Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

27 novembro 2010

Flexibilização de currículos na Politécnica

Faço parte da comissão que está discutindo flexibilização dos currículos da Escola Politécnica da USP, dentro da assim-chamada EC3. Os trabalhos estão andando bem, mas receio que saia uma proposta pouco ambiciosa e cheia de detalhes que mais tarde possam levantar discussões pouco úteis para o objetivo de flexibilização. Para quem quiser ler, copio abaixo mensagem que enviei aos colegas da comissão. Não vou editar, mas o ponto importante é o 3.

Caros,

Achei que o texto reflete bem as discussões. Demorei para responder porque queria pensar um pouco mais antes de escrever minhas sugestões:

1 - Acho que seria melhor nem mencionar alguns pontos que fizeram parte dos trabalhos do grupo mas não estão diretamente relacionados com a flexibilização, e poderão desviar a atenção do assunto principal. Estou pensando nas entradas nas carreiras, opções no vestibular, regulamentação de estágio, duração do curso, e nas ênfases da elétrica por exemplo - pessoalmente estou de acordo com que o que foi escrito, mas pode levar a discussão nas instâncias seguintes para direções improdutivas.

2 - Como o texto descreve a diversidade dos assunto que abordamos, seria bom apresentar logo no início um "resumo executivo" bem curto das propostas que endossamos para flexibilização, de modo a focar a atenção de quem vier a ler sem ter participado do grupo.

3 - Agora vou dar uma opinião pessoal. Temos uma oportunidade que não se repetirá de fazermos uma proposta forte porém executável para integrar mais as diversas especialidades da Politécnica. Na minha opinião devemos recomendar que cada curso, carreira, grande área, e ênfase inclui em cada semestre a partir do 1o ao menos uma disciplina eletiva de livre escolha dentro da Poli, e a partir do 3 ano ao menos 2 eletivas livres por semestre. É uma medida simples de discutir, elaborar e executar; que não interfere na estrutura das carreiras e cursos individuais; que faz pleno uso de todos os recursos humanos que são os professores e estudantes; e que tem um potencial enorme para desengessar os currículos, facilitar uma inovação contínua, e dar aos estudantes a oportunidade de usufruírem do que a Poli tem a oferecer da maneira que for mais adequada para cada um.

Infelizmente tenho temor que se não apresentarmos uma proposta forte, factível, e expressada em 2 linhas de texto, há um grande risco que nosso trabalho venha a se perder em discussões sobre detalhes quando chegar o momento de expor a um grupo maior.

Gostaria de ver as opiniões do resto do grupo, e peço desculpas pela demora em fazer estes comentários. Agradeço a atenção!

5 comentários:

Hugo Baraúna disse...

Ao saber que o senhor está participando direto das discussões da EC3, volto a ter esperanças que a Poli possa se tornar uma escola melhor.

Dúvida: nesse trabalho, como está sendo a participação dos alunos?

Felipe Pait disse...

Existe a página

http://www8.poli.usp.br/

que está sendo lida, ao menos não ignorada. Quem quiser pode me mandar um email, eu reenvio o documento que comentei, e quem tiver alguma sugestão específica pode fazer para mim ou para o coordenador desse grupo que está tratando de flexibilização.

Haverá também uma reunião pública e aberta, veja a página da Poli acima.

Felipe Pait disse...

Completando a resposta, há participação dos alunos, mas podia haver mais - e ajudaria. Se quiserem fazer comentários aqui, também posso tentar levar para o grupo de trabalho.

Gabriel - Eng de Produção disse...

O que o sr. acha sobre o seguinte: (não estou conseguindo postar no site da EC3, a imagem com o código não aparece)


"Uma coisa extremamente simples e básica que falta é a disponibilização das informações da escola em inglês - seja a estruturas dos diversos cursos, o conteúdo das disciplinas, etc.

Como é possível que ainda não haja um site que divulgue isso claramente?

Isso representa um empecilho para estudantes estrangeiros que querem estudar no Brasil e que, ainda não tão habituados com o idioma, ficando tentando decifrar as páginas para encontrar o que precisam.

E também atrapalha estudantes da Poli que se candidatam a qualquer escola no exterior pois têm dificuldades em apresentar o que já foi visto, etc.

O que há atualmente são iniciatiavas isoladas e que constantemente sofrem com a falta de cuidados e atualização.

Imagino que todos percebam que isso é relativamente simples de implementar e extremamente necessário."

Felipe Pait disse...

Gabriel, acho uma excelente ideia. Tente divulgar, use novamente o site da Poli. O diretor vai apoiar, sem dúvida!

Como fazer isso? Os professores não têm tempo. Os funcionários não sabem inglês. Quem sabe uma iniciativa dos alunos daria certo? No modelo wiki, talvez? Uma wikipoli quasi-oficial?