O Banco do Brasil informa que o OS X Mavericks "não está homologado" para uso do BB via internet. Informa, mas não pela internet - o pessoal que atende o telefone do suporte técnico é prestativo e bem educado, mas não têm nada a dizer.
O software já está disponível para desenvolvedores desde junho. Tempo mais que suficiente para fazer o que era necessário - praticamente nada, porque o sistema do banco roda em Java e não precisa ser recompilado. A única insegurança é que o usuário tem que permitir ao banco executar programas em sua máquina de maneira insegura. Ou seja, o sistema funciona igual, o risco não mudou, e a ameaça continua sendo do banco contra o cliente. Mesmo assim, eles não deixam usar.
Mais do que mera falta de respeito pelo cliente, são os donos do poder atrapalhando a vida do cidadão.
É uma falta de respeito do Brasil para consigo próprio.
28 outubro 2013
26 outubro 2013
Se há alguém a quem ainda não ofendi, peço desculpas.
Para quem perguntou de onde vem: dizem que Brahms despediu-se de uma festa ou cerimônia com essa frase. Improvável que tenha sido ele o originador da frase, mas é coerente com a imagem carrancuda que ele se divertia em projetar - apesar de ser uma personalidade com outros lados bem diversos.
Como disse Stravinsky, artistas menores imitam, grandes artistas roubam (na verdade nem ele, nem Picasso, mas ambos poderiam ter dito). Então a frase é do Brahms. Não me acusem de tentar roubar.
25 outubro 2013
Acho que já citei o professor Waneck aqui
Mas como não sei se alguém chegou a ler, vou dar uma de velho caseiro e repetir:
São aqueles que não sabem álgebra. Entraram na universidade pela porta dos fundos, sem passar no vestibular. Perante os físicos, são técnicos; perante os engenheiros, são cientistas. São os camaleões do mundo moderno: mudam de cor, para não serem devorados.
22 outubro 2013
Proposta de currículo de engenharia elétrica para a Poli baseado na EC3 e inspirado na Caltech
Prezados colegas,
Atendendo a vários pedidos, escrevi abaixo uma proposta de currículo para os 3 primeiros anos de engenharia elétrica. As bases da proposta são as seguintes:
1 - A estrutura curricular da EC3 já aprovada pela Escola Politécnica;
2 - O currículo da Caltech;
3 - Os conteúdos tradicionalmente enfatizados em engenharia elétrica na Poli.
Porque o currículo da Caltech? Recentemente está em moda prestar atenção aos rankings de universidades globais. A Caltech é a número um. Naturalmente os rankings relativos não indicam uma diferença de absoluta e precisa de qualidade, e devem ser tomados apenas como um indicativo impreciso. Mas de qualquer forma o curso da Caltech é excelente, e o currículo é representativo das melhores universidades americanas, que costumam dominar as posições de destaque em todas as avaliações. Assim sendo, se vamos nos inspirar em alguma outra instituição, que seja numa das melhores do mundo.
A estrutura curricular da EC3 já aprovada pela Congregação da Poli e um currículo semelhante ao da Caltech são perfeitamente compatíveis. É necessário tomar alguns cuidados:
1 - o curso da Caltech é quadrimestral, e não semestral;
2 - nossos currículos incluem mais horas em sala de aula (ao menos para os alunos com assiduidade próxima a 100%, como costuma ser o hábito nas universidades americanas, até porque a carga horária não é excessiva);
3 - nossos laboratórios geralmente são organizados como disciplinas separadas dos cursos dados em salas de aula; e
4 - algumas disciplinas são estudadas mais a fundo aqui na Poli (por exemplo, conversão eletromecânica de energia e guias de ondas).
O currículo proposto abaixo contempla essas diferenças de ênfase e de procedimentos, sem se afastar das diretrizes da EC3 adotadas pela Escola Politécnica.
Por outro lado, o currículo atualmente em discussão para a engenharia elétrica não é compatível nem com a EC3, nem com as diretrizes da Caltech. O motivo é o excesso de disciplinas obrigatórias, chegando a 8 na maioria dos semestres. Isso dificulta, e na maioria dos semestres impede, que o aluno busque disciplinas optativas fora da grade horária, o que é um dos pontos fundamentais da EC3. Mais do que obter inspiração numa prática bem sucedida e mundialmente reconhecida, o maior cuidado na elaboração da proposta abaixo foi eliminar os vícios da proposta atualmente sob discussão na elétrica, a saber:
1 - excesso de carga horária, restringindo a dedicação dos estudantes a cada assunto;
2 - excesso de detalhamento de conteúdos, que inevitavelmente vão se tornar repetitivos;
3 - falta de disciplinas de projetos;
4 - falta de espaço para eletivas dentro da engenharia elétrica ou em outras áreas;
5 - inflexibilidade da grade, que dificulta o desenvolvimento da diversidade de interesses e habilidades entre o corpo discente;
6 - atenção excessiva ao ensino em sala de aula como forma exclusiva de transmissão de conhecimentos, com prejuízo de outras formas de aprendizado igualmente válidas e quiçá mais eficazes; e
7 - inevitáveis problemas operacionais que irão surgir quando tentarmos montar grades horárias com excesso de disciplinas.
Na esperança de contribuir positivamente para o futuro do ensino na Escola Politécnica, cordialmente submeto o esboço de currículo abaixo para a apreciação dos colegas.
Grato pela atenção, Felipe Pait
Atendendo a vários pedidos, escrevi abaixo uma proposta de currículo para os 3 primeiros anos de engenharia elétrica. As bases da proposta são as seguintes:
1 - A estrutura curricular da EC3 já aprovada pela Escola Politécnica;
2 - O currículo da Caltech;
3 - Os conteúdos tradicionalmente enfatizados em engenharia elétrica na Poli.
Porque o currículo da Caltech? Recentemente está em moda prestar atenção aos rankings de universidades globais. A Caltech é a número um. Naturalmente os rankings relativos não indicam uma diferença de absoluta e precisa de qualidade, e devem ser tomados apenas como um indicativo impreciso. Mas de qualquer forma o curso da Caltech é excelente, e o currículo é representativo das melhores universidades americanas, que costumam dominar as posições de destaque em todas as avaliações. Assim sendo, se vamos nos inspirar em alguma outra instituição, que seja numa das melhores do mundo.
A estrutura curricular da EC3 já aprovada pela Congregação da Poli e um currículo semelhante ao da Caltech são perfeitamente compatíveis. É necessário tomar alguns cuidados:
1 - o curso da Caltech é quadrimestral, e não semestral;
2 - nossos currículos incluem mais horas em sala de aula (ao menos para os alunos com assiduidade próxima a 100%, como costuma ser o hábito nas universidades americanas, até porque a carga horária não é excessiva);
3 - nossos laboratórios geralmente são organizados como disciplinas separadas dos cursos dados em salas de aula; e
4 - algumas disciplinas são estudadas mais a fundo aqui na Poli (por exemplo, conversão eletromecânica de energia e guias de ondas).
O currículo proposto abaixo contempla essas diferenças de ênfase e de procedimentos, sem se afastar das diretrizes da EC3 adotadas pela Escola Politécnica.
Por outro lado, o currículo atualmente em discussão para a engenharia elétrica não é compatível nem com a EC3, nem com as diretrizes da Caltech. O motivo é o excesso de disciplinas obrigatórias, chegando a 8 na maioria dos semestres. Isso dificulta, e na maioria dos semestres impede, que o aluno busque disciplinas optativas fora da grade horária, o que é um dos pontos fundamentais da EC3. Mais do que obter inspiração numa prática bem sucedida e mundialmente reconhecida, o maior cuidado na elaboração da proposta abaixo foi eliminar os vícios da proposta atualmente sob discussão na elétrica, a saber:
1 - excesso de carga horária, restringindo a dedicação dos estudantes a cada assunto;
2 - excesso de detalhamento de conteúdos, que inevitavelmente vão se tornar repetitivos;
3 - falta de disciplinas de projetos;
4 - falta de espaço para eletivas dentro da engenharia elétrica ou em outras áreas;
5 - inflexibilidade da grade, que dificulta o desenvolvimento da diversidade de interesses e habilidades entre o corpo discente;
6 - atenção excessiva ao ensino em sala de aula como forma exclusiva de transmissão de conhecimentos, com prejuízo de outras formas de aprendizado igualmente válidas e quiçá mais eficazes; e
7 - inevitáveis problemas operacionais que irão surgir quando tentarmos montar grades horárias com excesso de disciplinas.
Na esperança de contribuir positivamente para o futuro do ensino na Escola Politécnica, cordialmente submeto o esboço de currículo abaixo para a apreciação dos colegas.
Grato pela atenção, Felipe Pait
19 outubro 2013
O armarinho fechou
A avó me levava para comprar agulha e linha.
Um dia desses, voltei ao armarinho.
Caía, lembro, uma garoa de antanho.
Agora também vendia brinquedos.
Comprei um baralho de mico preto,
Pedi um bloco de batalha naval.
Comprar o quê, um dedal?
Já tenho os tchotchkes da vó.
O neto da dona ficou com o armarinho.
Ninguém mais compra botões.
Por isso, encerrar o negócio?
