Essa semana o Jânio de Freitas escreveu uma coluna ameaçando acabar com o convívio pacífico que o Brasil dá à comunidade judaica caso Israel não siga os ditames do colunista. Sem entrar na questão da competência do colunista para conceder e retirar o convívio pacífico para algum grupo de cidadãos brasileiros, noto que essa ameaça racista é não é a 1a vinda do Jânio de Freitas. Faz algum tempo ele escrevia artigos sobre o Joaquim Barbosa, dando a entender que, por ser negro, o ministro devia obediência às autoridades defendidas pelo colunista.
Naquele caso o racismo aparecia de forma mais sutil - por exemplo com uma menção completamente despropositada ao presidente Obama como exemplo de quem fez mau uso do poder. Despropositada no sentido de que Obama não tinha nenhuma relação com o artigo, e não é citado de forma relevante ao tema, não havendo nada exceto pela semelhança de côr e a desobediência aos dogmas do colunista que o aproximasse do ministro Barbosa. A insinuação, embora menos explícita do que a ameaça anti-semita da coluna recente, ficava bem clara.
Outros colunistas ideologicamente próximos ao Jânio de Freitas foram menos sutis em seu racismo contra o ministro Barbosa, mas não tenho estômago para ler. O racismo pouco disfarçado dos setores da esquerda foi notado pela mídia e pelos tribunais. No momento quem também está sendo vítima desse preconceito é o Jean Willys - as críticas ao deputado por ocasião de sua visita a Israel são frequentemente no tom "um homossexual que desafiar a autoridade da esquerda e do Partido vai sofrer consequências". A esquerda no Brasil é isso aí.
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