, it's the Worker's Party, the Social Democrats, and the Greens. The others are gone. Not too soon.
At least they will present a serious challenge in the runoff election. Then we will know how Dilma acts and reacts. So far she ran on the basis of Lula's support, and did not have to campaign too hard. If she passes the test of a one-on-one campaign, or if Serra fails to win Marina's voters over, then she will be the next president. A country has the government it deserves.
In the case of Brazil, it could be a lot worse. Together, the 4 far-left candidates won less than 1% of the vote. That is a small fraction of the 9 million null and blank votes. Somehow, these wingnuts manage to have their voices heard at the university. I would not even pay attention, if they weren't screaming into my ears all the time. The less educated populace somehow knows better. Who said education is the solution to all the country's problems?
Something else I almost forgot. In S Paulo at least, the old time, corrupt parties are done. Except for one or two celebrities gathering the ignorant protest vote, it's the Worker's Party, the Social Democrats, and the Greens. The others are gone. Not too soon.
03 outubro 2010
Randall Stross eating his hat again
Sort of. I bet he thinks that Apple is successful thanks to his personal attacks on Steve Jobs. Why does the NYTimes keep this idiot on board?
02 outubro 2010
Há 5 anos: a equação parcial de Lyapunov; ou, geometria e controle
Mensagem de setembro de 2005. Quem entender, entendeu. Quem não entender, melhor.
_____________________________________________
Ontem passei um bom tempo tentando lembrar quem disse que a derivada de Lie era chamada de operador de Liouville pelos físicos. Descobri, vasculhando a biblioteca, que isso está no livro de física matemática do Thirring que eu tenho aí em casa, mas ainda não consegui ler inteiro.
A questão é que preciso resolver uma equação parcial de primeira ordem. Os livros falam muito sobre as equações de segunda ordem, mas as de primeira, que poderíamos pensar serem mais simples, não são muito discutidas. A equação de Liouville é uma das que são muito faladas. E a derivada de Lie aparece na minha equação. Apesar de ter achado a referência, ainda não sei no que isso me ajuda, nem qual a relação entre as duas.
Outro dia fui na sala do Yoshi e vi que ele tinha na mesa a autobiografia do Mark Kac, um dos fundadores da probabilidade moderna. Kac trabalhou com o Erdos, que é o fundador da área do Yoshi, e com quem o Yoshi escreveu um artigo. Mas o Kac também trabalhou com uma abordagem probabilística que é muito usada em controle e teoria das comunicações. E com uma que não é: existe uma fórmula de Feynman-Kac que deve ser importante para mim, mas eu não entendo. No livro ele fala sobre o operador de Liouville, mas não o suficiente para que eu entenda. Pena, porque me parece que o ponto de vista dele é mais próximo do meu do que os da maioria dos matemáticos (muito abstratos), físicos (muito aplicados a algum problema particular), e engenheiros (que se dividem entre os que gostariam de ter sido matemáticos, os que gostariam de ter sido físicos, e os que só querem fazer as contas). De qualquer forma é um livro fácil de ler, que me caiu em mãos na hora certa.
Com essas leituras e dando a aula de controle adaptativo, que eu já não ensinava desde o final do século passado, percebi que tem toda uma corrente de pesquisa em controle que utiliza como ferramenta a análise funcional, e não chega em lugar nenhum. O assunto é importante mas difícil. Eu até fiz um curso sobre isso em Yale, e passei por generosidade do instrutor, porque não tinha nem maturidade nem força de vontade para entender bem. Mas depois li um pouco mais e deixei de ser um total ignorante no assunto. Só que para mim ajudou pouco, e para a teoria de controle em geral acho que ajudou menos ainda. Mas só descobri isso agora. Hermann Weyl, one of the first people to combine general relativity with the laws of electromagnetism, disse mais ou menos isso: "The devil of algebra and the angel of geometry fight for the soul of every theory." Parece que pelo menos no caso do controle a álgebra abstrata conseguiu um forte aliado na análise funcional.
Para citar Henrique Pait, "Não há espetáculo mais deprimente do que um homem trabalhando com a ferramenta errada." Acho que desta vez estou trabalhando com a ferramenta certa. Inspirado por isso, acho que consegui mostrar que a equação diferencial parcial que estou estudando tem solução. Para ser mais correto, como engenheiro, consegui construir uma versão que sempre tem solução. Outras versões, que possam não ter, não me interessam.
Isso me traz próximo de exibir a solução. Não uma solução geral para todos os casos. Mas quando é possível construir uma solução explícita, o problema está resolvido. Esse é o caso dos sistemas lineares, que eu pelo menos já sei o que são. Mas também parece ser o caso de sistemas mais gerais - os tais sistemas curvos que ninguém ainda definiu. Eu acho que são aqueles que geram simetrias de uma geometria riemanniana qualquer. A geometria euclidiana é uma geometria riemanniana particular, que dá origem aos sistemas lineares. Com isso se elimina a idéia, que já semânticamente é absurda, de estudar sistemas não-lineares - sem identificar entre eles os que possam ser lineares.
Mudando de assunto, ontem era rodízio e peguei carona com o Fuad até a casa dele. De lá dei um pulinho na FNAC e comprei uma cópia de meu primeiro livro de xadrez, e até agora o melhor de todos, para dar de presente ao nosso visitante francês. Ele joga xadrez e conta que a filha, que está começando o colegial, também está se interessando muito. Eles sabem francês, devem conseguir aproveitar.
Como hoje é o dia das frases, vou descrever o livro citando o Oswald de Andrade: "Neste deserto de homens e idéias, eis que surge o cavalo Mossoró." Esse livro "Xadrez básico" é de um livro de bolso da Ediouro, totalmente downmarket, de autor outrossim desconhecido, Orfeu d'Agostini, que se apresenta como mestre nacional de xadrez, ou seja, era um enxadrista amador, médico se me lembro bem, que não tinha título nenhum. O livro explica os princípios das escolas antiga, moderna, e "hipermoderna" de xadrez de uma maneira acessível e cartesiana, muito difícil de encontrar mesmo nos livros dos mestres originais, que ele consultou. Foi divertido comprar, especialmente para dar de presente, porque eu mesmo não vou mais ler, a essa altura do campeonato. Além disso acho que foi meio surpreendente para o François, talvez não faça muito parte da cultura européia dar um livro para um colega assim sem mais nem menos.
Agora vou voltar para a equação de Lyapunov. Lembrando que originalmente o termo se refere a uma equação algébrica, mas que na verdade é uma simplificação de uma equação diferencial parcial, portanto muito mais difícil, que aparece no estudo da estabilidade de sistemas de controle. E de uma forma ou de outra vai aparecer no estudo de todas as propriedades de um sistema de controle, pois a questão é sempre descobrir quais as propriedades de um "campo de vetores", isso é, de uma regra que define a velocidade de movimento em cada ponto do espaço. A equação diferencial parcial na qual aparece a derivada de Lie expressa justamente os invariantes do campo, isto é, as propriedades que se mantém constantes ao longo do movimento do objeto estudado.
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Ontem passei um bom tempo tentando lembrar quem disse que a derivada de Lie era chamada de operador de Liouville pelos físicos. Descobri, vasculhando a biblioteca, que isso está no livro de física matemática do Thirring que eu tenho aí em casa, mas ainda não consegui ler inteiro.
A questão é que preciso resolver uma equação parcial de primeira ordem. Os livros falam muito sobre as equações de segunda ordem, mas as de primeira, que poderíamos pensar serem mais simples, não são muito discutidas. A equação de Liouville é uma das que são muito faladas. E a derivada de Lie aparece na minha equação. Apesar de ter achado a referência, ainda não sei no que isso me ajuda, nem qual a relação entre as duas.
Outro dia fui na sala do Yoshi e vi que ele tinha na mesa a autobiografia do Mark Kac, um dos fundadores da probabilidade moderna. Kac trabalhou com o Erdos, que é o fundador da área do Yoshi, e com quem o Yoshi escreveu um artigo. Mas o Kac também trabalhou com uma abordagem probabilística que é muito usada em controle e teoria das comunicações. E com uma que não é: existe uma fórmula de Feynman-Kac que deve ser importante para mim, mas eu não entendo. No livro ele fala sobre o operador de Liouville, mas não o suficiente para que eu entenda. Pena, porque me parece que o ponto de vista dele é mais próximo do meu do que os da maioria dos matemáticos (muito abstratos), físicos (muito aplicados a algum problema particular), e engenheiros (que se dividem entre os que gostariam de ter sido matemáticos, os que gostariam de ter sido físicos, e os que só querem fazer as contas). De qualquer forma é um livro fácil de ler, que me caiu em mãos na hora certa.
Com essas leituras e dando a aula de controle adaptativo, que eu já não ensinava desde o final do século passado, percebi que tem toda uma corrente de pesquisa em controle que utiliza como ferramenta a análise funcional, e não chega em lugar nenhum. O assunto é importante mas difícil. Eu até fiz um curso sobre isso em Yale, e passei por generosidade do instrutor, porque não tinha nem maturidade nem força de vontade para entender bem. Mas depois li um pouco mais e deixei de ser um total ignorante no assunto. Só que para mim ajudou pouco, e para a teoria de controle em geral acho que ajudou menos ainda. Mas só descobri isso agora. Hermann Weyl, one of the first people to combine general relativity with the laws of electromagnetism, disse mais ou menos isso: "The devil of algebra and the angel of geometry fight for the soul of every theory." Parece que pelo menos no caso do controle a álgebra abstrata conseguiu um forte aliado na análise funcional.
Para citar Henrique Pait, "Não há espetáculo mais deprimente do que um homem trabalhando com a ferramenta errada." Acho que desta vez estou trabalhando com a ferramenta certa. Inspirado por isso, acho que consegui mostrar que a equação diferencial parcial que estou estudando tem solução. Para ser mais correto, como engenheiro, consegui construir uma versão que sempre tem solução. Outras versões, que possam não ter, não me interessam.
Isso me traz próximo de exibir a solução. Não uma solução geral para todos os casos. Mas quando é possível construir uma solução explícita, o problema está resolvido. Esse é o caso dos sistemas lineares, que eu pelo menos já sei o que são. Mas também parece ser o caso de sistemas mais gerais - os tais sistemas curvos que ninguém ainda definiu. Eu acho que são aqueles que geram simetrias de uma geometria riemanniana qualquer. A geometria euclidiana é uma geometria riemanniana particular, que dá origem aos sistemas lineares. Com isso se elimina a idéia, que já semânticamente é absurda, de estudar sistemas não-lineares - sem identificar entre eles os que possam ser lineares.
Mudando de assunto, ontem era rodízio e peguei carona com o Fuad até a casa dele. De lá dei um pulinho na FNAC e comprei uma cópia de meu primeiro livro de xadrez, e até agora o melhor de todos, para dar de presente ao nosso visitante francês. Ele joga xadrez e conta que a filha, que está começando o colegial, também está se interessando muito. Eles sabem francês, devem conseguir aproveitar.
Como hoje é o dia das frases, vou descrever o livro citando o Oswald de Andrade: "Neste deserto de homens e idéias, eis que surge o cavalo Mossoró." Esse livro "Xadrez básico" é de um livro de bolso da Ediouro, totalmente downmarket, de autor outrossim desconhecido, Orfeu d'Agostini, que se apresenta como mestre nacional de xadrez, ou seja, era um enxadrista amador, médico se me lembro bem, que não tinha título nenhum. O livro explica os princípios das escolas antiga, moderna, e "hipermoderna" de xadrez de uma maneira acessível e cartesiana, muito difícil de encontrar mesmo nos livros dos mestres originais, que ele consultou. Foi divertido comprar, especialmente para dar de presente, porque eu mesmo não vou mais ler, a essa altura do campeonato. Além disso acho que foi meio surpreendente para o François, talvez não faça muito parte da cultura européia dar um livro para um colega assim sem mais nem menos.
Agora vou voltar para a equação de Lyapunov. Lembrando que originalmente o termo se refere a uma equação algébrica, mas que na verdade é uma simplificação de uma equação diferencial parcial, portanto muito mais difícil, que aparece no estudo da estabilidade de sistemas de controle. E de uma forma ou de outra vai aparecer no estudo de todas as propriedades de um sistema de controle, pois a questão é sempre descobrir quais as propriedades de um "campo de vetores", isso é, de uma regra que define a velocidade de movimento em cada ponto do espaço. A equação diferencial parcial na qual aparece a derivada de Lie expressa justamente os invariantes do campo, isto é, as propriedades que se mantém constantes ao longo do movimento do objeto estudado.
Regras de acentuação em português
É fácil acentuar palavras em português. Para saber como, é melhor pensar primeiro nas palavras sem acento.
As palavras sem acento, se terminarem com as vogais A, E, ou O - as mais comuns - tem a sílaba anterior tônica (são paroxítonas). Se a vogal for seguida pelas consoantes M ou S, nada muda - a sílaba tônica continua sendo a penúltima.
As palavras sem acento terminadas em qualquer outra letra levam ênfase na última sílaba (são oxítonas). São comuns entre as palavras de origem portuguesa as terminadas nas vogais U e I, e nas consoantes R, L, N, ou X.
As palavras com mais de uma sílaba que não estão nos 2 casos acima são acentuadas.
Quando juntas com as vogais A, E, e U, as letras I e U são semivogais, isto é, formam ditongos.
Se formarem hiatos, são acentuadas.
Essas 2 frases resumem a grande maioria das regras de acentuação, que às vezes são enunciadas de uma maneira formal e confusa. Pensando no uso habitual da língua, fica bem mais fácil lembrar quais palavras precisam do acento. Por exemplo, Pacaembu e Morumbi não levam acento, mas Canindé, Maracanã e Badaró sim.
Os únicos casos comuns que ainda CONTINUAM DÚBIOS são quando a última vogal A, E, ou O é precedida por I ou U. Para efeito de acentuação, uma boa IDEIA é considerar essas semivogais como vogais - ACENTUE como se o par formasse 2 sílabas, não um ditongo.
Uma última observação: Poderíamos usar o lembrete RLINUX para substituir o "rouxinol" ensinado antigamente nas escolas, que é impreciso. Porém não é necessário: TODAS as consoantes fora M e S trazem a tonicidade para a última sílaba. Consoantes fora R, L, N, ou X aparecem em palavras de origem não portuguesa, e em geral são pronunciadas como se houvesse um E no final, voltando a ser paroxítonas. Nomes próprios podem não seguir as regras de acentuação, mas podemos dar alguns exemplos usando nomes de políticos: Kassab, Mandic, Haddad, Maluf, Lindberg, Kubitschek, Fidel, Goldman, Sinop, Ademar, e o mais importante de todos, Xadrez.
Se houver alguma regra não explicada pelos casos acima, favor informar. São casos tão específicos que é melhor lembrar cada palavra individualmente - por exemplo rainha é um hiato sem acento.
As palavras sem acento, se terminarem com as vogais A, E, ou O - as mais comuns - tem a sílaba anterior tônica (são paroxítonas). Se a vogal for seguida pelas consoantes M ou S, nada muda - a sílaba tônica continua sendo a penúltima.
As palavras sem acento terminadas em qualquer outra letra levam ênfase na última sílaba (são oxítonas). São comuns entre as palavras de origem portuguesa as terminadas nas vogais U e I, e nas consoantes R, L, N, ou X.
As palavras com mais de uma sílaba que não estão nos 2 casos acima são acentuadas.
Quando juntas com as vogais A, E, e U, as letras I e U são semivogais, isto é, formam ditongos.
Se formarem hiatos, são acentuadas.
Essas 2 frases resumem a grande maioria das regras de acentuação, que às vezes são enunciadas de uma maneira formal e confusa. Pensando no uso habitual da língua, fica bem mais fácil lembrar quais palavras precisam do acento. Por exemplo, Pacaembu e Morumbi não levam acento, mas Canindé, Maracanã e Badaró sim.
Os únicos casos comuns que ainda CONTINUAM DÚBIOS são quando a última vogal A, E, ou O é precedida por I ou U. Para efeito de acentuação, uma boa IDEIA é considerar essas semivogais como vogais - ACENTUE como se o par formasse 2 sílabas, não um ditongo.
Uma última observação: Poderíamos usar o lembrete RLINUX para substituir o "rouxinol" ensinado antigamente nas escolas, que é impreciso. Porém não é necessário: TODAS as consoantes fora M e S trazem a tonicidade para a última sílaba. Consoantes fora R, L, N, ou X aparecem em palavras de origem não portuguesa, e em geral são pronunciadas como se houvesse um E no final, voltando a ser paroxítonas. Nomes próprios podem não seguir as regras de acentuação, mas podemos dar alguns exemplos usando nomes de políticos: Kassab, Mandic, Haddad, Maluf, Lindberg, Kubitschek, Fidel, Goldman, Sinop, Ademar, e o mais importante de todos, Xadrez.
Se houver alguma regra não explicada pelos casos acima, favor informar. São casos tão específicos que é melhor lembrar cada palavra individualmente - por exemplo rainha é um hiato sem acento.
Em quem votar? @aamadeira 4580
Um amigo tuitou que ia votar em fulano. Eu nunca ouvi falar no fulano, nada contra nem a favor. Como vou resolver, sigo esse amigo, ou sigo outro? Agora, eu acompanho os políticos, mais ou menos. Se eu não conheço os deputados, na melhor das hipóteses é uma pequena minoria que conhece.
O único modo de resolver isso é o voto distrital. Enquanto não for distrital, o voto para deputado é um voto jogado no lixo. Você lembra em quem votou para presidente há 4 anos? Se lembra, sabe se o candidato merece seu voto ou não. E entre os 3 mil e tantos candidatos a deputados, quais são os que prestam? Com o sistema atual, não dá para lembrar.
A conclusão é que o único voto útil para deputado federal é o voto dado ao candidato que defende o voto distrital. Em S Paulo, é o @aamadeira 4580. Qualquer outro voto, é jogar o voto fora esse ano, e continuar jogando o voto fora a cada 2 anos. O voto certo é Madeira. Ponto final.
O único modo de resolver isso é o voto distrital. Enquanto não for distrital, o voto para deputado é um voto jogado no lixo. Você lembra em quem votou para presidente há 4 anos? Se lembra, sabe se o candidato merece seu voto ou não. E entre os 3 mil e tantos candidatos a deputados, quais são os que prestam? Com o sistema atual, não dá para lembrar.
A conclusão é que o único voto útil para deputado federal é o voto dado ao candidato que defende o voto distrital. Em S Paulo, é o @aamadeira 4580. Qualquer outro voto, é jogar o voto fora esse ano, e continuar jogando o voto fora a cada 2 anos. O voto certo é Madeira. Ponto final.
26 setembro 2010
Rough guide to Brazilian political parties
There are 27 political parties registered for the elections in Brazil next Sunday. Their names can be placed in the political spectrum, roughly from left to right, as follows:
5 communist parties: PCdoB, PSTU, PCB, PCO, PSOL;
6 labor parties: PTB*, PDT*, PT*, PTdoB, PRTB, PTN;
2 socialist parties: PSB, PPS;
1 social democratic party: PSDB*;
1 green party: PV;
6 generic label parties (democratic, progressive, or republican): PMDB*, DEM*, PRP, PP, PRB, PR;
3 christian parties: PTC, PSC, PSDC;
3 others: PMN, PHS, PSL.
Notes and disclaimers:
- The ideological affiliations of the communists are as follows: PCdoB - Maoist-Stalinist (Albanian line); PSTU - Leninist; PCB - Soviet Brezhnevite (refounded); PCO - Trotskyite; PSOL - Cuban Line (in transition to Chávez-led).
-Each of the left wing parties would probably reject the credentials of the others as properly communist, or socialist, or laborite. Nor would they agree on who is a dissidence of whom.
-Additionally PPS is the former Communist Party (anti-Stalinist), now undistinguishable from fellow eurostyle social-democrat PSDB.
-There are no explicitly conservative parties, although DEM and PP come closest. However there is a smattering of right-wingnuts or extreme nationalists in most if not all of them. There are no open liberals (in the European sense) in Brazilian politics.
-The christian parties all have additional specs such as social or labor but to the best of my knowledge tend to be neither.
-Each of the six parties marked with a star* usually controls 5% or more of the seats in at least one chamber of congress, and are therefore more costly for wholesale purchase, although the fact that neither PDT, nor PTB, nor PMDB have any identifiable ideology makes them affordable at retail.
-The smaller parties are more malleable and can be persuaded to support pretty much any campaign. The exceptions are the communist parties, populated by students and public employees, thus directly funded by the taxpayers.
For more information, consult the electoral tribunal's site.
5 communist parties: PCdoB, PSTU, PCB, PCO, PSOL;
6 labor parties: PTB*, PDT*, PT*, PTdoB, PRTB, PTN;
2 socialist parties: PSB, PPS;
1 social democratic party: PSDB*;
1 green party: PV;
6 generic label parties (democratic, progressive, or republican): PMDB*, DEM*, PRP, PP, PRB, PR;
3 christian parties: PTC, PSC, PSDC;
3 others: PMN, PHS, PSL.
Notes and disclaimers:
- The ideological affiliations of the communists are as follows: PCdoB - Maoist-Stalinist (Albanian line); PSTU - Leninist; PCB - Soviet Brezhnevite (refounded); PCO - Trotskyite; PSOL - Cuban Line (in transition to Chávez-led).
-Each of the left wing parties would probably reject the credentials of the others as properly communist, or socialist, or laborite. Nor would they agree on who is a dissidence of whom.
-Additionally PPS is the former Communist Party (anti-Stalinist), now undistinguishable from fellow eurostyle social-democrat PSDB.
-There are no explicitly conservative parties, although DEM and PP come closest. However there is a smattering of right-wingnuts or extreme nationalists in most if not all of them. There are no open liberals (in the European sense) in Brazilian politics.
-The christian parties all have additional specs such as social or labor but to the best of my knowledge tend to be neither.
