Atendendo a algumas respostas apreciativas e inúmeras ignorativas, aqui está......

01 fevereiro 2011

Egito e Brasil

No final da ditadura o Brasil já tinha experiência com democracia desde a independência sesquicentenária. O Egito foi o berço de uma civilização extinta, mas não governa a si próprio desde o tempo de Al Sikandar. São 2300 anos, está na hora de declararem a independência. Pode ser que não vire uma democracia, mas a falta de democracia recente não é um obstáculo intransponível. Hoje com a internet todo mundo consegue ler o que se faz por aí.

Aproveito para reclamar de quem compara o Sarney com Mubarak. O Sarney não é presidente há mais de 20 anos, não controla o exército, não desliga telefone, e foi eleito livremente pelos amapaenses.

18 comentários:

fbirman disse...

70 votos a 8. O cara é insignificante mas, de alguma forma, precisamos dele.

Felipe Pait disse...

Adeus, insigne partinte!

Adeus, insigne ficante!

Anônimo disse...

o egito nao governava a si mesmo na época do nasser?

abs
sarney

Felipe Pait disse...

Na época da União Soviética, o Nasser mandava tanto no Egito como o Edison Lobão mandava no Maranhão quando foi governador. Estava lá para cuidar dos marimbondos de fogo.

Anônimo disse...

acho sua analise simplificada. nasser nao era apenas um titere da URSS. fez parte da identidade do egito, mesmo que seja autocrata, mesmo que nao gostemos. está mais para mossadegh, getulio vargas, do que para edison lobao.

suspeito, sem nenhuma base, que parte do povo que está brincando de queimada no centro de cairo é de orfaos do nasser.

abs
sarney
(nao deixe de ler a bela resenha que o millor fez do meu livro brejal dos guajaras).

Anônimo disse...

agora, essa historia de fazer a independencia antes da democracia, já li antes em:

http://www.bresserpereira.org.br/Articles/2011/137.Democracia_ou_revolucao.pdf

abs
sarney

Anônimo disse...

agora sim um bom artigo da historia recente do egito. como eu disse, nasser e os jovens livres, derrubaram monarquia e nacionalizaram suez. estao mais para mossadegh, que quis nacionalizar o petroleo.

http://j.mp/eFu58A

abs
sgold

Felipe Pait disse...

Não tenho o valor, mas o artigo começou melhor que o besteirol que vi de manhã sobre o Nasser: "Morte de líder egípcio em 1970 levou sonho de Oriente Médio laico e soberano e iniciou nova era de extremismo na região http://bit.ly/g6JlP4"

Anônimo disse...

o artigo que vc linkou é meio hagiografico mas nao é de todo mal. o do valor é mesmo melhor.

Felipe Pait disse...

Hagiográfico, exatamente. Some part of an error is always right. O do Valor é melhor.

Anônimo disse...

se o nasser (e os jovens oficiais livres, sadat, mubarak) fossem tao alinhados com a URSS, nao teriam passado para o lado americano apos 73.

aumento do preço das commodities e redução da ajuda e da influencia dos EUA.

samuel pinheiro guimaraens nao deve estar cabendo em si.

abs
ernesto geisel

Felipe Pait disse...

Eram, depois mudaram de lado )Nasser não, morreu antes). O ponto é que o Egito não é verdadeiramente independente há 2 dúzias de séculos.

Anônimo disse...

posso aceitar. mas o "brasil conhece a democracia desde a independencia sesquicentenaria"? não é só entre 1946 e 1964, e a partir de 1988?

um abraco,
ernesto geisel

Felipe Pait disse...

O Brasil no império era "mais democrático" do que quase toda a Europa e Américas. A imprensa era a mais livre do mundo. Como democracia tinha seus problemas, todos os outros países os tinham de montão. Durante a república velha, idem.

Quem diz o contrário é a esquerda que tanto ama o general Geisel ;-)

Anônimo disse...

democracia representativa com escravidao braba, tô pra ver.
(a da grecia tinha escravidao, eu sei, mas era democracia direta).

abs
princesa isabel

Felipe Pait disse...

A escravidão nos Estados Unidos acabou quando já havia democracia. No Brasil também. Era uma democracia bem imperfeita, em ambos os casos.

Anônimo disse...

putz, tem razao

abs
joaquim nabuco

Felipe Pait disse...

Digo mais: as mulheres só ganharam voto no século XX, nas Américas e nas Europas. Para formar uma democracia mais perfeita.... E viva o Pedrão!