Marcos Pontes é um engenheiro de boa formação, dizem colegas do ITA, e uma celebridade por ter voado de Soyuz. Não sei se vocês acompanham ou conhecem administradores de ciência, nos EUA especialmente. São pessoas com realizações notáveis e credibilidade alta no meio científico.
No Brasil as posições de liderança nas universidades são burocráticas, por causa das regrinhas, e políticas, por causa das votações, então a ascendência científica conta menos. Temos menos gente com tais qualidades - a maioria ligada à Fapesp. Mas existem, e são preferíveis aos políticos que em geral são alçados aos ministérios.
O astronauta não tem realizações científicas conhecidas nem capacidade demonstrada de gerir a ciência. É uma celebridade, ponto final. Ou, se quiser, a ideia que um leigo completo faz do que seja um cientista.