O gabinete do Brasil tem 39 ministros. Duvido que algum dos 39 saiba listar todos os ministérios, secretarias e órgãos que conferem o status de ministro, muito menos os nomes dos ministros. É gente demais para se reunir frequentemente, portanto deve haver um gabinete interno que toma as decisões. Talvez simplifique um pouco classificar os ministérios por ramo de atividade.
Quase metade, 19 ministérios, estão ligados à economia, sendo 11 dedicados a influir no funcionamento de setores específicos de atividades produtivas, e 8 à economia em geral (microeconomia e macroeconomia, poderíamos talvez dizer). Fazem política 14 ministérios: 7 deles trabalham com políticas sociais, para a população, e mais 7 fazem política da presidência junto aos demais políticos, incluindo relações com poderes e partidos, e combate e promoção da corrupção. Para terminar, 3 ministérios cuidam de agências e autarquias federais com verbas e responsabilidades bem definidas, e os 3 restantes são os que exercem atribuições essenciais da União.
Podemos imaginar que o gabinete interno teria 1 ministro da economia, 2 ministros para política popular e outro para política partidária, e mais os indispensáveis ministros da Defesa, Relações Exteriores, e o Advogado da União. Somando mais 2 confidentes de presidente, um total de 8, próximo ao número ideal de membros de um gabinete segundo CN Parkinson.
Lista completa, entendendo que a classificação é útil mas não livre de ambiguidades; seria razoável mudar alguns ministérios de um grupo para outro.
Setores de atividade: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência, Tecnologia e Inovação; Comunicações; Cultura; Esporte; Minas e Energia; Pesca e Aquicultura; Transportes; Turismo; Aviação Civil; Portos (11).
Economia: Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Fazenda; Integração Nacional; Planejamento, Orçamento e Gestão; Trabalho e Emprego; Assuntos Estratégicos; Micro e Pequena Empresa; Banco Central (8).
Populares: Cidades; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Meio Ambiente; Direitos Humanos; Igualdade Racial; Políticas para as Mulheres (7).
Política: Justiça; Relações Institucionais; Secretaria-Geral; Casa Civil; Controladoria-Geral da União; Comunicação Social; Gabinete de Segurança Institucional (7).
Gestão de órgãos estatais: Educação; Saúde; Previdência Social (3).
Funções do Estado: Defesa; Relações Exteriores; Advocacia-Geral da União (3).
29 novembro 2014
19 novembro 2014
Salários na USP
Quase mesquinho falar sobre salários na USP ao mesmo tempo em que são divulgados desvios quaquilionários nas empresas estatais. Mas é na USP que trabalho, então o que aprendi foi o seguinte.
1 - A universidade recompensa o trabalho burocrático acima do trabalho intelectual. O trabalho manual é o mais desvalorizado de todos.
2 - Não há correlação evidente entre a remuneração e a qualidade do trabalho executado.
3 - Alguns salários fora do padrão só podem ser explicados por artimanhas jurídicas e casuísmos administrativos.
4 - A atividade mais bem remunerada na USP é de longe a aposentadoria.
Os salários são achatados e se elevam só quando professores e funcionários se devotam à burocra. A dedicação ao ensino, à pesquisa, e talvez mesmo à administração universitária, só fazem subir o salário de acordo com o tempo de serviço. O estímulo pecuniário à prestação de serviços relevantes para o contribuinte é reduzido. Os salários maiores não são de figuras reconhecidas pela liderança intelectual na função que exercem. É incomum um ativo ganhar mais que ⅔ de um aposentado.
1 - A universidade recompensa o trabalho burocrático acima do trabalho intelectual. O trabalho manual é o mais desvalorizado de todos.
2 - Não há correlação evidente entre a remuneração e a qualidade do trabalho executado.
3 - Alguns salários fora do padrão só podem ser explicados por artimanhas jurídicas e casuísmos administrativos.
4 - A atividade mais bem remunerada na USP é de longe a aposentadoria.
Os salários são achatados e se elevam só quando professores e funcionários se devotam à burocra. A dedicação ao ensino, à pesquisa, e talvez mesmo à administração universitária, só fazem subir o salário de acordo com o tempo de serviço. O estímulo pecuniário à prestação de serviços relevantes para o contribuinte é reduzido. Os salários maiores não são de figuras reconhecidas pela liderança intelectual na função que exercem. É incomum um ativo ganhar mais que ⅔ de um aposentado.
09 novembro 2014
Sistema de voto nos países do G20.
Juntei esses fatos motivado por alguém que escreveu que "o Brasil deveria adotar o voto indireto em lista fechada porque a Inglaterra e a França fazem isso".
Forma de voto para deputados ou representantes no parlamento ou câmera baixa nos 19 países membros do G20:
Direto, proporcional: Brasil.
