Ponha cinco macacos numa jaula, pendure um cacho de bananas no
teto, e deixe uma escada sob as bananas. Logo um dos macacos vai
subir a escada para alcançar a banana. Assim que ele puser os pés na
escada, um chuveiro joga água gelada nos macacos.
Logo depois, um outro macaco vai tentar subir a escada, com o mesmo
resultado --- água gelada em cima de todos os macacos.
Desligue a água. Se algum macacos tentar subir as escadas, os outros vão segurá-lo,
para evitar receber um balde de água fria na cabeça.
Tire um dos macacos da jaula. Traga um novo macaco para dentro. O
macaco vê as bananas e tenta subir as escadas.
Os outros macacos o seguram. Após mais uma tentativa, ele aprende
que é melhor deixar as bananas onde estão.
Tire um outro macaco dos cinco originais, e traga um sétimo macaco
para a jaula. Ele vai à escada, e é agarrado pelos outros macacos,
inclusive o sexto, que nunca sido molhado com água fria. Tire mais um macaco e substitua por um macaco novo. Ele é atacado
por quatro macacos, dois dos quais não sabem porque é proibido
subir as escadas, nem fazem a menor ideia de porque estão batendo no
novo macaco.
Depois de substituir o quarto e quinto macacos, nenhum dos macacos
na jaula teve a experiência de ser molhado com água gelada. Mesmo
assim, nenhum macaco tenta pegar as bananas ou chegar perto da
escada. Porque?
"Aqui nós não fazemos as coisas desse jeito."
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Um comentário:
Na verdade, não sei se choro ou se rio aqui. Com raras exceções, todos os projetos de pesquisa de que participei são análogos a esse "lindo cenário" de macaquices. Mas minha teimosia e vocação em subir escadas não me faz desistir (elas não sabem, tadinhas, que "aqui nós não fazemos as coisas desse jeito". E eu tremo em me lembrar que fôra, praticamente se não exatamente, essa frase que eu ouvira de um colega completamente bitolado em qualquer coisa de bizarro e pragmático que era tudo: menos resolver, de fato, problemas de pesquisa. Sinto-me atualmente na carreira acadêmica assim: ainda tentando pegar as bananas via escada, levando "baldadas impiedosas" de água fria, sempre que algum dos outros macacos falha em me impedir de subir a escada. Aliás, o trabalho dos macacos, há muito tempo, deixou de ser pegar bananas para impedir outros de pegarem bananas. Se a familiaridade era essa, captei sua mensagem. Se não era (ou se era isso e mais um pouco), lamento não interpretar as coisas do seu jeito (rs). Mas sim: é absolutamente familiar. Parabéns pelo post. Ass.: Uma estudante de doutorado dividida entra a luta em nome da vocação e a desistência em nome da saúde. Pego as bananas ou saio da jaula. Porque atualmente vivo o limbo: as baldadas de água fria, quando não vêem os pontapés. Enfim: muito bom!
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