-Each of the six parties marked with a star* usually controls 5% or more of the seats in at least one chamber of congress, and are therefore more costly for wholesale purchase, although the fact that neither PDT, nor PTB, nor PMDB have any identifiable ideology makes them affordable at retail.
-The smaller parties are more malleable and can be persuaded to support pretty much any campaign. The exceptions are the communist parties, populated by students and public employees, thus directly funded by the taxpayers.
For more information, consult the electoral tribunal's site.
25 setembro 2010
Is the Schrödinger equation contingent or tautological?
I have been wondering whether Schrödinger partial differential equation of quantum mechanics can be used to model the uncertainty in a dynamical system, say a control system or some estimation process. So the question is whether following the equation is a special property of a particle, or a general model of uncertainty increasing over time.
Now of course the fact that an electron obeys the Schrödinger equation does say some about its nature - it is a falsifiable statement which happens never to have been falsified. But perhaps the left hand side of the equation can be considered, roughly speaking, as a truism: "look, if an object has a probability distribution that spreads ou over time, this is how it should be described." The only physical statement would be that the description applies to an electron, or another particle, not in the equation itself.
The question has nothing to do with whether some philosophical version of quantum mechanics such as the Copenhagen interpretation is correct. It is a pragmatic question: can I use wave functions to represent uncertainty in a practical application? If so, how? An example would settle that the methods of quantum physics can be used as a general purpose tool, not that they have any special physical meaning. The main reason to doubt that the method would work is that the probability distribution obtained as the magnitude squared of the equation's solution has a wavelike character, which is probably not shared by an arbitrary control system.
Now of course the fact that an electron obeys the Schrödinger equation does say some about its nature - it is a falsifiable statement which happens never to have been falsified. But perhaps the left hand side of the equation can be considered, roughly speaking, as a truism: "look, if an object has a probability distribution that spreads ou over time, this is how it should be described." The only physical statement would be that the description applies to an electron, or another particle, not in the equation itself.
The question has nothing to do with whether some philosophical version of quantum mechanics such as the Copenhagen interpretation is correct. It is a pragmatic question: can I use wave functions to represent uncertainty in a practical application? If so, how? An example would settle that the methods of quantum physics can be used as a general purpose tool, not that they have any special physical meaning. The main reason to doubt that the method would work is that the probability distribution obtained as the magnitude squared of the equation's solution has a wavelike character, which is probably not shared by an arbitrary control system.
23 setembro 2010
Mensalão do Nassif
O Nassif publicou uma resposta ao artigo do Estadão que noticia o salário de 30 milréis que ele recebe do governo federal para dar as opiniões dele. A resposta se prende às filigranas licitatórias e diárioficialescas, e não responde o ponto principal, que é o fato de ele receber um salário mensal para expressar suas opiniões. Então resolvi perguntar se ele não acha que receber dinheiro do governo compromete a imparcialidade. O texto do comentário que postei no blog está abaixo, se vocês quiserem conferir, caso não seja publicado.
Nassif,
O fato é que você está recebendo um salário mensal para dar sua opinião. Será que o leitor que acha que isso compromete sua imparcialidade está errado? Afinal, você mesmo dá pouco crédito às opiniões de determinados comentaristas econômicos com o argumento que eles trabalham em banco, e portanto para você são suspeitos de parcialidade.
22 setembro 2010
Como lidar com alunos desmotivados?
Um curso da Usp sofre com a falta de motivação dos estudantes. Entre os procedimentos para resolver este problema indicados abaixo, é considerado aceitável que o corpo docente siga todos, EXCETO UM. Assinalar a exceção.
a) Parar de oferecer o curso, para ensinar novos assuntos de maior interesse.
b) Obter um cargo de chefia para o professor responsável, com o objetivo de mudar a composição política dos órgãos decisórios.
c) Criar uma nova disciplina obrigatória tendo o curso problemático como pré-requisito, de forma a aumentar a importância do assunto na formação do aluno.
d) Estabelecer um programa de pós-graduação para formar quadros aptos a ensinarem exatamente a mesma matéria, gerando empregos de docentes na área.
e) Controlar rigorosamente a presença e aplicar provas dificílimas, aumentando a repetência.
a) Parar de oferecer o curso, para ensinar novos assuntos de maior interesse.
b) Obter um cargo de chefia para o professor responsável, com o objetivo de mudar a composição política dos órgãos decisórios.
c) Criar uma nova disciplina obrigatória tendo o curso problemático como pré-requisito, de forma a aumentar a importância do assunto na formação do aluno.
d) Estabelecer um programa de pós-graduação para formar quadros aptos a ensinarem exatamente a mesma matéria, gerando empregos de docentes na área.
e) Controlar rigorosamente a presença e aplicar provas dificílimas, aumentando a repetência.
21 setembro 2010
17 setembro 2010
Ipê branco florido
O ipê branco na praça do relógio da USP, em frente à reitoria velha, está florido. O fenômeno dura poucos dias. Gam zeh ya'avor.
04 setembro 2010
Passarinho
Um passarinho entrou em casa.
Ficou preso, batendo contra a porta de vidro.
Saí fora e mostrei minha cara feia.
Ele fugiu pela outra janela.
Ficou preso, batendo contra a porta de vidro.
Saí fora e mostrei minha cara feia.
Ele fugiu pela outra janela.
30 agosto 2010
Bolha imobiliária, filósofo pró-ditadura.....
Intervalozinho para ler o jornal. Evidência de bolha no mercado de imóveis: a manchete "Veja como pegar carona no boom imobiliário". Quando o leitor procura na Folha as dicas de como entrar na farra, é sinal de ressaca.
Professor de zizekologia da USP propõe ditadura eleita: "O Brasil deve ter o único Parlamento no mundo em que é impossível a um partido ter a maioria absoluta das cadeiras... Só seria possível mudar tal situação através de uma reforma política que permitisse situações eleitorais nas quais o vencedor leva tudo... o verdadeiro desafio democrático consiste na criação ... de conselhos populares."
Pode-se fazer objeções a vários aspectos do argumento do filósofo. O primeiro é factual: há poucos países democráticos nos quais algum partido consegue maioria absoluta no parlamento. Estados Unidos, Japão, às vezes a Inglaterra. Na Europa continental, as maiorias em geral se formam por coalizões, como no Brasil. Munido de sua profunda ignorância, o filósofo seguidor de Zizek faz a proposta absurda: eliminar a oposição. O partido que tiver mais votos ocupa todas as cadeiras no parlamento. Pelo menos até a próxima eleição, se houver. A maioria dos eleitores, que ficariam sem representação, podem até tentar ser ouvidos através dos sovietes. Se alguém conhece o acadêmico Vladimir Ilitch Safatle, por favor sugira que ele leia os Federalist Papers!
Professor de zizekologia da USP propõe ditadura eleita: "O Brasil deve ter o único Parlamento no mundo em que é impossível a um partido ter a maioria absoluta das cadeiras... Só seria possível mudar tal situação através de uma reforma política que permitisse situações eleitorais nas quais o vencedor leva tudo... o verdadeiro desafio democrático consiste na criação ... de conselhos populares."
Pode-se fazer objeções a vários aspectos do argumento do filósofo. O primeiro é factual: há poucos países democráticos nos quais algum partido consegue maioria absoluta no parlamento. Estados Unidos, Japão, às vezes a Inglaterra. Na Europa continental, as maiorias em geral se formam por coalizões, como no Brasil. Munido de sua profunda ignorância, o filósofo seguidor de Zizek faz a proposta absurda: eliminar a oposição. O partido que tiver mais votos ocupa todas as cadeiras no parlamento. Pelo menos até a próxima eleição, se houver. A maioria dos eleitores, que ficariam sem representação, podem até tentar ser ouvidos através dos sovietes. Se alguém conhece o acadêmico Vladimir Ilitch Safatle, por favor sugira que ele leia os Federalist Papers!
Kafka meets Northcote Parkinson in Rochester
In today's NYTimes. It would be funny if it weren't another small step towards a police state. Best quote, straight from Parkinson's analysis of a how bureaucracies grows irrespectively of the amount of work it has to do:
In Rochester, the Border Patrol station opened in 2004, with four agents to screen passengers of a new ferry from Toronto. The ferry went bankrupt, but the unit has since grown tenfold.
18 agosto 2010
Jornal explica muita coisa
BNDE vai dar 150 contos de réis para Eike Batista reformar o Hotel Glória. Não é à toa que o empresário acha que o BNDEs é o melhor banco do mundo. Para ele, é sim. Para os 180 milhões que não ganharam nem um mísero tostãozinho.....
A Folha também conta que 80% dos brasileiros acreditam que a gripe é causada pelo frio. Coincidência ou não, 80% dos brasileiros acham o governo Lula bom. Falta contabilizar quantos acreditam em homeopatia, moto-perpétuo.....
Mas a Folha continua dando espaço ao torturador de números da Sealopra, o porão da universidade aparelhada, agora 100% engajado na campanha da treeleição. Por favor, deixa que a gente se alopra sozinho.
A Folha também conta que 80% dos brasileiros acreditam que a gripe é causada pelo frio. Coincidência ou não, 80% dos brasileiros acham o governo Lula bom. Falta contabilizar quantos acreditam em homeopatia, moto-perpétuo.....
Mas a Folha continua dando espaço ao torturador de números da Sealopra, o porão da universidade aparelhada, agora 100% engajado na campanha da treeleição. Por favor, deixa que a gente se alopra sozinho.
12 agosto 2010
Punição aos futebolistas Norte Koreanos
Não lembro se previ no blog que os jogadores da Korea do Norte iam trabalhar nas minas de urânio sem luva. Mesmo depois do gol do Amorim contra o Brasil. A punição já começou.
11 agosto 2010
Trem bala
Bastante conversa sobre trem bala no Brasil. O trem bala é mais caro do que trem rápido comum, digamos N vezes. O que é mais vantajoso: 500km de trem bala ligando S Paulo com Campinas e Rio, ou N vezes 500km ligando várias capitais brasileiras? Depende do valor de N, que eu não sei. Mas vale a pena um estudo. Tenho a impressão que o "prestígio" do trem bala pode ofuscar outras possibilidades de investimento mais vantajosas. A fixação no "eixo S Paulo-Rio" também atrapalha - a concentração dos negócios nessas cidades é consequência da dificuldade de transporte, não desculpa para concentrar ainda mais. O risco é fazer algo caro que não dá certo, daí todo o transporte ferroviário fica com má fama. Me parece que a discussão sim-ou-não nos jornais é um pouco míope.
03 agosto 2010
Question on the cost of education
On 7 Jun 2010, at 1:35 PM, a friend wrote:
Was trying to do some math: Say a teacher makes $100k per year (gross), which may be well above what they actually make. Teaching 200 days/year, 6 hours per day, 25 kids/class. That translates to cost per kid per hour of $3.33. From a parent perspective this would be $100k/25=$4000 per year. Our tuition is clearly much higher ($18k-$30k) and in public schools, common for state to pay in excess of $12k per student per year. If my math is correct (happy to be corrected here), seems that overhead is huge and actually managed right, charter and private schools could be quite profitable while paying teachers decent salaries.
And I answered:
My town, Brookline, Mass, spends $60 million on 6 thousand kids
That's $10 thousand per kid a year, not much different from neighboring towns. So if we take your figure of $100 thousand / teacher - which is not far from reality, counting overhead like insurance, pensions, benefits, sabbaticals, and so on - you arrive at half of the total, roughly. I would guess schools have 1 extra teaching and non teaching employee per classroom teacher - librarians, substitutes, custodians, cafeteria staff, principal, special education aides, gifted and talented teachers, language, arts, gym, music, and so on, besides the administrators and program coordinators and superintendents. Probably more than 1, but with lower average pay.
So your figures are in the ballpark. Tuition at the top private schools - the ones we'd consider sending our kids to if they didn't enjoy the neighborhood public school - is between $20 and $40 thousand a year, towards the lower end for elementary school but not much cheaper. There are some private schools closing on the $10 thousand range but they tend to be Catholic schools. So public school is kind of a bargain for the taxpaying parent. I believe that the reason is that people who send their kids to public are willing to put up with run-of-the mill facilities - cinderblock buildings, non air conditioned, sports facilities shared with the town, and a fair amount of crowding. Also, teachers know the students and the parents, but besides the teachers themselves there aren't too many college-application consultants and other flashy officers a private school is expected to maintain. There is a belief out there in small classes which private schools may find hard to resist - and small classes are a very expensive way to improve education, good teachers being a much more effective one. Plus governments have a very efficient method of fundraising - no need to entice with an expensive cocktails parties if you can threaten non-contributors with a sleepover in the county jail.
As for whether a private school can earn a profit, that's unsettled. The main source of savings would be to weed out the trouble kids, and in particular the special needs kids, which by federal law public schools are required to educate while private schools are merely not allowed to actively discriminate against. In a neighborhood where a large share of students are underperforming or even troublemakers, offering better education for the best motivated kids just might improve the average outcome. Now of course since those tend to be poorer neighborhoods, they will not be profitable unless without considerable government subsidy.
So it just might be possible to run a profitable private school in a poor district if you can get enough taxpayer money. In better districts it doesn't work - it is an experimental fact that private schools need to remain nonprofits and rely on donations despite the high tuition. Now some would argue that even in poor districts it is not good to funnel tax money through private institutions that will skim off the better students - that basically a private or charter school is only viable if it is able to exploit market failures and legal asymmetries. But there exists a valid argument that in some districts school performance is so bad that anything that shakes the system is preferable. Personally I believe it is a good idea to offer students choice if the local school is failing and they can't afford to pay for something better, but the practical results so far don't seem conclusive.
From the entrepreneur's point of view I believe that the record of for-profit schools in the US has been disappointing. I think that the reason is that there exist very few economies of scale in a labor intensive sector, while centralized for-profit bureaucracies have very definite diseconomies of scale.
Enough for the most successful US education system, Massachusetts. In Brazil, there are parallel systems of K12 education: public (mostly substandard), and private for-profit (ranging from very good to mediocre). In contrast, the higher education system includes some fairly good public universities (by international standards) and mostly atrocious private for-profit universities. (The exceptions such as not-for-profit universities and government technical high schools educate a small fraction of all students, let us leave them aside.)
Not surprisingly, the most desired slots at the top public universities are often taken by students graduating from the more expensive private high school, while poorer students going through a public K12 education fail to enjoy the subsidies given to public universities. The system is a complete failure in terms of efficiency or social equity, although to its credit is does manage to produce a professional elite.
I would not be surprised to hear that California has dropped some of the features that used to make its education outstanding, and which have been retained in the Northeast, and opted for a more Brazil-like approach. I don't know first hand if it is so, but that would explain a lot.
Was trying to do some math: Say a teacher makes $100k per year (gross), which may be well above what they actually make. Teaching 200 days/year, 6 hours per day, 25 kids/class. That translates to cost per kid per hour of $3.33. From a parent perspective this would be $100k/25=$4000 per year. Our tuition is clearly much higher ($18k-$30k) and in public schools, common for state to pay in excess of $12k per student per year. If my math is correct (happy to be corrected here), seems that overhead is huge and actually managed right, charter and private schools could be quite profitable while paying teachers decent salaries.
And I answered:
My town, Brookline, Mass, spends $60 million on 6 thousand kids
That's $10 thousand per kid a year, not much different from neighboring towns. So if we take your figure of $100 thousand / teacher - which is not far from reality, counting overhead like insurance, pensions, benefits, sabbaticals, and so on - you arrive at half of the total, roughly. I would guess schools have 1 extra teaching and non teaching employee per classroom teacher - librarians, substitutes, custodians, cafeteria staff, principal, special education aides, gifted and talented teachers, language, arts, gym, music, and so on, besides the administrators and program coordinators and superintendents. Probably more than 1, but with lower average pay.
So your figures are in the ballpark. Tuition at the top private schools - the ones we'd consider sending our kids to if they didn't enjoy the neighborhood public school - is between $20 and $40 thousand a year, towards the lower end for elementary school but not much cheaper. There are some private schools closing on the $10 thousand range but they tend to be Catholic schools. So public school is kind of a bargain for the taxpaying parent. I believe that the reason is that people who send their kids to public are willing to put up with run-of-the mill facilities - cinderblock buildings, non air conditioned, sports facilities shared with the town, and a fair amount of crowding. Also, teachers know the students and the parents, but besides the teachers themselves there aren't too many college-application consultants and other flashy officers a private school is expected to maintain. There is a belief out there in small classes which private schools may find hard to resist - and small classes are a very expensive way to improve education, good teachers being a much more effective one. Plus governments have a very efficient method of fundraising - no need to entice with an expensive cocktails parties if you can threaten non-contributors with a sleepover in the county jail.
As for whether a private school can earn a profit, that's unsettled. The main source of savings would be to weed out the trouble kids, and in particular the special needs kids, which by federal law public schools are required to educate while private schools are merely not allowed to actively discriminate against. In a neighborhood where a large share of students are underperforming or even troublemakers, offering better education for the best motivated kids just might improve the average outcome. Now of course since those tend to be poorer neighborhoods, they will not be profitable unless without considerable government subsidy.
So it just might be possible to run a profitable private school in a poor district if you can get enough taxpayer money. In better districts it doesn't work - it is an experimental fact that private schools need to remain nonprofits and rely on donations despite the high tuition. Now some would argue that even in poor districts it is not good to funnel tax money through private institutions that will skim off the better students - that basically a private or charter school is only viable if it is able to exploit market failures and legal asymmetries. But there exists a valid argument that in some districts school performance is so bad that anything that shakes the system is preferable. Personally I believe it is a good idea to offer students choice if the local school is failing and they can't afford to pay for something better, but the practical results so far don't seem conclusive.
From the entrepreneur's point of view I believe that the record of for-profit schools in the US has been disappointing. I think that the reason is that there exist very few economies of scale in a labor intensive sector, while centralized for-profit bureaucracies have very definite diseconomies of scale.
Enough for the most successful US education system, Massachusetts. In Brazil, there are parallel systems of K12 education: public (mostly substandard), and private for-profit (ranging from very good to mediocre). In contrast, the higher education system includes some fairly good public universities (by international standards) and mostly atrocious private for-profit universities. (The exceptions such as not-for-profit universities and government technical high schools educate a small fraction of all students, let us leave them aside.)
Not surprisingly, the most desired slots at the top public universities are often taken by students graduating from the more expensive private high school, while poorer students going through a public K12 education fail to enjoy the subsidies given to public universities. The system is a complete failure in terms of efficiency or social equity, although to its credit is does manage to produce a professional elite.
I would not be surprised to hear that California has dropped some of the features that used to make its education outstanding, and which have been retained in the Northeast, and opted for a more Brazil-like approach. I don't know first hand if it is so, but that would explain a lot.
29 julho 2010
College completion around the world
Nick Kristof calls attention to the College Board's Completion Report. It's written mostly from a US perspective but the graphs are useful worldwide. In page 6 of the Executive Summary, we can see that the US is near the top in percentage of older people with some kind of college degree, behind Russia and Israel and together with Canada. However for younger people the rates stayed around 40% in the US, which is now in the middle of the pack, together with most Western European countries and way behind Canada, Korea, Russia, and Japan. Brazil is falling farther behind the worst performing European countries and the other South American ones included in the survey.
Data across countries may not be totally comparable, but the graphs are revealing. A college education is particularly important in places where high schools are not of a very high or homogeneous quality, such as Brazil or the US. It may well be the case that a Dane or a German who is not academically inclined will do just fine with a high school education only. However an American or a Brazilian who is not pushed academically probably did not attend a good high school either, so rates of college completion become more significant. The US statistics include 2-year colleges, and most college education is Brazil is supposedly professional. If you are familiar with them, you will agree that a significant fraction of private for-profit universities in Brazil offer degrees that are comparable to an American community college.
The most striking data is the increase in college education among Koreans, from 10% for the 55-64 year olds to 55% for the 25-34 year olds. Since the 1960s, Koreans have been investing in education, while Brazil has been subsidizing shipbuilding, ironworks, car factories, and electronics manufacturers. Guess who makes better ships, steel, cars, and electronics - the companies with the educated workers, or the ones which received government subsidies?
The Full Report has many more US-centered statistics, with state-by-state breakdowns, and besides being less interesting has glaring inconsistencies. While it is merely unlikely that Mississipi leads the country in percentage of high-school graduates going to college, it is completely impossible that only 6 states have a percentage of 25- to 34-year-olds with an associate degree or higher which is above the US average, in the 5 cases by a small amount, while 45 states have a lower percentage than the US average, many of them by a large margin as stated in page 13.
Data across countries may not be totally comparable, but the graphs are revealing. A college education is particularly important in places where high schools are not of a very high or homogeneous quality, such as Brazil or the US. It may well be the case that a Dane or a German who is not academically inclined will do just fine with a high school education only. However an American or a Brazilian who is not pushed academically probably did not attend a good high school either, so rates of college completion become more significant. The US statistics include 2-year colleges, and most college education is Brazil is supposedly professional. If you are familiar with them, you will agree that a significant fraction of private for-profit universities in Brazil offer degrees that are comparable to an American community college.
The most striking data is the increase in college education among Koreans, from 10% for the 55-64 year olds to 55% for the 25-34 year olds. Since the 1960s, Koreans have been investing in education, while Brazil has been subsidizing shipbuilding, ironworks, car factories, and electronics manufacturers. Guess who makes better ships, steel, cars, and electronics - the companies with the educated workers, or the ones which received government subsidies?
The Full Report has many more US-centered statistics, with state-by-state breakdowns, and besides being less interesting has glaring inconsistencies. While it is merely unlikely that Mississipi leads the country in percentage of high-school graduates going to college, it is completely impossible that only 6 states have a percentage of 25- to 34-year-olds with an associate degree or higher which is above the US average, in the 5 cases by a small amount, while 45 states have a lower percentage than the US average, many of them by a large margin as stated in page 13.
28 julho 2010
Mapa da violência
Segundo o Mapa da Violência do Instituto Sangari, o número de homicídios no estado de S Paulo caiu 50% entre 1997 e 2007. Nos demais estados somados, subiu 50%. São Paulo deixou de ser um dos 5 estados mais violentos e hoje é um dos 3 estados com menor número de homicídio por pessoa. Segundo dados mais recentes, a criminalidade em S Paulo continua alta, mas está da mesma ordem de grandeza que na Argentina. México, e Estados Unidos. No resto do Brasil, continua fora do gráfico.
É difícil não fazer a ligação: para tirar os bandidos da rua, é bom começar tirando os bandidos do governo.
É difícil não fazer a ligação: para tirar os bandidos da rua, é bom começar tirando os bandidos do governo.
21 julho 2010
Ignorativas
No início do ano escrevi a carta abaixo, tendo recebido resposta ignorativa. Trata-se de um instrutivo exemplo de escrita acadêmica.
From: Felipe M Pait
Date: 4 February 2010 11:53:10 AM EST
To: anafanic@usp.br
Subject: Seu artigo "Dinâmicas urbanas na metrópole de S Paulo"
Prezada Profa. Ana Fani Alessandri Carlos,
Como parte de meus trabalhos de investigação a respeito de concepções dinâmicas do conceito de espaço-tempo em diversas áreas do conhecimento, me deparei com seu artigo intitulado "Dinâmicas urbanas na metrópole de S Paulo," que obtive através do sítio abaixo, e gostaria de fazer algumas perguntas.
No seu conceito, em que consiste a abstração total do "espaço-tempo," e de que forma as avenidas e túneis reforçam a tendência de redução a essa abstração? O germe desse produtivismo que leva à abstração já estaria presente nos mecanismos de circulação viária pré-capitalista, tais como as vias romanas, as estradas dos reis aquemênidas que conectavam as satrapias da Pérsia, e talvez mesmo as trilhas e picadas do Brasil pré-cabralino?
Essas questões se referem ao primeiro dos 2 parágrafos que cito abaixo. Acredito que poderia encontrar uma resposta a elas no parágrafo subsequente, porém infelizmente não o compreendi. Se for possível fornecer uma resposta, ainda que parcial, a algumas de minhas indagações, e uma explicação do segundo parágrafo que cito abaixo, eu seria muito grato.
"As políticas urbanas privilegiando a abertura de avenidas e a construção de túneis visando à ampliação da circulação viária se assentam na integração submissa à lógica capitalista que impõe o produtivismo, o qual reforça a tendência a reduzir “espaço-tempo” à sua abstração total; neste caso o tempo se reduz a uma expressão quantitativa, enquanto o espaço se torna simples elemento da circulação do capital reduzido ao tempo de percurso, isto é de desvalorização do capital. Nessa perspectiva, anula-se o espaço transformando em tempo, mas mais do que isso, na prática esse processo revela a usurpação do uso da cidade para a realização da vida humana. A imposição dessa nova relação espaço-temporal (construída enquanto abstração) não se fará sem problemas, ou melhor, sem aprofundar as contradições.
A cidade articulada à rede mundial caminha para a homogeneização que pode ser lida na morfologia, na arquitetura onde os lugares cada vez mais articulados ao mundo da produção econômica entrando em choque com suas particularidades históricas (fundadas na acumulação dos tempos na estrutura urbana); por outro lado, revela também a extensão do mundo da mercadoria –e nesta condição todos os espaços se tornam passíveis de serem transformados em valor de troca (essa intercambialidade guarda o fundamento da homogeneização). Mas também e contraditoriamente, como conseqüência da relação do estado e do impacto de suas alianças com o capital a homogeneização, entra em confronto com a produção de uma hierarquia entre os lugares na rede mundial –uma valorização diferenciada dos lugares em função de sua capacidade de criar condições e os meios necessários à reprodução continuada em nova fase."
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/edicion/lemos/04alessand.pdf
Uma outra indagação é mais distante do conteúdo do referido trabalho, e se refere ao minha própria pesquisa a respeito de quais são as geometrias no espaço-tempo mais adaptadas aos problemas de engenharia de controle, comunicação, e otimização. Os buracos de minhoca (wormholes em inglês) conjecturados pelo físico teórico estadunidense John Wheeler, também conhecidos como pontes de Einstein-Rosen, se constituem em soluções compactas e topologicamente triviais, porém não simplesmente conexas, das soluções de Schwarzschild para as equações do campo da relatividade. Será que essas estruturas poderiam ser vistas como uma sublimação das tendências centralizadoras e mundializantes colocadas no seu artigo, contrastando com a interpretação de que a universalização do tempo tende a abolir o espaço?
Saudações acadêmicas,
Felipe Pait
pait@usp.br
Escola Politécnica da USP
From: Felipe M Pait
Date: 4 February 2010 11:53:10 AM EST
To: anafanic@usp.br
Subject: Seu artigo "Dinâmicas urbanas na metrópole de S Paulo"
Prezada Profa. Ana Fani Alessandri Carlos,
Como parte de meus trabalhos de investigação a respeito de concepções dinâmicas do conceito de espaço-tempo em diversas áreas do conhecimento, me deparei com seu artigo intitulado "Dinâmicas urbanas na metrópole de S Paulo," que obtive através do sítio abaixo, e gostaria de fazer algumas perguntas.
No seu conceito, em que consiste a abstração total do "espaço-tempo," e de que forma as avenidas e túneis reforçam a tendência de redução a essa abstração? O germe desse produtivismo que leva à abstração já estaria presente nos mecanismos de circulação viária pré-capitalista, tais como as vias romanas, as estradas dos reis aquemênidas que conectavam as satrapias da Pérsia, e talvez mesmo as trilhas e picadas do Brasil pré-cabralino?
Essas questões se referem ao primeiro dos 2 parágrafos que cito abaixo. Acredito que poderia encontrar uma resposta a elas no parágrafo subsequente, porém infelizmente não o compreendi. Se for possível fornecer uma resposta, ainda que parcial, a algumas de minhas indagações, e uma explicação do segundo parágrafo que cito abaixo, eu seria muito grato.
"As políticas urbanas privilegiando a abertura de avenidas e a construção de túneis visando à ampliação da circulação viária se assentam na integração submissa à lógica capitalista que impõe o produtivismo, o qual reforça a tendência a reduzir “espaço-tempo” à sua abstração total; neste caso o tempo se reduz a uma expressão quantitativa, enquanto o espaço se torna simples elemento da circulação do capital reduzido ao tempo de percurso, isto é de desvalorização do capital. Nessa perspectiva, anula-se o espaço transformando em tempo, mas mais do que isso, na prática esse processo revela a usurpação do uso da cidade para a realização da vida humana. A imposição dessa nova relação espaço-temporal (construída enquanto abstração) não se fará sem problemas, ou melhor, sem aprofundar as contradições.
A cidade articulada à rede mundial caminha para a homogeneização que pode ser lida na morfologia, na arquitetura onde os lugares cada vez mais articulados ao mundo da produção econômica entrando em choque com suas particularidades históricas (fundadas na acumulação dos tempos na estrutura urbana); por outro lado, revela também a extensão do mundo da mercadoria –e nesta condição todos os espaços se tornam passíveis de serem transformados em valor de troca (essa intercambialidade guarda o fundamento da homogeneização). Mas também e contraditoriamente, como conseqüência da relação do estado e do impacto de suas alianças com o capital a homogeneização, entra em confronto com a produção de uma hierarquia entre os lugares na rede mundial –uma valorização diferenciada dos lugares em função de sua capacidade de criar condições e os meios necessários à reprodução continuada em nova fase."
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/edicion/lemos/04alessand.pdf
Uma outra indagação é mais distante do conteúdo do referido trabalho, e se refere ao minha própria pesquisa a respeito de quais são as geometrias no espaço-tempo mais adaptadas aos problemas de engenharia de controle, comunicação, e otimização. Os buracos de minhoca (wormholes em inglês) conjecturados pelo físico teórico estadunidense John Wheeler, também conhecidos como pontes de Einstein-Rosen, se constituem em soluções compactas e topologicamente triviais, porém não simplesmente conexas, das soluções de Schwarzschild para as equações do campo da relatividade. Será que essas estruturas poderiam ser vistas como uma sublimação das tendências centralizadoras e mundializantes colocadas no seu artigo, contrastando com a interpretação de que a universalização do tempo tende a abolir o espaço?
Saudações acadêmicas,
Felipe Pait
pait@usp.br
Escola Politécnica da USP
20 julho 2010
Os cientistas
O @sgoldbaum me chamou atenção para um artigo do Roney Cytrynowicz sobre as enciclopédias em fascículos que faziam sucesso entre os geeks dos anos 70. Eu colecionei algumas delas. Acho que era mais minha mãe que gostava do conceito.
A melhor era "Os cientistas". O único arrependimento que eu tenho na vida é não ter feito todos os kits. Aliás quem bolou foi o Isaías Raw, que é primo de uma prima da minha tia. As outras enciclopédias nós já ultrapassamos agora no século 21. A wikipedia é melhor para a molecada de hoje. "Os cientistas" ainda não foi superado, em parte nenhuma do mundo até onde sei. Se alguém conhecer alguma coleção estrangeira semelhante, ponha nos comentários. Deve haver, eu desconheço.
Se nos anos 70 em vez de insistir em ensino burocrático, vestibular e cursinho, o Brasil tivesse decidido que todos os alunos de colégio iam fazer as experiências dos kits, hoje o país seria uma grande potência tecnológica e econômica. 90 milhões de kits, uma para cada brasileiro nascido depois da copa que o Pelé ganhou para os 90 milhões em ação na época, teriam custado menos que o subsídio para uma indústria qualquer: automóvel, siderurgia, armamento, vinho, você escolhe a mais improdutiva, mais custosa, ou mais poluente.
A melhor era "Os cientistas". O único arrependimento que eu tenho na vida é não ter feito todos os kits. Aliás quem bolou foi o Isaías Raw, que é primo de uma prima da minha tia. As outras enciclopédias nós já ultrapassamos agora no século 21. A wikipedia é melhor para a molecada de hoje. "Os cientistas" ainda não foi superado, em parte nenhuma do mundo até onde sei. Se alguém conhecer alguma coleção estrangeira semelhante, ponha nos comentários. Deve haver, eu desconheço.
Se nos anos 70 em vez de insistir em ensino burocrático, vestibular e cursinho, o Brasil tivesse decidido que todos os alunos de colégio iam fazer as experiências dos kits, hoje o país seria uma grande potência tecnológica e econômica. 90 milhões de kits, uma para cada brasileiro nascido depois da copa que o Pelé ganhou para os 90 milhões em ação na época, teriam custado menos que o subsídio para uma indústria qualquer: automóvel, siderurgia, armamento, vinho, você escolhe a mais improdutiva, mais custosa, ou mais poluente.
19 julho 2010
Juntos pela devastação ambiental
No Estadão de hoje, os argumentos da direita a favor da devastação ambiental. De cunho nacionalista, socialista, e xenófobo, são bem parecidos com os argumentos da esquerda estalinista. Resumindo: o Brasil tem a obrigação de depredar seu patrimônio ambiental porque quem é contra são os índios, os estrangeiros, e, mais perigosos de todos, os cientistas.
