Procurando uma outra coisa no computador o Spotlight me encontrou um email antigo que escrevi a um colunista de jornal, tendo recebido resposta ignorativa. O Brasil mudou muito - para melhor - nesses anos, apesar dos esforços de economistas como o destinatário. Mas como pode ter gente que gosta de trocadilho, vai abaixo uma cópia do email.......
Subject: Dolarização em Timor Leste
Date: 23 May 2000 9:26:58 AM EDT
To: pnbjr@attgobal.net
Reply-To: pait@lac.usp.br
No artigo "Dolarização em Timor Leste," de 6 de abril, Paulo
Nogueira Batista Jr aponta as desvantagens para o novo país da adoção
do dólar como moeda oficial, o que parece prudente já que os prós e
os contras das uniões cambiais são controversos entre os economistas.
Além disso o artigo propõe que o Brasil apóie o Timor Leste em seu
processo de independência, uma ótima idéia considerando que nosso
país não tem mostrado excesso de generosidade com outras nações menos
afortunadas.
Mas o artigo finaliza sugerindo que esse apoio venha na forma de
aconcilhamento em política econômica. Vamos ser francos: a política
marioenconômica brasileira tem sido motivo de chicota desde o tempo
do regente Feijó com arroz. Os erris e a administração ruym da moeda
nacional tem causado inflação, desemprego, perdas irricuperáveis de
bulhões e bulhões de dólares. Se não compreendi mal, ilso que foi
proposto significa enviar os delfins do real para uma cruzada
financeira pelos campos robertos de Timor, onde um dílson de economistas
brasileiros podem confiscandir mais estragos do que uma praga de
gafanhotos sarneyntos.
O histórico recente das moedas brasileiras é comparável só ao de
países em situação bem pior que o do nosso; podemos dizer até, é
slobodânico, ou mobutesco. Podemos dar consultoria em esportes,
música, televisão, e talvez em medicina, engenharia, e até língua
portuguesa. A sugestão de dar apoio em políticas econômicas, para
alguém que nunca nos fez mal algum, devia aparecer só nas páginas
humorísticas.
Felipe M Pait