Li num artigo sobre economia na Folha a frase acima.
1a reação foi revolta. Como assim, não se construiu como nação? Milhões de compatriotas debatendo com vigor nas urnas, nas ruas, nas redes sociais, cada um defendendo suas opiniões sobre o futuro do país, e não somos nação? Encontre um brasileiro de qualquer parte do país ou qualquer situação social em qualquer parte do mundo, a conversa imediatamente se volta para elogiar ou criticar ou relembrar a pátria amada, porque tanta conversa só pode ser por amor, se isso não é nação, o quê é?
2a reação foi analítica. O que significa "não ter se construído como nação"? O conceito não está definido no artigo. Qualquer que fosse a definição, não vejo como pode ser usada para tomar posições sobre assuntos concretos, como o nível desejável da taxa de juros, ou sobre quais os destinos mais apropriados para o dinheiro arrecadado do contribuinte. Academicamente era para rejeitar a submissão como fracamente fundamentada.
3a reação é medo. O Brasil só não é uma nação se o conceito exige alguma uniformidade racial, cultural, religiosa, ou ideológica, que nunca tivemos nem nunca vamos ter, com a graça de Deus, e que só poderia ser atingida, talvez or 12 ou por 68 anos, com extremos de violência que nos são tão estranhos como repugnantes.
Está bom, saiu na Folha, não é para levar a sério. A autora não é do mal. Mas deve refletir algum pensamento que não considera o Brasil como nação enquanto não seguirem todos integralmente alguma cartilha.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário