Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

26 abril 2015

Some posts about the Brookline override

Some posts and notes I wrote about the Brookline override.

There are several erros in the con argument. The major ones that I identified easily are:

 1 - Voting against the whole request just to lower the amount by some 20% does not make sense. It will delay the process unnecessarily, for an unknown amount of time, in exchange for a small and uncertain savings.
2 - Property taxes are progressive. The wealthier own and pay more, and less well-to-do folks live in smaller properties and will have much smaller raises. It is the less affluent who most benefit from quality public education and from reliable public services that make an increase in taxes necessary.
 3 - The article claims that the town can tap more than $2 million in "identified" cost savings and revenue increases but does not identify them, most likely because such savings do not exist. The town's expenses are mostly salaries and there is no way to save without losing personnel. Towns are not retailers, they make money from taxes, not from unspecified "other revenues".
 4 - The benefits of the expenditures are clear to all who experience the quality of Brookline Public Schools as well as the other services that Brookline provides. To claim otherwise without a solid reasoning is almost offensive to Brookline's teachers, as well as other public workers, police and firefighters.

 I sincerely do not think that the argument of the no campaign is logically sustainable.

Let me answer why.
 1 - Our taxes are not high. The residential tax rate in Brookline is ⅔ of the Massachusetts median.
 2 - We should vote for the override because the town needs more money to continue operating school well. This is a benefit to all residents and homeowners, both in terms of quality of life and of maintaining property values.
 3 - Lastly, we should all support public education because it is a public good. The current students are the next generation that will make this country prosper. Spending on our schools is an investment in the future, it is a basic question of patriotism. Have a good vote!

Also, comparing only single-family homes is irrelevant. When people decide to buy a home on Brookline they are trading off more space for the benefit of a more urban location. The choice might come to a 2-family home in Brookline against a 1-family home in a neighboring town. Leaving aside condos makes the data biased.

The proposal for a 9th school was a manner of dealing with increased enrollment. As I understand no suitable place was found. Even if it had been, the town would still need to vote YES on an override to pay for more staff and vote YES on a debt increase to pay for construction.

 I have to say I strongly object to the negative tone which is often used when referring to renters. People rent for many reasons, and renters are not less part of a community just because they decided not to take on a large debt. Renters pay full taxes, in fact rental property does not have a residential exemption, so it is actually taxed at a higher rate. My family rented for many years in Brookline until we decided that we could afford to buy.

Honestly, I found that the proposal for the override was explained to my satisfaction. If we don't pass YES on both questions, the schools will have to operate at a lower budget. Every penny in the budget is accounted for, so there would have to be cuts that will make the school not function as well. The quality of education will suffer. If some people are willing to make our students suffer in order to make a point about their opinion against school administration, then I suppose they should indeed vote against the override. I am voting YES.

 The residential tax rate in Brookline is 10/1000. The Massachusetts median is 15/1000. The statement that tax rates are high here is false, and the rest of the argument is equally nonsense. Let's stop feeding the trolls. The schools need more money to operate properly, and this is it.

One may suspect that many of the override opponents don't have much of an issue with the tax amount - many of them seem quite able to afford our fairly low taxes anyway. Rather, they declare themselves willing to lower the quality of our schools in order to make one point or another. That would be just speculation, except that in the case of the two aforementioned gentleman they have declared what their point is: keep those people out of our schools, even if we have to make the schools worse in order to achieve that. The opponents have spoken; the matter is settled.


http://www.city-data.com/city/Brookline-Massachusetts.html
 Estimated median house or condo value in 2012: $630,368 (it was $395,300 in 2000)
Brookline: $630,368
MA: $323,800
 Residential exemption: $191,357
 Tax rate: 1.1%
 Median tax: about $5500

25 abril 2015

Tem que andar de bicicleta

Isso me lembra, de todas as coisas, o ministro das Minas e Energia do tempo do Geisel, Shigueaki Ueki. Houve a crise do petróleo. O Brasil tinha dificuldade de pagar os aumentos impostos pelos países do Golfo Pérsico, porque as contas nacionais estavam uma bagunça depois de anos de ditadura.

O governo bolou uns esquemas meio bestas para fechar as contas, incluindo desde confiscos e racionamentos, até rifar voto nas Nações Unidas. Seja lá como for, em algum momento, perguntaram ao ministro o que aconteceria se a falta de petróleo chegasse ao Brasil. Ele respondeu que se não conseguíssemos importar petróleo todo mundo ia ter que andar de bicicleta como faziam os europeus.