O artigo escrito por um filósofo - uma cara que se sente a vontade para dar sua opinião ignorando os fatos - repete o besteirol sobre países ricos terem destruído suas florestas. A ciência florestal moderna se origina em grande parte das experiências dos japoneses e alemães. Esse povos quase destruíram suas florestas, o que teria sido catastrófico, mas reverteram a destruição através do replantio. Se tivessem seguido as recomendações que a direita e a esquerda brasileira nos fazem, de destruir a cobertura florestal para obter um retorno financeiro imediato, hoje falaríamos da Alemanha e do Japão como falamos sobre o Haiti ou talvez sobre a ilha de Páscoa. Seriam populações miseráveis, senão extintas. Para dar um outro exemplo, o US Forest Service administra 800 mil km2 de terras públicas para preservação e usos variados. Sem ele os Estados Unidos seriam um enorme desastre ambiental.
Ignorar cientistas e dar ouvidos e políticos e ideólogos já é perigoso em questões de economia. Em questões ambientais e de saúde pública, o dano pode ser irreversível.
O artigo escrito por um filósofo - uma cara que se sente a vontade para dar sua opinião ignorando os fatos - repete o besteirol sobre países ricos terem destruído suas florestas. A ciência florestal moderna se origina em grande parte das experiências dos japoneses e alemães. Esse povos quase destruíram suas florestas, o que teria sido catastrófico, mas reverteram a destruição através do replantio. Se tivessem seguido as recomendações que a direita e a esquerda brasileira nos fazem, de destruir a cobertura florestal para obter um retorno financeiro imediato, hoje falaríamos da Alemanha e do Japão como falamos sobre o Haiti ou talvez sobre a ilha de Páscoa. Seriam populações miseráveis, senão extintas. Para dar um outro exemplo, o US Forest Service administra 800 mil km2 de terras públicas para preservação e usos variados. Sem ele os Estados Unidos seriam um enorme desastre ambiental.
Ignorar cientistas e dar ouvidos e políticos e ideólogos já é perigoso em questões de economia. Em questões ambientais e de saúde pública, o dano pode ser irreversível.
18 julho 2010
Cientistas estrangeiros no Brasil
A Folha entrevistou 4 cientistas estrangeiros que trabalham no Brasil: um argentino, um americano, um alemão, e um chinês (acesso requer assinatura). O título do artigo, "fuga de cérebros tem via na contramão", exibe um pouco do complexo de inferioridade que pelo menos 3 dos 4 criticam. São boas entrevistas, eles gostam do Brasil e dos colegas, e se irritam com a burocracia e o corporativismo. Como todos nós. Nada como um artigo confirmando nossas opiniões, não?
16 julho 2010
Um espectro ronda o Brasil
É o espectro do Malufo-Dilmismo. Está difícil de aguentar. Os braços armados da Dilma no congresso propõem censura aos blogs, e substituição da ciência pela devoção ao materialismo dialético. Leia esse trecho de carta do deputado comunista Aldo Rebelo: "O cientificismo positivista que você opõe à minha devoção ao materialismo dialético como uma ciência da natureza não terá o condão de me converter à doutrina de fé que é a teoria do aquecimento global."
Ciência não vale nada, é só simulação em computador imperialista, como se lê no Engels. O obscurantismo comunista, agora em defesa da depredação ambiental.
Ciência não vale nada, é só simulação em computador imperialista, como se lê no Engels. O obscurantismo comunista, agora em defesa da depredação ambiental.
08 julho 2010
World cup post mortem
There are 2 more games to be played, but I hope these will be my final thoughts. The Dutch deserve to win, although they appeared to have the benefit of knowing that van Bommel would not get a card unless and until he asked for one. Not only based on past unrealized glories: they won all games because they never stopped playing for a win - not when they were ahead, not when they were behind, not when a tie would have been enough. They neither feared the strong teams nor misunderestimated the weak.
Uruguay is welcome back to the top. Even more than the Dutch, they kept playing until the final whistle, and just barely lost to a stronger side. Uruguay was drawn in the only group with more than token opposition. Forlán was the most decisive player in the tournament. When he could no longer run he left space for a fresher player, and it almost worked. His and Suárez exit will not be forgotten. Uruguay's playing is what we watch soccer for.
Germany reverted to its usual bureaucratic game, which has brought them many uninspiring wins. The quarterfinal game, which I did not watch, was a fluke. The surprise is how invertebrate the team was in the semifinal. They seemed to be content with the defeat. The coach took out any player that dared try to make a forward pass. Paul the Octopus would have shown more spine, and better judgement.
Spain showed the qualities that brought the Furia a long series of undistinguished defeats. The players are more interested in showing off their skill than in going for the goal. They pass the ball sideways rather than to a better placed teammate who may score, a tactic that gains them favor with less discriminating supporters. The coach, more afraid of being blamed for a defeat than he is interested in winning, at the end tried to snatch a defeat from the hands of victory by taking out his best players. This is how Spain was eliminated in the previous cups. A more combative side like Uruguay or Paraguay would have punished Spain with at least an equalizer, but mollusk-like Germany was already defeated.
Brazil had 3 superior backs - Juan, Lúcio, and Maicon - and 3 skillful but irregular forwards - Robinho, Kaká, and Fabiano. In between, 4 players so nondescript that none had even a nickname. Granted, any team that cannot draft a Domingos da Guia, or a Zito, or a Gérson, needs a Dunga, a Beckenbauer, or some garden-variety bastian. A couple of them perhaps, but all of 4 invite disaster. A firm opponent can neutralize such a team without much trouble, and a single error ends the tournament. Dunga could not bring himself to a riskier formation even when there was nothing left to lose.
Since 1974 Brazil has oscillated between improvisation and bookish devotion to foreign schools. With the worthy exceptions of Telê and Felipão, the post of coach has alternated between amateurs such as Zagallo and phys ed teachers such as Cláudio Coutinho and Parreira. Dunga qualifies in both camps. If their principles had been followed, Pelé and Garrincha would not have played in 1958 because they were untested, and Pelé would have been excluded in 1970 because he was past his prime. In the same way that Falcão did not play in 1978, and Romário did not play in 1990 and was almost excluded in 1994, Brazil's creative alternatives were not in S Africa. I take no satisfaction in the fact that my worst fears about the age of Dunga were fully realized.
The saddest case is Argentina. "Gegen diesen Idioten muss ich verlieren!" Maradona must have screamed, like Aaron Nimzovich. He had qualities as a coach, and also defects. Dealt a hand with too many great forwards and too few strong backs, the qualities lost. It is a pity.
Uruguay is welcome back to the top. Even more than the Dutch, they kept playing until the final whistle, and just barely lost to a stronger side. Uruguay was drawn in the only group with more than token opposition. Forlán was the most decisive player in the tournament. When he could no longer run he left space for a fresher player, and it almost worked. His and Suárez exit will not be forgotten. Uruguay's playing is what we watch soccer for.
Germany reverted to its usual bureaucratic game, which has brought them many uninspiring wins. The quarterfinal game, which I did not watch, was a fluke. The surprise is how invertebrate the team was in the semifinal. They seemed to be content with the defeat. The coach took out any player that dared try to make a forward pass. Paul the Octopus would have shown more spine, and better judgement.
Spain showed the qualities that brought the Furia a long series of undistinguished defeats. The players are more interested in showing off their skill than in going for the goal. They pass the ball sideways rather than to a better placed teammate who may score, a tactic that gains them favor with less discriminating supporters. The coach, more afraid of being blamed for a defeat than he is interested in winning, at the end tried to snatch a defeat from the hands of victory by taking out his best players. This is how Spain was eliminated in the previous cups. A more combative side like Uruguay or Paraguay would have punished Spain with at least an equalizer, but mollusk-like Germany was already defeated.
Brazil had 3 superior backs - Juan, Lúcio, and Maicon - and 3 skillful but irregular forwards - Robinho, Kaká, and Fabiano. In between, 4 players so nondescript that none had even a nickname. Granted, any team that cannot draft a Domingos da Guia, or a Zito, or a Gérson, needs a Dunga, a Beckenbauer, or some garden-variety bastian. A couple of them perhaps, but all of 4 invite disaster. A firm opponent can neutralize such a team without much trouble, and a single error ends the tournament. Dunga could not bring himself to a riskier formation even when there was nothing left to lose.
Since 1974 Brazil has oscillated between improvisation and bookish devotion to foreign schools. With the worthy exceptions of Telê and Felipão, the post of coach has alternated between amateurs such as Zagallo and phys ed teachers such as Cláudio Coutinho and Parreira. Dunga qualifies in both camps. If their principles had been followed, Pelé and Garrincha would not have played in 1958 because they were untested, and Pelé would have been excluded in 1970 because he was past his prime. In the same way that Falcão did not play in 1978, and Romário did not play in 1990 and was almost excluded in 1994, Brazil's creative alternatives were not in S Africa. I take no satisfaction in the fact that my worst fears about the age of Dunga were fully realized.
The saddest case is Argentina. "Gegen diesen Idioten muss ich verlieren!" Maradona must have screamed, like Aaron Nimzovich. He had qualities as a coach, and also defects. Dealt a hand with too many great forwards and too few strong backs, the qualities lost. It is a pity.
06 julho 2010
Sem lembrar a alegoria
Comprei na liquidação duas camisas
De puro linho chinês:
Uma laranja, uma azul celeste.
Qual uso hoje?
02 julho 2010
O Brasil perdeu de si próprio, e da Fifa
Só 2 adversários derrotaram o Brasil no futebol: a Hungria e a Holanda. A Holanda de 74, não essa. Todas as outras vezes o Brasil perdeu de si próprio. Inclusive hoje. Mas esse jogo estava acertado. A Fifa quer tirar uma vaga da América do Sul para a próxima copa. Se o Brasil chegasse na final, não ia conseguir. O juiz roubou, e os holandeses já sabiam antes. Um bom time não time comete 2 pênaltis, nem chuta direto a canela, se não souber que o juiz não vai marcar. Uma coisa é errar num lance, outra é errar consistentemente.
De qualquer modo, o Brasil deveria ter ganho. O Ganso não teria feito gol contra nem sido expulso. Nem o Ronaldinho, nem o Neymar. Perdemos de nós mesmos. Será o fim da era Dunga?
De qualquer modo, o Brasil deveria ter ganho. O Ganso não teria feito gol contra nem sido expulso. Nem o Ronaldinho, nem o Neymar. Perdemos de nós mesmos. Será o fim da era Dunga?
Acabou a greve na Usp
Depois de uma bem sucedida invasão do berçário e uma mal sucedida invasão dos computadores, o sindicato terminou a greve conseguindo apenas o pagamento das horas paradas. Se tivessem desconto por horas não trabalhadas, o salário ia para zero. Então depois de 2 meses de greve tem um mês de férias, daí eles voltam a não trabalhar. Questão de justiça social.
01 julho 2010
Professor, ouça o Tostão!