Direto, distrital: Australia, Canada, França, India, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.
Misto proporcional e distrital: Indonesia, Coreia do Sul, Mexico.
Indireto, por partidos: Italia, Africa do Sul.
Misto direto e indireto: Alemanha, Japão, Argentina.
Não são democracias: China, Russia, Arabia Saudita.
A Europa faz parte do G20; não há forma de voto homogêneo, as eleições seguem regras locais. Incluí como "misto" os países onde o sistema é difícil de classificar sem ambiguidade.
Forma de voto para deputados ou representantes no parlamento ou câmera baixa nos 19 países membros do G20:
Direto, proporcional: Brasil.
Direto, distrital: Australia, Canada, França, India, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.
Misto proporcional e distrital: Indonesia, Coreia do Sul, Mexico.
Indireto, por partidos: Italia, Africa do Sul.
Misto direto e indireto: Alemanha, Japão, Argentina.
Não são democracias: China, Russia, Arabia Saudita.
A Europa faz parte do G20; não há forma de voto homogêneo, as eleições seguem regras locais. Incluí como "misto" os países onde o sistema é difícil de classificar sem ambiguidade.
06 novembro 2014
Da Constituição que os neo-comunistas querem rasgar
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e
a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não
sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição.
§ 1o Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir
embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer
veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5o, IV,
V, X, XIII e XIV.
§ 2o É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 2o É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
05 novembro 2014
Quem ganhou as eleições no Brasil?
Não fui eu; aliás, meus candidatos perderam no Brasil e até para governador de Massachusetts. Melhor uma bela derrota do que uma vitória de Pirro como a do PT.
Aécio ganhou um montão de votos. Todos prestando atenção no discurso dele no Senado, uns para elogiar, outros para odiar. O eleitor em sua sabedoria o deixou numa situação mais confortável do que estaria na presidência, onde teria que consertar os estragos do atual governo. Aécio escapou de fazer o papel do Obama em 2008. Excelente profissional, tem tudo para liderar a política enquanto o castelo de areia do governo PT vai se dissolvendo.
No PT, ganhou o Haddad. Não se meteu a fundo na campanha suja do governo federal, nem está brigando contra tudo e contra todos como se tivesse perdido, que é o que o resto do PT, políticos e militantes, estão fazendo. A Dilma sempre tratou o prefeito e a cidade com mau humor, mas o prefeito não se meteu em confusão e está propondo suas ideias para a cidade. Se uma fração delas der resultado, já é inusitado.
Do resto, ganhou Romário. O PSB, que nunca gostou dele, mostrou ser um partido sem capacidade de transferir apoio para seus aliados. Digamos que é um PMDB, com menor compromisso em relação às instituições democráticas - é no PMDB que vamos ter que confiar para defender as liberdades cívicas durante os próximos 4 anos. Por mim: Aécio 2018, Romário vice.
Aécio ganhou um montão de votos. Todos prestando atenção no discurso dele no Senado, uns para elogiar, outros para odiar. O eleitor em sua sabedoria o deixou numa situação mais confortável do que estaria na presidência, onde teria que consertar os estragos do atual governo. Aécio escapou de fazer o papel do Obama em 2008. Excelente profissional, tem tudo para liderar a política enquanto o castelo de areia do governo PT vai se dissolvendo.
No PT, ganhou o Haddad. Não se meteu a fundo na campanha suja do governo federal, nem está brigando contra tudo e contra todos como se tivesse perdido, que é o que o resto do PT, políticos e militantes, estão fazendo. A Dilma sempre tratou o prefeito e a cidade com mau humor, mas o prefeito não se meteu em confusão e está propondo suas ideias para a cidade. Se uma fração delas der resultado, já é inusitado.
Do resto, ganhou Romário. O PSB, que nunca gostou dele, mostrou ser um partido sem capacidade de transferir apoio para seus aliados. Digamos que é um PMDB, com menor compromisso em relação às instituições democráticas - é no PMDB que vamos ter que confiar para defender as liberdades cívicas durante os próximos 4 anos. Por mim: Aécio 2018, Romário vice.
01 novembro 2014
Porque o paulista reelegeu o Geraldo?
Apesar da falta d'água? É só ler o jornal: "trabalhar junto e somar esforços pelo bem dos interesses coletivos"; "o uso da água em períodos de estiagem deveria ser prioritariamente para o abastecimento humano".
Acho que essas frases explicam porque o paulista reelegeu o governador. Talvez não tenha sido um grande administrador, certamente não é um gênio visionário, mas parece um sujeito decente e conciliador. Podia ser muito pior.
Acho que essas frases explicam porque o paulista reelegeu o governador. Talvez não tenha sido um grande administrador, certamente não é um gênio visionário, mas parece um sujeito decente e conciliador. Podia ser muito pior.
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