Comentário sobre o artigo "Por que o Brasil não deve cair na falácia do voto distrital".
Bobagem.
A falácia do argumento do cara é chamada de "straw man", ataque ao espantalho. Ele procura problemas no voto distrital nos Estados Unidos e Inglaterra para dizer que não funciona. É mais ou menos como quem grita "Jean Charles" a cada vez que a polícia brasileira comete uma atrocidade. Como a polícia inglesa matou um brasileiro, a polícia brasileira tem o direito de matar um inocente a cada meia hora.
Todo sistema de voto tem seus defeitos. A vantagem do voto distrital é que mesmo se o seu candidato não ganha seu voto não é perdido: quem ganhou é seu representante, e tem que lutar para mudar sua opinião para a próxima eleição. Nos Estados Unidos a renovação é baixa porque a eleição é a cada 2 anos, e os eleitores em geral ficam satisfeitos com seus deputados. Quem vota contra é por oposição ideológica. Os representantes não podem se afastar demais do eleitorado local, nem ideologicamente nem na atuação prática, senão perdem a maioria.
No voto proporcional, ou semi-indireto, o dono do cargo não é nem o eleitor, nem o deputado, nem o próprio Tiririca, nem as centenas de candidatos quasi-fantasmas que não têm chance de ganhar mas concorrem só para gerar massa de votos para o partido. O dono do mandato é o dono do partido, são os donos do poder que montaram esquemas e coligações. Por isso os donos do poder querem fazer o voto indireto, em lista fechada, apesar de ser inconstitucional; mas se isso não der certo, deixar como está, de preferência com mais dinheiro do contribuinte para complementar o caixa 2.
Mais uma coisa: quando ele critica, é com base em afirmações vagas sem comprovação tipo "estudos mostram". Quando ele elogia o voto proporcional, é com base na experiência democrática russa do Putin.
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