Um dos prazeres da Copa é ler o Tostão. Todo professor devia ler:
"Cristiano Ronaldo atuou sozinho na frente de costas para o gol... Jogando assim, nem Pelé brilharia.... Robinho joga melhor no Santos e na seleção brasileira [porque] o técnico do Manchester City empobrece o futebol. Ao colocar Robinho fixo pela esquerda, sem a liberdade de se movimentar por todos os lados, o treinador atrapalha seu talento. Para fazer o que o técnico quer, ele prefere o medíocre Bellamy."O professor pode ter um Cristiano Ronaldo ou um Robinho na sala. Deve usar a experiência para organizar um pouco as aulas, e deixar a molecada se movimentar.
30 junho 2010
Probabilidades
Uruguay 95%. Forlan é craque, e o craque decide.
Brazil 90%. Essa não é a laranja mecânica do Rinus Michels. Os times jogam parecido e jogador por jogador o Brasil é melhor.
Argentina 85%. O time alemão é bom. Se chegar lá tem que agradecer ao Boateng de Ghana, que quebrou a perna do grosso do Ballack. Sem isso o Dunga tedesco tinha deixado o Ganso deles no banco.
Paraguay 65%. O time Español é melhor. Domina a meia cancha e se enrosca na zaga adversária. Tentou, mas ainda não entregou nenhum jogo importante nessa copa. Com o Paraguay acho que vai conseguir repetir essa longa tradição.
Probabilidade de minicopa: 50%.
Brazil 90%. Essa não é a laranja mecânica do Rinus Michels. Os times jogam parecido e jogador por jogador o Brasil é melhor.
Argentina 85%. O time alemão é bom. Se chegar lá tem que agradecer ao Boateng de Ghana, que quebrou a perna do grosso do Ballack. Sem isso o Dunga tedesco tinha deixado o Ganso deles no banco.
Paraguay 65%. O time Español é melhor. Domina a meia cancha e se enrosca na zaga adversária. Tentou, mas ainda não entregou nenhum jogo importante nessa copa. Com o Paraguay acho que vai conseguir repetir essa longa tradição.
Probabilidade de minicopa: 50%.
Minicopa mercosul?
Ninguém parece ter notado: bem que o técnico español tentou entregar o jogo. No finzinho, jogo quase ganho, trocou os melhores avantes por beques, liberando o adversário para o ataque. Como que para tentar arrancar uma derrota das mãos da vitória. Se tivesse feito isso alguns minutos antes, ou se Portugal não estivesse jogando no esquema 9 0 1, ou se o juiz não estivesse cansado das encenações do C Ronaldo, o resultado teria sido o mesmo da España nas últimas copas: eliminação por covardia.
A España vai ter dificuldades jogando com seleções mais aguerridas, tais como as sul americanas. Se não fizer 2 gols rapidinho, perde. E quem não está aparecendo muito na copa da África é a zebra. Sete dos 8 times que passaram ficaram em primeiro no grupo, apenas Ghana se classificou em segundo. Esperançoso de uma minicopa Mercosul......
A España vai ter dificuldades jogando com seleções mais aguerridas, tais como as sul americanas. Se não fizer 2 gols rapidinho, perde. E quem não está aparecendo muito na copa da África é a zebra. Sete dos 8 times que passaram ficaram em primeiro no grupo, apenas Ghana se classificou em segundo. Esperançoso de uma minicopa Mercosul......
28 junho 2010
Espero que o Brasil vá para a semifinal
Espero que o Brasil vá para a semifinal. Voltar para casa mais cedo é muito triste. Se chegar lá, terceiro lugar está bom. O Maradona diz que a Argentina tem 23 titulares. O Dunga fez o contrário, escalou 23 reservas. O jogo com Portugal, pelo que ouvi no rádio, foi justamente o que temíamos desde o início: 8 zagueiros mais 2 atacantes sem apoio, o mesmo esquema que arrastou a seleção do Parreira para a final sofrida de contra a Itália na copa dos Estados Unidos. Só que em 94 tinha Romário. Dessa vez, fico contente com segundo ou terceiro lugar. A esperança de chegar lá está em contusões dos jogadores do meio de campo, os 4 cabeças de área que no time do Dunga tem a mesma função tática que cabia ao jogador Zinho em 94: nenhuma. Só que se astros como o Felipe Melo e o Júlio Batista não puderem jogar, o Dunga não trouxe titulares para o lugar deles.
O melhor e mais miliardário time europeu, se jogasse só com os jogadores europeus, passava o campeonato brasileiro todo na zona de rebaixamento. Então o justo é se as semifinais só tivessem sul-americanos. Afinal, quem foi o grande craque do futebol alemão? Beckenbauer? Um Dunga com ginásio completo. Völler? Um Biro-biro que foi no barbeiro. A Holanda até que pode ser considerada como sul-americana honorária. O resto só avança nas canelas, quando o juiz deixa.
O melhor e mais miliardário time europeu, se jogasse só com os jogadores europeus, passava o campeonato brasileiro todo na zona de rebaixamento. Então o justo é se as semifinais só tivessem sul-americanos. Afinal, quem foi o grande craque do futebol alemão? Beckenbauer? Um Dunga com ginásio completo. Völler? Um Biro-biro que foi no barbeiro. A Holanda até que pode ser considerada como sul-americana honorária. O resto só avança nas canelas, quando o juiz deixa.
24 junho 2010
Se não der zebra, é Brasil e Argentina na final
O único perigo para o time do Dunga é os Estados Unidos. O único perigo para o time do Maradona é Portugal. O resto é zebra. Se não bobearem, é Brasil Argentina na final.
21 junho 2010
Copa latino americana?
Quando os juízes aplicam as regras, o futebol alemão, baseado nas faltas violentas e despudoradas, não tem chance. O suíço, menos ainda. Um cartão vermelho bem empregado desmonta a estratégia. Então imaginem que o Chile empate com a España. As quartas de final podem ser Uruguay x EUA, Holanda x Brasil, Chile x Paraguay, e Argentina contra algum timeco. Seria praticamente uma semifinal latino americana! Se a final for mesmo Brasil e Argentina, prometo a S Romário assistir o jogo com os hermanos e comemorar todos os gols de cada um dos times. Se for Brasil e Uruguay, também.
20 junho 2010
Montão de barnabés
Conforme previsto nesse blog no dia da reeleição, a Folha conta hoje que o segundo mandato do Lula vai deixar muitas dívidas: 200 carreiras novas de funcionário público, como "motorista da Sealopra," meio bilhão por ano de auxílio-paletó e outras mumunhas para os sub do sub do sub do Senado. Não previsto em 2006 foi que a tiranofilia do Itamaraty ia ganhar tanta força. Para pagar a conta, o próximo governo vai usar a gráfica da Casa da Moeda.
18 junho 2010
Professores, ouçam o Tostão
Para compensar a bobageira que os outros comentaristas escrevem, o Tostão anda genial. Segundo ele, muitas seleções sabem como jogar, mas não sabem jogar. E tem também as que sabem jogar, mas não sabem como jogar, em geral porque o técnico não deixa. O Romário está certo, técnico bom é o que atrapalha pouco. Nessa copa, quem atrapalha menos é o Maradona.
Professor também, bom é o que atrapalha pouco. Se o professor interfere demais, os alunos fazem tudo certo e dá tudo errado. Como motivadores, os pais de santo dão melhor resultado do que as palestras de auto ajuda.
Professor também, bom é o que atrapalha pouco. Se o professor interfere demais, os alunos fazem tudo certo e dá tudo errado. Como motivadores, os pais de santo dão melhor resultado do que as palestras de auto ajuda.
16 junho 2010
Brazil appeases another rogue state?
It's not me saying. That's the title of a Foreign Policy article by the same blogger who claimed Celso Amorim was the world's best foreign minister. I doubt that Itamaraty is capable of persuading Juan, Lúcio, Maicon, or Júlio César to allow a democratic Korean goal, although they did force Dunga's team to play in Zimbabwe to help prop up the local dictator. If you have them, please post pictures of Marco Aurélio Garcia or Samuel Pinheiro Guimarães cheering Korea's socialist goal! (You can bet they did.)
In a related contribution, Amorim himself writes in the Herald Tribune with a somewhat novel argument - the means justify the goals! Brazil cast a bad vote in the UN Security Council just to have make the statement that its ambassadors want to be in the room where decisions are made. His piece doesn't even try to explain recent Brazilian positions on trade, climate, finance, and human rights, which tend to be against Brazil's interests anyway. The important thing is to have your voice heard. Like a crying baby.
In a related contribution, Amorim himself writes in the Herald Tribune with a somewhat novel argument - the means justify the goals! Brazil cast a bad vote in the UN Security Council just to have make the statement that its ambassadors want to be in the room where decisions are made. His piece doesn't even try to explain recent Brazilian positions on trade, climate, finance, and human rights, which tend to be against Brazil's interests anyway. The important thing is to have your voice heard. Like a crying baby.
Greve da copa
Um aluno perguntou o que acho da greve da copa. Reproduzo minha resposta aqui:
Os professores recebemos aumento de 6% no início do ano. Agora a proposta é de mais 6 vírgula abobrinha% para todos. Isso está certo na carta escrita pelo DCE. Os professores aceitaram, nem há conversa de greve nem pelos mais radicais da Adusp. Eu gostaria de ganhar mais, mas entendo que meu salário sai do bolso do contribuinte, então estou satisfeito com o aumento.
Os funcionários parece que estão satisfeitos também, a Usp paga salários maiores que o mercado, ninguém pede demissão e não é por amor à universidade que continuam. São poucos em greve. Quem ganha pouco são os funcionários não sindicalizados, o pessoal da limpeza por exemplo. Esses o sindicato em greve não representa, nem reconhece, simplesmente ignora. Veja link:
http://helopait.wordpress.com/2010/06/10/uma-conversa/
A lei garante direito à greve mas não garante direito a receber sem trabalhar. Como disse o Lula, greve com pagamento de salário não é greve, é férias. Então os funcionários podem usar a greve para pressionar, mas arriscam a não receber, já que não trabalharam.
Para mim esse greve não tem nada a ver com educação. Os professores estão dando aula normalmente. Quem está sendo prejudicado é quem usa ônibus e bandejão. Não vejo motivo para pagar os caras em greve se os usuários foram prejudicados de maneira involtável.
Os professores recebemos aumento de 6% no início do ano. Agora a proposta é de mais 6 vírgula abobrinha% para todos. Isso está certo na carta escrita pelo DCE. Os professores aceitaram, nem há conversa de greve nem pelos mais radicais da Adusp. Eu gostaria de ganhar mais, mas entendo que meu salário sai do bolso do contribuinte, então estou satisfeito com o aumento.
Os funcionários parece que estão satisfeitos também, a Usp paga salários maiores que o mercado, ninguém pede demissão e não é por amor à universidade que continuam. São poucos em greve. Quem ganha pouco são os funcionários não sindicalizados, o pessoal da limpeza por exemplo. Esses o sindicato em greve não representa, nem reconhece, simplesmente ignora. Veja link:
http://helopait.wordpress.com/2010/06/10/uma-conversa/
A lei garante direito à greve mas não garante direito a receber sem trabalhar. Como disse o Lula, greve com pagamento de salário não é greve, é férias. Então os funcionários podem usar a greve para pressionar, mas arriscam a não receber, já que não trabalharam.