Ficou de procurar a batalha naval.
Acho que não encontrou.
Um dia desses, voltei ao armarinho.
Caía, lembro, uma garoa de antanho.
Agora também vendia brinquedos.
Comprei um baralho de mico preto,
Pedi um bloco de batalha naval.
Comprar o quê, um dedal?
Já tenho os tchotchkes da vó.
O neto da dona ficou com o armarinho.
Ninguém mais compra botões.
Por isso, encerrar o negócio?
Ficou de procurar a batalha naval.
Acho que não encontrou.
18 outubro 2013
Rastreamento de ônibus
A Sptrans oferece um sistema de rastreamento de ônibus pela internet, Olhovivo. Sistemas desse tipo podem melhorar muito o transporte coletivo, e são usados com sucesso em lugares com transporte ainda mais problemático do que S Paulo. Saber onde o ônibus está economiza tempo e facilita muito o uso da condução. Esse sistema merece ser mais divulgado!
Mas ainda há problemas. O acesso ao sistema, através de uma página da rede pesada, tem bugs e é lento e irregular. A forma mais útil de acesso seria através de app para celular, mas as que testei não facilitam significativamente o uso.
Um problema mais sério é que o sistema nem sempre funciona. A atualização é esporádica; enquanto estava tentando usar o sistema ficou mais de meia hora sem atualizar. As informações sobre localização e horários de ônibus estavam erradas. Pior, o Olhovivo exibiu informações fictícias sobre veículos inexistentes.
(Ou isso, ou então a internet do celular TIM pifou ao mesmo tempo em que vários carros da linha quebraram no meio do trajeto. Na dúvida, escrevi o texto dia 27 de setembro mas não postei antes de confirmar. Parte dos problemas foram causados pelo cancelamento da linha Metrô V Madalena - Rio Pequeno, de propriedade da falida viação Oak Tree. Me parece que o dia 27 de setembro foi o último da operação da linha, que aparentemente foi cancelada devido ao excesso de passageiros. Hoje testei novamente e constatei os mesmo problemas - acesso lento e irregular, interface problemática e bugada, informações errôneas. Por sorte um colega passou de carro pelo ponto, me viu, e ofereceu carona. Agradeço, X!)
Mas ainda há problemas. O acesso ao sistema, através de uma página da rede pesada, tem bugs e é lento e irregular. A forma mais útil de acesso seria através de app para celular, mas as que testei não facilitam significativamente o uso.
Um problema mais sério é que o sistema nem sempre funciona. A atualização é esporádica; enquanto estava tentando usar o sistema ficou mais de meia hora sem atualizar. As informações sobre localização e horários de ônibus estavam erradas. Pior, o Olhovivo exibiu informações fictícias sobre veículos inexistentes.
(Ou isso, ou então a internet do celular TIM pifou ao mesmo tempo em que vários carros da linha quebraram no meio do trajeto. Na dúvida, escrevi o texto dia 27 de setembro mas não postei antes de confirmar. Parte dos problemas foram causados pelo cancelamento da linha Metrô V Madalena - Rio Pequeno, de propriedade da falida viação Oak Tree. Me parece que o dia 27 de setembro foi o último da operação da linha, que aparentemente foi cancelada devido ao excesso de passageiros. Hoje testei novamente e constatei os mesmo problemas - acesso lento e irregular, interface problemática e bugada, informações errôneas. Por sorte um colega passou de carro pelo ponto, me viu, e ofereceu carona. Agradeço, X!)
15 outubro 2013
Complete and definitive appreciation of Fama's work by Mandelbrot
The complete and definitive appreciation of Fama's now Nobel Prize-winning contribution was given by Mandelbrot in his memoir "The Fractalist", page 226. It reads:
This was the same Fama who, in 1964, submitted a thesis subtitled "A Test of Mandelbrot's Stable Paretian Hypothesis." He believed that successive price changes were statistically independent. I had to convince him that I had never claimed independence and that he was in fact testing a much weaker hypothesis-the one that was first expounded in Bachelier's 1900 Ph.D. thesis and had become known as the martingale hypothesis. Fama conceded, corrected his earlier assumptions, replaced the mysterious label "martingale" with "efficient market," and built his career on becoming its champion. This hypothesis is convenient indeed, and it is, on occasion, useful as a first approximation or illustration. But on more careful examination, it failed to be verified-and for being its herald, Fama should receive neither blame nor credit.
14 outubro 2013
Not even wrong
The work of Lars Hansen, who just won a Noble prize, is absolutely ridiculous. What he does it take the well-known theory of linear control systems, strip it of the understanding that control engineers have, and use it in economics, where it does not apply. This method gives nonsensical predictions, because the crucial economic phenomena are nonlinear in essence.
