A Folha traz hoje uma manchete acusando o governador eleito da Bahia de usar um "poema falso" no discurso de posse. O que é um poema falso?
Fraudulenta é a manchete do pasqüim paulistano. Será necessário explicar? O fato de que "alguém na internet" atribui o poema falsamente a Clarice Lispector não torna o governador cúmplice da fraude, como o desavisado leitor da manchete pode ser induzido a pensar. O governador não repetiu o erro, nem citou a autoria, o que fica claro pela leitura do artigo. Que faça o discurso que quiser.
É um desses artigos difíceis de explicar pela incompetência ou pela má fé isoladamente. Pena, porque a má vontade com o político, evidente pela vontade de procurar pulga em pelo de ovo, dá munição àqueles que acham que o tabloide piratiniguense persegue os petistas e usam isso para defender a volta da censura do tempo da ditadura.
Porque estou escrevendo sobre esse episódio irrelevante aqui? Porque a Folha não corrige seus erros. Alguns dias atrás saiu a manchete "Medina é o primeiro campeão mundial sem ter o inglês como idioma oficial". Escrevi para o tabloide apontando que nem Austrália, nem Estados Unidos, nem Inglaterra têm língua oficial, mas recebi resposta ignorativa, e a bobagem continua no jornal sem correção. Talvez outro erro sem importância, na visão de alguns; nos Estados Unidos, o movimento para tornar o inglês língua oficial é coisa da extrema direita.
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