Para mim esse greve não tem nada a ver com educação. Os professores estão dando aula normalmente. Quem está sendo prejudicado é quem usa ônibus e bandejão. Não vejo motivo para pagar os caras em greve se os usuários foram prejudicados de maneira involtável.
15 junho 2010
Game against socialist Korea
Back from watching Brazil and democratic Korea at the local bakery. Before reading anything, I'll register the impression that this is Brazil's weakest team since 1990. Not the fault of any of the players, all excellent. The backs are precise, the forwards sharp. But the only midfielder is Kaká, who is out of shape. The problem is the coach, who less keen on winning than he is afraid of losing. He doesn't want creative players such as Ronaldinho, Ganso, and Neymar sitting on the bench because then he can't deal with the pressure to get them playing. To his credit, Dunga is not afraid of making substitutions, unlike most of Brazil's recent coaches; certainly because he is a former player and is not afraid of facing the person who gets out. The team may even win, thanks to a solid defense and individual talent. But it will be painful.
Does anyone have pictures of Marco Aurélio Garcia cheering the Korean goal?
Does anyone have pictures of Marco Aurélio Garcia cheering the Korean goal?
Engineering in college
Swarthmore, unlike the majority of the small liberal arts colleges in the US, offeres bachelor's degrees in engineering. This is a good thing because it is increasingly difficult to make any decision without an understanding of technological issues, so an entire college without a technology program seems quite lame. Last week during the Swarthmore reunion the subject of engineering came up more than once. However some people seem to think that the role of engineering in a college is to enlighten future engineers about philosophical issues.
We don't often run into serious trouble caused by bad decisions made because the 1 in a hundred of us who are engineers didn't take an ethics course in college. We face catastrophes because the 99 out of a hundred who are not engineers are unable or unwilling to consider the natural consequences of their actions. For example, if Americans confronted the fact that current technology for generating energy has very high indirect costs, and took small measures such as driving small cars, turning off the engine when not driving, and putting up with higher indoor temperatures in summer than in winter, the country would not be involved in 2 wars against oil-financed forces, and we would not have destroyed life in the Gulf of Mexico.
We don't often run into serious trouble caused by bad decisions made because the 1 in a hundred of us who are engineers didn't take an ethics course in college. We face catastrophes because the 99 out of a hundred who are not engineers are unable or unwilling to consider the natural consequences of their actions. For example, if Americans confronted the fact that current technology for generating energy has very high indirect costs, and took small measures such as driving small cars, turning off the engine when not driving, and putting up with higher indoor temperatures in summer than in winter, the country would not be involved in 2 wars against oil-financed forces, and we would not have destroyed life in the Gulf of Mexico.
13 junho 2010
History being a branch of the biological sciences...
In The New Penguin Atlas of Ancient History: Revised Edition, published in 2003, Colin McEvedy seems to have dropped the phrase "History being a branch of the biological sciences its ultimate expression must be mathematical" which appeared in previous editions.
11 junho 2010
ESPN3 streaming world cup at http://espn.go.com/espn3
Preço: 7 (De graça para quem tem Verizon DSL, que é um roubo.)
Vídeo: 7 (Quer hd? Veja tv, a internet dos pobres.)
Áudio: 9 (Em português, e não é o Galvão. Só que às vezes troca para escocês. Rádio Band.app no iPhone é melhor.)
Confiabilidade: 5 (Às vezes cai, mas volta. Para ver jogo de timinho europeu tudo bem.)
Média 7, aprovado.
Vídeo: 7 (Quer hd? Veja tv, a internet dos pobres.)
Áudio: 9 (Em português, e não é o Galvão. Só que às vezes troca para escocês. Rádio Band.app no iPhone é melhor.)
Confiabilidade: 5 (Às vezes cai, mas volta. Para ver jogo de timinho europeu tudo bem.)
Média 7, aprovado.
10 junho 2010
Mais reforma curricular da Poli
Mais comentários sobre reforma curricular na Poli.
1 - #57 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:09
O Einstein concorda com o Bruno #56. Pus a opinião dele sobre a Poli (de Zurich) nas sugestões livres.
2 - #45 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:11
Para terem tempo para mais projetos e estudos individuais, os alunos precisam fazer menos provas e menos matérias obrigatórias.
3 - #27 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 08-06-2010 16:27
Continuando o diálogo com o Phillip (#25, #24), é mais difícil passar no vestibular do Ita porque a escola é mais procurada. É incorreto afirmar que Ita é uma escola mais procurada porque o vestibular é mais difícil. Se quisermos mudar o perfil do ingressante, temos que fazer nosso trabalho aqui de forma a tornar o curso mais atraente para alunos que preferem outras opções; não adianta mudar as regras do vestibular.
4 - #26 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 08-06-2010 16:31
Dialogando com o Aquiles (comentário #25), muitos cursos já usam o Moodle do Stoa, que funciona bem. E respondendo ao Murilo (#24), os custos de material didático são pequenos comparados com o que a Usp gasta (o contribuinte investe?) em salários. Os equipamentos não são tão defasados, e quando são não é por falta de dinheiro, mas por causa das dificuldades burocráticas para compras.
1 - #57 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:09
O Einstein concorda com o Bruno #56. Pus a opinião dele sobre a Poli (de Zurich) nas sugestões livres.
2 - #45 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:11
Para terem tempo para mais projetos e estudos individuais, os alunos precisam fazer menos provas e menos matérias obrigatórias.
3 - #27 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 08-06-2010 16:27
Continuando o diálogo com o Phillip (#25, #24), é mais difícil passar no vestibular do Ita porque a escola é mais procurada. É incorreto afirmar que Ita é uma escola mais procurada porque o vestibular é mais difícil. Se quisermos mudar o perfil do ingressante, temos que fazer nosso trabalho aqui de forma a tornar o curso mais atraente para alunos que preferem outras opções; não adianta mudar as regras do vestibular.
4 - #26 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 08-06-2010 16:31
Dialogando com o Aquiles (comentário #25), muitos cursos já usam o Moodle do Stoa, que funciona bem. E respondendo ao Murilo (#24), os custos de material didático são pequenos comparados com o que a Usp gasta (o contribuinte investe?) em salários. Os equipamentos não são tão defasados, e quando são não é por falta de dinheiro, mas por causa das dificuldades burocráticas para compras.
5 - #11 Felipe Pait — Eng 08-06-2010 16:32
Concordo com o Murilo (#10). Conversar com os alunos e pedir auto avaliações sempre tem sido uma atividade muito produtiva, do meu ponto de vista.
7 - #17 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 08-06-2010 16:38
Concordo com os alunos que língua estrangeira devia fazer parte da formação, como disciplina optativa. Há muita repetição e duplicação entre as matérias, daria para enxugar o currículo tornando a sequência mais flexível.
Quando tenho alunos estrangeiros misturo as línguas - explico uma vez em português e outra em inglês se for necessário. Não custa muito explicar mais uma vez. Mas a língua não é o único obstáculo à internacionalização: nossa burocracia e o excesso de regras pouco racionais é um problema ainda maior para quem vem de fora.
8 - #37 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:14
O curso de engenharia metalúrgica "tem baixo potencial de divulgação" como diz o Prof Cláudio #36 porque é especializado demais. Poucos escolhem se especializar tanto logo aos 18 anos se tiverem outra escolha.
9 - #17 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:17
Não há nada de cruel em dar ao aluno o direito de não fazer uma matéria que interessa pouco. Se o professor não atrai os estudantes, problema é dele. Veja comentário do (colega politécnico) Albert Einstein nas sugestões livres. Chega de grades!
10 - #30 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:21
O Prof Cláudio #27 está certo - as discussões sobre currículos nos órgãos colegiados quase sempre se dão em torno de quem vai perder carga horária e quem vai ganhar, não em torno do interesse demonstrado pelos estudantes. O corporativismo tem medo que os alunos deixem os maus professores falando sozinhos nas salas de aula vazias, e que os bons professores sejam homenageados com salas cheias.
11 - #12 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:24
As matérias dos últimos anos da engenharia elétrica às vezes são mais avançadas do que as de pós. Isso porque o aluno de graduação está preso pelas grades e não pode fugir. Não surpreende que os politécnicos não se animam muito a fazer pós.
8 - #37 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:14
O curso de engenharia metalúrgica "tem baixo potencial de divulgação" como diz o Prof Cláudio #36 porque é especializado demais. Poucos escolhem se especializar tanto logo aos 18 anos se tiverem outra escolha.
9 - #17 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:17
Não há nada de cruel em dar ao aluno o direito de não fazer uma matéria que interessa pouco. Se o professor não atrai os estudantes, problema é dele. Veja comentário do (colega politécnico) Albert Einstein nas sugestões livres. Chega de grades!
10 - #30 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:21
O Prof Cláudio #27 está certo - as discussões sobre currículos nos órgãos colegiados quase sempre se dão em torno de quem vai perder carga horária e quem vai ganhar, não em torno do interesse demonstrado pelos estudantes. O corporativismo tem medo que os alunos deixem os maus professores falando sozinhos nas salas de aula vazias, e que os bons professores sejam homenageados com salas cheias.
11 - #12 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:24
As matérias dos últimos anos da engenharia elétrica às vezes são mais avançadas do que as de pós. Isso porque o aluno de graduação está preso pelas grades e não pode fugir. Não surpreende que os politécnicos não se animam muito a fazer pós.
17 - #62 Felipe Pait — Eng elétrico - professor da Poli 10-06-2010 15:06
O que o Einstein achava de provas, disciplinas obrigatórias, e do efeito que a obrigação de aprender todas as coisas que os professores acham que tem a obrigação de ensinar tem sobre o aprendizado. Em resumo, ele defende a cola e diz que a Poli de Zurich quase fez ele abandonar a ciência.
bit.ly/9LWiLh
Nada como trazer nosso maior professor para o debate!
"In this field [physics], however, I soon learned to scent out that which was able to lead to fundamentals and to turn aside from everything else, from the multitude of things which clutter up the mind and divert it from the essential. The hitch in this was, of course, the fact that one had to cram all this stuff into one's mind for the examinations, whether one liked it or not. This coercion had such a deterring effect [upon me] that, after I had passed the final examination, I found the consideration of any scientific problems distasteful to me for an entire year. In justice I must add, moreover, that in Switzerland we had to suffer far less under such coercion, which smothers every truly scientific impulse, than is the case in many another locality. There were altogether only two examinations; aside from that, one could do just about as one pleased. This was especially the case if one had a friend, as did I, who attended the lectures regularly and who worked over their content conscientiously. This gave one freedom in the choice of pursuits until a few months before the examination, a freedom which I enjoyed to a great extent and have gladly taken into the bargain the bad conscience connected with it as by far the lesser evil. It is, in fact, nothing short of a miracle that the modern methods of instruction have not yet entirely strangled the holy curiosity of inquiry; for this delicate little plant, aside from stimulation, stands mainly in need of freedom; without this it goes to wreck and ruin without fail. It is a very grave mistake to think that the enjoyment of seeing and searching can be promoted by means of coercion and a sense of duty."
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