For comparison with the other winners, Shiller's work is useful and good. Fama's at least achieves wrongness. I understand that he does that fluently.
For comparison with the other winners, Shiller's work is useful and good. Fama's at least achieves wrongness. I understand that he does that fluently.
13 outubro 2013
Blog gulaguista
Alguém indicou um artigo num blog gulaguista chamado DCM. Botei um comentário dizendo que achava bom saber que os leitores do blog eram a favor de polícia política para crimes de opinião. Daí o dono do blog caiu em cima de mim, e me proibiu de responder as críticas dele. Meus comentários não são publicados e não tenho permissão de postar.
Por exemplo, escrevi que o blog insulta os muçulmanos xiitas comparando eles com políticos de Brasília, mas o blogueiro cortou. Isso é bom para identificarmos mais um site de tendência fascista. Ainda bem que eles ainda não estão no poder!
Por exemplo, escrevi que o blog insulta os muçulmanos xiitas comparando eles com políticos de Brasília, mas o blogueiro cortou. Isso é bom para identificarmos mais um site de tendência fascista. Ainda bem que eles ainda não estão no poder!
Açaí
Degustação comparativa: Açaí + Guaraná Açaí Sport DeMarchi; e Açaí com Guaraná Tribal Açaí Orgânico Sambazon.
Parecem ser marcas de qualidade, facilmente encontráveis no Pão de Açúcar. Os ingredientes são semelhantes, o Tribal Açaí leva vantagem por conter menos ingredientes que só a indústria de alimentos sabe o que são e ninguém sabe que efeito têm. Se você por cautela ou ideologia evita produtos químicos com nome impronunciável, prefira a Sambazon, uma empresa nova californiana-brasileira.
O Açaí Sport tem um sabor mais forte de açaí, e uma consistência um pouquinho mais macia. É melhor para comer direto, por exemplo em cima de cereal granola. Ambos podem ser apreciados sem bater no liquidificador.
A informação nutricional deles é incompatível: as proporções de carboidratos, gordura, e proteínas são inconsistentes. Descontando a possibilidade remota de que algum dos aditivos tenha muita proteína ou gordura, ao menos um dos rótulos está errado. Já o conteúdo energético sugere que o Açaí Tribal contém mais água, o que é compatível com a análise feita usando os sofisticadíssimos sensores físicos e químicos da minha língua. (A contagem de calorias é uma superstição imbecil sem qualquer relação com o processo biológico de alimentação, mas serve para indicar, ou confirmar, o que entra numa comida industrial.)
Minha preferência é pelo produto da DeMarchi, tradicional indústria de alimentos paulista. Numa próxima oportunidade testo outras marcas.
12 outubro 2013
Greve recursiva
Como ocorre a cada primavera, os bancários passaram 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve...
Segundo o sindicato, para vencer a intransigência dos bancos foi fundamental a mobilização da categoria, que esse ano estava lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve...
Os objetivos da greve foram plenamente atingidos, com o pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve...
Segundo o sindicato, para vencer a intransigência dos bancos foi fundamental a mobilização da categoria, que esse ano estava lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve...
Os objetivos da greve foram plenamente atingidos, com o pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve lutando pelo pagamento dos 23 dias em greve...
O prefeito errou
Haddad errou ao suspender a inspeção ambiental veicular. A inspeção é uma questão de saúde pública, indispensável numa cidade como S Paulo, com tantos carros produzindo poluição e se envolvendo em acidentes. É uma atitude esperada no PT, partido que consistentemente privilegia os interesses da grande indústria, dos sindicatos, dos poluidores, e dos proprietários de automóveis em detrimento da população em geral. Com os resultados que estão aí parados no trânsito para qualquer um ver.
O fim da inspeção não vai ganhar eleitores entre a assim-chamada direita lacerdista, a mais lacrimosa quanto à infração de sua liberdade absoluta de empestear o ar e infernizar as ruas da nossa cidade. Mas vai atrair a simpatia do conservadorismo profundo, das classes pouco generosas que só têm pedestres, ciclistas, e sem-viatura - jovens, mulheres, e idosos - aos quais oprimir. Quem vai notar a desproporção entre homens e mulheres nos carros e nos ônibus? Certamente não a esquerda, porque o transporte individual é direito sagrado para os bacharéis independentemente de gênero, e a segregação de gênero no transporte é coisa de gente pequena.
