Só pude assistir pouco da fala da professora Maria Arminda. A parte que ouvi, via IPTV, foi uma discussão acadêmica sobre a estrutura do poder central na universidade, especialmente sobre escolha de nomes para os altos cargos. O auto-conhecimento é importante para a universidade, mas dentro dela o processo de eleição é um assunto menor, e as implicações da parte que ouvi para as ações da reitoria não ficaram claras. (Adicionalmente, não me parece que o poder na Usp siga a fria razão de estado da burocra weberiana, nem a tirania absurda da burocra kafkiana. O referencial teórico apropriado é a ação mais ou menos lógica do estamento descrito por Faoro, somado à cordialidade brasileira entre membros e grupos de donos do poder.)
O professor Hélio Cruz é o que fala melhor e mais claramente. Só que a preocupação dele é essencialmente administrativa e de continuação das políticas gerenciais atuais. Falou muito pouco sobre ensino e pesquisa. Alíneas de manutenção predial podem ser importantes, mas é difícil sentir entusiasmo quando as atividades fundamentais da universidade não são mencionadas.
Não ficaram muito claras, na parte que consegui assistir, quais as propostas do professor Vahan.
O professor Cardoso enfatizou a importância do ensino de graduação, e especialmente da integração e multidisciplinaridade. É a ênfase correta. Como ele expôs, quem quer fazer pesquisa tem liberdade e recursos, mas o ensino sofre muito com barreiras impostas por institutos e departamentos. Ele não entrou em excesso de detalhes sobre a administração, mas reforçou que é indispensável mudança vigorosa para fazer a universidade funcionar. Só dele e de mais ninguém ouvi qualquer crítica à administração atual, na qual o professor Cardoso vê falta de transparência e excesso de centralização.
O ponto de vista do professor Cardoso foi o mais generoso, e mais relevante para a comunidade universitária.
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