Lendo o jornal do domingão ensolarado, três sugestões que ninguém vai aceitar, só para que eu não possa dizer a mim mesmo que só sei criticar.
1 - Para o Presidente Lula, que quer maior crescimento econômico. A sugestão é: mudar a lei para que o Fundo de Garantia seja depositado diretamente na conta do trabalhador, juntamente com o salário. Vantagem óbvia: o trabalhador fica com mais dinheiro no bolso, para poupar ou gastar eficientemente, em vez de emprestar para os bancos oficiais em troca de remuneração baixíssima. Se poupar, baixa o custo do dinheiro para os tomadores de empréstimo. Se gastar, aumenta a demanda e a perspectiva de lucros futuros. De qualquer jeito, a indústria sai ganhando. Perdedores: caem os dividendos que o governo federal recebe dos bancos estatais. A Caixa e o BNDES perdem o acesso aos fundos subsidiados pelos assalariados. Isso é bom: tendo que buscar recursos a juros de mercado, eles vão ter que trabalhar com muito mais cuidado para selecionar bons investimentos.
2 - Para os pilotos de avião preocupados com as falhas dos sistemas de controle de tráfego aéreo: voar sempre um pouquinho fora do plano de vôo. Ao atingir altura de cruzeiro, escolha aleatoriamente uma distância entre 0 e 100 metros, e uma direção, para cima ou para baixo, para a direita ou para a esquerda, ou qualquer ângulo intermediário. Assim se o controle de vôo colocar dois aviões na mesma pista, o que é um erro raro mas que infelizmente já ocorreu no Brasil e na Suíça, a probabilidade de os dois terem escolhido o mesmo ponto cai pelo menos uns 99%. E não há risco nenhum: a precisão na definição das pistas de tráfego aéreo, em um vôo de centenas de quilômetros, não traz absolutamente nenhuma vantagem.
3 - Para os políticos que propõe o voto distrital mas se preocupam em como montar os distritos: a divisão em distritos deve ser especificada na lei através da escolha de algum algoritmo de "clustering." Existem muitos algoritmos bons, e qualquer um deles serve para resolver o problema. Se não for definido um algoritmo formal, a divisão se torna uma questão política onde os partidos buscam definir distritos em benefício próprio. Essa discussão, muito problemática nos Estados Unidos, se dá em torno de algo que não oferece nenhum benefício ao país. Isso pode dificultar a adoção do sistema, o que seria uma pena, pois o voto distrital é o sistema no qual o eleitor melhor pode expressar sua opinião. O uso de um método objetivo e impessoal para a divisão em distritos pode facilitar o uso do voto distrital, o que traria claros benefícios para o país.
05 novembro 2006
02 novembro 2006
Para ninguém achar que ser antiliberal virou privilégio da esquerda
Deu no jornal hoje: sociólogo Emir Sader é condenado por por crime de injúria contra o senador Jorge Bornhausen.
O senador Bornhausen é uma figura pública. Tem que aceitar que vai ser alvo de opiniões acaloradas, contra e a favor, verdadeiras e falsas, algumas delas preconceituosas e até ofensivas, como essa. O sociólogo xinga o senador de racista e fascista sem qualquer justificativa. Coloca palavras na boca do político conservador catarinense de origem alemã, por puro preconceito. Aproveitou para xingar os habitantes dos estados vizinhos ao do senador, chegando até São Paulo, por crime de cor de cabelo. Entendo que o senador se sinta injuriado.
Porém, repetindo mais uma vez, o senador é uma figura pública. Tem que conviver com esses ataques. Para o bem da liberdade de expressão, sob assédio constante dos governos do PT, devia ter se contido em usar a justiça contra o preconceituoso sociólogo. E a justiça, que corrige tão pouca injustiça, perdeu mais uma oportunidade de ficar de boca fechada.
O senador Bornhausen é uma figura pública. Tem que aceitar que vai ser alvo de opiniões acaloradas, contra e a favor, verdadeiras e falsas, algumas delas preconceituosas e até ofensivas, como essa. O sociólogo xinga o senador de racista e fascista sem qualquer justificativa. Coloca palavras na boca do político conservador catarinense de origem alemã, por puro preconceito. Aproveitou para xingar os habitantes dos estados vizinhos ao do senador, chegando até São Paulo, por crime de cor de cabelo. Entendo que o senador se sinta injuriado.
Porém, repetindo mais uma vez, o senador é uma figura pública. Tem que conviver com esses ataques. Para o bem da liberdade de expressão, sob assédio constante dos governos do PT, devia ter se contido em usar a justiça contra o preconceituoso sociólogo. E a justiça, que corrige tão pouca injustiça, perdeu mais uma oportunidade de ficar de boca fechada.
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