A inspeção vai voltar - como mostra o exemplo de todos os países ricos que se respeitam - mas com atraso, qualidade inferior e custo muito maior. Pode anotar. A oposição do PT a tudo que não foi inventado por eles vai repetir o trabalho do Cristóvão Buarque, que destruiu tudo o que foi feito pelo ministro Paulo Renato na educação, e depois teve que ser refeito pelo próprio Fernando Haddad. A sorte do PT é que o Lula não se importava com educação mas teve o bom senso de não deixar o PT acabar com a bolsa escola criada no mesmo governo Fernando Henrique. Porque o Provão é tão indispensável para a educação como a inspeção é para a saúde - numa sociedade grande e complexa a liberdade individual tem que ser regulamentada quando causa danos excessivos ao bem estar coletivo - a liberdade de poluir o ar tanto como a liberdade de poluir as mentes dos universitários com diplomas cocô.
Vitória dos interesses estreitos do complexo militar-automobilístico, como a administração Cristóvão foi uma vitória do complexo cartorial-cursinhístico. De curta duração, mas com grandes prejuízos para a sociedade. Haddad errou ao prometer e errou novamente ao cumprir a promessa de campanha.
O fim da inspeção não vai ganhar eleitores entre a assim-chamada direita lacerdista, a mais lacrimosa quanto à infração de sua liberdade absoluta de empestear o ar e infernizar as ruas da nossa cidade. Mas vai atrair a simpatia do conservadorismo profundo, das classes pouco generosas que só têm pedestres, ciclistas, e sem-viatura - jovens, mulheres, e idosos - aos quais oprimir. Quem vai notar a desproporção entre homens e mulheres nos carros e nos ônibus? Certamente não a esquerda, porque o transporte individual é direito sagrado para os bacharéis independentemente de gênero, e a segregação de gênero no transporte é coisa de gente pequena.
A inspeção vai voltar - como mostra o exemplo de todos os países ricos que se respeitam - mas com atraso, qualidade inferior e custo muito maior. Pode anotar. A oposição do PT a tudo que não foi inventado por eles vai repetir o trabalho do Cristóvão Buarque, que destruiu tudo o que foi feito pelo ministro Paulo Renato na educação, e depois teve que ser refeito pelo próprio Fernando Haddad. A sorte do PT é que o Lula não se importava com educação mas teve o bom senso de não deixar o PT acabar com a bolsa escola criada no mesmo governo Fernando Henrique. Porque o Provão é tão indispensável para a educação como a inspeção é para a saúde - numa sociedade grande e complexa a liberdade individual tem que ser regulamentada quando causa danos excessivos ao bem estar coletivo - a liberdade de poluir o ar tanto como a liberdade de poluir as mentes dos universitários com diplomas cocô.
Vitória dos interesses estreitos do complexo militar-automobilístico, como a administração Cristóvão foi uma vitória do complexo cartorial-cursinhístico. De curta duração, mas com grandes prejuízos para a sociedade. Haddad errou ao prometer e errou novamente ao cumprir a promessa de campanha.
10 outubro 2013
Relatório de viagem a Ribeirão Preto
Estive na Usp em Ribeirão Preto dia 9 de outubro para apresentar poster no Simpósio Aprender com Cultura e Extensão. Não pedi afastamento publicado no diário oficial, como muitos dizem que seria necessário embora absurdo, afinal passei o dia no campus da própria universidade. Então não preciso fazer um relatório oficial que ninguém vai ler. No lugar escrevo esse relatório informal que você está lendo.
Os bolsistas não podiam ir por motivo de provas, e tive a escolha entre apresentar o trabalho e enviar um ofício justificando a ausência. Ofício, carimbo, reclamação, correção, tudo isso desperdiça esforços que poderiam ser melhor empregados. A Poli generosamente providenciou uma perua para levar os estudantes, e escolhi a alternativa que gastava menos tempo.
A viagem de ida e volta é longa. Não é muito eficiente realizar o evento num lugar distante de 90% da comunidade. Mas aproveitei para visitar a professora Elenice Mouro Varanda, que me mostrou o remanescente da floresta da Usp de Ribeirão. Um belo projeto de reflorestamento, que infelizmente foi vítima de um incêndio que destruiu uma boa parte das árvores. Não sei precisar quanto do dano pode ser atribuído ao azares da natureza, às mudanças climáticas regionais ligadas ao desmatamento e à monocultura no norte paulista, e ao aquecimento global que tem trazido invernos quentes e secos à região. Infelizmente os danos foram potencializados pela negligência dos prefeitos da Usp de Ribeirão, que apesar de repetidos avisos foram relapsos em tomar mesmo as medidas mais elementares para proteger o patrimônio público e ambiental contra os riscos do fogo. De alguma forma ou outra parte da floresta continua viva, embora a perda ambiental e científica tenha sido irreparável.