Os "bem pensantes" fizeram uma crítica esportiva, na verdade escarnecedora definiria melhor. Em geral em tom racista, por o ministro ser nissei. Eu era moleque mas senti uma dissonância cognitiva. Os adultos não gostavam da ditadura e falavam mal do ministro por ser japonês? Criticavam as ditaduras árabes mas não aceitavam qq esforço para usar menos gasolina? Escarneciam mas não conseguiam imaginar solução? Não queriam racionamento nem aumento de preço?

O mais inesquecível eram os comentaristas dizendo "tem que andar de bichicreta" como se imitar um pretenso sotaque estrangeiro - que o culto ministro não tinha - desqualificasse sua opinião.

Para mim foi formativo. Ficou na cabeça como exemplo da estupidez humana. Muito mais tarde encontrei o ministro numa festa de criança. Passou a impressão de um cidadão educado, culto, patriota. Talvez tenha errado bastante. Quem não? Um episódio instrutivo.

Piada de português

Era uma vez um time de futebol alemão. O técnico era o Joaquim e o goleiro era o Manuel. Quem achar que estou fazendo piada de português perde de 7 a 1.

22 abril 2015

Terceirização

Honestamente, não vejo muito problema. Na minha opinião é indispensável que exista um sistema de segurança para quem fica sem emprego, ou tem outro problema - doença, azares da vida - que impede de ganhar a vida decentemente. Flexibilidade nas relações de trabalho é positiva. E regras rígidas não resolvem os problemas causados pela falta de segurança social.

Mas existe uma questão incômoda. No Brasil as regras rígidas defendem os interesses de uma camada da população, os que conseguiram uma situação relativamente confortável, tais como funcionários públicos e de setores com sindicatos fortes. A maior parte da população não tem benefícios concretos com essas regras. Um exemplo claro, embora talvez extremo, é a USP. Os funcionários têm proteção total, mas os terceirizados ganham uma miséria, apesar de todas as CLTs e tribunais. Nossa sociedade é muito desigual. Os protegidos pelas regras rígidas não se contentam com as garantias sociais que podem ser oferecidas "ao povão", muito mais carente. Então exigem essas garantias especiais, dirigidas aos remediados, que não beneficiam as massas.

Não vou dizer que estão totalmente errados. Consigo imaginar um engenheiro dinamarquês que perde o emprego e diz: "vou pegar o seguro-desemprego do povão, depois se não conseguir me colocar como engenheiro trabalho em obra mesmo que dá para tocar a vida". Por isso na Dinamarca o mercado de trabalho pode ser muito flexível. No Brasil, a situação é diferente, e as pressões são diferentes. Mas as regras tornam o trabalho todo menos produtivo. É mais uma maneira pela qual as desigualdades sociais atrapalham o bom funcionamento da economia: criando pressões para regulamentação contra-producente, e que reforça as desigualdades.

E há um problema com a discussão usando estatísticas sobre salários de terceirizados serem menores: pode muito bem ser que as empresas que subcontratam aumentam muito sua produtividade, por focarem na atividades em que têm vantagens competitivas, e com isso pagam mais aos funcionários contratados, que são parte dessa vantagem. Os subcontratados continuam sendo pagos pelos valores de mercado, ou pelo trabalho socialmente necessário para fazer aquele serviço, e não se beneficiam diretamente da melhoria do processo produtivo. Por outro lado, os terceirizados da USP, que não têm proteção sindical, ganham muito menos do que os funcionários contratados que tem produtividade muito menor. Não sei dizer se esse fato milita contra ou a favor da terceirização, mas tenho certeza que apresentando como argumento as posições dos contra e a favor da terceirização se invertem.

03 abril 2015

I can't even reject this paper

Dear Editor-in-Chief, Submission #xyz, entitled "***" concerns high-gain control. To accept a paper on high-gain control I would have to deny the Holy Trinity, in the name of Bode, Nyquist, and the Root Locus. That would violate my calling to teach Classical Control to whomever will listen to the Number. Therefore I am not able to read this submission in an impartial manner and respectfully request to be excused from associate editing it, for reasons of innermost conviction. I am grateful for your attention to this request, Felipe

01 abril 2015

Algumas escolas continuam homenageando ditadores

O governador do Maranhão mudou os nomes das escolas que homenageavam presidentes da ditadura, Castelo Branco, Costa e Silva, e Medici, porque foram ditadores que violaram a constituição.

As escolas com nomes de outros ditadores que violaram a constituição, Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, e Getulio Vargas, mantiveram seus nomes. Os golpes militares de 1889 e 1930 foram tão nefastos como o de 1964. Podemos discutir detalhes, mas a crítica apenas ao golpe mais recente é a-histórica, pouco construtiva, e no final das contas antidemocrática.