Becker-Posner desistiram de avaliar professores. Eles estão falando de primário, ginásio, e colégio, não de universidade, mas na minha opinião os argumentos deles se aplicam à universidade brasileira. É impossível medir a qualidade do trabalho de professor, e salários variáveis só conduzem a política de escritório.
A única coisa a fazer é usar critérios sérios para contratação, dar bons salários para todo mundo, e prêmios e bônus para quem se destaca. Se Posner escreveu isso, também desisto de buscar um método de avaliação de professores. Não vou ser eu que vou ensinar latim para o papa.
No mesmo blog Becker escreveu cautelosamente que talvez seja possível avaliar professores pela taxa de variação das notas em exames. Há 5 argumentos contrários:
1, que exames são medidas muito incertas;
2, que não são específicos;
3, que o esforço gasto na preparação para exames tem efeito negativo no aprendizado;
4, que a sugestão talvez faça sentido para alfabetização e aritmética mas não se aplica à universidade e nem a bons colégios; e
5, que derivada amplifica ruído na malha fechada e controle derivativo puro nunca é bem sucedido.
Juntos os 5 argumentos são definitivos. Posner ganhou a discussão. Ponto final.
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