A apresentação dos posters correu bem. Estando lá, ajudei um pouco nas avaliações de trabalhos de outras unidades. Os que vi estavam muito bons, com alguns para além de excelentes. Parabéns a estudantes e orientadores em geral!
Sempre é uma boa oportunidade ouvir estudantes em uma situação informal, dentro de uma perua atravessando o interior de nosso estado. O que concluo?
Ainda faltam oportunidades para maior integração entre estudantes de diversas áreas. Existem as festas, que fazem parte da vida social mas não são eventos - como eu diria? - de conteúdo intelectual muito denso. Ações recomendadas: A universidade deveria se envolver mais em vez de deixar toda a integração entre estudantes a cargo das agremiações estudantis. Idealmente, essa integração deveria se fazer através do ensino e da pesquisa - temos que nos transformar numa universidade de fato, e deixar de pensar na graduação na Usp como um conjunto de cursos e departamentos não comunicantes. Uma maior presença de professores em eventos estudantis também me parece recomendável.
O apoio econômico aos estudantes ainda deixa a desejar. Alguns estudantes não recebem recursos suficientes da família - seja por absoluta falta de condições, seja por expectativas culturais de que ao chegarem na universidade deveriam se sustentar. Eles têm que procurar empregos, usando muito tempo que não fica disponível para os estudos. Para os politécnicos, a carga horária se torna excessiva. Ações recomendadas: A universidade deve apoiar mais os estudantes com bolsas e moradias dentro do campus, e a Poli deve pensar mais firmemente se o número de disciplinas em cada semestre é compatível com o bom aproveitamento dos estudos.
Em muitas disciplinas os estudantes percebem um descompasso entre as informações apresentadas em sala de aula, os conteúdos exigidos em provas, e a realidade da ciência e tecnologia. Eles usam as palavras "teoria", "exercícios", e "prática" para designar esses aspectos, mas ao meu ver não são termos adequados. O excesso de aulas "teóricas", por natureza pouco interativas, e de avaliações através de provas - muitas vezes provas sem consulta, na era do Google!!!!, tendem a afastar os estudantes das aulas e empurrá-los para as coleções de provas do anos anteriores e para estágios mesmo que de qualidade pedagógica duvidosa. Ações recomendadas: sermos mais criativos e flexíveis quanto a formas de trabalho em sala de aula e métodos de avaliação.
Os bolsistas não podiam ir por motivo de provas, e tive a escolha entre apresentar o trabalho e enviar um ofício justificando a ausência. Ofício, carimbo, reclamação, correção, tudo isso desperdiça esforços que poderiam ser melhor empregados. A Poli generosamente providenciou uma perua para levar os estudantes, e escolhi a alternativa que gastava menos tempo.
A viagem de ida e volta é longa. Não é muito eficiente realizar o evento num lugar distante de 90% da comunidade. Mas aproveitei para visitar a professora Elenice Mouro Varanda, que me mostrou o remanescente da floresta da Usp de Ribeirão. Um belo projeto de reflorestamento, que infelizmente foi vítima de um incêndio que destruiu uma boa parte das árvores. Não sei precisar quanto do dano pode ser atribuído ao azares da natureza, às mudanças climáticas regionais ligadas ao desmatamento e à monocultura no norte paulista, e ao aquecimento global que tem trazido invernos quentes e secos à região. Infelizmente os danos foram potencializados pela negligência dos prefeitos da Usp de Ribeirão, que apesar de repetidos avisos foram relapsos em tomar mesmo as medidas mais elementares para proteger o patrimônio público e ambiental contra os riscos do fogo. De alguma forma ou outra parte da floresta continua viva, embora a perda ambiental e científica tenha sido irreparável.
A apresentação dos posters correu bem. Estando lá, ajudei um pouco nas avaliações de trabalhos de outras unidades. Os que vi estavam muito bons, com alguns para além de excelentes. Parabéns a estudantes e orientadores em geral!
Sempre é uma boa oportunidade ouvir estudantes em uma situação informal, dentro de uma perua atravessando o interior de nosso estado. O que concluo?
Ainda faltam oportunidades para maior integração entre estudantes de diversas áreas. Existem as festas, que fazem parte da vida social mas não são eventos - como eu diria? - de conteúdo intelectual muito denso. Ações recomendadas: A universidade deveria se envolver mais em vez de deixar toda a integração entre estudantes a cargo das agremiações estudantis. Idealmente, essa integração deveria se fazer através do ensino e da pesquisa - temos que nos transformar numa universidade de fato, e deixar de pensar na graduação na Usp como um conjunto de cursos e departamentos não comunicantes. Uma maior presença de professores em eventos estudantis também me parece recomendável.
O apoio econômico aos estudantes ainda deixa a desejar. Alguns estudantes não recebem recursos suficientes da família - seja por absoluta falta de condições, seja por expectativas culturais de que ao chegarem na universidade deveriam se sustentar. Eles têm que procurar empregos, usando muito tempo que não fica disponível para os estudos. Para os politécnicos, a carga horária se torna excessiva. Ações recomendadas: A universidade deve apoiar mais os estudantes com bolsas e moradias dentro do campus, e a Poli deve pensar mais firmemente se o número de disciplinas em cada semestre é compatível com o bom aproveitamento dos estudos.
Em muitas disciplinas os estudantes percebem um descompasso entre as informações apresentadas em sala de aula, os conteúdos exigidos em provas, e a realidade da ciência e tecnologia. Eles usam as palavras "teoria", "exercícios", e "prática" para designar esses aspectos, mas ao meu ver não são termos adequados. O excesso de aulas "teóricas", por natureza pouco interativas, e de avaliações através de provas - muitas vezes provas sem consulta, na era do Google!!!!, tendem a afastar os estudantes das aulas e empurrá-los para as coleções de provas do anos anteriores e para estágios mesmo que de qualidade pedagógica duvidosa. Ações recomendadas: sermos mais criativos e flexíveis quanto a formas de trabalho em sala de aula e métodos de avaliação.
06 outubro 2013
O ovo
O ovo é o injustiçado da culinária. Para os vegetarianos, um produto de origem animal. Para os carnívoros, não chegou a estar vivo para ser morto, quase um derivado da soja. Barato, considerado comida de pobre. Fácil de preparar, fica para quem não tem serviçais. Sofreu um ataque rancoroso do ramo mais obscurantista da pseudo-ciência acadêmica, o nutricionismo. Daquela superstição cujo conceito fundamental, a "caloria", não traz a menor relação com a alimentação - que inventou a gordura vegetal hidrogenada para substituir a manteiga, a sacarina para acabar com o açúcar. Ovo é neutro, pareve, não é nem carne, nem leite, nem vegetal.
O ovo é saboroso, barato, e kosher.
O ovo é saboroso, barato, e kosher.
04 outubro 2013
Poleiro de orquestra
Não sei o que é mais inacreditável: a genialidade do Beethoven; o talento do Nelson Freire e da regente e músicos da orquestra do estado; ou pagar 14 réis pelo ingresso no melhor lugar do teatro meia hora antes do concerto.
É que a Sala S Paulo, na estação Sorocabana, tem um poleiro atrás da orquestra, no setor que eles chamam "coro". Você fica colado aos músicos, olhando para a regente, dá para acompanhar a partitura dos trombones. É o melhor lugar, quem como eu mal sabe tocar vitrola quase se convence que entende de música.
Os ingressos no poleiro custam 1/5 do preço, e mesmo assim não esgotam. Porque será? A explicação mais pedestre é falta de hábito dos frequentadores. Não é convincente: a sala já não é nova, e a diferença de preço seria suficiente para mudar os hábitos.
Uma explicação pseudocientífica seria a acústica. Verdade que o piano abre para o lado da frente, e os metais ficam amplificados para quem senta atrás. Mas Beethoven não carrega nos metais, no Prokofiev os trombones até ajudam, e a arte do Nelson Freire é maior que a tampa do piano. Improvável que muita gente note a diferença entre sentar num lado ou outro. Quem tem esse discernimento certamente vai preferir ver a orquestra do ponto de vista dos músicos.
Uma melhor explicação é social. O frequentador dos concertos quer ser visto; não quer entrar pela porta dos fundos, de serviço, sentar junto com os músicos, quasi-funcionários. E teme que a localização pouco usual seja menos prestigiosa, denuncie falta de sofisticação, talvez até por não confiar no próprio discernimento acústico.
A imagem da orquestra cercada pela audiência lembra a arquitetura de uma sinagoga sefaradi. Não considero provável que seja um receio atávico da inquisição que afasta o apreciador da boa música de uma barganha, mas nunca se sabe.
Fica a dica para quem não receia perder casta nem a acusação de cripto-judaísmo: vá ao concerto, sai mais barato que o cinema, e tem metrô.
03 outubro 2013
Roubaram as rodas do ônibus
Ou será que o fantasma do Quércia acabou com a linha Metrô V Madalena-Rio Pequeno, que me trazia para a Usp e estava sempre cheio? Fui olhar hoje de manhã, e o ponto sumiu. O site da Sptrans dá informações contraditórias e incorretas sobre a linha. A impressão é que foi cancelada sem aviso. Melhor, vim a pé. São só uns 30 minutos até entrar no campus.
