As universidades da China podem ser as melhores do mundo?, pergunta a Folha. Respondo eu:
Professor que escreve para cumprir a meta de publicação de papers é como aluno que estuda para passar na prova: pode ter sucesso, mas raramente vai contribuir para o avanço da ciência. Enquanto existir critério quantitativo, vai haver professor que publica qualquer coisa só por publicar; mas sem critério, vai haver quem não faz nada. Da mesma forma que há aluno que só estuda para a prova, mas sem prova vai haver aluno que nem isso estuda.
Na China a pressão para publicar é mais forte, mais centralizada, como é de esperar num regime de tendências comunísticas. No Brasil existe a pressão vinda das burocras, mas é mais avacalhada, como se espera no país do jeitinho.
Então a probabilidade é a China subir nos rankings, mesmo com a maioria da produção científica sem muito valor. Mas pela quantidade a massa de pesquisadores juntos devem acabar produzindo algo de qualidade.
No Brasil em comparação os grandes avanços vão depender do talento individual, do craque. Vamos esperar que aconteçam os Romários da ciência!
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