Só que o transporte coletivo interno na Usp piorou muito em alguns aspectos, apesar do grande gasto em novos ônibus e linhas, ou até por causa dele. Devido ao trajeto longo, redundante, e irracional, os ônibus estão sempre cheios em alguns trechos e tem poucos usuários em outros. Vindo da ponte sobre o Rio Pinheiros, onde sobem muitos passageiros por causa da estação de trem do outro lado do rio, agora só há a opção da linha circular 1 - a linha circular 2 da Sptrans quando passa no ponto da estação tem sentido para fora Usp, e a linha circular 2 interna está com frequência e número de carros muito reduzida.
A lotação dos ônibus é desnecessária, porque é causada pelo mau traçado dos trajetos e não pelo excesso de passageiros. Para agravar o problema, o embarque e desembarque nos novos ônibus é muito lento, porque os passageiros precisam passar pelo chiqueirinho janista e pela catraca, mesmo que seja só para passar o cartão Usp que dá direito a passagem gratuita. Nos circulares internos antigos, inclusive nos poucos que ainda circulam, a entrada e saída é livre, tornando o embarque muito mais rápido. Os novos, devido aos atrasos no embarque, tendem a passar todos juntos, deixando longos intervalos sem serviço.
Quer dizer, para cobrar a passagem da meia dúzia de usuários que não é da Usp, torna-se necessário aumentar muito o número de ônibus para compensar o tempo perdido com o embarque.
Não adianta só gastar dinheiro público. É preciso melhor engenharia e mais competência do que estão sendo demonstrados na administração da universidade.
Só que o transporte coletivo interno na Usp piorou muito em alguns aspectos, apesar do grande gasto em novos ônibus e linhas, ou até por causa dele. Devido ao trajeto longo, redundante, e irracional, os ônibus estão sempre cheios em alguns trechos e tem poucos usuários em outros. Vindo da ponte sobre o Rio Pinheiros, onde sobem muitos passageiros por causa da estação de trem do outro lado do rio, agora só há a opção da linha circular 1 - a linha circular 2 da Sptrans quando passa no ponto da estação tem sentido para fora Usp, e a linha circular 2 interna está com frequência e número de carros muito reduzida.
A lotação dos ônibus é desnecessária, porque é causada pelo mau traçado dos trajetos e não pelo excesso de passageiros. Para agravar o problema, o embarque e desembarque nos novos ônibus é muito lento, porque os passageiros precisam passar pelo chiqueirinho janista e pela catraca, mesmo que seja só para passar o cartão Usp que dá direito a passagem gratuita. Nos circulares internos antigos, inclusive nos poucos que ainda circulam, a entrada e saída é livre, tornando o embarque muito mais rápido. Os novos, devido aos atrasos no embarque, tendem a passar todos juntos, deixando longos intervalos sem serviço.
Quer dizer, para cobrar a passagem da meia dúzia de usuários que não é da Usp, torna-se necessário aumentar muito o número de ônibus para compensar o tempo perdido com o embarque.
Não adianta só gastar dinheiro público. É preciso melhor engenharia e mais competência do que estão sendo demonstrados na administração da universidade.
01 outubro 2013
Imagine o PT com maioria no congresso e um presidente tucano
Para entender a paralisação do governo dos Estados Unidos: imagine o PT com maioria no congresso e um presidente tucano.
O que o PT faria? Possivelmente, diria "NÃO", até paralisar tudo. Porque isso não acontece no Brasil? Porque uma boa fração do congresso são partidos e políticos não-ideológicos, sem interesse em que as coisas deixem de funcionar. A turma leninista, do quanto pior melhor, é reduzida - setores do PT, os partidos mais à esquerda, e talvez algum grupo de direita.
Nos Estados Unidos, os leninistas controlam o Partido Republicano. A liderança do partido impede as votações - porque se o congresso votasse, as propostas do presidente passariam, com apoio do Partido Democrata e da parte patriota da oposição.
Pense nisso na próxima vez que alguém reclamar que os partidos no Brasil não são ideológicos.
O que o PT faria? Possivelmente, diria "NÃO", até paralisar tudo. Porque isso não acontece no Brasil? Porque uma boa fração do congresso são partidos e políticos não-ideológicos, sem interesse em que as coisas deixem de funcionar. A turma leninista, do quanto pior melhor, é reduzida - setores do PT, os partidos mais à esquerda, e talvez algum grupo de direita.
Nos Estados Unidos, os leninistas controlam o Partido Republicano. A liderança do partido impede as votações - porque se o congresso votasse, as propostas do presidente passariam, com apoio do Partido Democrata e da parte patriota da oposição.
Pense nisso na próxima vez que alguém reclamar que os partidos no Brasil não são ideológicos.
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